Minha cabeça doia, meu corpo doia. Eu estava me sentindo preso, a dor no meu peito não queria passar. Jogado no chão do meu escritório, encarando uma estante de livros, eu passei os olhos pelo lugar. Os vasos, copos, garrafas e o que mais encontrei na minha frente estava jogado no chão, quebrado em milhares de pedaços, assim com a minha vida. A culpa me consumia por completo, o mundo estava caindo nas minhas costas. Eu assistia tudo como um filme, um filme ótimo mas com um final trágico. A porta foi aberta e tive o vislumbre de Ava entrando. Ela disse alguma coisa, mas ignorei completamente a sua presença, eu queria me afundar na minha própria solidão. — Nikolai. — Ela disse calmamente, se abaixando ao meu lado. — Me deixa sozinho. — Grunhi, bebendo todo o líquido da minha garrafa de