II Capítulo

1535 Words
Naquele momento, apenas os ecos de passos podiam ser ouvidos naquele piso de ladrilho branco. Não eram os passos de uma pessoa, mas três. Um bem tranquilo e os outros dois um pouco mais rápidos, mais preocupados. Um dos passos cessou, seguido de mais dois e ouviu-se uma porta sendo aberta. A primeira pessoa passou pela porta e logo depois, a luz acendeu revelando uma sala, mas não uma sala qualquer, mas parecia mais um açougue. A sala tinha as paredes forradas de ladrilhos brancos, antes eram completamente brancos, mas eram marrons, tanto que estavam cobertos de sangue, mas não era de animais para consumo humano, pelo contrário, era angue de humanos, humanos e subordinaodos de Hills, todos aqueles que falharam em missões e foram espancados até a morte. No chão, havia marcas de sangue, mesmo que tivessem sido limpas, ainda estavam lá. No centro daquela sala, havia um homem. Ele estava em pé, com os braços amarrados, a boca amordaçada e os olhos vendados. O primeiro homem parou na sua frente e logo de seguida tirou o paletó, revelando o coldre de uma arma. Ele sacou a arma e levantou a cabeça do segundo usando o aparelho. Nesse momento, o segundo começou a tremer. - Hmm... Não... Isso seria muito fácil...- Disse o primeiro, enquanto abaixava a arma. - Tire a mordaça desse lixo...- Ele disse, já se afastando daquele pobre homem enquanto ele devolvia a arma ao coldre. Ele tirou o paletó e logo atrás dele, um de seus seguranças particulares pegou a roupa. Ele se afastou e, ao fazê-lo, o homem que estava amordaçado começou a implorar. - Chefe... me dê uma chance... eu prometo me redimir... O homem implorou e implorou, mas seu ex-patrão permaneceu indiferente. Este chegou a uma mesa que possuía inúmeras ferramentas, desde alicates, bisturis, bastões eletrônicos, bastão de beisebol e entre outros itens. Ele começou a cantarolar ignorando completamente os apelos de seu subordinado e, claro, dando uma olhada minuciosa em seus materiais de tortura. - Ótimo! Ele pegou num soco inglês e depois voltou para seu subordinado. Naquele momento haviam quatro homens naquela sala, Cassidy Hills, mais conhecido como Hills. Cassidy era bonito, alto, tinha olhos verdes e um físico invejável, aliás, era isso que chamava a atenção das mulheres que caíam em suas garras. Mas, apesar de seu belo exterior, Cassidy era um homem arrogante, com um passado cheio de pecado, sangue e crime. Para Cassidy não havia meio termo, não havia misericórdia, ele era o tipo de homem que vivia cada emoção em seu sentido mais verdadeiro. Além de Cassidy, havia mais dois homens vestidos de ternos pretos e óculos escuros, na verdade eram seus seguranças particulares e de maior confiança. E por fim, havia mais um, mais um subordinado que infelizmente e provavelmente teria aquele dia como o último de sua vida. Cassidy parou em frente de seu subordinado, que ainda estava implorando. - Cale-se!- ele ordenou, baixinho, revelando-se mais uma vez portador de uma bela e forte voz masculina. No mesmo instante, seu subordinado interrompeu seus apelos. De repente Cassidy deu um soco forte no rosto dele, com a pressão o subordinado virou e cuspiu uma forte quantidade de sangue. - Chefe eu... Cassidy deu um soco no rosto dele novamente. O subordinado tentou intervir novamente, mas Cassidy deu mais um e outro, antes mesmo que ele pudesse intervir e a chuva de socos continuou. Cassidy deu mais e mais socos até que finalmente, depois de quinze minutos, não houve mais reação de seu subordinado. Cassidy parou a chuva de socos, afastou-se do subordinado e ficou ali olhando para ele. O subordinado estava desmaiado e com a cabeça baixa, o rosto vermelho com algumas feridas ao redor, os olhos roxos e inchados e o nariz pingando sangue. - Tsk... Ele desmaiou... Cassidy ficou pensativo por um tempo e imediatamente começou a caminhar em direção à mesa onde tinha suas ferramentas de tortura. Ele tirou o soco inglês e colocou os itens sobre a mesa. Olhou para suas mãos, viu que estavam manchadas de sangue e quando percebeu olhou para sua camisa, vendo que estava coberta de gotas de sangue. - Merda! - ele examinou sua camisa e pela expressão facial ele estava muito zangado. - Tsk! - ele chutou a mesa à sua frente. - Essa era minha camisa favorita... Tsk! - Ele se virou, apoiou as mãos nos quadris e lambeu o lábio inferior, ainda olhando para seu subordinado espancado. - Sabe de uma coisa... - Ele fez uma pausa. - Leve esse lixo para aqueles perdedores do tráfico humano... Ouvi dizer que estão esgotados... Disse ele. - Tudo bem chefe! - disse um de seus seguranças particulares. No mesmo instante, Cassidy estava desabotoando sua camisa, revelando uma regata branca e também seus braços firmes e fortes tatuados. Ele limpou as mãos com a camisa, jogou a roupa no chão e começou a caminhar em direção à porta. Ele atravessou a porta, saiu daquele açougue e continuou por aquele corredor branco e gelado. Antes mesmo de chegar à porta, o segurança que estava ao pé dela, alcançou a maçaneta e a abriu. Cassidy passou pela porta e subiu as escadas. Ao terminar a escada, se deparou com outra sala enorme que tinha muitos bovinos mortos e pendurados. Cassidy caminhou por aquele corredor e assobiava pacificamente. Ele alcançou outra porta e se viu na cozinha de um restaurante.Ele olhava em volta, vendo detalhadamente o que cada um fazia, mas os funcionários continuavam indiferentes. Cassidy abriu a última porta e finalmente saiu daquele prédio. Era noite e estava bastante agitado. De lá, ele podia ver seu Mercedes Benz S- Class preto, bem como seu motorista do lado de fora ao pé da porta de trás esperando por ele. Cassidy começou a caminhar em direção ao carro, antes mesmo de chegar, seu motorista abriu a porta. Ele entrou e a porta foi fechada. O motorista entrou e fechou a porta. Cassidy apoiou a mão no parapeito da janela e olhou para fora. Depois de alguns minutos, seus guarda-costas sairam do edificio. Chegaram à porta e entraram ao mesmo tempo, sentando-se um na frente e outro atrás, a uma distância segura de Cassidy. - Vamos! - Cassidy ordenou. O motorista começou a dirigir - Chefe, onde você quer ir? - ele olhava para Cassidy pelo espelho retrovisor. - Para o Xstrip! - Obrigado! O motorista começou a conduzir e Cassidy relaxou no banco. "Preciso de algo novo na minha vida..." Pensou ele. Após cerca de trinta minutos o carro parou e logo em seguida o segurança que estava sentado na frente, desceu e abriu a porta para Cassidy. Cassidy saiu, revelando seus sapatos Oxford pretos, seguidos por sua calça de linho preta e regata branca. Ele caminhou e atrás dele vinham seus guarda-costas. Ele alcançou a porta da boate e foi aberta pelo segurança que estava do lado de fora. Ele passou pela porta e ao fazê-lo, uma cena de música eletrônica foi revelada, acompanhada de gritos de êxtase de jovens, luzes fluorescentes e cheiro de bebidas e cigarros. Cassidy entrou e, ao fazê-lo, olhou em volta como se estivesse procurando por algo. Mas tudo o que ele viu foram strippers no palco, jovens casais se esfregando e dançando ao som da música. Ele ainda estava super distraído olhando ao redor, até que sentiu algo bater em seu peito. - Ah...! - uma voz feminina suave foi ouvida. Imediatamente Cassidy olhou a sua frente, vendo quem era, mas não prestou atenção assim que sentiu algo frio em seu peito. Ele olhou para o peito e viu que estava coberto de cerveja. - Ah... - Uma suave voz feminina foi ouvida acompanhada pelo som de vidro contra a mesa. - Sinto muito... Cassidy ergueu a cabeça novamente e viu uma mulher a sua frente, toda preocupada procurando algo dentro da bolsa. - Desculpe, eu... - Finalmente a garota ergueu a cabeça, mostrando o rosto para Cassidy. - Eu sou realmente desajeitada... - Ela enxugava o peito de Cassidy com um pequeno lenço. Cassidy olhava para ela minuciosamente. A garota era branca e levemente bonita, com longos cabelos castanhos lisos e olhos castanhos claros. No momento ela estava vestindo uma blusa rosa bebê, uma calça de pano azul e um par de saltos altos. Cassidy engasgou e instantaneamente levou a mão ao rosto dela. - Alex... - Ele fez uma pausa e retraiu a mão. - Você disse?- ela olhou para Cassidy, enquanto limpava a cerveja no peito de Cassidy. - Eu não acho que isso vai funcionar ... - Ela disse, enquanto continuava aquele movimento. A garota ergueu a cabeça e olhou-o diretamente nos olhos. "Por que... por que ela se parece tanto com ela? Quem é ela?" Cassidy se questionou, mantendo os olhos fixos nela. - Bem... Posso pelo menos te convidar para uma cerveja? Cassidy permaneceu em silêncio. - Pode ser? - ela insistiu. "Não perderei nada... além disso... quero saber quem é ela..." Cassidy pensou. - Sim, aceito a cerveja... - Ótimo! - a garota abriu um sorriso. - Vem comigo... - Disse ela, segurando a mão dele. Ambos começaram a caminhar em direção a algum lugar, sendo Cassidy quase arrastado por ela.
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