Ao dizer aquilo, Neil colocou a mão no peito de Lillian. Furiosa, ela se desvencilhou e deu um tapa na cara dele.
– Como você ousa? – Os olhos de Neil estavam faiscando de tanta raiva. – Como se atreve a me bater? Você por acaso tem ideia de quem eu sou?
– E o que eu tenho a ver com isso? Por que eu deveria saber? Saia da minha frente!
A comoção ali chocou as pessoas, o que fez com que os guarda-costas de Neil se alarmassem e fossem correndo verificar:
– Sr. Smith, você está bem?
Neil tocou seu rosto, que ainda ardia. Como poderia deixar que aquela mulher saísse impune tão facilmente? Apontando para Lillian, ele ordenou com uma voz ameaçadora:
– Vocês! Tragam-me esta mulher para a sala!
– Sr. Smith, ela não parece ser esse tipo de mulher. – Respondeu o guarda-costas, olhando para Lillian.
– Eu não dou a mínima se ela é esse tipo de mulher ou não. Hoje a escolhida é ela, então façam logo o que eu lhes ordenei.
Os dois homens não se atreveram mais a retrucar. Agarraram Lillian e começaram a andar.
– Socorro! – Pediu ela. Porém, sua boca foi tampada assim que gritou a primeira palavra. Lillian se debateu desesperadamente, mas não era páreo para dois homens fortes. Em pouco tempo, foi arrastada para um camarote que estava vazio.
Os dois homens fecharam e bloquearam a porta assim que colocaram Lillian no chão. Neil olhou para ela com uma expressão sombria e c***l.
– O que você pensa que está fazendo? – Lillian podia ouvir sua própria voz saindo trêmula.
– Ninguém jamais ousou me bater. Você é a primeira. – Neil deu um passo à frente e Lillian se distanciou, dando um passo para trás. Logo as costas dela estavam na parede e não havia mais como fugir.
– Eu estou te avisando! Não ouse me tocar!
– E o que você pretende fazer se eu não te obedecer? – Neil estendeu a sua mão e agarrou a gola de Lillian e, com uma força repentina, suas roupas foram rasgadas.
Lillian usou as mãos para se cobrir onde suas roupas tinham sido rasgadas, mas o homem logo se aproximou e a empurrou para o sofá, se lançando sobre ela antes que pudesse se levantar.
Enquanto Neil tentava beijar a boca dela, Lillian fazia o possível para evitar o beijo com bafo de álcool.
– Tarado! – Ela se debatia desesperada, o que fazia com que aquele homem só ficasse ainda mais e******o.
Neil pressionou Lillian para baixo com uma perna, para que ficasse com as mãos livres e pudesse despi-la. Foi possível ouvir mais uma peça de roupa sendo rasgada, e agora era visível a pele clara como a neve de Lillian.
Havia luxúria brilhando nos olhos do homem, enquanto suas mãos grandes continuavam a rasgar as roupas dela sem parar. Sabendo que não havia uma saída fácil dessa situação, Lillian estava pronta para revidar e arriscar sua própria vida. Ela estendeu a mão para agarrar o rosto de Neil, ele não esperava que ela fosse tão corajosa e agressiva. O rosto dele ficou coberto por arranhões antes que pudesse reagir.
Envergonhado e furioso, ele estapeou Lillian no rosto. Ela ficou tonta e sentiu gosto de sangue na boca. Neil bruscamente a soltou e se levantou. Ele ordenou aos dois homens que estavam guardando a porta:
– Vocês dois, venham e se revezem para se divertir com ela!
De repente, a porta foi aberta com força. Uma voz seca disse:
– Sr. Smith, você está se divertindo à beça aqui, hein!
Lillian reconheceu a voz familiar e olhou atordoada para a porta. Vestindo um terno preto, Henry estava ali parado observando tudo com uma expressão desinteressada.
A visão turva de Lillian gradualmente ficou clara e aquele rosto familiar tinha um sorriso frio. Ele apenas olhou para tudo à sua frente, sem a menor emoção em seus olhos.
Lillian fechou os olhos, sentindo dor. Ela preferia ser violentada do que deixar que este homem a visse em uma situação tão miserável.
– Sr. James! – Neil não esperava que Henry fosse aparecer ali do nada. Ele tinha um sorriso forçado em seu rosto, tentando agradar o homem à sua frente. – O que o trouxe até aqui?
– Este é o meu território! – Disse Henry, com calma. – Você está causando problemas aqui, não acha que me deve pelo menos alguma explicação?
Henry James sempre foi reservado por natureza e não gostava de se intrometer nos assuntos dos outros. Neil já havia assediado outras mulheres em sua frente no passado e nunca tinha visto ele intervir. Por que Henry resolveu se envolver justo hoje? Será que essa mulher era alguma conhecida dele? Neil instintivamente olhou para Lillian e perguntou:
– Você a conhece, Sr. James?
– Não, eu não a conheço. – Henry respondeu friamente.
Neil deu um suspiro profundo de alívio e disse:
– Esta mulher não soube apreciar a minha bondade e ainda se atreveu a me atacar. Eu preciso ensinar uma lição a ela.
– Eu não estou nem aí para isso. Só não crie problemas no meu território! – Enfatizou Henry.
Neil pôde facilmente reconhecer a hostilidade no tom do homem à sua frente. Por mais que gostasse de se impor sobre os outros, sabia que não era uma boa ideia mexer com Henry James. Encarando Lillian, ele disse relutante:
– Eu vou te poupar por hoje. Mas, se por acaso nos encontrarmos novamente, eu não vou deixar passar a oportunidade e com certeza vou te ensinar uma lição!
Xingando e resmungando, Neil saiu da sala com seus dois guarda-costas. Henry olhou impassível para Lillian, que estava toda desarrumada e em uma condição deplorável. Então ele disse:
– Neil já te deixou ir embora. O que você ainda está fazendo aqui?
Sem responder, Lillian levantou e tentou arrumar as suas roupas, mas estavam rasgadas demais para cobrir o corpo dela. Desistindo, apenas limpou o sangue dos lábios e foi em direção à saída.