JASON
Não acredito que consegui comer a Andy. Eu sou demais.
— Rápido, Jason! Eu tô apertada! — minha irmã grita do lado de fora do banheiro.
— Já vou, chata! — saio do banheiro e ela entra toda apressada. Todo dia é assim, ela não me deixa um minuto a mais dentro do banheiro que já tá gritando. Ainda que eu tenho muita mulher e não preciso ficar batendo uma no banheiro.
Eu tenho um plano quanto aos meus esquemas: Primeiro vou encontrar com a Stefany. Porque é tardezinha e com ela as coisas são mais rápidas. Depois, à noite vou encontrar a Brittany. Porque é só pose pra o pessoal do colégio. Ela é a única que todos sabem que eu fico. Das meninas que fico só a Claire que sabe. Mas ela não liga. Por isso eu vou encontrar ela por último. Pra fechar a noite com chave de ouro.
Me arrumo como sempre e saio de casa. Tô bonitão e bem cheiroso. Mas vou colocar meu perfume no carro, vou precisar retocar algumas vezes. Olho no meu celular e a Stefany já mandou mensagem que tá me esperando. Lá vou eu. Ela deve estar na casa dos avós. Ela mora com eles e estuda na Universidade da cidade.
Já é tardezinha quando entro no meu carro. O pessoal tá começando a chegar do trabalho. O vizinho do lado direito já chegou todo empolgado. Ele e sua mulher são eternos namorados. Do lado esquerdo tem uma garota sentada na calçada de cabeça baixa. Pera, é a Nikole?! Saio de dentro do carro pra conferir.
— Nikole? — pergunto andando naquela direção. Ela mexe no rosto e olha pra mim sorrindo.
— Sou eu. — fala com grandiosidade e se levanta.
— Meu amor! Você voltou! — abro os braços pra abraçá-la e ela vem em minha direção.
— Voltei. Eu vi que não poderia viver sem você. — diz com sarcasmo e me abraça. — Tem alguma de suas 553 namoradas aqui por perto? Não quero que elas tenham ciúmes.
Sempre a Nikole.
— Não. Não são 553. — nos soltamos rindo. — Porque você voltou?
— Ah... — coçou a nuca. — É que eu vou tirar um tempo de folga. O último período foi dureza. Eu preciso esfriar a cabeça.
É estranho. Ela odeia esse lugar.
— Humm. E como é lá? Na Universidade.
— Você vai gostar de lá. — respondeu sorrindo. — Como vai a banda?
— Indo. A gente tá montando uma agenda. Vamos tocar em alguns barzinhos. — sorrio e ela assente admirada.
— Que bom. Um dia vou ouvir o nome Jason no Grammy.
— Não me faz sonhar mais alto. — rio.
— Vai pra onde assim cheiroso?
— Você sabe né, dos meus esquemas. — explico e ela assente.
— Muito bem. Mas não se apaixonou por nenhuma delas ainda? — me encara curiosa.
— Não. Você me ensinou que não podia se apaixonar. Lembra?
— Sim... Mas acontece. — lamenta.
— Elas não fazem meu tipo. São só interesses diferentes. Físicos.
— Humm, entendi. Então continue assim. Melhor do que quebrar a cara. — incentiva de olho no celular que toda hora toca. — Então, vai logo para os seus encontros. Eu vou resolver meus problemas.
— Depois a gente se vê? Você vai na minha casa como sempre? Sinto falta de você, Nick. — me afasto com uma feição triste.
— i****a. Vou. Mas não hoje. Um dia eu apareço. — mostrou o dedo do meio e entrou dentro de casa.
— Tchau, meu amor!!! — grito e os vizinhos dão risada.
— Tchau, amor da minha vida! — gritou sarcástica.
Essa garota me faz raiva, mas a gente se dá bem. Eu não sei explicar como é. Acho que parecemos irmãos. É isso.
Eu e a Nikole crescemos juntos. Só que ela é mais velha que eu um ano. Ela me ensinou tudo o que eu sei. Ela é doida. Sabe enrolar os caras direitinho. E se eu sou um fuckboy, ela é com certeza é uma fuckgirl.
[...]
— Quer um baseado? — Stephany acende um.
— Não, obrigado. Não fumo. — reclino um pouco o meu banco do carro.
— Dizem que é bom pra voz. Não viu a do Justin Bieber?
— Acho que a minha voz tá boa assim.
— Humm. Chato. — ela tragou e soltou um fumaçeiro perto de mim.
O que eu vim fazer aqui? Assistir a ela fumando.
— Sim. Maior chatice. — coloco meus braços acima da cabeça e fecho meus olhos tentando respirar ainda. Eu devia estar em casa. Jantando.
Sinto suas mãos na braguilha da minha calça. Abro meu olho e ela tá desabotoando e abrindo o zíper da minha roupa. Ela meteu a mão dentro da minha cueca e olhou pra mim de lá de baixo sorrindo enquanto puxava meu (vou ser educado) órgão. Dou um sorriso safado e ela bate uma antes de arrastar a pele pra baixo e abocanhar tudo. Fechei meus olhos de olho e dei um suspiro.
É, parece que vai valer a pena vir até aqui.