Alex narrando:
Abri meus olhos e vi ela vestindo a roupa rapidamente, não falei nada e ela não me viu acordado.
Saiu do quarto de fininho com o celular na mão.
Levantei rápido e fui atrás dela.
- Tu vai onde? - perguntei parado na porta, ela já estava quase saindo.
- Eu acho que estava indo embora. - debochou e eu cruzei o braço, mas já descruzei.
- Depois eu te levo, vou tomar banho, vou mandar um rádio pros cara e eles trazem alguma coisa pra gente comer. - Falei sério.
- Não. - falou meio alto. - Eu vou sozinha. Eu tenho que.. que ver umas coisas aí, e é isso.
- É.. - encarei ela, notando a mentira. - então vai pô, falou aí. Se cuida! - ela revirou os olhos e veio até mim.
- Tchau. - Me puxou e me beijou. - se cuida.
- Tu também pô, tu também. Se liga por onde tu tá andando. - Falei observando ela.
- Pode deixar, eu sei me virar. - Forçou um sorriso.
É, eu falo sempre, não vacila comigo!
(...)
Assim que ela saiu eu coloquei minha roupa, peguei minhas coisas e já sai, fui pra casa.
A outra estava lá dormindo, onze e meia já e ela dormindo.
Tomei banho e sai de fininho já pra ela não me ver.
Comi e fui pra boca.
- Aí patrão, a novinha irmã do William, tá aqui na casinha. Aquela que fazem as trocas, ela tá parada no portão.
A mensagem do cara que trabalha pra mim só dizia isso, mas logo eu me localizei, uma casa que fica fora do morro, mas é perto.
- tá fazendo o que?? - Mandei pra ele
- conversando com o mano do Helipa, tá no maior papo com ele.Com carinho e tudo.
- Pode pá. Valeu aí. - agradeci e não mandei mais nada.
Filha da p**a do c*****o! Vai levar um p*u bem dado, otária. Garota do c*****o, ela acha mesmo que eu não tô no rastreador com ela?
Piranha do c*****o.
Bolei uns dois ou três baseados e fumei todos. Depois quando era umas 18:30 fui pra casa dela.
Aproveitar que o irmão dela tá em missão. E mesmo se não tivesse também, eu sempre fico por lá.
Tomei um banho gostosinho, comi e fiquei deitado na cama dela. Deitei só de cueca, só não fiquei pelado pra não assustar ela.
Liguei a TV dela e fiquei lá, quase dormindo.
Ouvi o baque da porta e ela entrou no quarto sorrindo, só me viu quando estava prestes a tirar a calça.
Eu só encarando ela.
- Que isso, você tá doido? tu não pode entrar assim na minha casa, pelo menos não no meu quarto. - Falou assustada e me encarando
- E tu não pode me fazer de o****o. - Falei e ela já percebeu que eu não estava brincando.
- Ainda bem que eu nem tentei, não é mesmo? - sorriu debochada e ia entrar no banheiro.
Mas quando ela passou pela cama eu levantei rápido e segurei o braço dela.
- Presta atenção no que eu vou te falar! - fuzilei ela com o olhar, mas ela me interrompeu.
- Presta atenção você e me solta, me solta! - ela gritou e eu explodi.
- Não grita comigo não c*****o, grita não. - puxei o cabelo dela pra trás e com a outra mão acertei o rosto dela. - tu me respeita, filha da p**a! Tava lá com... - parei de falar quando uma lágrima molhou minha mão.
Ela secou o rosto rapidamente e me olhou.
- Sai daqui, sai agora. Eu não quero olhar pra tua cara. - disse assim que eu soltei ela.
- Lívia, me desculpa. Eu.. eu tô bolado contigo pô, foi m*l. Me desculpa, amor. - Falei tentando segurar o rosto dela.
- Eu não sou seu amor, sai daqui. Nem meu irmão, nunca levantou a mão pra mim. Quem é você? você não é ninguém, é só um m***a que cresceu na vida e acha que tem o direito de humilhar qualquer um.. - Pausa - Entenda que você não é ninguém, se morresse hoje não iria fazer falta pra ninguém, ninguém mesmo. Quer dizer, a não ser dos que tão contigo por interesse, pelo teu poder aqui e pelo teu dinheiro. Porque alguém que te ame mesmo você não tem e eu não vou deixar, não vou permitir nunca, nunca mesmo que você acabe com a minha vida. Já basta a sua vida na m***a que é, e a sua fama diz certo mesmo, tudo que você toca você estraga. Então, a partir de hoje, eu me retiro da tua vida, tu só é um amigo do meu irmão e mais nada, não olha pra mim, não fala comigo. - me olhou e entrou no banheiro, batendo a porta com força, ouvi o barulho do chuveiro e logo o choro dela.
Que m***a, p***a! Acabou, simplesmente acabou.
Eu não sei como começou e nem como acabou.
2 MESES DEPOIS.
Desde aquele dia eu e a Lívia parecemos dois desconhecidos, pior do que antes, que um até irritava o outro.
Ela andando pra cima e pra baixo com o mano que era do Helipa, o dono de lá transferiu pra cá, não era pra ficar na minha favela mas acabou ficando e eu não reclamei porque ele é bom no que faz.
Ouvi umas risadas altas e direcionei meu olhar na direção.
Olhei pra fora do bar e os dois passaram de mãos dadas, rindo.
Entraram no bar e vieram na minha direção.
- aí patrão. - o MC chegou rindo e estendeu a mão.
- Fala aí. Aquele carregamento tá como? - Perguntei e olhei rápido pra Lívia.
- Ó - se sentou e puxou a Lívia pro colo dele. Encarei ela disfarçadamente, mas ela percebeu porque enfiou a cara no pescoço dele - tá quase tudo no esquema, só preciso da confirmação do cara que vai na segurança pra poder despistar os filho da p**a. - Explicou e eu concordei.
- Tá certo. Pede lá alguma coisa pra gente comer, pô. - ele assentiu e a Lívia saiu do colo dele, mas sentou na cadeira, enquanto ele foi no balcão - Tô invisível agora? - perguntei depois de um tempo.
- Não, mas bem que podia fazer melhor, podia tá morto! Já te disse, você não existe mais.
Ficamos em silêncio e eu só encarando ela. p***a, que ódio!
Quando ele voltou, puxou uma cadeira e sentou do lado dela, ela colocou uma perna por cima da perna dele, e ele apoiou a mão. Filho da p**a, só eu posso pegar nela.
Fiquei falando com ele, comemos e depois eu sai primeiro.
LIVIA NARRANDO:
2 MESES DEPOIS:
eu tô pronta, cara. É ele! Nunca, em tão pouco tempo, eu consegui dizer que amava alguém.
Mas eu sei que amo ele e vou amar até o último dia da minha vida.
- Tu tem certeza?- assenti e ele me beijou. - eu te amo, Lívia. Tu é minha, minha mulher!
- Eu também te amo muito, Maicon. Tu é o amor da minha vida. - ele sorriu e se posicionou.
(...)
- Pô, eu queria fazer uma coisa romântica pra tu, mas não sei fazer essas paradas. - falou assim que eu sentei na frente dele. - p***a, tô com vergonha - falou todo sem graça mesmo e pegou uma caixinha do bolso. - que ser minha fiel, minha noiva, minha namorada, minha esposa, minha amante? Eu te amo pra c*****o, pô. - disse todo envergonhado.
Aí meu Deus, me diz como eu não vou amar isso?!
- Não precisava nem pedir, eu aceito, lógico que eu aceito. - ele colocou o anel no meu dedo e eu abracei ele.
- Antes de morrer, eu quero que tu seja a mãe dos meus filhos. - Falou me olhando e colocou meu cabelo atrás da orelha.
- Eu vou ser, mas você vai viver muito com eles. Agora vamos pra essa festa porque eu já até me atrasei, por tua culpa. - falei animada e puxei ele.
(...)
- Col foi, Mc... nem apresenta a mina. - me mediu assim que paramos perto dos caras que estavam ali.
- É a Livia, minha fiel e irmã do William. - Falou segurando aminha mãe e encarando o cara.
Ouvi uma risada anasalada assim que ele falou e já sabia quem era, olhei pra trás e o Alex saiu andando e rindo, mas uma risada, que na cara dele transparecia ódio.
- Amor, vou ali com as meninas. - falei baixinho no ouvido dele e ele só balançou a cabeça e beijou a lateral do meu rosto.
Fui em direção das meninas.
- Que babado é esse no teu dedo. - A Lara falou alto, como sempre.
- Meu amor que me deu. - sorri olhando o anel.
- Olha,não é que ele tá conseguindo fazer a p*****a sossegar. - A Lais falou pra pirraçar e eu revirei os olhos.
- Eu sou gospel querida, de p*****a aqui só tem a do cabelo. - Forcei um sorriso e ela gargalhou.
- O Alex tá te encarando com ódio. - A Lais falou olhando por cima do meu ombro.
- Alex? Quem é esse? não me lembro de conhecer ninguém com esse nome. Vamos descer, quero andar. - puxei elas e fui em direção ao MC. - Amor, vou descer com as meninas. -
- Eu vou te olhar daqui, se liga. - avisou e eu assenti, e dei um selinho nos lábios dele.