A protegida pelo dono do morro 3

Clara (Clarinha) Olho através da janela do avião e vejo o cristo redentor como sempre resplandecendo sua beleza... Como eu estava com saudades da minha terra natal. Eu estava morando a seis ano nos Estados Unidos depois de me formei na escola americana na Gávea. Minha mãe me colocou lá depois que eu me formei no 5° fundamental na escolinha Pedra da Gavea e lá eu concluí meus estudos até o 3° ano do ensino médio. Graças a minha dedicação nas matérias e minhas boas notas, eu consegui uma bolsa na Universidade MID que é um Instituto de tecnologia reconhecido como uma das melhores escola de arquitetura do mundo. Ela se localizado na cidade de Cambridge, condado de Middlesex, no estado de área metropolitana de Boston no norte dos Estados Unidos. Um lugar maravilhoso com belas paisagens típicas do Rio, porém não tem essa beleza e esse calor aconchegante da minha terra natal. Lá você vive intensamente cada estação do ano. No inverno neva bastante e você não consegue ficar mais de três horas fora de cada. Os dias são curtos e muita das vezes chuvosos o que desanima muito sair de casa e corre o risco de pega resfriado. O outono e a primavera são dias que a temperatura não cai tanto mais ainda existe o frio eminente. Lá eles vivem praticamente oito meses com o frio e apenas quatro meses de calor. O verão é a estação mais cobiçada por todos, pois os dias são mais quentes e produtivos. Você pode ficar muito mais tempo fora de casa, pode sair para se encontrar com os amigos sem carrega tanta roupa no corpo. Passei os últimos seis anos vivendo os costumes e tradições de lá e foram tempos muito bons. Eu conheci e fiz amizade com várias pessoas que ainda moram lá e outras que voltaram para os seus países assim como eu. Adquiri muita experiencia vivendo todos esses anos fora. Principalmente em como me virar sozinha em um país desconhecido, que eu não conhecia nada nem ninguém. Tive que aprender tudo sozinha, longe dos meus pais e amigos que eu deixei aqui. Meu pai no início foi contra. Ele não achava necessário ir tão longe para estudar sendo que aqui tem faculdade e eu poderia continuar vivendo perto deles, mas eu não queria. Não por frescura sabe?! Eu sentia vontade de me desprender um pouco deles e aprender a me virar sozinha. E eu também não estava passando por um dos meus melhores dias... Posso dizer assim! Gosta de alguém é algo complicado e eu quis ficar longe dessa pessoa na esperança de esquecer ele de vez, mas eu ainda não consegui totalmente. Ainda sinto aquele frio na barriga quando ouço dizer sobre ele ou quando o vejo de longe vivendo uma vida com outra pessoa. Como eu disse os anos que passei Cambridge foram bons, conheci várias pessoas adoráveis, tive alguns pretendes e relacionamentos vagos que eu tentei me envolver com dois homens, mas eu me sentia muito fria e sem animo pra dar o que eles queriam e por isso não durou muito tempo com nenhum deles. Eu ainda não sei o que eu quero na minha vida. Não encontrei alguém que me despertasse a vontade de ter umas "felizes para sempre" como eu sentia com essa pessoa que me decepcionou. Estou muito bem solteira, vivendo minha vida e amando minha família e amigos. Eu me considero uma pessoa muito rica de pessoas que me amam de verdade. Meu pai e minha mãe são as minhas maiores preciosidades. Tudo que eu sou é graças a eles que investem em mim e me amam mesmo não sendo filha de sangue. Eu não sinto que eles me amam menos que meus irmãos. Me sinto tão filhas deles como Bryan e Maya que também me veem da mesma forma. Nesses seis anos fora eu só pude vir visitá-los apenas uma vez em cada ano. A passagem é muito cara para sempre ficar vindo e indo de lá para cá, então eu sempre vinha no mês de junho que é quando finaliza o ano letivo na faculdade e voltava no final de julho para inicia mais um ano de estudo. Nesse período eu ficava grudada nos meus pais, pois é muito r**m fica longe deles tanto tempo. Nus falando apenas por mensagem ou chamada de vídeo durante a noite. Como toda a escolha tem o lado r**m o meu sempre foi ter que viver essa distância deles. Dos filhos eu sou a mais grudenta, ciumenta também. Tenho tanto medo de perder os dois, principalmente meu pai que o chefão do tráfico e vive correndo riscos. Sempre que acontece alguma coisa com ele meu coração gela e eu até me arrependia de ter ido embora e não está aqui com ele. Ele tem muitos inimigos então eu morro de medo de perder ele por conta disso. Os dois já passaram um período de férias em Cambridge a dois anos atras junto com Bryan e Maya. Foi maravilhoso ter todos eles comigo e agora essa distância acabou pois eu felizmente concluí minha faculdade e estou voltando para casa com o meu diploma na mão. Minha família não pôde ir à minha formatura, porque algumas coisas não andam bem para o lado do meu pai. Parece que um Juiz está determinado a prender ele de todo jeito e ele não está podendo sair para lado nenhum. Para eles não perderem o momento da cerimonias eu pedi para minha amiga Zizi fazer a chama de vídeo com eles no momento da entrega do diploma. Foi muito emocionante viver aquele momento a dois meses atras. Ainda sinto a emoção em cada flash que vem na minha cabeça de tudo que eu vivi. Tive que continua vivendo na cidade por mais dois meses, pois eu fiquei com umas pendencias na faculdade e precisava concluir o tempo de estágio obrigatório da faculdade. Foi bom viver esses anos fora, mas agora tudo que eu mais quero e volta a viver na minha cidade maravilhosa, sentindo esse calor maravilhoso que só o Rio de Janeiro tem. Ver e sentir a neve é lindo o duro é ter que conviver com o frio terrível que são os dias de inverno. Já vivi experiencias demais com o frio agora eu só quero o calor, praia, mar quente e bastante dias de sol na pele para deixa aquela marquinha que eu sempre amei. Nada de me esconder no meio de várias roupas grossa para atura o frio, diz chuvosos que nos prendiam dentro de casa. A partir de hoje eu vou expor minha pele morena todos os dias, deixa ela bronzeada com marquinha de fita como uma legitima carioca. Quero ir atras de um emprego fixo na minha área e me torna uma arquiteta renomada, mas antes eu quero me dar uns dias de lazer. Faltam quase um mês e meio para o final do ano. Vou me dar esse tempo de férias e curtir momentos com a minha família e amigos que eu tanto amo. O avião desce no galeão e meu coração bate forte. Muita ansiedade para ver minha família de novo. Não vejo a hora de abraça, beija e fica no meio deles juntinha para nunca mais sai. Quem ouve meus pensamentos pode pensar que eu não gostava e estava por obrigação fazendo minha faculdade fora, mas não é verdade. Eu amei tudo que eu vive em Cambridge, mas eu queria muito que minha família estivesse lá também. Acredito que seria muito melhor conviver com eles por perto. Somos uma família unida então é normal querer ter eles sempre junto de mim. Agora que eu voltei vou poder estar sempre junto deles e vai ser perfeito. Estou ansiosa pra isso... Saio no embargue com algumas das minhas malas nas mãos e vou fazer o check-in e pegar as outras no despache. Dois dias de viagem pra chegar até aqui me deixam exaustas. Não vejo a hora e de chegar em casa toma um banho e repor minhas energias comendo a comida maravilhosa da minha mãe. Acredito que seja ela quem vai me buscar, não sei como está o clima tenso da vida do meu pai, então, eu só vou saber quem vem me pegar lá fora... Puxando minha mala de carrinho, carrego as duas que estavam na minha mão por cima e vou carregando até o terminal olhando para as pessoas em busca da minha família. Maya— Clara! _ Ouço a voz dela do lado direito, olho vendo a mesma vindo sorrindo com os braços abertos usando uma saia branca que modela bem seu quadril, uma regata cropped de malha rosa e chinelo branco com óculos de sol preto na cabeça e seu cabelo liso pretão solto. Sorrio e solto minha mala e espero ela se aproxima e me abraça, quase me derrubando para trás... — Que saudade de você meu amor! _ diz contra meu pescoço e eu santo o cheiro do seu cabelo perfumado e atras dela vejo minha amiga maravilhosa Valentina, segurando a alça de uma bolsa preta com as duas mãos — Eu também meu amor. Não via a hora de chegar aqui! _ Digo me afastando do seu rosto, lhe dou um beijo na bochecha e tiro minhas mãos da sua cintura Valentina— Aaai... que saudade de você amiga! _ diz abrindo os braços para me recebe e eu faço o mesmo a apertando em um abraço caloroso — Saudades vida. Como é bom ver vocês!!... _ digo fechando meus olhos e sinto o aconchego de casa só por ver as duas — Cadê minha mãe? _ pergunto me afastando dela e olho para Maya Maya— Tá lá em casa te esperando. Infelizmente não deu para ela vir por causa daquele assunto, mas tá todo mundo lá em casa te esperando. Os meninos vieram trazer a gente e tão nos esperando no carro. Vamos? _ diz manejando a cabeça para a saída e eu seguro minha mala suspirando — Quem veio? _ Pergunto pegando na alça da minha mala e as duas se olham Valentina— Lá fora você vê. Vamos logo que eu tô morrendo de calor aqui dentro. Tem muita gente tumultuando aqui e você sabe, eu não gosto de muita gente junto, me dá aflição... _ diz pegando uma mala minha e Maya pega a outra — Eu estou morrendo de fome. Diz que a mãe já está me esperando com comida pronta? _ digo olhando para Maya que sorri concordando Maya— Meu pai tá fazendo churrasco. Está tudo pronto, esperando você chega. Seu voo demorou demais. Não era pra você chega as duas? — Sim, mas teve um imprevisto com o avião e a gente teve que fazer uma parada de emergência. Foi coisa de 20 minutos. _ Digo seguindo com elas para a saída do aeroporto, passando por duas portas até chega do lado de fora onde tem uma fileira te taxi parado. — O Bryan veio também? _ Pergunto seguindo as duas pelo passeio, olhando os carros passando Maya— Você sabe como ele é né? Saiu ontem com os amigos dele e hoje quando eu saí de casa ela ainda estava dormindo. O pai ficou uma fera, mas não teve jeito, ele não acordo mesmo com ele xingando. _ n**o com a cabeça rolando meus olhos. Esse garoto não muda nunca. Parece um playboy filho de bandido. — Laura também fez merda e o Tio tá puto porque não sabe pra onde que ela foi. Ela saiu com ele ontem e eu tenho certeza que eles ficaram de novo. Isso uma hora vai da merda... Valentina — Merda por quê? Eles são só primos, não são irmão. E ela também nem que nada sério com ele. Se ficou foi por resenha. Não vai "dar" em nada... — Você fala como se não soubesse quem é nossos pais né? Se um dia um deles descobri a p*****a dos dois vocês vão só o rolo que não vai dar... Valentina— Mais quem vai contar? Ninguém precisa saber. Deixa eles se divertir. Não faz m*l nenhum pega os primos, faz m*l pegar irmão. E outra... Sendo um pedaço de m*l caminho que é seu irmão não tem primo,vizinho nem amigo que aguente. Euzinha mesmo, "sento" pra ele mesmo gostoso! não passo vontade mesmo e "dou" pra ele sempre que eu sinto vontade e ele aceita. Tô nem aí! _ diz fazendo carão mexendo o ombro direito e eu dou risada Maya— Quero ver na hora que se apaixona. Sabe muito bem que meu irmão não vale nada e fica rendendo assunto com ele. Vocês são tudo emocionada, ainda vão dá de cara e eu não vou ouvir choradeira de ninguém... _ Diz empinado o nariz, colocando seus óculos de sol nos olhos no mesmo instante que cinco caras passam encarando a gente XX— E aí gatinhas! Tão afim de carona? Xx— No meu Porsche tem espaço para carregar as três princesas. Bora partir pra um role com a gente gatas? _ dizem sorrindo, nos olhando com malicia e Valentina olha para eles gostando da ideia. — Nem começa! Você vai embora com a gente! _ digo agarrando seu braço puxando-a para frente e ela ri olhando para trás Valentina— Calma amiga! Deixa eu avaliar o bofe direito. Olha que t***o aquele moreno? Certeza que ele é meu número... _ diz assanhada e ainda pisca para um deles com sorriso malicioso Maya— Deixa de ser p*****a cara! Cê nem conhece o bofe. Vai que ele tem namorada? Valentina— Não tô vendo nada na mão dele, mas fico imaginando elas em mim. Me dando aquela pegada... _ diz safada me fazendo ri e olhar para trás — Deixa de ser maluca, eles vão acabar vindo atras da gente... _ Digo olhando o loirinho com cara de playboy, usando uma bermuda jeans acima do joelho com rasgado, regata preta com estampado branco e tênis preto com o boné para trás, olhando para mim e me chamando com dois dedos Maya— Olha o loirinho tá a fim de você mana! Por que você não pega o número dele e marca um role depois? _ diz empolgada e eu n**o com a cabeça caminhando do lado dela — Eu não! Olha bem para a minha cara? Vê se eu tenho cara e quem pede número de celular pra bofe? Eu hem... _ despacho na hora fazendo cara feia Maya— Aí, deixa de ser careta, cara! Ele é mó gatinho e não para de encara você. Tá até te chamando... Olha lá! _ diz enlaçando seu braço no meu me fazendo rola meus olhos e olha para frente — Podem para com isso. Eu acabei de chegar e estou loca pra ir embora para casa. Não tô a fim de saber de homem nenhum. Se vocês quiserem ficar com eles podem ir, eu não quero saber de ninguém! Valentina— Estrega prazeres. O tempo passou e você continua a mesma careta de sempre. Muda nunca... _ diz com desgosto fazendo carão Maya— É mana! Você precisa relaxar mais. Nunca vejo você fala de homem nenhum... — Porque não tem o que fala! Eu não sou que nem vocês que se entregam fácil pra esses machos. Eu gosto dos homens que me conquistam e me vejam além de ser uma gostosa. Não tenho paciência pra moleque, muito menos os emocionados... _ ironizo amortecendo meus olhos convencida e elas fazem carão Valentina— Hurum! Até parece! Tá se achando tanto mais sabe que é problemática e gosta de inventar desculpa pra não pega ninguém... _ diz entediada e Maya concorda do mesmo jeito Maya— É verdade. Sempre quer arrumar desculpa porque é tímida e tem medo de chegar... _ diz com tedio, passando a mão no seu cabelo preto com tom de azulado do matizado que ela usa pra deixa ele mais pretão. — Não tem nada a ver... Vocês que são muito emocionadas. Eu não gosto de ser fácil assim. Não corro atras de ninguém. Se ele quiser ficar comigo ele que tinha que vir e não eu nele. E eu nem gosto de playboy. Pela cara dele, deve ser dos mais mimadinho, cara chato que não sabe conversa sem fala besteira. Não gosto de caras assim. Tô fora! Maya— Você é muito preconceituosa. Sempre arruma um jeito de por defeito nos bofes. Duvido que nesse tempo morando fora você ficou com alguém. Deve ser virgem ainda... _ Joga na cara me fazendo ri e n**a com a cabeça — Claro que não! Eu mostrei para vocês os caras que eu me envolvi lá, já se esqueceram? Valentina— Tudo fake, certeza! Você é muito careta! Não sabe vive que nem a gente na emoção. Sempre arruma desculpa pra tudo. Tudo por causa dele... _ diz fazendo carão e eu arqueio uma sobrancelha pra ela — Ele quem? Tá doida? Não começa com esses assuntos que eu não gosto e você sabe... ­_ alerto fechando a cara sabendo muito bem a quem ela se refere e uma olha para a outra Maya— Para de se fazer de durona! A gente sabe que você nunca esqueceu o irmão dela. Não que fica com ninguém porque ainda tem esperança dele larga a v***a da Alana e fica com você... — Me erra garota. Você não sabe de nada! _ Digo irritada sentindo meu coração batendo forte só de me lembra desse i****a e dessa vagabunda que sempre infernizou minha vida e hoje é fiel dele. Valentina — Deixa de ser marrenta. Você só vai conseguir esquecer dele quando assumi que ainda gosta dele, mas ele não vale a pena! Ele é meu irmão, mas você sabe que eu sempre fui mais você e só dele está ficando com aquela rata chifruda mostra que ele não te merece. Eu tenho certeza que ta com ela porque sabe que mexer com você. Tá com ela pra te provocar! Tá na cara que você não esqueceu dele e ele sabe. Você ainda ama o Jefinho... — Eu não amo mais ele! Dá para vocês para com esse assunto? Eu estou começando a ficar com raiva e sou capaz de pega um taxi e ir embora sozinha se vocês continua!... _ Ameaço com raiva ainda sentindo a dor da ferida que ainda mexe comigo Maya— Tá vendo? Se você não gostasse dele não ia ficar nervosinha. Tá se mordendo porque sabe que a gente tá dizendo a verdade... _ Diz cruzando o braço e para na minha frente me encarando por trás dos seus óculos escuro da Dior — Por que vocês insistem nesse assunto? Já se passaram anos. Minha vida é outra agora. Não tô nem aí pra ele e nem pra aquela p**a invejosa. quero mais que os dois se fodam!_ digo p**a, buscando ser convicta, porque eu jurei nunca assumi esse sentimento enterrado dentro de mim. Valentina— Então já é! Já que você insiste dizer que não lga, você não vai se importa dele ter vindo te busca junto com a gente e o João né? _ Diz irônica cruzando os braços e eu sinto meu coração oscila surpreso — O que? Por que vocês trouxeram ele aqui? _ Digo apontando o dedo para o chão indignada e as duas sorri irônica Maya— Nois não gata, seu pai mandou ele vir com a gente! Ele é o único que tem ficha limpa e veio junto com o João pra fazer a nossa segurança. Por causa do juiz a gente não pode mais andar sozinha. E eu não duvido nada que meu pai vai deixar justo ele na sua cola. _ Provoca com sarcasmo e eu fico chocada — Eu não acredito nisso! Eu não vou andar com ele pra lado nenhum. Isso é ridículo... _ protesto sentindo meu coração bater ainda mais Maya— Então vai lá e reclama com seu pai gata. E já pensa muito bem no motivo que você vai regeita ele pro nosso pai. Se ele perceber que você não gosta dele, ele vai querer saber o motivo e vai investiga. Nosso pai é neurótico. Não é segredo! Se ele descobri o passado de vocês ele vai cai para cima dos dois e mais dele. Já vai se preparando... _ alerta arquendo a sobrancelha e volta a andar empinada e eu perco todo meu sentido, não estava preparada pra isso Valentina— Fica tega gata! Não vai dá em nada! É só uma suposição, que ele pode fazer. As vezes nem acontece, relaxa!! _ Diz voltando a enlaçar seu braço no meu e nós voltamos a caminhar, comigo desanimada. Isso só pode ser um pesadelo! — E como você mesma disse que não sente nada por ele, vai ser moleza bate de frente amiga. Se for ele mesmo é só você continua ignorando ele que não vai acontecer nada. Ele é um i****a e você já está em outra vibe. Você não vai se abalar por ele tão fácil assim... _ Sinto seu tom de provocação e encaro ela que está com o rosto virado prendendo riso Maya— É maninha, agora você é a braba. Não sente mais nada por ele, então não tem motivo pra ter medo! Continua provando pra ele que ele não é ninguém e segue o baile... Viva ala viva gata! _ Diz gesticulando com as mãos para frente como as paty faz, desmerecendo alguém e eu não falo nada... Fiquei impactada com isso. Não queria ficar perto dele nunca mais. Sempre que eu venho aqui eu o vejo de longe e finjo que não o conheço, só que agora ter que conviver com ele todo dia, vai ser covardia. Como eu vou sobreviver a esse sentimento i****a por um cara que me traiu sem antes mesmo da gente ter algo sério?! Eu o conheço desde quando eu era criança e ia brincar com Valentina na casa dela que é próxima aonde minha vó Dorinha morava. Não posso nem me lembra dela que meu coração se parte. Já faz três anos que ela morreu de velhice e até hoje eu não superei sua morte. Eu sempre amei tanto minha vozinha linda. Vivia na casa dela todos os dias praticamente. Hoje quando vejo uma velinha parecida com ela eu ainda sinto a dor da saudade. Mas enfim... Jeferson foi meu primeiro amor e antes de ir embora para a faculdade, eu e ele acabamos ficando durante três meses. Eu sempre gostei muito dele desde que eu entendi o que é o amor de casal. Eu sempre sentia meu coração bater forte por ele junto com aquele friozinho na barriga e o ciúme de ver ele com outra pessoa, mas nunca tive coragem de assumi porque eu não queria perder a nossa amizade. Quando nós éramos crianças a gente brincava de bola na rua, jogava queimada e eu até soltava pipa junto com ele e seus amigos que se tornaram meus também com o tempo. Daí quando a gente cresceu íamos pra outros lugares juntos. Praia, cinema, cachoeira tudo escondido dos meus pais. Era sempre eu, ele, Valentina e o Hugo que é melhor amigo dele e meu também. Ia mais uns outros também que hoje nem nos falamos mais direito. Apenas de "oi" e nus seguimos nas redes sociais. Os únicos que sempre souberam são o Hugo e a Valentina. Sempre pedi pra eles guarda segredo porque eu não tinha coragem de assumi. Sempre deixei claro pra eles que se qualquer um dos dois contasse eles podiam esquecer minha amizade. Penso da mesma forma que meu pai pra confiança. Se você erra comigo uma vez não haverá uma segunda chance. Mesmo que você tenha feito tudo por mim, eu não aceito que traiam a minha confiança, sou muito rancorosa nessa parte. Não sou uma pessoa boa para lidar com decepção e pra mim confiança só existe uma.