capitulo 5

2526 Words
Paixão Sem Limites S A S U K E Entrei no meu novo quarto encontrando as três camas vazias, minhas coisas estavam sobre uma delas e eu tentei não surtar com a ideia de que dividiria meu espaço com outras pessoas. Eu não era um cara muito paciente e costumava gostar do silêncio e pelo visto até isso será tirado de mim nessa porcaria de lugar. A porta do banheiro se abriu e o saco de lixo ruivo passou por ela me olhando com um ar arrogante, me fazendo soltar uma risada irônica não acreditando nessa merda. Centenas de pessoas nessa porcaria de colégio e logo ele seria meu colega de quarto? Tem alguém lá em cima testando meus limites. O mauricinho era o tipo de pessoa que se achava melhor que os outros, e não se importava em passar por cima de quem quer que seja para alcançar seus objetivos. Um preconceituoso orgulhoso com o ego as alturas com o nome babaca estampado na testa, e não precisou de muito para eu tirar essas conclusões, basta olhar em seu olhar falso. — Você deve tê errado de quarto, pessoas como você não podem dividir o quarto comigo. — o cara já abriu a boca falando merda. — Eu ainda sei ler e meu nome tá na porcaria da porta. — Vou falar com a diretora, eu não pago um colégio caro para ter que dividir o quarto com um marginal. Vou quebrar a cara desse cara e serei expulso daqui, mas não vou aguentar suas babaquices pra cima de mim. Uma noite na cadeia seria com certeza mais interessante do que suportar olhar para esse lixo todos os dias. — E ai Sasuke, nunca imaginei ver você por aqui. — Naruto entrou sorridente no quarto. — Eu esperei por você ontem, mas você não apareceu. Continuei a encarar o ruivo maldito ignorando o papagaio loiro ao meu lado. O i****a teve a audácia de me olhar com superioridade como se fosse um lixo melhor que eu. — O que tá acontecendo? — Naruto olhou confuso para nós dois. — Não vou dividir o quarto com esse marginal, quem me garante que ele não vai me assaltar durante a noite? — ele continuo a provocar me irritando ainda mais. Naruto entrou na minha frente quando dei um passo em direção aquele filho da p**a e o engomadinho ruivo riu da minha cara, sem mover um único músculo. — Sasori eu não admito que fale assim do Sasuke, você não o conhece e não é melhor do que ninguém aqui. — Naruto cuspiu olhando irritado para o desgraçado ruivo. — Que seja, só o mantenha longe de mim. — o saco de lixo passou por mim desafiando-me com o olhar antes de sair do quarto. Respirei fundo vendo a porta bater atrás de mim com força. — Vou quebrar os dentes desse cara. — Eu sei que Sasori pode ser um pé no saco, mas mantenha a calma Sasuke. Que eu saiba você não pode se estressar, lembra? — Naruto apertou meu ombro me dando um sorriso confortante. Ele mais do que ninguém sabia como era ficar do outro lado da minha raiva. Eu havia descontado tudo nele quando veio encher meu saco depois da morte de Mikoto, me admira o loiro ainda querer falar comigo depois do que aconteceu naquela noite. — Basta apenas ele não me provocar. — E aí me conta, como veio parar aqui? — mudou de assunto voltando com sua animação. — Estão me dando um castigo. — Você vai gostar daqui Sasuke, o internato é legal, mas acho melhor nos arrumarmos agora, as aulas logo irão começar. Olha que sorte a nossa, você é meu colega de quarto, m*l passo esperar para apresenta-lo aos meus amigos. Naruto era um grande tagarela e eu já conseguía contar o dias em que suportaria ficar nesse lugar sem surtar de uma vez por todas. (...) Entrei na sala de aula encontrando um professor estranhamente esquisito, usava cabelos longos lisos e uma maquiagem que o fazia parecer uma mulher. — Olha o que temos aqui, um aluno novo. Espera um minuto que eu conheço essa genética. — o homem se aproximou de mim, analisando-me com um olhar estanho. — Um Uchiha. — passou a língua nos lábios me fazendo franzir o cenho. — Como sabe? — Eu adoro essa genética. Sou Orochimaru professor de biologia. E você seria o filho mais novo de Fugaku. — De onde conhece meu pai? — o olhei confuso não me lembrando de ter visto esse cara antes. — Velhos tempos garoto. — cochichou abrindo um sorriso estranho. Dei de ombros não querendo saber daquilo e caminhei até o fundo da sala encontrando uma carteira vazia, sendo alvo dos olhares de todos os riquinhos mimados que enfeitavam a sala com seus uniformes alinhados, que eu não fiz questão em vestir. Passei ao lado da mesa da rosada irritante e ela virou o rosto emburrada, falhando em tentar me ignorar pois ainda consegui ver suas bochechas vermelhas. O saco de lixo ruivo sentava atrás dela e durante toda aula o observei encher o saco da garota. Sakura tentava ignora-lo, mas ele insistia em jogar bolinhas de papel em sua mesa ou irrita-la com a caneta. O babaca do ex que não aceita o fim do relacionamento, começando a perseguição contra a garota, já tinha visto muitos idiotas assim por aí. Quando as aulas acabaram Sakura saiu apressada da sala e o ruivo a seguiu a chamando baixo. Isso não era de forma alguma problema meu, mas aquele cara estava mexendo com a garota que de certa forma havia me salvado a anos atrás, mesmo agora ela tendo se tornado uma patricinha irritante, eu devo muito a ela. Toquei no bolso da minha calça sentido seu colar ali, ele sempre esteve comigo em todos os momentos, era o meu medalhão da sorte. Antes pensava em devolve-lo e agradecer, mas depois do que aconteceu mudei de ideia. Me levantei seguindo os dois os observando parar no fim do corredor pouco movimentado, parecendo está discutindo. Sakura abraçava seus livros revirando os olhos para alguma coisa que o ruivo i****a falava. Me aproximei a passos lentos tentando ouvir alguma coisa. — Você está fazendo tempestade em copo dágua. — Sasori já chega, acabou e eu não quero mais nada com você. — Claro que quer, você me ama. — disse convicto e a rosada riu muito. — Não se iluda tanto querido, eu não sinto mais nada por você no momento em que enfiou a língua na boca de outra. — Sakura disse séria e decepcionada dando as costas ao ruivo que segurou seu braço. — Tire as mãos de mim. — Você precisa me ouvir. Me aproximei dos dois já cansado daquela ladainha. — Tire as mãos dela agora. Sakura me olhou confusa e surpresa ao me ver e o ruivo revirou os olhos. — Dá o fora daqui isso não é assunto seu. — Se não tirar as mãos dessa garota agora, eu arranco elas fora. — avisei deixando claro em meu olhar que eu estava falando sério e ele pareceu perceber isso. O babaca me desafiou com por um tempo tomando a decisão certa ao solta-la. Sakura o olhou irritada se afastando do ruivo. — Está acontecendo alguma coisa aqui? — um cara de cabelos longos se aproximou olhando de Sakura para o cara ruivo. — Está tudo bem Neji. — Tem certeza? — Sim, Sasori se empolgou um pouco mas já entendeu que terminamos. Bom preciso pegar os livros para a aula de física, com licensa. — a rosada olhou para mim antes de se afastar com o olhar intrigante. — Melhor ficar longe do meu caminho, você está começando a me irritar. — o saco de lixo ameaçou indo embora zangado. Fiquei parado com o outro cara que me analisou antes de se apresentar. — Eu sou Neji Hyuuga, e você é o aluno novo e amigo do Naruto. — Sasuke Uchiha. — respondi sem nenhum interesse. — Sasuke eu não sei o que ouve aqui, mas não se intrometa entre os dois, eles tem uma história de quatro anos juntos. — Eu tô pouco me fodendo para historinhas de romance falsas, mas aquele cara estava a incomodando e eu não vou deixar que isso aconteça. — O que quer com Sakura? — Neji me olhou desconfiado. — E o que isso é da sua conta? — retruquei lhe dando as costas não esperando por uma resposta. (...) Entrei na biblioteca observando poucos alunos estudando. O local era enorme e cheio de estantes cobertas de livros em meio a extensos corredores, com adesivos de letras colados no chão. As poucas pessoas que se encontravam ali me olharam curiosas e eu ignorei. Perguntei a Senhora que tomava conta do local onde ficavam os livros de biologia e ela me apontou o corredor B. Eu não era o tipo de cara que curtia lugares como esse, mas a pessoa que me interessava parecia gostar. Sakura se encontrava lá no fundo sozinha, abrindo e fechando alguns livros equilibrando alguns debaixo do braço toda distraída. — Precisa de ajuda? — perguntei parando ao seu lado fazendo a garota se assustar e me olhar confusa. A rosada fechou o livro que estava lendo dando total atenção a mim. — O que você quer? — a garota me olhou desconfiada. Não a culpava por estar cautelosa em relação a mim, afinal eu a joguei na piscina mas a rosadinha foi mais esperta e revidou. — Me disseram que você estava aqui, eu quero participar das suas aulas de biologia. — murmurei me encostando na estante da frente com os braços cruzados. — Você me jogou na piscina. — acusou emburrada. — E você me jogou de volta, estamos quites rosada. — Por que isso agora? Você não me disse pra não entrar em seu caminho? — Mudei de ideia. Na verdade, toda essa história era apenas para me aproximar dela e matar minha curiosidade sobre a patricinha irritante a minha frente. — Você é bipolar ou algo do tipo? — Pergunte a minha psicóloga. — dei de ombros a vendo morder os lábios pensativa. Pensei que ela negaria depois de tudo que aconteceu, mas Sakura se mostrou ser uma pessoa boa. — Tudo bem, as aulas acontecem duas vezes na semana na parte da tarde, todas as terças e quintas. Assenti observando seus lábios se movimentarem de forma suave. Ela tinha um sorriso gentil me fazendo lembrar da garota do cemitério, de como ela conseguiu me acalmar com palavras sinceras e um toque reconfortante. — Deseja mais alguma coisa? — Sim. — murmurei sem pensar direito sentindo seus olhos verdes atentos a cada movimento meu. — O que? — Não queira saber. — suspirei me afastando daquela garota espantando os pensamentos inadequados. — Sasuke. — ela me chamou fazendo-me parar no lugar. — Se fizer alguma gracinha comigo, irei devolver em dobro. — Assim você me ofende, eu sou um cara bom. — Não, definitivamente você não é. — Pense o que quiser, eu não dou a mínima. — Não precisava ter me defendido do Sasori, eu sei me defender sozinha. — empinou o queixo se achando a fortona fazendo-me rir e olhar pro seu corpo magrela. — Claro que sabe. — Está zombando de mim Uchiha? Dei de ombros saindo dali ou poderia bater boca com ela o dia inteiro e no fim minha boca poderia acabar em outro lugar. (...) S A K U R A Me sentei em uma das mesas da biblioteca espalhando os livros sobre ela e observei a porta por onde Sasuke tinha acabado de passar, depois de me surpreender mais uma vez. Eu precisava estudar o conteúdo para explicar aos meus colegas, mas aquele garoto rebelde e suas atitudes surpreendentes não saíam da minha cabeça. Como alguém conseguem ser tão espontâneo e confuso ao mesmo tempo? Ele conseguia me deixar curiosa e eufórica com toda sua bagunça. Sasuke me jogou na piscina chamando-me de patricinha e momentos depois estava me defendendo do meu ex namorado i****a. Ele não fazia sentindo nenhum mas chegava a ser engraçado. Ele estava em todos os lugares até confusamente na minha mente. — Sakura. — Ino veio em minha direção apressada, puxando uma cadeira para se sentar. Tirei aquele rebelde sem causa da minha cabeça e prestei atenção na minha amiga eufórica e preocupada a minha frente. — O que ouve? — Olha. — me mostrou a tela do seu iphone olhando me apreensiva. — Por que não me disse que isso havia acontecido? A matéria no site de fofoca era sobre meu relacionamento com Sasori. Meu rosto estava ridiculamente estampado ali e em cima o titulo falava ao sobre a filha do Governador ser a corna do ano, embaixo havia várias mentiras e conclusões sobre o que me levava a ser corna, como se estivessem zombando da minha cara. — Eu não acredito que Sasori fez isso com você. — Ino resmungou chateada. — Está tudo bem Ino, apenas me livrei de um encosto. — Mas você o amava, foram quatro anos juntos, seu primeiro e único namorado. Tem certeza que está bem? Assenti devagar olhando para um ponto qualquer na mesa. Eu havia esquecido o quanto Sasori tinha me machucado com sua traição, me esforcei tanto para ser uma namorada boa e não ganhei nada em troca. E o que me deixa incrédula é o babaca ainda achar que está certo e ousar me perseguir pelos lugares. — Tudo isso que aconteceu, mostrou que eu só fui i****a todo esse tempo. O amor que Sasori dizia sentir por mim era apenas mentira, ele me enrolou por quatro anos. — Você não é i****a Sakura, aquele cara que não vale o chão que pisa. Ele não merece você. — Não quero mais me apaixonar Ino, eu me sinto usada e patética. — Não se sinta dessa forma, Sasori não é o único cara no mundo, você irá conhecer muitos garotos legais ainda. Quem não beijaria o chão que você pisa? Olha lá o Lee de prova. — apontou para o garoto que me espiava da mesa da frente se escondendo atrás de um livro de culinária. Ele sorriu acenando assim que me pegou o encarando, fazendo Ino e eu cair na risada. — Ele fica te perseguindo sempre? — Tenho medo de entrar no banheiro e ele estar lá. Lee era uma graça mas as vezes parecia assustador. — Promete que irá ficar bem? — ela segurou minhas mãos sobre a mesa. — Prometo. — Você não me parece animada, mas já sei o que fazer para ver minha Sakura feliz de novo. — Ino soltou um gritinho empolgada. — O que irá aprontar? — a olhei desconfiada. — Vamos a uma balada no fim de semana, tenho certeza que você vai se divertir em novos ares. Fiquei pensativa com a ideia, eu não iria muito a festas por conta dos paparazzis, mas Ino estava certo, eu precisava me animar e me livrar do encosto do Sasori. — É uma ótima ideia Ino.
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