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Contrato de Virgindade

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Blurb

Layla Abdallah acaba se apaixonando por um rapaz proibido devido a um jogo de verdade ou desafio. Ela dá o seu primeiro beijo em Breno, um jovem médico, e os dois começam um romance escondido de sua família. Layla já estava noiva de um casamento arranjado por seu pai, com um empresário egípcio, Samuel Abdel, vinte anos mais velho do que a garota, e no contrato de casamento, é exigido que a noiva seja virgem. Samuel acaba morrendo devido a um acidente durante e jantar, e esperançosa, Layla estava disposta a ir até as últimas consequências por seu amor brasileiro, quando descobre que o mesmo tem uma noiva, que está grávida.

O único destino da moça é aceitar continuar com o contrato de casamento que foi acertado por seu pai, já que, de tio, ela passou a ser herança do sobrinho.

Zayn Abdel sempre foi um homem livre, e não gostou de saber que para herdar a fortuna do tio, precisaria se casar com a sua jovem noiva.

Durante o casamento, Laysla dificulta bastante a convivencia entre os dois, mas Zayn encontra nela um desafio. Mesmo sentindo uma forte atração física por ele, Laura resiste até onde pode, mas uma hora, o amor fala mais alto, e a noiva virgem acaba se entregando.

Layla se encontra dividida entre dois amores com a volta de Breno, e precisa escolher se vive o que deixou no passado, ou se segue o seu futuro com Zayn.

O problema é que, para ficar com Zayn, ela vai precisar lidar com uma belíssima e madura viúva, uma ex amante do homem, que é completamente obcecada por ele.

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O primeiro beijo.
Layla mordeu os lábios em expectativa, assistindo a garrafa de uísque vazia girar para decidir o seu destino. Estava entre uma roda de amigos, todos entusiasmados com a possibilidade de Layla cumprir um desafio. Aos dezoito anos de idade, o mais comum, era que uma garota estivesse perdendo a v.i.r.g.i.n.d.a.d.e, já Layla, não havia sequer dado o seu primeiro beijo. Quando finalmente o objeto parou de rodar, ela sentiu o seu coração parar. Aquela já era a quinta rodada do jogo, e a mesma ainda estava imune. O gargalo parou apontando para Rebecca, uma das garotas que faziam parte do grupo, e que era uma das amigas mais antigas de Layla, além de Betina, que também participava da brincadeira. Rebecca e Betina estudavam com Layla desde a época do colégio, e desde então, tornaram-se amigas inseparáveis. A moça em questão ergueu o canto da boca em um sorriso malicioso, olhando para a sua vítima, na qual a base da garrafa parou apontando. - Verdade ou desafio?- O tom de voz sádico da outra assustou Layla. - Verdade.- Respondeu Layla, de imediato. - Já respondeu verdade três vezes, Layla. Agora, terá que cumprir um desafio.- Falou Hugo, um dos calouros de medicina que estudava com Layla e Betina. A garota suspirou, conformada, visto que não tinha outra alternativa. - Desafio.- Respondeu, já que era a única resposta a ser dada. Seu coração acelerou repentinamente, além do fogo que começou a dissipar do final de sua barriga, até chegar em seu estômago. Prendeu a respiração enquanto Rebecca propositalmente refletia demais, mesmo já sabendo qual desafio destinaria a sua amiga. - Te desafio a...- Rebecca mordeu os lábios, olhando de soslaio para o rapaz que estava logo ao seu lado. Breno era um jovem de vinte e cinco anos, formado em medicina, e já fazendo o seu mestrado. Tinha cabelos loiros, um tom entre o médio e o claro. Era alto, tinha o corpo pouco atlético, mas também não era magro demais. O seu rosto é harmônico, cada traço combinava perfeitamente. Seus olhos eram azuis e pouco expressivos, mas pareciam demonstrar interesse no que seria dito por Rebecca. - Te desafio a beijar o Breno.- Concluiu a garota, quase dando pulinhos de felicidade. Já era previsível que Rebecca diria algo semelhante. Layla nunca ficou tão nervosa em toda a sua vida. O seu estômago deu cambalhotas, e o seu coração a um fio de explodir da caixa torácica - ela não sabia definir a quantidade de vezes que se sentiu assim naquela noite-. A sensação de euforia piorou quando Breno se aproximou. Ele se arrastou para o lado, quando os outros abriram caminho, encarando os olhos escuros de Layla com intensidade. Inclinou o corpo para frente, aproximando-o devagar. Cada vez que estava mais perto, ela podia enxergar o quão bonito era. Passou a língua pelos lábios que pareciam ressecados, seus olhos descendo involuntariamente na direção dos lábios de Breno. Layla fechou os olhos antes de que a boca de Breno capturasse a sua, quando ainda sobravam pouquíssimos centímetros. Ela sentiu a maciez dos lábios masculinos contra os seus, além do gosto afrodisíaco de canela. Ela moveu a boca devagar, retribuindo ao beijo lento. Com delicadeza, Breno introduziu sua língua na cavidade macia, explorando com cuidado o lugar. Layla deixou-se levar pela sensação prazeirosa do beijo, de repente, era como se todos a sua volta tivessem desaparecido. Não importava se gritavam ou aplaudiam ao beijo, Layla simplesmente não escutava. Ficou submersa em um mundo paralelo, no qual só existiam Breno e ela. O rapaz segurou o rosto dela com as pontas dos dedos, acariciando as bochechas da jovem. Sua língua deslizou por cima da de Layla, e em seguida, ele a chupando-a devagar. Enfiou os dedos longos por entre as mechas dos cabelos lisos e escuros, segurando com força o couro cabeludo. Os dois se afastaram para retomar o fôlego, ambos se entreolhando, ainda ofegantes. Eles sorriram, satisfeitos com o beijo. Como de costume, Layla precisou voltar para casa mais cedo do que os demais. Por mais que Breno insistisse em deixá-la em casa, a garota sabia da confusão que se desenrolaria se seu pai os visse. Além do mais, Layla andava com um segurança, que ao mesmo tempo, era uma espécie de motorista para a jovem. O homem a levou para o palacete que morava, no qual seus pais ainda a esperavam, acordados. A garota gemeu em desaprovação ao ver a cara de poucos amigos de sua família, que para completar, estavam recebendo sua tia-avó Najla, uma muçulmana que seguia a religião á risca. - Está quase uma hora atrasada do horário em que combinamos.- Falou Ali, patriarca da família. Ele ficou de pé da poltrona em um pulo, lançando um olhar corrosivo para a sua filha mais jovem. - É como eu sempre disse, Ali. Você deixa essa menina livre demais. Layla tem praticamente os mesmos costumes das ocidentais. Deveria ser mais rígido por morarem no ocidente. Primeiro, permitiu que ela fosse para o colégio, e agora, deixou que fizesse faculdade. No meu tempo, as mulheres não precisavam de nada disso para serem boas donas de casa.- - Que pensamento antiquado, titia.- Falou Layla, a recriminando. A mais velha se limitou a olhar para a sobrinha de cara f.e.i.a. - Justamente o contrário, minha tia. Tentei ceder a algumas situações para que a minha filha não fosse tão diferente das amigas. Permito que vão ao shopping, ao cinema, e até mesmo a algumas festas. Claro, com horário para voltar e na companhia de Hakim, o segurança. - Eu sou uma prisioneira, isso sim.- Rosnou Layla, os olhos escuros ameaçando marejarem.- Khalil e Danyal podem voltar a hora que quiserem, fazer o que quiserem, sem ter sempre um segurança no encalço.- - Seus irmãos são homens, não queira comparar.- Falou Ali, irritado. - E qual a diferença? Me diga? Além dos gêneros, é claro.- Rebateu Layla, gostando de ter podido usar palavras bem mais rudes, mas ela própria achou que seria desrespeitosa com a sua família. - Porque as coisas sempre foram assim, e vão continuar sendo. Você não é brasileira, Layla, é muçulmana, e vai dançar conforme a nossa música.- Ali alterou seu tom de voz, claramente impaciente com a conversa.- Espero que tenha aproveitado bem a festa de hoje, porque é a última que você vai.- Layla abriu a boca em um formato de “ o”, indignada. - Sempre cumpri com os horários que o senhor me designava, “ baba”. Só porque atrasei uma única vez, pretende me punir para o resto da vida?- Perguntou Layla, revoltada com o radicalismo do mais velho. - Sim, você terá um castigo por seu atraso de hoje, mas a minha decisão não tem nada a ver com isso.- Ali fez uma breve pausa, antes de continuar. Olhou diretamente para os olhos de sua filha, esperando que assim, pudessem dialogar melhor.- Você irá se casar.- Layla não conseguiu reagir. Não existiam palavras que pudessem expressar a bomba de sentimentos e sensações r.u.i.n.s que explodiram em seu ponto mais ínfimo. Primeiro, a garota empalideceu. Segundo, precisou se sentar em uma das poltronas antes que suas pernas falhassem. - O-o senhor disse o que?- Perguntou, incrédula. Era comum que no Marrocos, lugar do qual pertence a sua família, existissem casamentos arranjados, mesmo em pleno século 21. Contudo, devido ao fato de morarem no Brasil desde que Layla tinha poucos meses de vida, ela imaginou que pudesse ter a vida de uma mulher brasileira. Já tinha todo o seu futuro programado. Terminaria seus estudos, seria uma médica renomada, e trabalharia viajando. Se casaria algum dia, claro, mas somente por amor. Amor, ela ainda acreditava nele. Principalmente hoje, que deu o seu primeiro beijo. Ao se lembrar dele e de Breno, Layla tinha vontade de chorar. Por mais que conhecesse tão pouco daquele rapaz, quando o beijou, sentia que o conhecia de uma vida inteira. O seu coração bateu mais rápido e mais devagar ao mesmo tempo. Ela flutuou, como se pisasse nas nuvens. Experimentou a sensação de um calor desconhecido inflamar em seu âmago, ameaçando se dissipar por outras extremidades de seu corpo. Estava apaixonada por Breno, tinha certeza disso. Talvez não fosse nem correspondida pelo rapaz, mas não podia se casar com um, gostando de outro. - Já assinei um contrato com Samuel Abdel, e dentro de poucos meses ele estará vindo para Recife, para resolver detalhes do casamento.- Explicou Ali. - Samuel Abdel é vinte anos mais velho do que a nossa filha. Tem certeza de que é uma boa ideia, “ habbib”?- Perguntou Samira, mãe de Layla, que até então estava quieta. - Não se intrometa nas escolhas de seu marido, Samira. Por isso a sua filha é rebelde. Você não soube educá-la.- Falou Najla, fuzilando a mulher com os olhos. Em seguida, voltou-se para Ali, que também não estava satisfeito com a observação da esposa.- Eu disse que deveria ter se casado com a filha dos Bashar. A família dela, sim, é seguidora fiel de nossos costumes.- Samira engoliu em seco, como sempre, desconcertada com os comentários infames da tia de seu marido. - Quer me casar com um homem vinte anos mais velho?- Perguntou Layla, sua voz em um misto de indignação e incredulidade.- O que está acontecendo, “ baba”? Ficamos pobres?- - Não, não ficamos pobres, e não temos a menor possibilidade de ficar.- Respondeu Ali, de imediato.- Acontece que Abdel tem pavimentos comerciais que são interessantes para expandir os meus negócios. Além do mais, faz parte do nosso acordo que, ao se realizar o casamento, seremos sócios.- - Então é por isso que quer me casar com um homem que poderia ser o meu pai? Está me vendendo.- Proferiu Layla, cada vez mais revoltada com as atitudes de seu pai. - Todo casamento tem um jogo de interesses. Além do mais, você só precisa dar um filho homem para o Abdel. Depois disso, o convença a conseguir outras esposas, que ele a deixará em paz.- - Escute aqui, “ baba”. O meu sonho é ser médica, e não vou abrir mão dele por causa de um casamento.- - “ Por causa de um casamento”. Veja só como essa menina fala. Claramente não teve orientação alguma.- Falou Najla, irritada. - Não adianta discutir, Layla. O contrato já foi feito, inclusive, terei que levá-la ao médico para fazer um exame de…- Ali pigarreou, não se sentia confortável ao falar daquilo na frente de sua única filha mulher.- Um exame de virgindade. Faz parte do contrato que você seja virgem. Por isso, a partir de agora, vou controlar ainda mais as suas saídas, para que não caía em tentação.- O homem fez uma breve pausa, hesitante. De repente, uma preocupação lhe veio em mente.- Diga, minha filha, por um acaso, tem algum namorado?- Layla engoliu em seco, ainda mais nervosa do que antes. Breno, de fato, não era o seu namorado, mas eles se beijaram, e ela estava perdidamente apaixonada pelo rapaz. - Não, “ baba”, não tenho um namorado. Mas admito que estou apaixonada por um rapaz.- Samira e Ali se entreolharam estupefatos, ambos com medo do que poderia chegar a acontecer. - Viu só? É isso no que dá ser tão maleável. Sua filha virou uma perdida!- Exclamou Najla, batendo com as duas mãos nos braços da poltrona. - Não sou uma perdida, não fizemos nada demais.- Layla ficou de pé abruptamente, usando um tom enérgico para lidar com sua tia-avó.- Trocamos um único beijo.- - Você beijou um rapaz que não é o seu marido?- Perguntou Ali, perplexo com o comportamento de sua filha.- Não confio mais em você, Layla. Sempre fiz de tudo para que fosse feliz. Está estudando medicina, como sempre foi o seu sonho, e claro, acredito que os estudos sejam importantes na vida de uma mulher, só por isso que não vou proibí-la de ir para a faculdade. Mas a partir de agora, o Hakim vai te acompanhar vinte e quatro horas por dia, até dentro da sala.- - Isso não é justo, “ baba”, estou sendo sincera com o senhor. Não sei se na faculdade vão permitir que…- - Claro que vão, eu sempre dou um jeito. Além do mais, não preciso ser justo. Sou seu “ baba” e você precisa me obedecer. Vou cuidar para que marquem logo os seus exames, preciso enviá-los o quanto antes para Samuel.- - Eu odeio ser sua filha. Eu odeio você!- Gritou Layla, inconformada, correndo aos prantos para fora da sala de estar. Sabia que aquilo também teria uma punição, assim como sabia que não havia nada que pudesse fazer para evitar o casamento. No Marrocos, casamento obrigado já era proibido, mas se Layla batesse de frente com o seu pai, arcaria com sérias consequências, incluindo ter que abrir mão dos seus sonhos. Ela adentrou o quarto ferozmente, batendo a porta com força. A sua vida estava destruída, estava certa disso. ———————————————————————- Muito obrigada por estarem acompanhando essa história, que estou fazendo com tanto carinho. Cada um de vocês são especiais, e me inspiram para que cada dia faça um capítulo inédito. Conto com a ajuda de vocês para votarem em mim no bilhete lunar! Clique em #Vote# nas notas do autor

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