ANTONELLA NARRANDO
Dormir praticamente a tarde toda depois que tomei meu banho, afinal eu estava morta de cansada, eu deixei essa casa enorme um brinco, eu não sabia que iria ter tanto sofrimento nessa vida como estou tendo. Quando me acordei já estava noite, e eu precisava fazer o jantar, afinal o meu dono disse que eu preciso trabalhar igual uma condenada, que eu preciso fazer tudo dentro dessa casa, afinal de contas eu sou uma escrava na suas mãos, fiquei alguns minutos deitada na cama, imaginando como seria minha vida se eu tivesse a minha mãe, ou se meu pai se importasse comigo, mas foi como minha tia disse, que meu pai nunca me quis e que fui um erro na vida dele, e só minha mãe poderia cuidar de mim, mas como eu sou amaldiçoada, por ter matado ela no meu nascimento, deve ser por isso que sou marcada, fico pensando nisso enquanto as lágrimas caem pelo meu rosto, e de repente ouço alguém bater na porta do meu quarto, me levanto e vou até o mesmo, abro a porta e vejo que é a Emma.
Emma: Boa noite, Antonella, vim te chamar pra gente comer alguma coisa na cozinha. - diz sorrindo.
Antonella: Eu tenho que me ir para a cozinha de qualquer forma, preciso fazer a janta. - digo e ela sorrir sem graça.
Emma: Eu te ajudo a fazer a janta. - ela diz e sorrio.
Antonella: Não precisa, mas agradeço assim mesmo. - digo sorrindo.
Emma: Vamos logo. - diz e puxa minha mão, vou andando com ela, e descemos as escadas correndo, quando chegamos no final, a gente foi para a cozinha e assim que chegamos a gente já foi para a mesa, ela tinha preparado um chocolate quente com o bolo que sobrou do café da manhã. - Vem vamos comer. - diz me puxando, então me sento e como um pouco com ela, afinal eu estava morrendo de fome.
Antonella: Obrigada por me convidar. - digo tímida.
Emma: Não precisa me agradecer, eu sei que. Você ainda vai ser minha cunhada, e vai trazer o meu irmão de volta das sombras. - ela fala com tanta naturalidade que eu acabo me engasgando com o pedaço de bolo que estava comendo.
Antonella: Mas que conversa é essa Emma, meu Deus, se ele ouvir isso, capaz dele te bater. - digo sem jeito.
Emma: Mas essa é a verdade, você será a luz no final do túnel, eu creio. - ela diz isso é eu riu.
Antonella: Deus me livre, eu não vou cair nisso não, e nem quero envolvimento com ninguém. Minha vida já não é das melhores, e não quero piorar ela. - digo seria, e me levanto para começar a preparar o jantar.
Emma: Não quero te assustar com nada, mas meu coração sente essas coisas, e quase nunca eu erro meus palpites. - diz sorridente e ela começa a me ajudar a cortar as verduras.
Começamos a preparar uma macarronada, com um molho de camarão, e o cheiro estava por toda a casa, estava cheirando e a gente até que estávamos nos dando bem. Então continuamos fazendo a janta e ao fim quando tudo ficou pronto, a gente vai jantar, estávamos com fome, afinal de contas o que comemos foi um pedacinho de bolo, e eu estava com fome porque passei o dia inteiro sem comer absolutamente nada.
Antonella: Estou faminta, Emma. - digo pegando um prato, ela faz o mesmo e rir.
Emma: Eu também estou, o chocolate quente com o bolo, não encheu muito não. - ela diz e da gargalhadas.
Antonella: É verdade, eu passei o dia todo sem comer. - digo e ela me olha em choque.
Emma: Porque você não comeu hoje o dia todo? - ela pergunta preocupada.
Antonella: Eu não quis incomodar ninguém, e afinal eu estava fedendo por passar o dia com aquela roupa, e ainda por cima, seu irmão chegou com uns caras aqui e eu preferir sair e ir para meu quarto. - digo enquanto vou comendo. - Ele também comprou ou mandou alguém comprar essa roupa pra mim. - digo e ela sorrir.
Emma: Ele não trouxe nada seu quando você veio de onde morava? - ela pergunta e eu baixo a cabeça.
Antonella: Eu quase nunca tive nada, eu usava essas roupas velhas mesmo, as novas a minha tia sempre guardou, dizia que eu não merecia nada. - digo triste, e perco a vontade de acabar comendo, sinto uma lágrima cair no meu rosto, e ela enxuga.
Emma: Não fique assim, agora você tem a mim, e o que depender de mim, nós seremos muito amiga. - ela diz se levantando da sua cadeira e vem me abraçar.
Então depois que a gente jantou a gente lavou os pratos e por fim fomos para a sala, ela ligou na TV e ficamos assistindo uma série, eu nem sabia muito o que era, porque a minha tia nunca deixou eu assistir, e eu só via alguma coisa em TV, quando ela ligava ou na época da vovó, eu conseguia assistir alguma coisa, mas depois que a vovó morreu eu nunca mais conseguir assistir nada, eu nunca mais conseguir sorrir como antes, então assistimos e quando me deu sono, eu me levantei e fui para a meu quarto, assim que entrei no meu quarto, fui ao banheiro, e tomei um banho, eu estava cansada, o dia foi muito cansativo pra mim, então quando acabei o banho eu fui até a pia e fiz minhas higiene, assim que acabei, me enrolei na toalha e sair do banheiro, fui até a cômoda onde eu tinha colocado as roupas que foi comprada pra mim, então peguei um vestido fresquinho e o vestir com uma calcinha, quando já estava pronta, me deitei na cama e me enrolei com o lençol eu precisava de um descanso bom, então acabei dormindo.
Acordei no dia seguinte com a claridade invadindo meu quarto, e quando olhei a hora já passava das 06:30 da manhã, eu precisava me levantar para ir fazer o café da manhã. Então me levantei fui ao banheiro rapidamente, faço minha higiene e saio as pressas do banheiro e do quarto, vou andando rapidamente sem fazer muito barulho para a cozinha, e assim que chego eu dou de cara com o Comandante, ele estava sentado comendo um pedaço de bolo que fiz a noite com a Emma.
Antonella: Bom dia, senhor. - digo baixinho e o mesmo continua comendo e me ignora, o que não me faz diferença, eu aqui sou apenas uma escrava, mas uma que a qualquer momento pode ser que morra. Então comecei a preparar o café da manhã, estava fazendo tudo tranquilamente, só estava um pouco as pressas porque a Emma estuda pela manhã, então me apressei um pouco, e em menos de 40 minutos a mesa já estava farta de tudo, quando menos espero a Emma aparece sorridente.
Emma: Bom dia, m*l humorado. - diz com o irmão e eu seguro o riso. - Bom dia gatinha. - ela sorrir ao se aproximar de mim.
Antonella: Bom dia princesa, você dormiu bem? - pergunto e ela sorrir.
Comandante: Bom dia irmã. - diz comendo sanduíche.
Emma: Dormir sim minha gata. - diz me olhando, - Vem tomar café conosco. - ela diz e eu olho desconfiada para o Comandante.
Comandante: Pode comer, eu não mordo. - ele diz sorrindo. - Só mordo quando sou solicitado a morder. - ele fala sorridente.
Emma: Que abuso, você está terrível. - diz olhando pra ele e me sento ao lado da Emma.
Antonella: Obrigada, popr me convidarem a comer. - falo baixinho.
Emma: Não precisa agradecer. - diz tocando na minha mão. - Você aqui tem liberdade de comer e fazer tudo. - ela diz e o irmão dela olha sério.
Antonella: Eu estou bem aqui na casa Emma. - digo isso porque sei que não tenho liberdade.
Emma: Irmão, quando eu chegar da escola, eu quero que a Antonella, vá comigo no shopping, precisamos comprar roupas para o baile de amanhã. - ela diz e eu fico desconfortável, afinal eu nunca fui em festa e nem sei se ele vai permitir isso.
Comandante: Tá, passem lá na minha sala na boca, antes de ir para pegar dinheiro, e vou mandar o Pedrin com vocês. - diz sério e eu baixo a cabeça enquanto como.
Então ele se levantou e sair de casa, a Emma se despede e vai logo em seguida para a escola, eu termino de comer e arrumo toda a cozinha e começo a fazer o almoço, até porque quando tiver tudo pronto eu acho que finalmente vou sair desse presídio, vou conhecer um pouco o morro ao descer daqui, porque quando eu vim, eu estava dormindo. Então quando deixei tudo pronto, arrumei toda a casa, passei o pano e logo deu a hora e a Emma chegou da escola, ela sorrio ao me ver e eu fui para o meu quarto tomar um banho, me arrumei e fiquei pronta, quando já estava pronta a Emma bateu no meu quarto e eu sair, então fomos saindo de casa, e descemos o morro a pé até uma casa, era muito bonita a frente, tinha vários homens m*l encarado, e eu fiquei assustada, mas a Emma segurou no meu braço e entramos na casa, dentro tinha mais homens andando por todo o lugar, e andamos até uma sala, assim que ela bateu a porta já foi entrando, e dela ia saindo uma mulher, eu nem olhei para ela, apenas fiquei de cabeça baixa todo instante.
Emma: Não entendo o que essas vagabundas vivem ciscando aqui. - ela diz e a garota responde.
XXX: Tá falando comigo querida? - ela diz e a Emma da risada.
Emma: Não estou vendo outra vagabunda aqui, além de você minha cara. - ela diz e seguro o riso.
Comandante: Vaza da minha sala, se não tu vai apanha p***a. - diz sério e ela corre.
Emma: Quero o cartão preto, e vou para o shopping e não tenho horário de voltar. - ela diz sorridente, e eu continuo de cabeça baixa até que ele abre uma gaveta e tira um cartão preto da gaveta e um colar, e nossa era um colar bonito, a corrente dele era prata, e tinha três bolinhas com diamante em volta segurando o pingente, e no pingente tinha uma pedra de diamante, deu para perceber o brilho que tinha, o pingente era em formato de coração, ele se aproximou de mim, sorrindo.
Comandante: Aqui, use bem, e não tire por nada na sua vida, esse colar tem um rastreador, não vá pensando, que eu vou lhe deixar sair do meu morro sem nenhuma garantia de saber que você vai voltar, e além do mais, eu paguei muito caro por você. - ele fala aqui colocando o colar no meu pescoço e as lágrimas molham meu rosto.
Emma: Isso é ridículo, ela está comigo. - ela diz e me puxa pra fora da sala, a gente vai até um carro onde o cara que dirigiu quando eu vim pra cá e que já tinha indo na casa almoçar outro dia.
Então fomos para o carro e entramos, e o mesmo deu partida, eles até eram bem próximos, eles sorriam um para o outro e eu fiquei quieta no meu lugar, pensando em tudo que acabou de acontecer, eu jamais na minha vida vou poder sair desse inferno, eu não vou ter nunca liberdade, penso enquanto as lágrimas molham meu rosto. Chegamos no shopping e eu estava totalmente sem ânimo para nada, eu só queria morrer para acabar com toda essa dor que eu estava sentindo, então ela foi e várias lojas e eu só acompanhava ela, ela pegou muitas roupas inclusive várias para mim, e eu não ligava, eu estava com os pensamentos distantes, eu estava longe e só conseguia pensar na minha mãe. Quando acabamos, voltamos para casa, e ela colocou todas minhas coisas no meu quarto e ela percebeu o quão triste eu estava mais preferiu me deixar no meu espaço, quando ela deixou tudo eu fui tomar um banho e cair na cama, chorei muito até pegar no sono.
No dia seguinte, eu acordei e fiz minhas atividades como sempre e passei o dia todo deitada na minha cama pensando em todo aquele sofrimento que eu estava passando, até que eu olhei ao redor e suspirei, passei o dia sem comer nada, e durante a tarde eu acabei adormecendo e só acordei com a Emma invadindo meu quarto, ela me fez tomar um banho, me arrumou para irmos a algum lugar, e quando já estávamos pronta, a gente foi até a porta e lá tinha o carro a nossa espera, e o outro rapaz, que eu vi ele estava ao volante, ele ficou me olhando e acabei ficando com vergonha, deixei minha cabeça baixa, e quando ele dirigiu até chegamos em um lugar bem iluminado, e a música era alta demais, eu suspirei ao ver onde estava e eu nunca tinha ido a uma festa, a Emma saiu me arrastando até subimos para um lugar, que ela chamava de Camarote, subindo eu não tinha visto o irmão dela, minutos depois ele saiu de dentro de um lugar com uma morena, ele sorria e ela se arrumava, ele vinha descendo a rampa, e quando chegou mais perto, seu olhar cruzou com o meu e eu desviei meu olhar do dele, eu não estava me sentindo bem ali, mas continue do lado da Emma, ela dançava e eu ficava apenas olhando ela se movimentar.