- Você ouviu? Está carregando um filho meu, precisamos nos resolver. - Ele fala com tanta ternura, acaricia minha barriga, e a beija, eu fico calada.
- Por favor, aceite pelo menos me escutar. - Ele diz e eu faço que sim com a cabeça, então ele começa a falar.
- Eu fui a aquele restaurante encontrar ela sim, mas apenas para deixar claro que eu não iria mais sustenta-la, eu não a quero Renata, quem eu quero está bem aqui na minha frente. - Michel diz e me beija, eu não o correspondo, mas também não impesso, sinto meu coração quentinho.
- E porquê não me avisou? Em? Não é você o que não mente? Olha, é bem difícil acreditar...
- Não quis incomodar você com esse assunto que para mim não significa nada.
- Mas para mim significa sim, e muito, e esse erro seu pode custar o nosso casamento, deveria ter pensando antes.
- Não vou deixar que isso afete nada, você me ama, e eu te amo, você vai continuar comigo e ponto.
- Da mesma forma que eu comecei a te amar, eu posso deixar, e olha que vai ser bem mais fácil.
- Eu não vou permitir que isso aconteça, ainda mais agora.
- Você já permitiu querido. - Eu falo e ele sai do quarto cabisbaixo, como eu queria que tudo isso que eu falei fosse verdade, até parece que vai ser fácil deixar de ama-lo, ainda mais agora carregando um serzinho em meu ventre, eu deveria estar muito feliz, Deus me perdoe, mas não estou sentindo nada.
- Oi. - Marcella diz entrando no quarto.
- Oi.
- Como você está? Michel me contou que você está grávida, Renata, isso é maravilhoso. - Ela diz animada e desanimada ao mesmo tempo, ela sabe que não estou bem com ele, ela também viu tudo.
- Sim, é algo maravilhoso. - Eu falo triste.
- Não quero ver você assim. - Marcella está chorando.
- Não precisa chorar, eu mesma já derramei lágrimas demais por esse acontecido.
- Ah Renata, é bem complicado.
- Como assim? Não entendi.
- Ah, deixa pra lá, é complicado, vocês deveriam estar muito felizes, vão ser pais, sei que Michel está contente com essa notícia, ele queria isso, mas por outro lado as coisas entre vocês...
- Sim, as coisas entre nós estão péssimas. - Eu continuo o que ela ia falar, Marcella está falando nervosa.
- Mas vocês vão se resolver.
- Acho que não.
- Vocês precisam se resolver, não podem deixar que ninguém atrapalhe suas vidas. - Ela fala com certeza.
- Quem atrapalhou? Ele mesmo querida.
- Não.
- Como não? Se ele é casado comigo e diz gostar de mim, porquê estava em um restaurante logo com quem? A amante, e ainda por cima ela o beijou Marcella.- Eu digo e ela se levanta andando de um lado para outro.
- Mas você desmaiou nessa hora, ele nem estava esperando esse beijo, como você mesma disse foi ela quem o beijou, e ele rapidamente a empurrou, mas você não viu.
- Eu não quero mais falar disso, desculpa, mas eu quero ficar sozinha agora. - Eu falo e ela sai, ela é irmã dele e não iria complicar seu lado, gosto de Marcella, mas não quero envolve-lá nesse assunto, não seria justo ela ficar entre nós dois.
- Olá futura mãezinha.
Entra aqui uma enfermeira muito simpática, e conversa comigo.
- Teve fortes emoções não é? - Junto com a gravidez, levou a queda de pressão e o desmaio. - Ela diz enquanto retira o soro do meu braço.
- E coloca forte nisso em, rsrsrs. - Falo pra ela referindo-se as emoções que eu tive.
- Imagino querida, quer dizer, nem imagino, a vida sendo esposa do chefe da máfia não deve ser muito fácil. - Ela diz e eu sorrio concordando.
- O bom é que você já pode ir pra casa, só vai ter alguns cuidadinhos especiais para o bem do seu bebê. - Ela me explica tudo e o médico me libera.
Eu vou com Michel e Marcella, ele deixa Marcella em casa primeiro e ela se despede de mim, ficamos a sós e eu faço o trajeto todo calada, ele também não fala nada, nem é doido, sabe como eu iria reagir.
Chegamos em casa e meus amigos e minha mãe parecem já saber de tudo, estão me esperando e parecem aflitos, eu entro na casa e eles vem até mim.
- Filha, eu vou ser avó, é isso mesmo? - Minha mãe pergunta empolgada eu faço que sim com a cabeça e ela me abraça, sinto a sua vibração e fico feliz.
- Vamos ser TITIOSSSS. - Agora é a vez de Bia e Eric, estão pulando e me abraçando, tão felizes, eu os amo demais, e sei que eles vão amar muito o meu bebê, Michel fica nos olhando.
- Renata, vem aqui. - Ele me chama e eu vou sem ânimo algum até ele, só porquê tenho que ir, vai que ele me arrasta.
- Não vai comer? Tem que se alimentar bem, o médico passou uma lista de alimentos saudáveis e já passei pra Maria, ela vai cuidar disso. - Ele diz, parece até preocupado, deve estar mesmo, mas só por causa do bebê.
- Não estou com fome, comi bastante no hospital. - Falo e me viro pra sair.
- Ei, vem cá. - Ele me chama e me abraça, me dando um beijo na testa, sinto-me aconchegada, da vontade de chorar mas eu me controlo, depois ele me solta e eu volto até onde está meu pessoal, ele fica olhando eu me afastar.
- Vamos subir. - Falo pra eles, passo direto e já vou subindo as escadas.
- Vamos mesmo, percebo algo rolando no ar. - Bia diz, ela já percebeu meu semblante,
- Aí meu Deus. - Minha mãe diz, ela já fica preocupada, chegamos todos no meu quarto e eu me deito na cama de bruços, e deixo as lágrimas rolarem.