PRÓLOGO
Romance Dark?
⚠️Livro com diversos gatilhos ⚠️
✍️A duologia Del Frari, agora em livro único, repaginado e com cenas extras✍️
SINOPSE
A vida de Aurora estava um caos, tudo estava dando errado, e parecia que a tendência era só piorar com a chegada de Matteo Del Frari.
O que no início parecia uma solução, poderia na verdade ser o maior dos problemas.
Uma proposta é feita.
Trinta dias com o desconhecido.
E uma paixão avassaladora surgirá.
Tudo estava aparentemente indo bem, até que os mistérios sobre a vida de Del Frari começam a ser revelados e junto com eles, traumas terríveis e inimigos que nem mesmo ele sabia ter.
Ambos os inimigos voltariam com cede de sangue e de vingança para destrui-lo e fariam o que estivesse ao alcance para obter sucesso.
*****
Dedico este livro a todas as minhas leitoras,
principalmente as que acompanham minha
jornada no mundo maravilhoso da escrita.
Gabriela Lins
Os capítulos a seguir, contém cenas fortes e gatilhos, lembrando que nenhum deles, é romantizado.
Um Romance Dark Erótico de Gabriela Lins
PRÓLOGO
MATTEO DEL FRARI
Observo toda a decoração que Salvatore preparou para a chegada de sua filha, hoje Valentina volta do hospital e todos os membros da cúpula estão aqui. Ele foi busca-la no hospital enquanto eu fiquei aqui, cuidando para que tudo saísse perfeito.
— Ei, se não é o orfãzinho, ainda por aqui?— reviro os olhos segurando a vontade de mandar o Lucca, irmão de Salvatore, a merda.
— Se veio torrar a minha paciência, peço que volte outro dia.— ele ri.
— Sabe, agora que meu irmão terá uma herdeira, você não será mais útil, afinal, somente um De Angelis legitimo assume o posto de Capo di tutti capi.— ele fica quieto por alguns segundos até que lembra de outra coisa.— Seu aniversário foi a dois dias, no mesmo dia em que minha sobrinha nasceu.
— Isso foi uma pergunta ou afirmação?
— Não gosto de você, sabe disso, mas não seria i****a o suficiente para não trazer um presente pra você também, afinal, por mais que eu não goste de admitir, você é meu sobrinho.— olho para ele em completa confusão, porém, isso some quando ele estende uma caixa de veludo escuro. Bem receoso eu pego e arregalo meus olhos ao abrir.
— Feliz aniversário, Matteo.— procuro em seu rosto algum resquissio de ironia, mas não acho nada.
É um broche de ouro, com as iniciais do meu nome e sobrenome juntamente com o A de Angelis.
— Sinceramente você me surpreendeu, obrigado.— ele toca meu ombro levemente e logo some para dentro do escritório do meu pai.
O que aconteceu aqui?
DOIS DIAS DEPOIS
— Pai! Chamem meu pai!— peço para um dos seguranças que saem correndo, olho em completo choque para os dois corpos bem na minha frente, um deles tem a cabeça pendurada no teto da varanda.
— Matteo, filho, o que...— Salvatore para de falar ao se deparar com a mesma cena que eu.— Chamem toda a segurança da mansão, convoquem uma reunião para amanhã mesmo com a cúpula.
— Pai, quem fez isso?— sinto meus olhos marejados.
— Eu não sei, mas isso foi alguma espécie de recado, mas o que faz acordado essa hora?
— Eu estava tendo pesadelos e resolvi descer para tomar um copo de leite ou algo que me ajudasse dormi, quando eu estava na cozinha, ouvi barulhos e gritos abafados, vim com cuidado até aqui e ainda consegui ver um homem todo de preto e emcapuzado correndo para longe da propriedade. — fico surpreso quando ele me puxa para um abraço.
— Não deveria ver esse tipo de cena, venha comigo, Valentina está dormindo tão profundamente que não ouviu quando o segurança foi me chamar, não quero que ela acorde e veja essa cena.— Salvatore caminha comigo para longe da varanda.
— Sabe que não seria a primeira vez a ver isso.— me refiro a morte dos meus pais, causada pela minha própria irmã em um surto mental.
— Querido, não pense nisso, vamos para seu quarto, amanhã cedo você vai para o treinamento de La Cúpula italiana, treinara e ficara o mais longe possível e seguro.— paro no meio do caminho para encara-lo.
— E a Eleonora?— o vejo soltar uma respiração pesada.
— Nem que eu a deixe nos cuidados de outra pessoa, mas não vou deixar que nada aconteça a meus filhos.
No dia seguinte, Salvatore recebeu uma carta na empresa De Angelis ameaçando a vida da sua própria filha.
Eu não vi, pois já estava longe quando soube que Salvatore sumiu com sua filha e voltou sem ela. Imagino como para eles deve está sendo difícil, em especial para Valentina.
TRÊS ANOS DEPOIS
— Mãe, como você está?— olho para a tela do computador e vejo Valentina que parecia tão abatida, tão triste.
Faz três anos que sua filha e eu saimos da mansão por segurança e desde então, Salvatore vem tentando descobri quem fez aquilo e ameaçou sua filha. Hoje volto para a Itália, depois de anos longe com um treinamento pesado na Grécia, me sinto forte o suficiente para proteger todos que amo.
— Meu menino, fico tão feliz de você está voltando, está um rapaz lindo.— Quando sai para o treinamento, eu tinha quinze anos, e hoje já tenho dezoito, ainda falta um mês para finalizar o treinamento e pelo que soube, será finalizado na Itália para que todos os parentes dos chefes de família possam ver os últimos dias dos nossos treinamentos.
— Eu até fiquei mais forte, me sinto aqueles caras bombados de academia.— ela ri.
— Ah, mas você está fortinho sim, está até com barba, seu pai vai ficar feliz em vê-lo. Ele está tão aéreo no trabalho que esqueceu que você volta amanhã.
— Não conte a ele, quero fazer uma surpresa.— ouço batidas na porta e logo Marco, meu amigo aparece na porta do meu quarto.— Mãe, tenho que desligar, hoje a noite eu e uns amigos vamos sair para comemorar a maior idade, amanhã cedo volto pra casa.
— Cuidado, e se divirta meu menino, eu te amo.
— Eu também, mãe.
Ao desligar a webcam, Marco me olha confuso.
— Porque não disse a ela que está voltando hoje a noite?
— Quero fazer uma surpresa, sei como ela e meu pai estão muitos tristes por terem que esconder sua filha, e só Deus sabe onde, para um maluco ou malucos não mata-la.
— Isso é verdade, meu pai me ligou, disse que Salvatore parece um morto vivo de tanto que trabalha, a cúpula está preocupada com ele.— solto uma respiração pesada.
— Vamos logo, o jatinho vai decolar logo e não quero demorar mais para ver minha família.
****
Sinto meu coração se apertar, jogo a mala no chão e corro portão a dentro, paro no caminho ao sentir braços me segurando.
— Matteo! Fique calmo!— é a voz do pai do Marco.
— Meus pais, eu preciso salvar eles!— grito em desespero, olho em volta e vejo vários corpos pela a propriedade, incluindo, de filhos de funcionários, muitos queimas ou cobertos de sangue.
— Você precisa ser forte.— escuto Marco fala.
— Eu não posso perder mais uma família, por favor Deus, mais uma não!— estremeço em um choro estridente.
— Pai, onde está Salvatore e Valentina?— Marco o questiona, olho no rosto dele, procurando uma resposta positiva, mas tudo que vejo é dor, olhos cobertos por lágrimas.
— Eu sinto muito, Matteo, a mansão já estava coberta de fogo quando chegamos aqui, e encontraram corpos carbonizados dentro do quarto deles, tudo indica que são eles.— meu corpo gela, me jogo de joelhos no chão, sentindo mais uma parte de mim, morrer, meu peito dói, minha visão fica turva devido as lágrimas.
Eu perdi mais uma família.
SEIS ANOS DEPOIS
Termino mais uma reunião da empresa De Angelis, sinto meu corpo cansado, não sei como Salvatore conseguia se virar, cuidar da cúpula e da empresa.
— Ei Matteo, quer sair para beber? — pergunta Marco ao entrar na minha sala.
Depois que assumi o cargo de Capo di tutti capi, nomei Marco meu Consigliere, muitas coisas na cúpula mudaram e para melhor, nos tornamos mais respeitados ao invés de temidos, deixamos de ser a máfia sangrenta que todos temem, e passamos e usar nosso poder para ajudar as pessoas, Salvatore já fazia isso, mas não era algo focado. Óbvio que as nossas regras e tradições continuam, entretanto, causar medo na população da Sicília, outro ponto é que juntamente com o governo, em nome da empresa De Angelis, é claro, tenho participado de projetos para aumentar o turismo e o comercio em Palermo.
Nosso estado e cidade é conhecido como "A origem da Máfia", na era medieval, tanto que a mansão De Angelis, parece mais um castelo , o maior do estado. Depois do incendio, mandei reconstrui-la exatamente como antes, mas não consegui voltar lá, comprei uma casa o mais longe possível.
— Preciso ir pra casa, Amélia me ligou, disse que vai fazer um jantar especial, faz dois dias que descobrimos a gravidez, estou bem feliz.— me casei a um ano, nunca em toda a minha vida achei que isso fosse acontecer, minha vida ficou tão conturbada desde a morte de Salvatore e Valentina.
Quando assumi sendo Capo da máfia italiana, muita gente não concordou por eu não ser um De Angelis legítimo, mas como tradição e regra crucial da máfia, a última carta deixada pelo antigo capo, deve ser seguida a risca, assim como seu testamento.
Lucca, irmão de Salvatore odiou isso, desde então só o vejo nas reuniões e sei que sua raiva por mim só aumentou mais. Sua ira também ficou pior quando, no testamento, a maioria dos bens da família, foi deixado para a filha dos De Angelis, que depois da leitura do testamento, tenho lutado dia e noite para acha-la, mas parece que Salvatore sumiu com ela da terra.
— Bom, marcamos outro dia, até segunda, Matteo.— dou um breve aceno pra ele. Me recosto na minha cadeira e retiro a minha gravata. Olho para a nossa foto tirada no dia do nosso casamento, e um sorriso bobo surge em meus lábios. Depois
Amélia foi meu pilar, nos conhece-mos na faculdade e me encantei, nunca pensei que a minha vida seria colorida novamente.
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Abro a porta da casa e um arrepio gelido percorre meu corpo, ainda mais vendo a casa totalmente revirada.
— Amélia?— nenhuma resposta, caminho até a escada, e a mesma sensação que senti na noite em que Salvatore e Valetina morreram, me atinge.
Vejo sangue por toda a escada e já temendo o pior, subo degrau por degrau, meu coração parece que vai sair pela boca. Ameaço perder os sentidos, ao me deparar com uma das cenas mais terríveis que alguém poderia ver.
Amélia estava pendurada no teto sob a cama, com uma corda pelo pescoço, suas mãos e pés arrancados e cortes profundos na barriga. Corro desesperado para tira-la da li, subo a cama e tento a todo custo tirar a corda, quando consigo, seu corpo cai em cima da cama, me abaixo ali e a puxo para meu colo. Ela estava muito machucada, bateram muito nela, já estava gelada e sem vida, olho nas paredes escrito com sangue, "todos que ama, vão morrer"
Meu corpo treme em um choro descomunal, aperto seu corpo contra o meu, olho para os lados procurando algo, alguma pista de quem fez isso, e para a minha dor ser ainda maior, vejo sapatinhos de bebe em cima do travesseiro.
— Meu amor... Meu filho...— olho para a barriga dela e me seguro para não desmaiar, nosso bebê, foi morto a sangue frio junto com a sua mãe, e ele ainda estava em seu ventre.
Eu perdi mais uma família, eu não posso amar ninguém, as pessoas sofrem, eu sofro, todos que se aproximam de mim, vão morrer, não posse deixar que isso aconteça novamente.
— Me perdoa, meu amor.— sussurro entre as lágrimas, acaricio seu rosto, sentindo a dor só aumentar.— Eu queria está no seu lugar, você tinha que viver, você e nosso bebê.— a abraço novamente contra meu corpo.— ME PERDOA!
Eu não posso amar, eu não posso ter sentimentos, eu não posso viver feliz.
Hoje morreu a última parte que sobrava, restando somente a casca do que já fui.