Marrenta II

Decepção

Narração da Julia.

- Céus onde vim parar? Deitada em minha banheira com uma gilete na direção de meu pulso esquerdo. Então esse é o fim de Julia Morais? Engraçado dizem que no fim lembra-mos do começo e agora eu penso nos meus pais de como as coisas costumavam a ser antes do maldito dia que fui expulsa de casa. O meu pai costumava a me tratar como uma verdadeira princesa e dizia que eu era a luz dos seus olhos. Ah pai quanto tempo perdemos por causa do seu jeito duro de ser? Quantas coisas eu queria te dizer e não terei a oportunidade. Só queria que soubesse o quanto eu o amo e mesmo com tudo que aconteceu senhor Marcelo eu nunca deixei de te amar.

- Agora fecho meus olhos e respiro profundamente, enquanto continuo a ser tomada por minhas lembranças. Meus amigos Edu, Helo, Hellen e Cris meu grante amor! Ah quantas coisas vivemos juntos? Quantas vezes ri das palhaçadas do Edu e da Hellen. Espero que possam me perdoar pelo que estou prestes a fazer mas é por vocês, pela segurança de vocês. Cris meu amor porque demoramos tanto a ficar juntas? Por que as coisas tinham que ser assim que droga. Eu queria mas tempo com você, com a Kelly e com o Diogo meus irmãos.

Aii grito alto ao sentir a dor após fazer meu primeiro corte no pulso ao mesmo tempo que choro de forma descontrolada. Me praparo para aprofundar o corte quando lembro de uma coisa que a Hellen me disse: - Que quando estamos juntos nada e nem ninguém pode nos deter. No mesmo instante jogo a gilete para longe e dou um salto para fora da banheira.

- Mas que merda eu estava prestes a fazer? Superei um estrupo, superei o abandono do meu pai. Não vai ser aquele i****a que me fara desistir da vida. Então pego o meu celular e mando uma mensagem para Helo. – Amiga vem de pressa ao meu apartamento fiz besteira e preciso de você.

Enquanto isso na mansão Duarte Kelly e Heloisa conversam.

– Pequena a Ju já deveria ter chegado? Eu fiquei preocupada pela forma que ela falou no final do julgamento. Heloisa.

– Fica calma vou ligar para ela na certa dormiu ou algo do tipo. Beijo a minha marrenta e pego o meu celular na bolsa, E então vejo a mensagem da Ju. – Meu Deus o que essa maluca fez? Eu respondo. – Estou indo o mais rápido possível. Coloco o meu celular novamente em minha bolsa e vou saindo apressadamente, quando a Kelly coloca a mão em meu ombro,

- Amor aonde vai com tanta pressa? Ei to falando com você.

Heloisa

Como não queria assustar a minhaa marrenta respondi. Vou comprar mais bebidas. Vejo a Kelly me olhor de forma estranha mas tento manter a minha postura.

- Pequena a geladeira está lotada. Ela falou me olhando no fundo dos olhos.

Heloisa

– Eu sei mais do jeito que esse povo bebe nunca é demais. Dou um selinho rápido na marrenta e sai às pressas. Estava na cozinha e quando chego ao corredor encontr Cris e Hellen. Então puxa Hellen pelo braço.

– O que foi Helo?

– Vem comigo no caminho eu te explico ela fica sem entender mais me segue. sem reclamar. Quando estamos no meu carro.

Hellen.

– Agora dá para me dizer o porquê está saindo nessa pressa? Heloisa pega o celular e mostra a mensagem de Julia. Hellen.

– O que essa menina aprontou?

Heloisa.

– Vamos descobrir eu sábia que tinha algo errado com ela, o jeito que ela falou no tribunal parecia que estava se despedindo.

Hellen. – Meu Deus Helo acelera.

Heloisa.

– Estou indo o mais rápido que posso. Cris vai até a cozinha.

– Amiga sabe o porquê a Helo saiu parecendo um louca?

Kelly.

– Ela me disse que ia comprar bebidas cunha.

– Comprar bebida? Fala sério a geladeira está cheia fora o frigobar.

Kelly.

– Também estranhei mais ela me disse que esse povo bebe demais. – Conseguiu falar com a Ju?

Cris.

– Não liguei para a morena mais cedo e ela não me atendeu. – Estou preocupada a forma que ela falou no final do julgamento não foi normal. Eduardo que estava chegando ouviu o final da conversa?

– O que não foi normal?

Cris.

– Deu para ouvir conversar dos outros bicha intrometida.

Eduardo.

– Não Cris imagina amiga é que cheguei e peguei o final da conversa só isso.

Kelly.

– Ok fingimos que acreditamos rindo. – Estávamos falando da Ju. O jeito dela depois que foi dado a sentença me assustou.

Cris.

– Se ela não aparecer em 30 minutos vou atrás dela.

Diogo.

– Quer dizer que enquanto estou ajudando a organizar a festinha vocês estão aí de fofoca? Cris.

– Precisa de ajuda cunhado?

– Sim. Então ela o segue até a sala... Heloisa realmente dirigiu o mais rápido que pode e não demorou a chegar ao apartamento de Julia. Ela e Hellen vão correndo para a porta.

Hellen.

– Helo vem está aberta. Elas entram gritando pela amiga.

– JULIAAA.

– Estou aqui. Elas olham e encontram a amiga deitada no sofá com uma atadura pressionando o pulso direito.

Heloisa.

– O que é isso Julia você ficou maluca? Hellen olha com uma cara de susto para atadura ensanguentada.

– Perdeu o juízo de vez garota? Elas a levam até o carro e seguem para o hospital mais próximo.

– Depois de ser atendida a srta. Vai nos explicar direitinho o que te deu para fazer isso disse Heloisa. Elas entram e são rapidamente atendidas. Julia recebe alguns pontos no pulso.

Médico.

– Você deu sorte garota se esse corte fosse um pouco mais profundo não daria tempo de chegar aqui.

Julia.

– Eu posso ir embora?

Médico.

– Você está sentindo alguma coisa?

Julia.

– Um pouco zonza.

Médico.

– É normal vou te librar mais não volte a fazer nada parecido com isso. – Você é tão linda não se machuque novamente ele toca no queixo dela sorrindo. Heloisa estava parada de braços cruzados na frente da amiga.

– Agora me explica o que te levou a fazer uma coisa dessa?

Julia,

– Não me olhem desse jeito.

Hellen.

– O que esperava que batêssemos palmas para sua atitude?

Julia,

– Amigas me desculpem só que o Arthur me disse que só deixaria vocês em paz se eu morresse, ele queria se vingar de mim machucando vocês. Primeiro seria Kelly, depois seria a Cris me deixaria por último.

Heloisa.

– Aquele psicopata... então foram essas bobagens que ele te falou no tribunal.

Hellen.

– Amiga ele pegou 8 anos de prisão não tem porque você está nessa aflição toda.

Julia suspira.

– Não seja ingênua estamos no Brasil o cara cumpri um terso da pena e estará solto aprontando novamente, sem falar que ele tem bons advogados que poderão entrar com recursos e ele pode fugir. – Se tentei fazer isso foi pensando em vocês na segurança de vocês.

Heloisa a olha com raiva.

Pensando na gente?

Julia. – Sim

Heloisa com lágrimas nos olhos.

– Você é minha melhor amiga e quer me dizer que tentou se matar pensando em mim? – Tem ideia de como eu ficaria se te perdesse, se não chegasse a tempo naquele apartamento desolada seria pouco. – Eu te amo amiga. – Você é muito importante para mim, para seus irmãos, os seus pais e a sua namorada a Cris iria enlouquecer.

Hellen.

– Nós sempre ajudamos uns aos outros e se o Arthur tentar fazer qualquer coisa estaremos prontos para ele, se matar não é solução de nada. – Nossa não acredito que você pensou que ia resolver as coisas assim. Olha para mim levanto o queixo dela. – Acha mesmo que estivemos juntos nos apoiando esse tempo todo para depois termos que chorar a sua morte Julia? Julia chora muito.

- Me perdoem assim que usei a razão desisti e pedi ajuda.

Heloisa.

– Me promete que nunca mais tentará nada parecido com isso?

Julia.

– Eu prometo. Elas abraçam a amiga e seguem para a mansão. Ao chegarem.

Kelly.

– Finalmente pensei que tinha ido fabricar as bebidas?

Heloisa.

– Não fomos comprar bebidas.

Cris.

– Então aonde vocês estavam?

Eduardo. – Fugiram do trabalho.

Hellen.

– Não foi nada disso fomos socorrer uma pessoa.

Diogo.

- Quem?

Julia.

– Eu. Disse entrando na mansão. Todos a olham sem entender o que ela quis dizer com aquilo. Então ela se sentou e os amigos a rodearam.

Cris.

– Me explica isso do que as meninas tiveram que lhe socorrer Julia?

Julia.

– Meu amor ela conta tudo que ocorreu no tribunal com Arthur até a tentativa de suicídio. Kelly a olha seriamente.

– O que você tem na cabeça? Heloisa porque não me contou da mensagem?

Heloisa.

– Marrenta depois de tanto tempo lhe vi animada e não quis te preocupar meu amor.

Eduardo.

– Não acredito que pensou que se matando iria nos ajudar.

Julia.

– Eu não usei a razão as palavras daquele infeliz ficaram ecoando em minha mente, ele me disse que a próxima que ele iria machucar seria a Cris, - E não podia permitir que ninguém te machuque meu amor.

Cris.

– Ninguém além de Você.

Julia.

– Como assim?Cris a olha com muita raiva.

– Julia você me machucou profundamente tentar se matar? – Nem por um instante pensou em mim como eu ficaria sem você. – Eu te amo garota e muito desde o primeiro momento em que ti vi sentada no chão daquele quarto, naquele maldito dia eu te amava só queria cuidar de você, lhe proteger. – Aliais tudo que venho fazendo até hoje é isso te cuidar porque lhe amo demais, mesmo quando você agiu que nem uma estupida comigo dizendo que eu era da rale no dia que conhecemos a Kelly. – Mesmo assim passei a noite cuidando de você porque sempre soube que não era aquela pessoa, babaca que aquilo tudo era alto defesa.

Julia.

– Meu amor me perdoa assim que usei a minha razão desisti daquela ideia absurda e pedi ajuda. Cris começa a chorar.

– A Heloisa e não a mim que sou sua namorada qual a parte do estou do seu lado para qualquer situação que ainda não entendeu?

Julia.

– Eu sei disso.

Cris.

– Não pareci Julia Moraes.

Kelly.

– Estou tão desapontada depois de tudo que passamos você cogitar se matar, eu te amo não consigo acreditar que achou que eu iria suportar te perder.

Diogo.

– Eu te amo Julia você é minha irmã caçula e não acredito que iria fazer uma coisa dessas. – Todos aqui te amam e muito e faríamos o possível para te ajudar se o Arthur aparecer novamente, vai ter que passar por cima de todos aqui para te atingir ou a qualquer uma das meninas. – Você precisa confiar na gente.

Julia.

– Mais eu confio em vocês.

Kelly.

– Não confia se confiasse teria nos contado da ameaça dele e não fazer uma besteira dessas como a que tentou.

Heloisa.

– Promete para todos aqui o que me prometeu no pronto atendimento.

Julia.

– Está bem eu prometo nunca mais tentar algo parecido, e sempre dividir meus problemas com vocês. – Me perdoem eu não sei o porquê tentei fazer isso eu amo muito vocês. Todos a abraçam com exceção de Cris que continua a olhando seriamente.

– Princesa não vai me dar um beijo ou um abraço?

Cris.

– Não.

Julia.

– Mais porquê?

Cris.

– Por que nunca em toda minha vida estive tão decepcionada com você. Ela entra no quarto deixando Julia chorando na sala.