Chapter One

2604 Words
Nath   Eu juro que tento entender a vida, como coisas que ela me faz e os motivos de tudo de r**m que acontece comigo, mas eu nunca chego em uma conclusão certa e nem com lógica, não me lembro de ter tacado pedra na cruz em outra vida e nem me lembro de dançar pelada na frente dos apóstolos, talvez eu tenha feito algo pior do que isso ou é apenas implicância da vida comigo mesmo, não é possível. Quando era ainda bem pequena, o maldito câncer tirou minha mãe de mim e junto dela levou minha irmã, meu pai nunca foi o tipo de pai presente e nem pai ele foi pra mim, sempre vivia pelas ruas em bares. Depois que minha mãe se foi, podemos dizer que tudo piorou cada vez mais, eu tive que parar de estudar porque tinha que ficar em casa trancada como ele sempre saiu, saia e me trancava, aos poucos fui crescendo e vi ele se afundando em dívidas com o dono do morro, o relíquia. Ele é um dos piores caras que já conheci, vive sério e de cara amarrada, ele deve ter o sorriso horrível pra nunca mostra-lo, não brinca com ninguém e não gosta de muita conversa, diz que ele mata sem esboçar nenhum arrependimento e não tem pena de ninguém; já me falaram que ele ficou assim depois que a mulher dele foi embora com outro, outros dizem que é porque ela morreu mas eu nunca acredito nas fofocas que esse povo dizem, tudo não tem oque fazer. Mas mesmo assim eu tenho medo, pôs lembro que todas as vezes que eu via ele batendo em uma das p**a daqui do morro que da pra ele. Ele parece ser assunto, com aquele olhar fuzilador e sombrio, curioso e lindo também. Vamos concordar, ele é uma delícia .. que homem senhor, se não fosse tão m*l encarado e r**m, fosse talvez mais bonito ainda. Sorrir de vez em quando não mata ninguém mas ele pelo jeito deve fazer m*l pra saúde, meu deus! Lany - Amiga, oque acha de irmos ao baile hoje? Lany é minha melhor amiga, conheço ela dês de quando estava na barriga da minha mãe, nossas mães eram bem amigas e crescemos juntas, a mãe dela é minha madrinha e quando minha mãe faleceu a mãe da Lany até tentou fazer com que eu fosse morar com ela, mas quem disse que o homem que eu chamo de pai, deixou? Mas mesmo assim ela me ajuda em muitas coisas, cuidava de mim, me levava no médico quando ficava doente, me comprava presentes no meu aniversário porque não tinha condição de fazer festa mas aquilo me alegrava, ela independente de tudo pra me ver bem; coisa que jamais meu pai fez ou até mesmo faria. Nath - Não sei sei meu pai vai concordar com isso Lany - Levanto da cama e vou pra frente do espelho pentear meus cabelos. Lany - Nath..o teu pai não aparece aqui a quase três dias, ele não manda mais em você também, você tem 19 anos, vamos..por favor! - Junta as mãos implorando e faz um beicinho e eu rio. Nath - Certo, vamos. Mas eu não tenho roupa pra ir! - me sento na cama e deito em suas coxas enormes. Lany é linda, morena com os longos cabelos lisos e negros, olhos cor de mel, corpo com bastante tatuagens e um corpo maravilhoso, uma cintura fina e uma b***a enorme, s***s do tamanho certo e uma coxa grande e grossa. Ela é perfeita. Eu não me acho tão bonita assim, mas eu também não sou feia, sou loira de olhos claros e cabelos longos. Tenho apenas uma tatuagem que é o nome da minha mãe e dois anjos, uma mulher é uma criança. Que significa minha mãe e minha irmã e os dados que foram da minha vida. Tenho um corpo esbelto, cintura fina também e uma b***a tamanho médio, s***s fartos e coxas grossas. Lany - Eu tenho, vamos lá pra casa e eu te empresto uma que tu vai pisar na cara das p*****a do baile. - Levanta da cama em um pulo e faz um gesto estranho com as mãos na frente do rosto e eu gargalho, minha amiga é louca. Nath - Tabom sua louca, mas nada muito vulgar, não quero disputar com as p*****a. Lany - Ih larga de ser xoxa menina, vem logo. - Me puxa com ela e saímos do meu quarto que é no segundo andar da casa que não é tão grande comparada a casa da Lany mas né. Lany - Mãe cheguei, Nath tá aqui! - grita entrando em casa e madrinha vem de dentro da cozinha aonde passa a maior parte do seu tempo. Ela é cozinheira e boleira, faz encomenda pra festa, eu amo ajudar ela a cozinhar, ela me ensinou muita coisa já que ela diz que Lany nunca tem paciência e eu tenho de sobra. Janaína - Oi querida. - Me da um abraço caloroso do qual eu amo demais. Nath - Sua bença madrinha. - dou um beijo em sua testa. Janaína - Que Deus te abençoe e te ilumine minha querida. Quer comer alguma coisa? Seu pai já apareceu? Nath - Não precisa, eu lanchei em casa, e não; ele está sumido faz uns dias, ele faz isso sempre. Lany - Ele logo aparece, agora vamos se arrumar. - me puxa e eu bufo. Janaína - Posso saber aonde a lindas irão hoje? - pergunta antes de subirmos todos os degraus para o andar de cima. Lany - Baile! - grita já entrando no quarto e me puxando com ela. Janaína - Tomem cuidado! - madrinha fala quando já estamos no quarto mas consigo ouvir. Lany - Vai lá no guarda roupa e escolhe a roupa que você vai usar, eu vou tomar banho. - entra no banheiro me deixando ali. Vou até o guarda roupa e procuro no meio das milhonesimas roupas da minha amiga, uma roupa boa, decente e lacradora pra ir ao baile. Mas não acho nenhuma do meu gosto Lany - p**a que pariu, ainda não achou Nathaly? - Sai do banheiro enrolado em uma toalha e outra na cabeça. Nath - Não tem nada aqui decente, Alana - Me sento na cama e bufo. Lany - Toma .. usa isso, vai lacrar! - me estica uma vestido preto, com uma a******a dos dois lados da costela e outro no meio do peito e um pouco curto até. Nath - Isso aí é curto demais, não acha? - aponto pro vestido que tá em suas mãos.  Lany - Entra banheiro local e vai tomar banho e veste isso, antes que eu te faça na pelada. - joga o vestido encima de mim e eu reviro os olhos e entro pro banheiro. Tomo um banho e uso o shampoo da Lany, lavo meus cabelos e fico um tempo no chuveiro até ouvir Lany gritando pra eu sair. Saio do banheiro enrolada na toalha também e visto uma lingerie preta que eu tenho guardada aqui, foi uma madrinha que me deu de presente faz uns dias e eu nem usei. Passo um hidratante corporal de morango da Lany, visto o vestido que ficou mega curto e apertado no meu corpo, mas até que ficou bonito. Nath - Isso tá curto demais! - reclamo passando a mão no corpo na frente do espelho Lany - Você tá linda e gostosa e vai lacrar hoje, cala a boca e senta aqui pra mim te maquiar. - reviro os olhos e sento e ela começa a me maquiar. Não demora muito e ela acaba, olho no espelho e me sinto linda e bela, ela é ótima nesse negócio de maquiagem! Me deixou perfeita. Lany - Vai de salto ou tênis? - pergunta caçando algo dentro do guarda roupa. Nath - Tênis! Lany - Não, você vai de salto. - me joga um salto alto preto. Nath - Então porque me deu opção se você que decidiu por mim? - reclamo colocando o salto e ficando em pe, fiquei um pouco alta. Lany - Porque eu gosto de perguntar antes, pra vê se você escolhe uma opção, mas não foi o caso. Nath - i****a. Saímos do quarto e saímos de casa, madrinha já tinha saido pra fazer uma entrega em uma festa, eu até que preferia está com ela do que está indo pra um baile. Chegamos na quadra aonde é o baile todos os sábados, estava lotado e tocava "MC TH - Festa da Árvore", Lany por automático entrou e eu acompanhei até porque não vim aqui pra ficar parada olhando pra esse bando de canhão, tribufu, tudo bêbados ! Fomos até uma barraca e compramos uma garrafa de Smirnoff, bebendo junto com Lany e dançando, rebolando até o chão ao som de "Anitta - Movimento sanfoninha" Ficamos dançando até que um homem vem por trás de mim e eu olho estranhando e vejo ser um dos cara que anda com uma relíquia, se não me engano é o Playboy. Playboy - Chefe mandou te chamar lá na boca. - segura meu braço e eu solto. Nath - É mesmo? Diz a ele que não sou vendedora de pamonha pra ele me chamar assim do nada, e eu não vou a lugar nenhum. - Viro as costas mas ele me puxa com força. Playboy - Ele não perguntou se você queria ir, vê se não complica mais a sua situação, eu não quero teu m*l não loirinha, só que é o chefe que tá te chamando. - diz e eu bufo revirando os olhos. Lany - Oque o relíquia quer com a Nath? Diz a ele que ela não quer nada com ele, agora mete o pé cara de sapo boi - fala afrontosa e vejo o fechar mesmo a cara. Playboy - Eu não tô falando contigo não, tô falando com a mina aqui e tu fica na sua antes que eu raspe tua cabeça. Lany - Raspa teu saco i****a, minha cabeça ninguém encosta não. - eu gargalho Playboy - Olha .. - ele vai pra cima dela mas eu seguro ele. Nath - Chega! Vamos logo vê oque teu chefe quer comigo, esquece minha amiga, ela tá bebada - falo e ele assente. Lany - Tu vai aonde Nath? Esse cara é perigoso! Minha mãe não vai me perdoar se algo te acontecer. - Segura meu braço e diz preocupada. Nath - Relaxa, não vai me acontecer nada não, eu já já estou de volta, fica aí. - não dou tempo dela responder e vou junto com o Playboy caminhando entre uma multidão. Fomos até a boca em silêncio, na frente da boca tinha uns caras armados que provavelmente são vapores, outros estavam vendendo drogas e quando me vêem dar um sorrisinho b***a e eu olho com cara de nojo. Tribufus Playboy me deixa dentro de uma sala e eu olho em volta não tem ninguém, até sair de dentro de uma porta, relíquia com uma mulher, no caso! Ludmilla. Ajeitando as calças e ela arrumando o vestido. Olho com nojo, essa mina já passou na mão de todos os caras desse morro, arrombada Ludmilla - Oque ela tá fazendo aqui relíquia? - fala com a voz de cu dela quando me vê. Relíquia - Ludmilla, alguns daqui! - fala frio e me olha do mesmo jeito. Ludmilla - Eu não acredito que você vai comer essa loira oxigenada aí! - diz e eu sinto uma louca vontade de voar nela e da na cara dela. Mas alguém faz isso por mim antes. Ouço um barulho e vejo que relíquia deu um tapa na cara da v***a e pegou ela pelo cabelo, me assusto ao ver ele passando do meu lado puxando ela na marra e joga ela pra fora da sala e bate a porta com força fazendo meu corpo tremer . Oque ele quer? Nath - Mandou me chamar aqui pra que? Tava curtindo meu baile e tu me atrapalhou - cruzo os braços e digo mas logo me arrependo ao sentir um tapa em meu rosto, assim como fez com Ludmilla. Relíquia - Tu não tá falando com qualquer um, quero respeito aqui dentro c*****o! - altera a voz e meu corpo treme. Esse homem é um monstro, talvez até pior do que já ouvi falar pelas bocas dos fofoqueiros Relíquia - Tu é filha do Jorge né? - meche em uns papéis e me olha. - Responde c*****o! - altera novamente a voz e eu apenas assinto. Nath - Me chamou aqui pra perguntar sobre minha vida? Se for, ir na macumba é o melhor. Relíquia - Você pelo jeito é bem marrentinha né, não deve saber quem sou eu; vou te explicar melhor, eu sou o dono dessa p***a todo aqui e eu não vou esitar em metro uma bala na testa do seu pai e na sua se ele não me pagar oque está devendo. - levanta da mesa e vai até um lugar no canto da parede e pega um monte de papéis e joga encima de mim. Olho e são papéis das dúvidas do meu pai com drogas, a dívidas é enorme, nem se eu trabalhar por mil anos eu irei conseguir pagar isso tudo. Nath - Eu não tenho como pagar isso, meu pai sumiu faz dias e não faço ideia de onde esta! - levanto da cadeira nervosa deixando os papéis cair no chão. Não sei oque fazer quanto a isso. Relíquia - Vemos aqui um problema, vou ser bonzinho contigo, eu mato só o teu pai e deixo você livre, mas fora do meu morro. - Eu olho pra ele procurando algo que diga que ele não está falando sério sobre me expulsar daqui, e vejo que ele estava falando sério ao ver sua expressão intacta e séria, seus olhos n***o, frios. Nath - Não! Você não pode fazer isso, eu não tenho pra onde ir, ele é a única família que eu tenho, eu não tenho ninguém a não ser uma madrinha, e por um acaso ela mora aqui dentro, não faz isso! - imploro mas ele não muda a expressão nem pra pena. Relíquia - Eu não tenho nada haver com isso, paga a dívida com dinheiro ou ela será paga com a vida do desgraçado do teu pai, e você, não fica mais um dia aqui no meu morro. - vira as costas e pega algo dentro de uma gaveta, cigarro. Nesse momento dentro de mim só existe desespero, eu não sei oque fazer, eu não posso permitir que ele mate meu pai, por mais que ele seja oque é, ele é uma única família que me restou e eu não posso perde-lo Nath - Por favor, eu faço oque você quiser, tudo que você quiser, mas não mata ele! Não faz nada com ele, eu não sei oque fazer .. - começo a chorar desesperada. Relíquia - Humm ...- Ele me olha de cima em baixo e meu corpo congela. - Você .. - diz e eu olho sem sentido. Nath - Como assim? Relíquia - Eu quero você, em troca das dívida dele e da vida dele, deixo ele livre, mas em troca você será minha. - Fala com a mão no queixo e me analisando. Nesse momento tudo que havia de esperança dentro de mim, tinha ido embora, eu estava sem lugar pra correr, não sabia oque fazer, oque dizer, pra onde ir, eu podia muito bem deixar ele fazer oque quisesse com meu pai e fosse embora, mas eu não me perdoaria em saber que eu permiti a morte dele. Não me perdoaria nunca. E minha única saída, é aceitar, mesmo sabendo que estou entregando um monstro, um traficante. Nath - Tudo bem, eu disse que faria oque fosse pra você manter ele livre. Então irei fazer, custe oque custa. - seco as lágrimas e digo com um aperto no coração e ele apenas da um sorrisinho de lado sem mostrar os dentes.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD