EM CHAMAS

EU VOU?

Enfim chegamos a bendita universidade, eu daria tudo pra sair desse meio. A coisa que mais sentiria falta deixando de estudar aqui seria a ida e vinda cantando com o Justin então como podem ver não seria nada em concreto, sendo assim por que não respirar novos ares?

Deus e mamãe eu te peço encarecidamente que toque ou se necessário, que eu sei que vai, de um murrinho de leve no coração do meu pai e me tire logo desse lugar!

-desce do meu carro.

-se você pede com tanta gentileza. Peguei minhas coisas e sai.

-não vai entra? perguntei suspeito já sabendo a resposta.

-irei daqui a pouco.

-hm.. vou adora contar isso a alguém lá em casa. Falei de uma forma casual.

-também vou adorar colocar todos os empecilhos possíveis pra que sua transferência não ocorra. Disse finalizando do mesmo modo que eu e depois colocou seus óculos escuros. 

-Justin não ouse!

-Adeus. Deu um tchauzinho e foi embora. 

**

Corredores que não tinham mais fim, pessoas me olhando e dando aquele sorrisinho de interesse como se eu não percebesse e isso era uma das coisas que eu mais odiava.

Tinha um trabalho pra apresentar agora então segui pra minha sala.

A professora começou a fazer a chamada e dá início ao seminário, como meu nome começa com A logo chegou minha vez. Por mais que eu ficasse nervosa ainda assim consegui falar tudo que estudei, acho que não fui tão r**m.

-ficou muito bom Alissa, depois passe na minha sala tenho um editorial sobre o assunto que vai te ajudar. Falou toda sorridente.

-obrigada senhorita Mônica, eu irei sim.

As aulas ocorreram como sempre, tudo normal. Olhei para o relógio pela 15° vez só nessa ultima aula e enfim ela tinha acabado, então peguei minha coisas e sai, estava bem em frente à universidade esperando o Justin quando ouço alguém me chamar.

-Alissa!

-ah, oi Vivian.

-você foi muito bem lá na aula.

-hmm.. obrigada.

-vou da uma festa hoje à noite, está convidada.

-tudo bem. Contei mentalmente quanto tempo iria demorar pra vir as próximas palavras e...

-ah Chama seu irmão também. Falou quando Justin parou o carro bem a nossa frente.

-oi Justin. Disse toda animada com um sorriso de orelha a orelha, ele não disse nada apenas acenou com a cabeça.

-ah, Alissa o Lucas perguntou se está afim de sair com ele. E antes que eu pudesse abrir a boca pra responder.

- não, ela não vai sair com aquele i****a. Estreitei meu olhos pra ele que nada fez.

-não tenho interesse mesmo Vivian.

-ok, mas não esquece da festa e de chamar seu irmão. Dei um sorrisinho e entrei no carro.

-já disse mil vezes pra não responder por mim.

-mas, ele é um i****a.

-e você acha que não sei?

-adoro uma irmã esperta. A gente deu um sorrisinho e seguimos caminho.

***

-Dylan, não acha mesmo que deveria deixar a Alissa ir? Ela está tão empolgada.

-não acho seguro ela em outro país Lisa.

-você tem família lá ela não vai está sozinha.

-dona Grace já está de idade.

-mais um motivo pra você deixar ela ir, Alissa é cuidadosa poderia fazer companhia a ela algumas vezes.

-cuidadosa?

-bem, mas ao menos ela nunca iria ficar entediada.

-hm.

Respondeu apenas isso sem querer ser convencido do contrário.

-e também a universidade é da sua família então não teria nada que Alissa não fizesse que a gente não iria saber.

-não entendo essa vontade de ir pra outro lugar.

-você tá falando de quem? Viajou o mundo todo e agora quer prender sua filha?

-não estou querendo prendê-la.

-mas é o que parece, Alissa faz tudo pra você, se algo te deixa orgulhoso ela está fazendo, se começar a privá-la de fazer o que quer assim mais cedo ou mais tarde ela vai mudar com você. Continuou despreocupado em silêncio, passou um toalha pela cintura e foi entrando no banheiro do nosso quarto.

-hm.? Cheguei perto e comecei a beija-lo e a acariciar seu corpo.

-o que me diz?

-vem... me puxou pro banheiro.

-acho que alguém precisa se responsabilizar pelos desejos da filha.

-oque? Perguntei sorrindo e ele trancou à porta.

-por que estava sorrindo para o meu agente daquele jeito?

-que jeito?

-como uma boba..

-está me vigiando?

-sim, só quero se sorria daquele modo pra mim.

-pois bem ele me fez uma piada, você não faz piadas.

-então ele anda fazendo piadas pra minha mulher?

-não foi isso que eu disse. Deu-me um tapa na b***a.

-aí!

-acho que ele precisa de mais trabalho.

-amor, sério não faz isso.

-está defendendo ele Lisa?

-não não, só que... comecei a rir e ele me beijou descendo por meu pescoço.

*no outro dia de manhã*

Anotava um milhão de coisa enquanto escutava uma aula no sofá. Só pra constar eu não fui à festa nenhuma ontem e por incrível que pareça Justin também não.

-sem aula hoje? Meu pai perguntou terminando de fazer seu café rotineiro.

-é apenas palestra, preciso terminar algumas coisas. Justin só fez um sinalzinho indicando que estava na mesma e continuou a ler um livro, até hoje não entendi como passa nas provas nunca o vi estudando, apenas ler uns livros aff, maldito cérebro, enquanto eu estou aqui sofrendo.

-não vai trabalhar?

-tenho que fazer um flagrante mais tarde, então preciso ir a outro lugar.

-a mamãe vai?

-ouvi alguém falar meu nome, e a resposta é não, meu chefe não deixou sabe. Ele piscou pra ela na maior tranquilidade

-pode ter muito cuidado?

Entregou-me uma xícara e sentou com a gente na sala.

-obrigada.

-claro. Respondeu.

-e eu? Perguntou Justin referindo-se ao café.

-você pode ir pegar.  Mostrei a língua pra ele e Justin deu um sorrisinho.

-cadê suas amigas?

-pai, elas só vem aqui pra ver você ou ficar secando o Justin.

-não é verdade Alissa.

-sim é, me sinto abusado nossa. Disse Justin fazendo drama Até parece.

A sala ficou em silêncio por um tempo e meu pai voltou a falar.

-Alissa... sobre sua viagem.

-SIM!!! Falei mais rápido que um raio olhando pra ele com meus olhos arregalados esperando que continuasse levando minhas esperanças até o céu.

-vou concordar que vá. Pulei e abracei ele dando mil beijinho.

-obrigada obrigada.

-com condições.

-eu aceito!

-está indo pra estudar certo? Concordei

-então nada de arrumar namorados, em hipótese nenhum caso contrário você volta, deixe pra namorar depois.

-tudo bem tudo bem. Olhei pra minha mãe que colocou uma mão na testa balançando a cabeça em negação tipo: a última parte não estava no combinado.

-te amoooo.

-pai, sabe quem está querendo sai com a Alissa? Olhei pro Justin fuzilando ele com o olhar pra não continuar, mas sendo o implicante que é, meu pai arrumou-se na poltrona mostrando-se bem interessado.

-o filho dos Costa.

-aqueles palhaços?

-esses mesmo.

-Nem sonhando que aquele moleque vai sair com minha filha, ouviu Alissa?

-af, fala sério. Juntei meus materiais pra terminar no quarto.

-te odeio Justin. Ele me lançou um beijinho e continuaram a conversa sobre tiros etc.