Prólogo
5 anos atrás.
Texas, EUA. A chuva forte caía lá fora..
A noite estava fria, e o som da chuva batendo nas janelas parecia anunciar dias e dias de frio intenso.
Ricardo tinha Matilde, sua namorada presa embaixo dele,mas aquilo não estava funcionando.
O s£xo era cada dia mais ruiim.
__ Qual é o problema, Matilde?
__ Nenhum. Eu só me sinto mais confortável com a luz apagada. Só isso.
Mais uma vez ela se recusou a se entregar para ele com a luz acesa. Mas Ricardo estava se cansando disso. Se cansando de mulheres que queriam o seu dinheiro, mas nem mesmo tentavam disfarçar a repulsa.
Matilde era uma delas, tinha escondido quem ele era realmente e até mesmo quanto dinheiro tinha dela. Aquela mulher não sabia de suas posses, nem que era um bilionário, mas ainda assim não estava funcionando.
Ela reclamava de tudo, da luz acesa, da quantidade de vezes que ele a procurava à noite.
Da posição que ele queria na cama, e não era vergonha feminina, pelo menos não mais, tinham até mesmo viajado juntos, para criar intimiidade.
Ele sabia exatamente o que era que dificultava o relacionamento, Matilde só não tinha coragem de dizer.
__ Matilde? Se estiver com nojo das cicatrizes, diga.
__ Não estou. Eu amo você.
Ele sabia que era mentira, sabia claramente.
Não era burr0.
E nem €stúpido para ser iludido por uma mulher.
Mas ela era a que tinha fingido melhor, e ele quase havia acreditado.
Ela sabia que ele tinha dinheiro, mas não o quanto.
Era isso.
O interruptor de energia ficava sobre a cabeceira da cama.
E ele acendeu a luz.
A observou.
Os olhos fortemente fechados, que nem percebeu a luz.
Era um martírio ser tocada.
Ricardo soube, que Matilde sentia nojo.
Não era agradável para as mulheres, para nenhuma delas, e já nem fazia questão que fosse.
Não queria mais um relacionamento, não depois da mulher que estava em sua cama naquele momento, mas um bom s£xo ele queria, sim, e até nisso tinha dificuldade.
Isso tudo, porque tinha perdido a visão de um olho e o rosto tinha uma cicatriz.
Sendo que o local da cicatriz antes era uma extensa queimadura , depois de algumas cirurgias, a cicatriz se transformou naquela linha longa e vermelha.
Tinha uma mulher embaixo dele, e ela estava com n0jo, nojo.
Era somente por dinheiro, preferia muito mais pagar uma prostitut@ liberal, mas elas também não se agradavam pela aparência dele.
Ele saiu de dentro de Matilde, e se levantou da cama
__ Se vista e suma da minha frente
__ Ricardo, me deixe explicar. Chove lá fora.
__ Explicar o que? Que o seu estômago embrulha quando chego perto?que pede para apagar a luz, para não me ver? Porque caso contrário não consegue fingir..
Matilde se vestia, mas resolveu confessar:
__ Você podia ser diferente,está sempre em busca de s£xo, em algumas vezes mais de uma vez por dia e ainda me machuca.
Era um monstro por fora e por dentro, mas não um estupr@dor, ao menos disso podia se orgulhar.
__ Eu nunca usei de violência para ter você, Matilde.
__ Mas é naturalmente grosso e ainda xinga na cama, Ricardo, parece um bárbaro as vezes.
__ Fora. Não vai mais precisar ouvir meu xingamentos.
__ Ricardo! Por favor! Eu estou tentando.
__ Fora, Matilde.Não vai ouvir mais os meus xingamentos, nem verá o meu dinheiro
Ela deu alguns passos para trás, tinha sido pega.
__ Achou que eu não sabia? Eu posso parecer um monstro, mas não sou burro, Matilde, fora da minha casa. E eu não sou surd0, sei que está chovendo.
Ela tremeu, talvez ainda pudesse disfarçar. Ele era generoso quando ela não reclamava na cama.
Tentou se aproximar dele.
__ FORA, Cadel@ fria e interesseira.
A mulher deu alguns passos para trás.
Matilde terminou de vestir e correu para fora.
Ela nunca tinha visto Ricardo assim, mas também nunca tinha deixado transparecer o nojo que sentia dele,
Ricardo observou pela janela, a mulher entrar no carro e dirigir para longe.
Sozinho, foi tomar banho.
Socou o box do banheiro que se partiu.
Não a amava, mas ela tentar o manipular por dinheiro era demais.