Capítulo 25

1093 Words
Uma correria , ninguém sabia pra onde correr , pra que lado ir , já conseguíamos ouvir os barulhos dos tiros , algumas pessoas entraram na casa de moradores pra se abrigar , Pedro estava comigo , não deixei ele sair do meu lado , só que ele estava armado e com medo de descer pra minha casa. Pedro: Laura , vou abandonar vocês aqui é muito arriscado Laura: não vou deixar você sozinho Pedro: Laura não complica, eu tô armado , se eles me pegam já era , vai com a Bea- ele deu um beijo na minha testa - daqui apouco te mando mensagem Laura: tá bom , se cuida por favor - escutei os altos tiros e ele se afastou. Eu e Bea íamos pelos cantos e quando escutávamos tiros muito alto abaixávamos , fomos pra casa dela que era mais perto que a minha , meu pai não parava de me ligar , mais não consegui atender pela quantidade de tiro que estava dando, quando chegamos em casa a Mãe dela estava apavorada , pelo Nic e o tio Danilo está na rua , só estava ela e o Pedrinho em casa. Rosa narrando Quando começou os tiros meu coração acelerou , dei um pulo da cama, já estava desacostumada com essa situação , e justamente por essa e outras razões eu não queria ter que voltar pra cá , minha filha agora está na rua e enquanto eu não souber dela eu não vou sossegar Rosa: JP, liga para Laura pelo amor de Deus JP: Tô ligando Rosa , fica calma Ele não parava de ligar e ela não atendia , comecei a ligar do meu telefone também , minha pressão já estava igual montanha russa era certo , até que depois de umas 10 tentativas sem sucesso ela atendeu. Ligação - filha onde você está , você tá bem ? - tô bem mãe, tô aqui na tia Camila , era mais perto pra chegar - então você fica aí quietinha, não sai pra nada, até esses tiros acabar - pode deixar, fica tranquila que está todo mundo bem Fim da ligação Por mais que eu já tinha falado com minha filha e sabia que ela estava bem , meu coração ainda apertava , era uma sensação tão r**m , que eu não queria ter que volta a sentir , JP fez de tudo pra que eu voltasse a dormir de novo , mais não deu muito certo, ficamos sentados na sala assistindo televisão , já estava amanhecendo quando conseguimos pegar no sono lá no sofá , escutamos a porta se abrir e era a Laura. Rosa: Filha, graças a Deus você está bem - eu abracei ela, que me abraçou sem nenhuma expressão Laura: eu tô bem mãe ! Pai posso falar com o senhor ? Rosa: Ué , não posso saber ? JP: não começa Rosa , deixa eu saber oque ela quer - eu bufei bati meu pé e fui pra cozinha, mais logo voltei e eles olhavam pra minha cara Rosa : Que foi gente ? Se aconteceu alguma coisa fala logo Laura: Mãe , aconteceu uma coisa sim JP: Senta aqui amor - eu já estava começando a ficar assustada , me sentei. Rosa: Não enrolem , solta a bomba logo. JP: Foi o Danilo Rosa Rosa: Foi preso ? - Laura negou com a cabeça - Aí meu Deus baleado de novo ? JP: Sim amor, mais dessa vez foi mais sério Rosa: Vamos pro hospital então ! Vou pegar minha bolsa - eu me levantei mais o JP me segurou JP: Senta e escuta Rosa - eu me sentei - seu irmão não tem mais 20 e poucos anos ! Já não é mais nenhum jovem saudável ! Já tinha sido baleado quando novo Rosa: Fala logo homem JP: Ele não resistiu Rosa! - meu coração despedaçou. Pois nunca pensei que um dia eu perderia alguém da minha família assim , meu irmão era uma pessoa muito difícil , mais sempre protegeu a mim e a minha mãe , nem imagino como ela esteja , em prantos com toda certeza, senti as lágrimas escorrerem sobre meu rosto mais eu tentei manter toda calma possível. JP se abaixou ao meu lado e me fez carinhos JP: Eu sinto muito amor , não era pra ter acontecido Rosa: Não sou criança JP, Danilo já tinha que ter saído dessa vida a muito tempo , não queria ter perdido meu irmão dessa forma. Laura e JP me abraçaram e ficamos ali um tempinho um consolando o outro. Eu queria ir logo cedo pra minha mãe , mais o JP fez questão que eu fosse dormir um pouco , essa madrugada foi muito intensa e não conseguimos dormir quase nada , ele ficou de ir ver como estava tudo e todos enquanto eu tirava um cochilo, e assim foi feito. Acordei já era umas 11 horas da manhã. Um pouco sonolenta ainda, levantei e desci pra ver quem estava em casa . E estava a Agatha. Ágatha: amiga, conseguiu descansar ? Rosa: sim, consegui, onde está JP e Laura ? Agatha: sua mãe passou m*l amiga, está arrasada, JP e Laura foram resolver as coisas do enterro pra ela. - apenas acenei com a cabeça e fui pra cozinha. Agatha: como você está amiga ? - ela apareceu atrás de mim Rosa: Eu .. - respirei fundo antes de responder - Tô m*l amiga , tô m*l , só não quero demostrar pra eles - eu chorei Agatha: Rosa ele era seu irmão , não tem problema demostrar oque está sentindo Rosa: Quero ser forte por eles, pelos meus sobrinhos e pela minha mãe - eu falava chorando Agatha: não precisa ser forte comigo entendeu ? - eu acenei queriam com a cabeça e abracei ela é desabei em chorar. Talvez se eu disser que por isso eu não queria voltar eles me chamem de fresca , eu sei que isso iria acontecer de uma forma ou outra, a vida é assim. Anos na vida do tráfico e ele não aprendeu , não quis parar , nem pelo filhos , deixou minha cunhada que nem trabalha com 3 filhos pra criar, com um já na vida errada. Não sei oque vai ser dessas crianças , não sei oque vai ser da minha mãe , que de certa forma era seu único filho , seu único filho de sangue, é um fim tão triste , mais um fim de quem escolher a vida do tráfico.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD