Beatriz chega ao duplex, esgotada. Senta em seu sofá e respira fundo. As últimas horas tinham sido as mais intensas desde que voltou do Cairo, de onde já sente saudades. Não demora muito, surge Leninha, nervosa. — Dona Beatriz! Que bom que senhora chegou, mandaram entregar isso para a senhora – avisa a funcionária entregando um envelope grande branco. — Obrigada – agradece Beatriz, confusa, abrindo o envelope. Dentro, um smartphone e um papel que caem no colo de Beatriz. Ela pega o papel, o desdobra, lendo o que está escrito: “Ligue-me” logo abaixo um número . Ela liga o telefone, disca o número e aperta para chamar. Depois de dois toques uma voz conhecida atende: — Por que não me ligou quando chegou? – pergunta Flávio, irritado — Estava preocupado. Aconteceu alguma coisa?