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A Obsessão do dono do morro: A vida de Lorena

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Lorena tem uma missão na vida. Ela perdeu os pais há um mês, e sua avó se recusou a acolher a ela e sua irmã de dois anos, alegando que não tinha condições. Desesperada, Lorena teve que recorrer à sua última alternativa: o dono do morro. O que Lorena não sabia era que ele havia sido preso naquela semana, devido à correria após o falecimento de seus pais. Foi então que ela recebeu uma proposta inusitada do subdono do morro: fazer as visitas para seu parceiro preso em troca de dinheiro.

Desesperada, pois já não tinha mais recursos para suprir as necessidades de sua irmã e não comia há dois dias, Lorena prontamente aceitou o acordo. Ela é uma jovem linda, de 19 anos, com cabelos cacheados, olhos verdes, corpo esbelto e cobiçada por muitos no morro, mas nunca deu confiança para ninguém e é virgem.

Do outro lado temos Terror, um homem frio, de 25 anos, sem coração, articuloso, que foi preso numa emboscada armada por quem ele achava ser seu aliado, mas que o jogou na cadeia na tentativa de tomar seu poder. Ele é o desejo de todas as mulheres do morro, tem seus casos, mas nunca assumiu ninguém. Não tem família, é só, e jurou nunca se apaixonar e seguir sozinho.

Mas tudo muda após a primeira visita de Lorena à prisão. Terror cria uma obsessão por ela, e ela se torna seu maior objetivo. Muitas descobertas e segredos envolvem a história desses dois. Juntos, enfrentarão desafios. Será que Terror conseguirá proteger Lorena de todos os segredos que envolvem sua história? Será que Lorena se entregará ao Terror e cuidará de sua irmã?

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Capítulo 01
Lorena narrando -não, por favor me fala que é mentira - eu implorei aos médicos num grito desesperado no corredor daquele hospital sozinha e aos prantos Eu não conseguia acreditar que eu perdi os meus pais, a minha base, eu não sei o que seria a partir de agora sem eles dois, e com uma bebê nos braços pra eu criar sozinha, e sem perspectiva alguma de vida Aquele sem dúvidas foi o pior dia da minha vida, eu nunca senti um desespero tão grande quanto naquele dia, eu me vi perdida, eu choro desde então todos os dias e todas as noites, sem esperança do meu futuro Desde o dia que meus pais morreram eu não durmo , não como, não tenho forças pra nada, eu só to viva ainda porque tenho uma bebê que depende de mim, minha irmã, porque a vida pra mim já não tem mais cor, não tem mais graça, e eu não tenho vontade nenhuma de nada, eu só estou de pé por ela, porque por mim eu queria ter morrido naquele maldito acidente, que eu vou me culpar para sempre O que mais me revoltou foram as palavras da minha avó pra mim, o seu desprezo, a sua indiferença comigo e com a minha irmã, isso nunca vou esquecer, não costumo ser uma pessoa rancorosa, mas eu só tinha a ela naquele momento, e ela virou as costas sem nem se preocupar como se nem fôssemos da família dela, isso eu nunca vou esquecer, ela pode ter certeza disso, eu não consigo perdoar o que ela fez com a gente quando mais precisávamos dela -vó por favor, eu não tenho ninguém, não tenho como me sustentar assim, eu acabei de sair de um estágio, me ajuda até eu conseguir um trabalho, por favor, pela naju, eu preciso alimentar a minha irmã, pelo menos por ela - eu implorei a ela e ela negou friamente -Não tenho espaço na minha casa, e não posso sustentar vocês, da entrada na pensão dos seus pai e aí você se vira, não me procure pois eu tenho a minha vida e você já é maior de idade- ela fala e entra no seu carro e vai embora me deixando ali totalmente perdida e sem chão Eu sai do cemitério com uma neném no colo e não tinha nem um dinheiro pro Uber, minha irmã estava cansada, ela teve que ir de um lado para o outro comigo pois não tinha com quem deixar, e ela só tem dois anos, ela já é pesadinha, mas ela já estava caindo de sono, então eu fui de ônibus de volta pro morro em pé porque ninguém me deu lugar com a minha irmã no colo, e eu estava tão cansada que não tinha energia pra brigar naquele dia Eu abro os meus armários e olho já não tem mais nada, a pensão tem até trinta dias para sair, so tenho duas latas de leite pra minha irmã, mas ela já come comida, eu não sei mais o que fazer, infelizmente eu só tenho uma única alternativa, não era isso que eu sonhava, não era isso o que eu queria pra minha vida, mas eu não tinha mais escolha Eu olho pra minha irmã deitada na cama dos nossos pais, onde nós dormimos agora, porque aqui ela chora menos durante a noite, já que ela tá sentindo muito a falta deles, e eu tento amenizar isso de alguma forma para ela, eu não posso nem desabar na sua frente, só eu sei o que eu passo quando ela dorme, o quanto eu choro e me desespero sozinha -oi amiga, como vocês estão hoje ?-mari entra me chamando e vejo ela com potes na mão - minha mãe mandou isso aqui pra vocês comerem hoje, tá fresquinho- ela comenta e eu agradeço me sentindo um lixo por não conseguir sustentar minha irmã, e estar nessa situação -posso te pedir um favor ?- pergunto e ela concorda pegando a minha irma no colo e brincando com ela que distrai a naju rapidamente- é rápido, eu preciso ir na rua, mas eu já volto, é muito rápido - eu falo e ela confirma tranquila -arruma esse cabelo pelo menos- ela pede e eu n**o saindo do jeito que eu estava mesmo, nem me importando pro ninho de passarinho que está na minha cabeça Desci a rua correndo em direção a boca, minha vontade era de chorar enquanto eu corria, eu não acredito que estou indo até lá implorar pra fazer parte da boca, eu não acredito no que minha vida girou, até hoje a forma como meus pais morreram não entra na minha cabeça, foi tão c***l, tão repentino, e tá me doendo tanto -coe lore tá fazendo o que aqui ? - o bigode me pergunta assim que eu atravesso a rua e entro na viela- aqui não é lugar pra tu não pô, qual foi ?- ele fala bolado comigo -Preciso de ajuda, preciso de trabalho na verdade - eu falo e ele já semicerra os olhos me encarando - meus pais morreram essa semana, eu preciso cuidar da minha irmã, não tenho ninguém por nós, eu preciso fazer alguma coisa - eu falo em desespero e ele me olha assustado -Tu quer entrar pra boca ? Tá doida ? Claro que não - ele já fala na mesma hora bolado negando sem nem prestar atenção no que eu disse, soprando a fumaça do seu baseado e encarando a vista a nossa frente -Por favor bigode eu vendo droga, eu faço o que for, mas agora sou apenas eu e a minha irmã, me deixa entrar pra boca - eu imploro entrando na sua frente e ele n**a -Não lore, aqui não tem nada pra tu não, vou ver se desenrolo alguma parada no morro pra tu, mas na boca não - ele fala sério e eu saio de lá chorando correndo Era a minha alternativa mais rápida, agora eu to mais perdida do que nunca, eu preciso dar um jeito, eu nunca me vi tão desesperada como nesse momento, eu me vejo sem saída, sem escolha, me sento no beco próximo a boca e choro, eu precisava de cinco minutos pra chorar, só chorar e colocar tudo pra fora sozinha, sem a minha irmã do meu lado grudada em mim - lore- ouço a moto do bigode parando do meu lado e encaro ele - eu não sabia que teus pais tinham morrido, eu estava numa missão aí- ele fala e eu concordo - tá muito r**m a situação a ponto de tu entrar pra boca mano ?- ele pergunta e eu confirmo sem forças pra olhar pra ele - p***a cara tu sabe que eu tenho maior consideração por tu pequena, deixa eu te dar uma nota ?- ele sugere e eu n**o - assim tu não se envolve nesses bagulho mano- ele insiste e eu n**o seria - eu só tenho duas caixas de leite pra minha irmã cara, eu não sei mais o que fazer, me dá droga pra vender, qualquer parada, eu preciso de grana bigode, eu não tenho o que fazer - eu falo fungando- se minha avó que era a única do meu lado me abandonou, e eu preciso cuidar da naju- eu imploro a ele - você me conhece cara, eu não estaria aqui se eu realmente não precisasse, eu tô atirando pra qualquer coisa, a pensão só daqui trinta dias, e até lá eu e ela comemos o que ?- eu falo já chorando de novo e ele n**a bolado - cara na boca não dá, não vou te arriscar assim- ele fala descendo da moto e me encarando - faz assim, toma essa grana, compra comida pra vocês, que eu já sei o que vou fazer pra te ajudar só preciso fazer uma ligação, aí falo contigo - ele fala e eu concordo - esse dinheiro não é dado tá, nem que eu faça faxina na sua casa, lave seus carros e suas motos, mas eu vou te pagar, eu só preciso comprar comida, pagar as contas de casa, eu preciso manter a minha irmã - eu falo e ele concorda - aguarda o meu contato, eu to pensando num bagulho aqui e dando certo eu te aciono - ele fala e eu agradeço- vamos, vou te deixar no mercado - ele fala e eu subo na moto com ele e ele me deixa no mercado - mais tarde eu te aciono pra passar a visão do serviço, mas não faz besteira tá, eu vou te ajudar nessa, te dou a minha palavra- ele fala e eu concordo agradecendo ele, e secando as minhas lágrimas e entrando no mercado perdida ainda Eu nem quis saber o que é, eu só quero saber de cuidar da naju, eu não posso ficar dependendo da Mari e da mãe dela, eu preciso fazer o meu, eu preciso sustentar a minha irmã, ela só tem a mim agora nessa vida Entro no mercado e pego coisas essenciais, arroz, feijão, leite, farinha, mistura, legumes, tudo o que a naju come, a conta deu e sobrou dinheiro, foguete me deu dois mil reais, eu não sei como vou pagar isso tudo a ele, mas eu vou Fui subindo cheia de peso, não ia pagar taxa de entrega, porque qualquer dinheiro pra mim é muita coisa - qual foi lore, cheia de peso aí tá doida ?- bala para do meu lado de moto com uns amigos - me dá aí essas bolsas e sobe na moto - ele fala e eu respiro aliviada - ai bala, eu agradeço, tá muito pesado mesmo - eu falo e os amigos dele me ajudam também com as bolsas e ele me deixa em casa - aí se precisar de qualquer parada me aciona tá, tu sabe que nós é cria - ele fala me abraçando e eu concordo - muito obrigada, de coração mesmo - eu falo abraçando ele de volta e entro em casa com as bolsas Bala e a maioria dos meninos da boca cresceram comigo, a maioria foi pra boca, e eu nunca deixei de falar com nenhum deles, mesmo que a grande maioria tente ficar comigo Mas eu sempre fui focada nos estudos, fazia meus estágios, cursos, tudo que eu pudesse pra ficar o mais distante de casa possível, já que meus pais vinham brigando muito desde que minha mãe engravidou da minha irmã, tudo era um inferno aqui em casa, mas na minha presença eles evitavam e pintavam a família perfeita, e isso me pegava muito de verdade porque eu odiava ver a minha família do jeito que estava, com eles brigando tanto daquele jeito, mas eu preferia eles assim do que sem eles nunca mais Eu entrei em casa e a Mari começou a me encher de perguntas, já que ela sabe que eu não tenho um real no bolso - você não foi pra boca não né Lorena ?- ela fala parando na minha frente - Mari, se essa for a minha única opção, eu vou, você sabe que eu não corro de trabalho, ainda mais agora que somos só eu e minha irmã - falo e ela n**a irritada - tem eu também, eu nunca vou abandonar vocês, minha mãe também não, vocês só não estão lá porque você não quer- ela fala brava - você é minha melhor amiga, jura não fazer besteira, por favor - ela pede e eu concordo abraçando ela - vai dar certo, confia em mim - eu peço e ela me olha desconfiada mas não fala nada Nós arrumamos tudo, e eu vou tomar um banho, dou um banho nela junto comigo, e a Mari tinha cozinhado mais algumas coisas pra gente - ai, tenho que falar contigo - bigode invade a minha casa e eu pulo da cadeira com o susto - p***a como tu entra assim tá doido ?- eu falo com ele com a mão no peito e a Mari tinha virado uma panela de água em cima dela mesmo - você molhada fica uma delícia- ele fala e ela sai p**a da vida com ele Os dois já ficaram uma vez, mas a Mari não quis mais contato porque ele pega todas como todo bandido - fala o que você quer - eu falo me sentando de novo já mais calma - tenho uma proposta, você pode não gostar e não vai ser fácil, mas é a melhor forma de grana rápida - ele fala e eu fico com medo da sua sugestão, mas topo antes mesmo dele falar sobre o que seria

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