CAPÍTULO 5

1879 Words
Stefany Alencar Acordo na manhã seguinte com uma terrível dor de cabeça, eu não sou acostumada a beber, mas ontem passei dos limites, tomei uma grande quantidade de tequila na boate onde eu estava com a Lilian e a Tayná. A noite realmente foi maravilhosa eu dancei bastante e até beijei um, cara lá, ele era muito simpático e tinha um papo legal, mas não passamos do beijo. Na verdade, eu penso que beijei mesmo porque eu estava bêbada porque não, é algo do meu costume, eu sempre fui criada em casa, a única pessoa que eu tinha convivência era minha mãe, nem perto do meu pai eu ficava, pois, ele só tinha olhos para os meus irmãos. Quando eu não estava com a minha mãe estava sempre sozinha e tudo bem, nunca fui de querer ninguém perto de mim mesmo. Eu nunca tive um namorado e para falar a verdade beijei na boca duas vezes, em uma festa da faculdade e depois nunca mais, não sei dizer o porquê, eu só não me apego a ninguém também o Vitor aquele i****a que não posso nem chamar de marido, ele estava com aquela ruiva infeliz, eu nem olhei para eles, acredito que até bebi justamente para esquecer que eles estavam perto e funcionou, pois, nem vi a hora que eles foram embora, e agradeço a Deus por isso. Levanto-me da cama e tomo um remédio, vou acender a luz, aí me lembro de que está cortada — Que isso — bufo de raiva Olho o celular e vejo que está descarregado, e que droga. Não me sobrou dinheiro esse mês para comprar um carregador. Vou em direção ao banheiro e faço toda minha limpeza matinal, aproveito e já tomo um banho rápido. No começo eu reclamava da água fria, mas hoje não ligo mais, me acostumei. Saio do banheiro, vou até o guarda-roupa e visto uma camiseta, um short e coloco um chinelo, hoje está calor e posso ver o sol entrando pela janela. Sábado é um dia agitado-me porque estou na feira e preciso chegar cedo para o senhor Pedro não ficar bravo, na verdade, ele é um senhor de idade, mas muito legal, conheci ele através do Arthur. Arthur foi quem conseguiu esse trabalho para mim. Ele é um, cara legal e trabalha na barraca ao lado do seu pai, o senhor Wagner. Conheci Arthur no ônibus, ele estava indo para seu curso de administração e nós fazemos os cursos na mesma faculdade, no dia em que o conheci eu passei a maior vergonha, meu bilhete único não queria passar e eu teria que descer do ônibus, mas Arthur pagou a minha passagem mesmo eu contra, contudo dali nós dois começamos a conversar e não parou mais. Ele não sabe o que eu estou passando, sempre conversamos sobre coisas aleatórias e não gosto de tocar no assunto da minha vida, para todos na feira eu sou apenas uma menina que decidiu seguir a vida sem depender dos pais. Eles não são de olhar muito as notícias e com meu estilo de roupa ninguém fala que eu sou filha de um grande empresário e acho melhor assim. Troco-me rapidamente e saio de casa, como a feira fica próxima não levo 20 minutos para chegar. Quando estou próximo da barraca vejo o senhor Pedro conversando com o Sr. Wagner, ambos me olham quando me aproximo — Stefany bom dia querida você comeu alguma coisa hoje? — vejo o senhor Pedro perguntar — Bom dia Sr. Pedro saí tão rápido que acabei não comendo nada — digo a verdade — Não podemos trabalhar assim, Arthur traz um café para a menina Stefany — o senhor Wagner fala com muito carinho e eu agradeço — Obrigada. — Bom dia Stefany está com uma cara de cansada — Arthur fala e concordo — As meninas no hospital me chamaram para ir a uma balada ontem e dancei quase a noite toda — digo Ele sorri. Arthur é um moreno lindo dos olhos pretos e está sempre com um sorriso encantador. Ele está usando uma bermuda, jeans e uma camiseta regata com um tênis, está lindo como sempre. — Você quase não sai, fico feliz que se divertiu. — sorri — Realmente esse momento me fez muito bem — digo sorrindo — Só lembre de me chamar na próxima vez. — As meninas resolveram de última hora e não sabia se você estava disponível — digo — Para você eu sempre vou estar disponível Stefany — gargalho — Falou isso para quantas hoje? — pergunto — Apenas para você e sempre será para você — ele fala e dou mais risada ainda Arthur sempre faz isso, só para eu ficar vermelha de vergonha inclusive os outros feirantes muitas vezes até pensa que ele é meu namorado, mas, na verdade, somos apenas bons amigos mesmo. Termino de tomar meu café e começamos a trabalhar. — Banana três reais o quilo, super promoção minha gente, venha comprar, levando duas conchas eu faço 5 reais, aproveitem — falo para todos Agradeço a Deus porque vendemos muito bem até o final do dia, e consegui ganhar até uma comissão a mais pelas vendas, claros que pulei de alegria. Na hora de ir embora Arthur me chama — Stefany — eu o olho — Sim. — Estou morrendo de fome e minha mãe vai fazer uma lasanha e te chamou para almoçar conosco — paro a pensa A família do Arthur gosta muito de mim, e seria uma desfeita recusar. — Claro que eu vou — digo Arthur sorri — Fico feliz que aceitou vamos. Saio com o Arthur da feira e vamos até à casa dele, ele mora bem próxima da minha, apenas duas ruas para baixo e às vezes ficamos conversando na calçada, digamos que ele é a única pessoa que eu realmente consigo conversar abertamente, mas claro que não conto sobre meu passado, isso é algo que eu prefiro manter escondido e viver a minha vida como eu bem conseguir. Chego na casa dos pais dele e o senhor Wagner e a senhora Lúcia já estão na mesa, ambos me olham e abrem um grande sorriso — A menina Stefany veio — dona Lúcia se levanta e vem me abraçar — Não poderia recusar — digo — Mamãe ela está cheia de fome — Arthur fala e olho para ele — Não me olhe assim, você trabalhou bastante hoje e não te vi comer nada, então vamos se alimentar porque saco vazio não para em pé — Arthur fala e os pais dele concordam — Isso mesmo minha menina vai comer — a mãe do Arthur diz Vou ao banheiro, lavo minhas mãos e retorno para me alimentar Vejo eles conversarem como uma linda família, na verdade, sempre que venho aqui é assim. Eu nunca tive isso, no começo eu estranhava, mas agora eu já me acostumei. Quando terminamos eu faço questão de lavar os pratos mesmo todos insistindo que não precisa e Arthur pega o pano de prato para secar. — O que você acha de nós dois irmos ao cinema amanhã? — Arthur pegunta — Hoje eu tenho que trabalhar a noite no hospital, não sei se vou conseguir ficar com os olhos abertos para assistir ao filme — falo e ele sorri — Stefany é só um filme, nós vamos ver o que está em cartaz se nós não gostarmos tomamos um sorvete e vem embora — ele diz e sorrio — Você sempre pensa em tudo né? — falo — Para tudo tem um jeito na vida Stefany e você é muito solitária, mora sozinha e não tem nem um animal para te fazer companhia — gargalho — Você também não tem Arthur — ele sorri — Porque meus pais não quer — ele fala — Eu nunca tive um animal, e no momento nem conseguiria cuidar de um — digo e por um momento me bate uma tristeza pela minha situação Arthur vira meu rosto para ele — Sabe que se estiver passando por algum problema pode me falar né — ele diz e concordo — Eu sei sim, mas não é nada. Bom eu vou trabalhar hoje e ver se vou preciso ir amanhã se eu não precisar nós vamos. — falo e ele sorrir — Será perfeito, eu vou torcer para dar certo — concordo — Há nem falei estou para compra minha moto, aí não vamos precisar ficar pegando ônibus — ele fala e dou risada — Você vai comprar a moto Arthur, eu vou continuar de ônibus. — De jeito nenhum. Você vai comigo para faculdade diariamente, não vou deixar você ir de ônibus, sendo que nos dois moramos próximos. — ele fala — Sabe que não vou aceitar né — ele bufa — Stefany sei que você não quer nada de graça ninguém, mas nós vamos para o mesmo lugar, então o que custa aceita uma carona? — penso — Tudo bem mais não será rodo dia para que eu não acostume — digo e ele ri — Não ligaria de levar você todos os dias, muito pelo contrário para mim, é um imenso prazer — ele fala Minhas bochechas com certeza estão vermelha agora, e prefiro muda de assunto. — Vamos terminar de limpar tudo aqui porque preciso correr para casa e me trocar para ir pro hospital — falo — Vamos então! Deixamos tudo limpo e na hora de ir embora pego meu celular que deixei carregando no carregador do celular do Arthur e ele me leva para casa, me despeço dele, no portão e entro. Começo a me trocar rapidamente porque não posso perder o ônibus. Coloco uma calça jeans e uma camiseta branca, passo uma maquiagem bem leve e um perfume bem suave. Olho-me no espelho e vejo que estou linda sorrio porque eu me acho bonita, mesmo com pouca maquiagem. Incrível como minha vida mudou e eu consigo me sentir bem e feliz com pouco. Agradeço a Deus por ainda ser de dia, porque para se arrumar no escuro a base da vela é horrível, a propósito amanhã eu vou na Neo, verificar a situação da energia aqui de casa, dizem que eles negociam em várias prestações e eu vou tentar, agora trabalhando na feira pode ser que consigo acertar. Termino de me arrumar e escuto alguém bater na minha porta, droga eu esqueci completamente que o portão está quebrado e qualquer pessoa pode entrar aqui, preciso resolver isso o mais rápido possível. Quem pode está atrás de mim? A única pessoa séria as meninas do hospital, mas elas ligariam e o Arthur acabou de me deixar aqui. Deixo minha bolsa na mesa e vou até à porta — Já vou, meu Deus vão quebrar a porta? — pergunto em voz alta No momento em que eu abro é como se meu coração fosse sair pela boca o Vitor está aqui bem na minha frente, ontem vi ele na balada, mas jamais esperei que ele estivesse aqui diante de mim mais uma vez. — Boa tarde querida esposa, vim te fazer uma pequena visita — ele fala com um sorriso debochado A raiva me domina e a minha vontade é de matar esse i****a parado bem na minha frente. Continua...
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