Virginia estava na faculdade há um ano
O início não foi fácil,pois a impressão se estar sendo vigiada(e era )a incomodava.Ela fugia de algumas perguntas,pois sabia que o seu pai era um homem que lidava com coisas que ela preferia fingir não ver.
Usava sempre um o cabelo preso,pois o cabelo não era fácil de domar e pentear.Era discreta,mas mesmo assim os olhares dos rapazes a perseguiam.
Ela não sabia muito sobre a mãe,mas imaginava que era exatamente igual a ela,de tanto que o pai as comparava, principalmente quando ela reclamava,como estava fazendo agora.Na aparência ela havia puxado mais ao pai,mas o jeito era da mãe.Ela não entendia bem o porque da sua mãe ter ido embora.No inicio ele dizia que ela havia morrido,mas depois de um tempo confessou que sua mãe saiu e não voltou.
Mas porque e para onde,ela não sabia.E quando tentou saber,não teve resposta.
-Eu não preciso de segurança o tempo todo!!!
-Sim, precisa.Sem isso não vai haver faculdade,o que prefere?
O pai estava no escritório analisando papéis.
Ele já estava em casa uma semana direto,e ela não estava acostumada com isso,e nem gostava ,principalmente com a atitude de Malanie.
Quando o pai estava ela parecia dona da casa, e mostrava uma preocupação com Virgínia que na verdade não acontecia na ausência dele.
Clara se recolhia cedo,sofria de dores nas costas e quando a coluna "gritava"ela ia para o quarto,e ninguém a via mais.
Virginia fazia o mesmo
Não tinha paciência de circular pela casa com Melanie puxando assunto.
Ela queria sim poder ser uma pessoa normal.
Entendeu a qual grupo pertencia,e era algo que ninguém falava
Não havia oque falar .
Ela percebeu que o poder era passado de pai para filho,e o seu pai no tinha filhos,mas uma filha.
O casamento poderia dar a ela o poder "paralelo"mas para isso o casamento teria que acontecer com alguém de confiança do pai dela
-Mas,e se eu não quiser casar?
Ela perguntou ao pai quando ele lhe passou exatamente o motivo real pelo qual ela foi criada com tantos cuidados
Acabou conhecendo na faculdade outras meninas que sofriam do mesmo problema,a vigilância,e também o segredo em relação às origens!
Não havia oque fazer a respeito do cuidado,mas quanto aí casamento...
Quando acordou na manhã seguinte havia um bilhete.Quando abriu tinha um valor em dinheiro,e um.bilhete:
"Compre um vestido e vá a sua festa,mas não esqueça quem você é"
-Como se fosse possível!!!
Ela pensou.
Quando desceu o pai já havia viajado.
Ela viu que Melanie estava triste,e um pouco estranha.
Clara fez um sinal como se não soubesse o porquê.
-Bem, será que ela e o meu pai???
-Eu não sei....Mas o seu pai já apareceu aqui com outras mulheres,e mesmo assim ela não ficou assim,tão triste.
Quando Brian abriu a porta do carro para ela entrar e deu bom dia,ela respondeu.
-Oque houve senhorita???
-Como assim??Ela perguntou.
-Desculpa senhorita,mas a senhora nunca me dá bom dia!!
Ela sorriu, sem graça.Nem tinha se dado conta.
Hoje estava feliz, enfim ia conseguir interagir com as pessoas da faculdade.
O medo de sequestro,ou sei lá do que mais que o pai sentia, acabava transformando sua vida em uma prisão.
Quando desceu do carro,disse:
-Brian,eu não serei mais tão calada daqui pra frente!
Ele sorriu.Na verdade Brian nem.devia ter falado nada,sabia que o seu trabalho exigia discrição.
A esposa trabalhava como baby sitter com um amigo do pai de Virginia.E ele tinha certeza que ele também era da máfia.
Virginia entrou na aula atrasada.Era difícil,pois geralmente ela chegava cedo.Dessa vez ela pediu que Brian fosse mais devagar,queria admirar a cidade.Ela saía pouco de casa,e estava feliz já que teria uma festa para ir no final de semana.
Brian estacionou e ficou ali,de prontidão.Era segurança além de motorista,e havia um telefone para o qual ele só podia ligar em caso de emergência.Aí sim um outro entraria em ação.
Ele era um homem tranquilo,mas a aparência causava um certo medo.Era alto,forte,e careca.
Os olhos eram bem expressivos,e os lábios grossos.
Não se achava bonito,e sempre soube que sua aparência causava um certo medo nas pessoas,mas ele nunca sequer tinha brigado.
Era discreto,mas se precisasse não faria f**o,pois era formado em artes marciais.O emprego só veio porque a esposa já trabalhava para alguém da mesma firma,caso contrário não seria contratado.
Ele estava há um ano sendo o motorista e segurança dela,e achava o trabalho muito bom,pois ela saía pouco,e enquanto estava na faculdade,ele lia.Devorava histórias de suspense e terror.Era esse o seu passa tempo.
Mas sabia que se perdesse ela de vista,sua vida estaria em perigo.