Pavio Curto

1403 Words
Bonnie Eu nunca chorei tanto na minha vida inteira. c*****o, eu realmente tenho dedo pobre pra homem. — Entendi Deus, foi porque quebrei a promessa! — Digo olhando para o teto do meu apartamento, enquanto Lili faz minha maquiagem. — Pare de se mexer, vou borrar tudo! Como pôde não dormir bem na noite anterior, quando tem um dia tão importante como hoje? — Suspiro. Lili sempre faz minha maquiagem e cabelo quando preciso comparecer a esse tipo de merda. — Que promessa você quebrou afinal de contas? — Não quero falar sobre isso, sinto que se falar serei atraída para dentro do buraco de novo. — Cheguei em casa arrasada, não consegui dormir e tudo que fiz foi chorar, me sentindo péssima. Que merda! Sério, sinto vontade de sumir da face da terra. Ódio de mim mesma. Por que fui me entregar tão facilmente a um desconhecido? Ele não tem culpa, a culpada sou eu, inteiramente, por ser tão i****a. Tudo bem, a culpa é dele, infeliz, miserável! Que culpa eu tenho? Eu sou inocente, não totalmente, mas de certa forma, Argh! Que ódio! Que vergonha. Para piorar, esqueci a merda do meu sapato dentro do carro dele, e a dor em minhas partes por conta da camisinha está me deixando mais agoniada. O tamanho dele não é proporcional para mim e ainda tem a droga do látex da camisinha. Droga. Droga. Droga! Não vou mais pensar naquele bastardo, filho da p**a, como se atreveu a me comer na cama em que dorme com a esposa? Na mesma cama que fode ela!!! Eu devia ter quebrado a cara dele. Ah, se eu o encontrar por ai, vou acertar nele um soco tão forte, que provavelmente vou quebrar minha mão. — Linda, simplesmente perfeita. — Lili fala ao terminar a maquiagem. Meu cabelo está enrolado com grande bobes, para que fique ondulado nas pontas. — Perfeita é você, só assim eu fico apresentável. — Minha animação está abaixo de zero, ainda estou com estômago embrulhado, mesmo não tendo comido nada o dia inteiro. Levanto, retiro o vestido do cabide e visto a peça exclusiva, feita sob medida para mim por um amigo estilista. Cabe como uma luva e é tão sensual que penso que causarei infartos nos velhos daquela droga de festa. — Melhor desmanchar a carranca, caso contrário vai ficar cheia de rugas. — Lili diz rindo de mim. Calço meus saltos e analiso meu reflexo no espelho, gosto do que vejo. Coloco a pulseira de diamantes e os brincos, apanho a bolsinha e coloco dentro celular, cartão e chaves. Logo a campainha toca, me despeço de Lili e vou ao encontro de Lucas. Assim que abro a porta ele abre a boca e me olha da cabeça aos pés, sorrio, tem em mãos um lindo buquê de rosas vermelhas. — Você está linda. — Me estende as rosas, cheiro-as, vou até a cozinha e as coloco em um vaso. — Muito obrigada, são lindas. — Acho que a noite vai ser boa no fim das contas. — Vamos indo. Coloco minha mão na curva do braço, que ele me oferece, e saímos para festa. Chegamos lá em poucos minutos. Cumprimento a todos com quem tive contato direto durante a transição da empresa e os que trabalharam junto comigo. — Bonnie, quero que conheça, Rodrigo Henderson. — Um rapaz muito bonito, de olhos azuis profundo e cabelos castanhos sorri pra mim. — Seria Henderson, do Conglomerado Henderson? — Aperto com firmeza a mão de Rodrigo. — Sim, ele mesmo. — Sorrio abertamente, pois já fiz grandes acordos com o conglomerado Henderson. — Muito prazer, Sr. Henderson, para mim é uma honra conhecer alguém tão influente como você, só não imaginava que fosse tão jovem. — Paul ri junto com Rodrigo. Acho que perdi alguma coisa. — Desculpa, na verdade eu sou só o vice-presidente da empresa, meu irmão é o grande responsável por tudo. — Sorrio sem graça. — Sim Bonnie, o Mikael, ele vem hoje, quero muito que vocês se conheçam, duas mentes brilhantes. — Paul era um senhor muito galante e um tanto atrevido por vezes, sempre aproveitando qualquer oportunidade pra tocar em meu braço. — Aproveite a festa. — Ele se afasta e me deixa a sós com Rodrigo e Lucas. — Desculpa, Sr. Henderson, esse é meu amigo, Lucas. — Os dois trocam apertos de mãos. Um garçom nos serve taças de champanhe, pego só para evitar que alguém fique me oferecendo bebidas. — Com o que está trabalhando agora, Srta. Sanders? — Rodrigo sorri e toma um gole do champanhe. — Recentemente fechei um acordo com a Fuji Inc. — Ele ergue a sobrancelha impressionado. — Que coincidência, é uma de nossas também, não sabia que estava precisando de consultoria. — Afasto meu cabelo e sorrio. — Normalmente atuo em empresas em situação de crise, mas estou começando a agir antecipando possível declínio. — Ele me olha com malícia, inferno, aposto que não ouviu nada do que eu disse. Malditos empresários machistas, eu estou nessa a muito tempo e isso nunca vai mudar. Quando mulheres como eu e Carter falávamos eles entendiam: blá, blá, blá. Respiro e sorrio, afinal, são porcos como ele que mantém minha empresa funcionando. Do nada, sou atingida por um banho de champanhe. — Aqui também, v***a? — Pisco perplexa e encaro a esposa de Mike, que me olha com repulsa. Era só o que me faltava. — Devia imaginar que putas como você estão em todo lugar. — Afasto meu cabelo molhado e olho meu vestido. Coloco minha bolsa nas mãos de Lucas. — Olha aqui, p**a, é você, não tenho culpa se sou muito mais bonita e gostosa. — Ela arregala os olhos e me acerta um tapa forte, fazendo a minha pele queimar. Sorrio. Ah, minha querida, eu já estava muito zangada, agora fodeu pra você. Não acerto um tapa, mas um soco, porque sim, só que ela desvia, pulando em cima de mim logo em seguida, caímos no chão. — SUA p*****a! — Ela grita me acertando mais alguns tapas, a empurro de cima de mim e estou prestes a acertar diversos socos na cara perfeita dela, quando alguém me puxa pela cintura. — ME SOLTA, EU VOU QUEBRAR A CARA DESSA VAGABUNDA!!! — Me debato enquanto sou arrastada para longe da confusão. — Me solta!! — Não vou soltar. O que pensa que está fazendo? — Aí, é que me empenho em ser solta mesmo, uso minha cabeça pra acertar Mike, atinjo o nariz dele. Por fim, o canalha me solta e segura o nariz, minha cabeça dói, mas a sensação é boa. — Sua... Você vai me pagar por isso. Me joga sobre o ombro, acerto socos nas costas largas. — LUCAS! CHAME A POLÍCIA! — Grito, a festa parou e todos estão em choque, Rodrigo segura Melinda, que tenta nos alcançar. — Me solta, seu maldito! — Você vai ter o castigo que merece! - Saímos direto na garagem do prédio, continuo me debatendo e acertando socos. — Espera só pra ver o que vou fazer com você, seu maldito, eu vou MATAR você! — Ameaço furiosa, bufando, ao ver o quanto é inútil acertá-lo com meus punhos. — Ótimo, eu quero só vê! — Abre a porta do carro e finalmente me coloca no chão, tento acertá-lo, mas, o infeliz, segura meus pulsos. — Pare, já me acertou, já foi suficiente. — Me solta seu... seu...! argh!!! — O maldito fica rindo, aquele sorriso, aquele que... droga. Segura meu queixo, minha respiração acelerada. — Venha comigo. — Pede com malícia na voz. — Não vou... — Minha negativa parece uma súplica. Que fraca. Digo a mim mesma. — Só um pouco, eu tenho uma proposta pra te fazer. — Passa a língua sobre meus lábios. p***a, golpe baixo. — Onde está o meu sapato? — Sorri. — Ele é muito precioso pra mim. — Tudo bem. — Se afasta, abre a porta de trás do veículo e apanha meu salto, tomo eles de suas mãos. — Calminha. — Aproveito enquanto ele acha que está com a noite ganha e acerto seus países baixos com meu joelho. — Au!!! — Cai de joelhos no chão, com o rosto retorcido de dor. Ótimo, bem melhor que um soco na cara. — Arrume outra pra fazer propostas, me esquece, seu maldito! — Viro as costas e vou embora.
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