6| Casa Perigosa.

1377 Words
| Claire Clarckson |   Claire, Megan, Astrid e Hope, estavam sentadas em suas respectivas cadeiras. Ambas em silêncio ouvindo a discussão que havia ali, no ambiente. Para ser mais precisa, estavam em uma sala. Outra sala. Dessa vez com mais pessoas e uma mesa extensa, na parede um enorme painel, rodando os vídeos das câmeras de segurança e Claire se perguntou, 'se tinham acesso a todas as cãmeras da cidade, por que demoraram tanto para pega-la naquela época? – pensou, chegando a conclusão de que ela era uma ótima criminosa.  – Nome, Conner Goldsmith, idade 35 anos, acusado de matar os próprios filhos, na época em que foi detida, alegou ao juiz que não tinha condições para criá-los – o Agente Carson se levantou da mesa, com uma pasta na mão e automaticamente, a foto da mulher apareceu no painel para que todos pudessem ver – Ganhou liberdade a um mês e foi encontrada hoje cedo, dentro de um bueiro esquartejada – concluiu e Claire pode ver Logan morder o maxilar – Sem digitais, armas de crime e nem um registro das câmeras de segurança – Claire apenas cruzou a perna observando bem a foto da mulher assassinada e suspirou dizendo:  – Quero ver as fotos dos outros assassinados – indagou ela e todos pararam para olhá-la fazendo a mesma bufar – Bom, – ela pigarreou antes de continuar a dizer – Se foram mais de três assassinatos, é por que deve ter alguma sequência – palpitou.  – Não há sequência Clarckson – comentou uma mulher ali, sentada diante de um computador digitando sem parar – Mulheres, homens, jovem, adultos, senhores – explicou ela concentrada no teclado – A única coisa que sabemos, é que ele só mata criminosos que já cumpriram suas penas, eu... – a mulher loira fez uma pausa, abrindo uma gaveta de arquivos, em seguida, se levantou e caminhou até Claire com as pastas na mão – veja, são onze assassinados – entregou as pastas para as garotas que dividiram e sem demora abriram para olhar – A propósito, eu sou Melissa – se apresentou para as garotas que assentiram – eu fui uma das pessoas que achou loucura isso que o Agente Blake fez, mas não posso negar, que é épico vê-las aqui, nos ajudando e aliás, eu também ajudei no caso de vocês e confesso que tive um trabalhão para captura-las – sorriu a loira com as mãos na cintura, o cabelo estava preso em uma trança e vestia uma camisa e calça social.  – Você deve ser muito boa no que faz Melissa, já que conseguiu me capturar – comentou Hope, sorrindo e Claire não soube dizer se a garota dos cabelos pretos estava sendo irônica ou simpática. Resolveu escolher a segunda opção. Claire estava odiando aquilo tudo, mas aquilo tudo resultaria em sua liberdade e ela precisava ser nem que fosse um pouco otimista e acreditar que suas colegas de caso fossem legais. Hope, a garota de cabelos pretos e olhos azuis, parecia estar animada para o trabalho, mas Astrid, a dona dos cabelos acobreados, parecia muiito mais animada e ansiosa pra fazer qualquer outra coisa, e parecia agoniada sentada no banco. Já Megan, a garota das chamas, era indiferente e Claire se viu em total transe, a analisando. Megan era misteriosa e Maligna. Parecia uma serpente, astuta e reservada, apenas esperando o momento certo para fazer qualquer coisa que fosse. Ja Claire, estranhou-se. Era a única que não se importava tanto. A única coisa que queria era capturar logo aquele criminoso, ser livre e tentar viver a vida que perdera nos últimos cinco anos. Sem contar na ódio que estava sentindo enquanto olhava para as próprias unhas. O Agente Blake prometeu materiais para que ela pudesse arrumar as unhas, mas até agora, nada. O relógio no canto da parede, marcava 20:00 da noite, e a loira se remexeu no banco, impaciente e entediada.  – Todas já estão com o chip de rastreamento? – perguntou Melissa, voltando a guardar os arquivos dentro da grande gaveta e todas assentiram. Claire se sentia presa. Mesmo que não estivesse na cadeia. Sim, era confuso, mas pra ela fazia sentido. Havia um chip do tamanho de um grão de arroz implantado em seu pescoço. Ela seria rastreada aonde estivesse. Isso não era liberdade. Na verdade, ela se sentia mais presa do que antes.  – Vou leva-las até a casa, e voltamos para a reunião ás 21:00 – anunciou o Agente Blake, fazendo um gesto para que elas o acompanhasse – Agente Carson, vem comigo – chamou o moreno e sem demora, o outro se levantou e o seguiu. Entraram no carro grande preto, no banco de trás, e em silêncio, o Agente Blake deu partida no carro. ***  – Amanhã o dia vai ser cheio – disse o Agente Carson girando a chave na maçaneta, enquanto o Agente Blake, o aguardava dentro do carro – descansem. Melissa, tratou de providenciar roupas para vocês conforme o gosto de cada uma. Escolham o quarto aonde o guarda roupa mais agrada vocês, e tem comida congelada na geladeira, é só esquentar e comer – instruiu ele enquanto elas entravam na casa.  – MamãeCarson – Astrid comentou fazendo o Agente revirar os olhos.  – Tem tv, internet, e os celulares serão entregues amanhã junto com os resto dos seus materiais – Claire sorriu maligna com a ultima palavra do Agente. A loira não via a hora, se ter em mãos um objeto perigoso e que poderia ferir. Não porquê queria machucar alguém. Mas assim se sentia segura quando sabia que por ai, em algum lugar havia alguém a espera dela, para mata-la.  – Caso haja problemas, usem o telefone, basta falar, nós estaremos a escuta vinte e quatro horas – Claire assentiu para o Agente que fez uma pausa para ver se tinha esquecido de alguma coisa – por enquanto é só – concluiu. Dito isso o mesmo deu as costas, e bateu a porta atrás de si – Boa noite Mamãe! – Astrid berrou fazendo todas rirem ali – O que a gente fez para ele nos odiar tanto? – Astrid comentou e elas se entreolharam como verdadeiros demônios. A resposta não podia ser mais óbvia. Elas eram criminosas, deram trabalho, mataram, e deveriam estar bem presas em uma cela. Mas olhe só onde estavam, bem ali, rindo juntas. A primeira coisa que fizeram foi preparar um verdadeiro banquete e ligar a televisão num canal de clips. Claire ouviu tantas músicas novas, que certamente foram lançadas nos últimos cinco anos, e sentiu-se perdida. Eram tantos artistas novos, tantas batidas novas... Ambas subiram as escadas que levavam para o andar de cima, num corredor estreito com quatro portas e sem seleção, entraram. Claire ficou com a primeira porta. Megan com a segunda, Hope com a terceira e Astrid com a ultima. A loira ligou o disjuntor e deparou-se com uma enorme cama a sua espera. Uma cama tão atraente que a fez bocejar de sono. Havia outra porta e presumiu que era o banheiro, haviam um guarda roupa ao lado e ela caminhou até o mesmo para ver se aquele era realmente seu quarto. Havia um misto de roupas, de shorts á vestidos, de camisetas á camisas sociais. E ela deu os ombros pegando um short e uma camiseta branca, se direcionando para o banheiro para tomar bom banho. *** A cama era realmente dos deuses, e ela adormeceu assim que fechou os olhos. Mas acordou com o som de alguma coisa no andar de baixo. Com certeza era Astrid, a assaltar a geladeira e não soube ser discreta. Claire m*l conhecia elas. Mas sabia que Astrid era a mais gulosa já que devorou quase o pote inteiro de mouse de maracujá e também a mais sarcástica, cheia de brincadeiras e piadas. Hope parecia ser a mais irônica, já que Claire nunca sabia se ela estava falando serio ou não. Megan era por incrível que pareça, era a mais bipolar, risonha, calada, safada, e repreendia Astrid quando começava a falar da b***a do Agente Blake. Aliás, que b***a? Claire gargalhou com este pensamento e se virou para o lado voltando a dormir, porém não podia imaginar o que realmente estava acontecendo no andar de baixo da casa.
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