Vergonha Alheia

1304 Words
Bonnie Eu m*l conseguia sentar direto pela manhã. Meu Deus, que f**a foi aquela? Sento com cuidado em minha poltrona. Mesmo dolorida, por conta da minha alergia e da f**a intensa e bruta, me sinto revigorada, estava sem t*****r há meses e a última nem foi lá essas coisas. O problema é que agora, eu não parava de pensar na p***a daquele homem, c****e! mau consegui se concentrar nas reuniões do dia, aquela parte do seu corpo me lembrando o tempo inteiro do sexo selvagem que havia feito com um desconhecido. — Não acredito que homens pagam fortunas pra comer um cu. — Digo rindo. Faço careta ao me mexer na cadeira. Será que ele era realmente o meu encontro de ontem? Pego minha bolsa e levanto, preciso contar tudo para Cristy, já consigo ouvir o que vai dizer. — Você o QUÊ?! — Olho ao redor e as pessoas do restaurante pararam e estão nos olhando. Estou quase me escondendo embaixo da mesa. — Pelo amor de Deus, fale mais baixo sua desgraçada! — Falo entre dentes. Ela está com os olhos arregalados. — Eu não acredito que você fez isso, ficou maluca?! Usou drogas?! Vou contar pra sua mãe! — Filha da p**a! — Não se atreva, caso contrário conto seu segredo mais sórdido ao seu namoradinho de merda! — Rimos. — Então você não pegou o dinheiro? — Reviro meus olhos, nossos pratos chegam e eu corto a carne enquanto suspiro, só de lembrar, a carne é macia e se assemelha a maciez daquele pênis maravilhoso. Fico rindo diso — Claro que não, foi um engano, ele tirou conclusões precipitadas. — A i****a começou a ter um ataque de riso, chamando mais atenção para nossa mesa. — Vou morrer... Não consigo... Meu Deus...! — Dizia entre gargalhadas. — Nunca mais te conto nada. — Começo a comer meu almoço com raiva. — Mas ele não era o encontro que marquei pra você, porque o amigo de Vinícius ligou e disse que você deu bolo. — Engulo a carne e engasgo. Começo a tossir e bebo um pouco de água. — A culpa é toda sua, devia ter me dito como era esse rapaz, mas não, preferiu me deixar as cegas literalmente. — Resmungo, ela ri enquanto come sua comida vegetariana. Aquele horário o restaurante está cheio, muitos empresários aproveitam para conversar com sócios enquanto almoçam. Sempre encontro Cristy aqui, ela tem trabalhado para mim em algumas empresas, nós duas desistimos da faculdade e começamos a trabalhar cedo, no entanto, ela se encontrou com os negócios da família, agora então, que está noiva de um dos sócios. — Realmente, mas eu não imaginava que você ia agarrar o primeiro que visse pensando ser seu encontro. — Encosto melhor na cadeira e bebo um gole mínimo do vinho, que ela pediu para nós duas. — Eu fiquei um pouco balançada, minha mãe anda no meu pé. — Cristy faz careta, conhece dona Margarida, ultimamente ela tem piorado depois que minha melhor amiga ficou noiva. Agora a maldita exibe um anel enorme de diamante. Reviro meus olhos e desprezo o restante do almoço. — Preciso de um acompanhante para festa do domingo. — Uma das empresas que reergui estará comemorando o sucesso que obtive para eles, é chato pra c*****o ir sozinha, e sempre tem aqueles que acham que podem tudo nessas merdas. — Tudo bem, vamos marcar um outro encontro. — Ela apanha o celular da bolsa, mexe no aparelho e me mostra a foto do homem do encontro às cegas. — Ele é bonito. — Sim. — Atraente, não igual ao de ontem, mas comível. — Me dá o número dele, assim não acontecem desencontros dessa vez. — Vou ligar para Vinícius, só um segundo. — Ela se ajeita, mexe no cabelo liso, parece até que vai vê-lo, ou fazer uma chamada de vídeo, reviro meus olhos e apanho minha bolsa que está na cadeira ao lado. — Certo, vou à toalete. — Levanto e sigo em direção aos banheiros. Retoco a maquiagem, passando um baton rosinha, ajeito meu vestido cinza, que chega ao meio das minhas coxas e tem uma f***a nas costas, coisa pouca, nada vulgar. Meu cabelo loiro e longo está preso em um coque frouxo, solto, e passo os dedos entre as madeixas. Verifico as mensagens em meu telefone, respondo e-mails, agendo um horário com maquiadora e uma personal stylist para me ajudar com o que usarei no domingo. Mando mensagens para uma das lojas de joias que costumo comprar e peço que me enviem o catálogo com as peças e um representante para ir até minha empresa. Não estou nenhum pouco animada com isso, odeio fazer a social nessas bostas, mas preciso. Desprezo as mil ligações da minha mãe, porque sei que deve ser alguma bobagem, ela é do tipo que liga para falar do tempo, mesmo tendo os netos a rodeando e as coisas do abrigo de Jason, sempre encontra tempo pra ficar no meu pé. Um saco ser filha mais nova. Amo minha mãe, sério, mas às vezes ela passa dos limites. Jogo meu celular e meu kit de maquiagem dentro da minha bolsa Chanel e aliso mais uma vez meu vestido, mesmo ele não tendo nenhum amassado. Passo entre as mesas e Cristy ainda está sorrindo feito boba enquanto conversa ao telefone, está até vermelha, aposto que tá falando p*****a. Antes de chegar até ela, vejo o maldito do meu ex, Fábio entrando com a vagabunda da noiva e também ex amiga. — Meu Deus! — Por impulso, me abaixo rápido, me escondendo entre as mesas. O coração acelerado. Caraca, não é possível, só pode ser uma praga. Sorrio sem graça para o casal a mesa. Que vergonha, o único jeito é voltar em direção do banheiro, porque tenho certeza de que Fábio vai ver a Cristy. Começo a engatinhar feito doida em direção ao banheiro. Vou sair pela porta de emergência do restaurante, depois ligo pra Cristy. Meu Deus! O que eu tô fazendo? Você ta parecendo uma doida Bonnie! Quase não tem mesas ali próximo ao banheiro, mas as que tem, o pessoal tá me encarando sem saber o que está acontecendo. Que vergonha, mas isso é melhor que encarar Fábio e a Myst. Estou quase chegando, quando dou de cara com um par de sapatos de couro Louboutin marrons. Que sapato lindo! Adoro sapatos masculinos, ainda mais esse, de grife, se eu fosse homem só usaria esses sapatos maravilhosos, vou subindo o olhar, calça Armani sob medida, na cor preta. Boa escolha. De quatro, engatinhando para saída, e dar de cara com o cara que me deixou dolorida até agora. Yupi! Alguém me ajuda! Quando nossos olhos se encontram ele ergue a sobrancelha e sinto meu rosto arder de vergonha. O melhor seria encarar Fábio, agora sei, mas já é tarde. — Está tentando sair sem pagar? — Sua voz presunçosa faz meu coração acelerar, fico meio ajoelhada, ele contrai o maxilar. — Sim, você me ajuda? — Olho um pouco para trás e vejo Fábio encontrando a Cristy. Volto meu olhar para o homem a minha frente, ele está passando os dedos nos lábios. — O que ganho com isso? — Senhor do céu, um Armani, sob medida, fica lindo demais nesse cara. Que calor. Foco. — O que você quiser. — Assim que termino de falar ele me puxa do chão, me guiando para o corredor dos banheiros. Me empurra para dentro do masculino, lá dentro tem dois homens, ainda usando o mictório. Olham para nós meio que horrorizados. — Saiam! — Arrepio toda com a exigência em tom rude, os outros nem pestanejam, saem em silêncio, sem olhar para mim. Ele fecha a porta, enquanto olha para mim, retirando o paletó lentamente. Aí meu pai das bucetas latejantes.
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