cap.10

1469 Words
Cap.10 — O que está comendo? — Perguntou Monalisa perplexa ao entrar no quarto trazendo o absorvente, Dalila parou de mordiscar o chocolate e a encarou com os olhos esbugalhados. — Não foi você? — não — fez cara de Pânico ainda de pé próxima à porta. — Mas... Você jogou aqui na cama — Não foi eu, mas você parece está bem melhor — sim! Engoli um desses comprimidos, agora estou bem — disse mais disposta e animada. — Mas quem comprou essas coisas? — Perguntou pegando as outras duas barras restantes e a caixa do remédio aberta. — Será que foi Auro? — Impossível... — foi quando lhe venho vittorio em seu pensamento, então se sentou próxima a ela para cochichar. — tem um homem na casa — Um homem! — sim, parece ser o segurança, mas não sei quem é, parece que seu pai colocou ele para te vigiar — Como se já não estivesse ruiim — Murmurou com semblante triste. — Não fique triste, faltam 4 meses para você fazer 18 e então poderá ir embora — A garota Suspirou desapontada. — Para onde, mona? Como? Não sei o que fazer — confessou — Eu também não sei, eu não tenho escolha e tenho que ficar aqui — confessou desapontada. — Bom... Você é tão bonita... Deveria ter encontrado alguém melhor... — Eu sei, eu sou h******l! — Não, meu pai é quem é, ela está te obrigando, não está? — sussurrou, mas ela apenas silenciou então ela entendeu que não estava sendo obrigada.— Por quê? — No começo eu não... Eu não queria, mas eu fui me apaixonando... e fui boba, e me entreguei, mas ele só quer me usar— Contou envergonhada. — Eu ainda me sinto enojada, não acredito que as pessoas fazem aquele tipo de coisa — Fez tremendo os ombros com repulsa. — Diz isso porque você é virgem — Não, isso é realmente nojento — Não é, e seus pais nunca falaram sobre s**o com você, além de que não tem amigos — Mas é tão bom... — Suspirou enquanto contava, mais uma vez Vittorio seguia pelo corredor como um fantasma. — Eu duvido, parece ser algo extremamente nojento — Não! Já disse que não — Disse divertida — Então pensa! O toque do homem que você ama — Eu não amo ninguém — Os lábios dele tocando o seu — Não sei do que está falando, como posso imaginar? — A sua mão deslizando pelo seu corpo, uhmm... As palavras carinhosas e o desejo a flor da pele tornando nossos corpos apenas um — Já acabou? Eu quero ir ao banheiro vomitar — Confessou, enquanto fazia vittorio rir do lado de fora, ao mesmo tempo, com desdém por Monalisa está tendo esse tipo de conversa com ela, como se não fosse o próprio a corromper a inocência um dia. — Vá ao banheiro tomar banho já que está melhor — Disse animada. — Não venha comigo! — A alertou envergonhada, às vezes Monalisa era muito grudenta, isso dava nos nervos, porém até que não era tão r**m, assim que seguiu para o banheiro Monalisa não a obedeceu a seguiu e sentou-se sobre a tampa do vaso sanitário, enquanto Dalila apreciava a água gelada do chuveiro ignorando a amiga, mesmo que suas intenções fosse boa, já que se seria comovida pela garota solitária e ingênua. — Mas então… — começou tentando falar. — O tal moço recém-contratado ele é bem bonito — bom, se pelo menos ele for solteiro, você deveria investir, como eu disse, você é muito bonita — Monalisa rir timidamente. — Ele não parece precisar desse emprego — E como ele é? — Então, ele aparenta ter quase 30 anos é algo, elegante, corpo robusto e forte, a barba é um pouco grande, ainda assim não esconde seus lábios receptivos, eu com certeza o beijaria — Estou supondo que você está carente — não estou! Só o achei excitante — Excitante? Você está se iludindo, e parece mais fogo — ah! Com certeza se você o ver vai ficar encantada também, porém ele nunca rir, eu ainda não vi como é seu sorriso — vai ver é banguela e... — Com certeza não! Mas isso coisa é certa é um homem muito gentil, afinal acredito que foi ele que trouxe esses chocolates e os absorventes — Será? Mas isso é tão estranho, ele começou hoje, não é? — sim! — logo verei quem é — Comentou saindo do chuveiro desfilando pelada para fora do banheiro, mas levando o infeliz escorregão na saída. — Que patética, a verdadeira visão do inferno — Resmungou Monalisa ao encarar a queda da garota, enquanto Dalila se levanta em segundos correndo até a sua toalha na cama corando de vergonha. Já é meio-dia e Dalila ainda não desceu nem para o café da manhã, seu estômago foi forrado apenas por uma barra de chocolate, vittorio, por sua vez deu uma volta ao redor pelo pomar e o fundo do quintal bem organizado até a janela da garota, olhou discretamente por uns segundos e seguiu até a cozinha onde Monalisa cozinhava. — Foi Você? — Perguntou quando ele se sentou em silêncio pegando uma maçã no sexto. — Do que está falando, senhorita? — Fingiu de desentendido. — Deu coisas... — Mona! — Chamou ao entrar na cozinha em alvoroço sem perceber vittorio — Me dar um suco... — sua voz sumiu quando encontraram os olhos de vittorio em sua direção, ela estava tão bonita quanto havia visto a 2 anos, seu cabelo havia crescido, suas curvas estavam mais definidas naquele vestido médio, logo desviaram os olhares disfarçando, Monalisa percebeu o olhar assustado de Dalila, mas não percebeu o olhar de vittorio. — Logo servirei o almoço, você pode se sentar aqui Dalila — Avisou lhe apontando a cadeira próximo a ela na mesa, a sala ficou em silêncio sendo quebrado apenas por um pigarro de Monalisa desconfortável com a presença de Vittorio. — Você não é filha do senhor? — perguntou ele a Dalila que mantinha o olhar sobre Monalisa enquanto arrumava as bandejas para levar para a mesa. — Sim — A cozinha não é para os empregados? — Deve ser por isso que estou aqui — respondeu indiferente sem o encarar. — Eu... Vou levar a comida e já retorno para os servir — avisou desconfortável seguindo para fora então Vittorio a seguiu com o olhar enquanto Dalila passou o observar. — Não olhe agora — a alertou para não olhar na direção da porta. — acho que acabei de ver a garota mais linda da minha vida, mas ela é um pouco tímida — Monalisa? — perguntou interessada enquanto ele havia pego uma das bandejas prateadas em cima da mesa. — Olhe com seus próprios olhos — assim que ela se virou para olhar em direção a porta ele levantou o metal fino e brilhante que dava para ver o reflexo como se fosse um espelho, naquele momento Dalila viu seu rosto e involuntariamente sorriu, ele a observava furtivamente, até que ela escondeu o sorriso se encolhendo envergonhada, Monalisa entrou no mesmo instante sem entender o que ele estava fazendo com aquela bandeja, somente a pegou de sua mão sem dizer nada e voltou ao fogão. — Por que não chama Dalila para almoçar aqui hoje? — perguntou Esmeralda demonstrando um certo incômodo, óbvio que era ciúme, não queria a garota perto de Vittorio. — Você mesmo pediu que ela fizesse suas refeições na cozinha — Sim, mas... — A deixe lá! Não quero comer olhando aquela pirralha — assevera, enquanto corta o bife, discretamente ela faz bico e bate o pé voltando a alimentar os gêmeos. — Coma bem — Falou Monalisa ternamente entregando a comida a Dalila em seguida se inclinando sobre a mesa para a observar se alimentar, ambas fizeram de conta que Vittorio não estava ali. — Você não vai parar com essa mania mesmo? — perguntou incomodada. — Não posso evitar, você é muito engraçada — Disse a garota que encherá a boca de carne, ela não se importava haver um homem ali, sabia que seria sua única refeição, já que evitaria sair do quarto e sua amiga não podia subir com comida. — Por que diz isso? — Perguntou com a boca entupida, enquanto ele segurava o riso. — Você come que nem um filhote de cachorrinho faminto — Isso porque eu sou — Sussurrou para que vittorio não ouvisse, mas era inútil só ela não percebia. — Você sabe que não vou comer mais nada além disso, então quero comer muito — Continuou a falar olhando discretamente para ele que fingia não ouvir nada, mas ele conseguiu ouvir muito bem, era difícil descrever a raiva que estava nascendo daquela família.
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