Prólogo

898 Words
O calor do galpão era intenso, quase palpável, enquanto Hellen se preparava para o combate. Vestida com uma calça de moletom que realçava suas curvas, sua pele estava coberta de suor, um testemunho do esforço e dedicação que colocara em seus treinos. Seus cabelos cacheados estavam presos em um coque bagunçado, mas mesmo assim, havia algo de feroz e determinado em seu olhar. O ringue improvisado, cercado por homens que se preparavam para a próxima luta, parecia pequeno para a tensão que se formava no ar. Do lado de fora, Iana observava com um sorriso de satisfação, orgulhosa da evolução de Hellen. Aquela mulher que antes lutava de maneira técnica, seguindo as regras que aprendera durante seus anos como policial, agora era uma força da natureza. Hellen tinha se tornado uma verdadeira máquina de combate, e a luta estava prestes a mostrar isso. Seu oponente, um homem colossal, com o dobro do seu tamanho, parecia um muro à sua frente, mas a confiança emanava de Hellen como um farol em meio à escuridão. Quando o sino soou, Hellen avançou, desafiando as expectativas. A luta começou com uma troca de golpes rápidos, cada soco ressoando no ar como um trovão. Hellen esquivava-se com uma agilidade surpreendente, aproveitando a força bruta do homem contra ele. Com um movimento ágil, ela deslizou para o lado, dando um giro e desferindo um golpe no estômago do oponente, que m*l teve tempo de reagir. O som de carne contra carne era ensurdecedor. O homem tentou se recuperar, lançando um soco poderoso em direção a Hellen. No entanto, ela se abaixou, permitindo que o golpe passasse sobre sua cabeça. Em uma fração de segundo, ela se ergueu e aplicou uma joelhada no seu abdômen. O oponente vacilou, mas Hellen não deu espaço para ele se restabelecer. Com um movimento rápido, ela usou o cotovelo para atingir seu queixo, causando um impacto que fez o homem tropeçar. Os olhares dos homens ao redor se fixaram na cena, boquiabertos. O clima era elétrico, e a adrenalina pulsava no ar. Hellen não estava apenas lutando; ela estava desafiando um destino que tentara impor a ela por tanto tempo. Seu coração pulsava com uma batida forte, cada golpe a tornando mais viva, mais poderosa. A luta tornou-se um espetáculo, com os gritos de apoio dos homens ao redor ecoando, misturando-se ao som dos golpes. Ela se afastou brevemente, avaliando seu oponente. Ele estava ofegante, mas a raiva o impulsionava. Em um movimento impensado, ele se lançou em sua direção, e Hellen, astuta, se preparou. Com um passo lateral, ela o deixou passar e, aproveitando seu impulso, desferiu um golpe na parte de trás do joelho dele. O homem caiu de joelhos, e Hellen não hesitou. Com um impulso, ela se atirou para frente, lançando um soco sujo no rosto dele, seguido por um chute na costela. O oponente gritou de dor, mas Hellen não se importava. Era a luta da sobrevivência, e ela estava determinada a vencer. Para cada golpe que ele tentava dar, Hellen respondia com uma combinação brutal, misturando socos diretos com golpes inesperados e rasteiros. Ela não hesitou em usar as regras da luta suja a seu favor; um puxão de cabelo aqui, um empurrão ali. Finalmente, após um último movimento preciso, ela aplicou um golpe final no queixo do oponente, que caiu no chão do ringue com um baque surdo. Ele olhou para ela, um sorriso meio sem jeito surgindo em seu rosto. “Já chega, você acabou comigo. É por isso que te chamam de explosão.” A adrenalina ainda corria por suas veias enquanto Hellen estendia a mão, ajudando-o a se levantar. Do lado de fora, Hugo, que antes era o braço direito de Iana, observava a cena com admiração e respeito. Ele, que sempre fora o apoio constante de Iana e por isso chegou a odiar Hellen, agora se via impressionado pela transformação de Hellen. Seus olhos azuis brilhavam com uma força que ele nunca havia visto antes. Ao se aproximar, ele encontrou a ferocidade e a determinação refletidas nos olhos dela. “Se não quer chegar em Veneza suada e fedendo, é melhor tomar um banho. Nosso jatinho sai daqui em quarenta e cinco minutos,” ele disse, com um sorriso provocador. A leveza de suas palavras contrastava com a intensidade do combate recente, e Hellen sentiu um alívio, uma sensação de que estava prestes a começar um novo capítulo em sua vida. O ringue ainda pulsava com a energia da luta, mas a verdadeira batalha estava apenas começando. Hellen não era mais apenas a irmã e filha de um mafioso; ela era uma lutadora, uma mulher que tinha conquistado seu espaço e, agora, estava pronta para enfrentar o que quer que o mundo lhe lançasse. Ela aceitou a mão de Hugo, levantando-se com um novo senso de propósito e determinação. A jornada estava longe de terminar, mas Hellen sabia que estava exatamente onde deveria estar. Com a adrenalina ainda em seu corpo, Hellen se dirigiu ao vestiário, um sorriso se formando em seus lábios. Ao olhar para o reflexo no espelho, ela viu uma mulher que não apenas sobrevivia, mas prosperava em meio ao caos. O galpão, com sua atmosfera pesada e seus ecos de combate, havia se tornado o palco de sua transformação. E, enquanto o futuro se aproximava, ela estava pronta para abraçar tudo o que viria.
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