- A noite foi boa?- falei sentando no sofá.
- Até foi, você não lembra de nada mesmo? - falou ele.
- Não, eu não me lembro - falei e ele sorriu de lado.
- Vou tomar um banho - falou saindo. Fiquei ali vendo toda aquele sujeira e peguei uns copos descartáveis que estavam espalhados e coloquei dentro do lixo e peguei os pratos sujo e coloquei na pia peguei a vassoura e o Bruno surgiu pelado.
- Ai meu Deus - falei fechando os olhos e ele tapou as coisas com a mão e eu comecei a rir.
- O que você tá fazendo aqui?- falou ele sério.
- toma - falei jogando uma almofada pra ele.
- Obrigado - falou colocando a almofada.
- vim entregar o celular do Erick - falei.
- Ai ele te colocou pra fazer faxina?- falou ele.
- Não, eu quis limpar. O que você está fazendo aqui, assim?- falei e ele me olhou ofendido.
- Sai daeeee, eu estou assim porque durmo assim e dormi aqui no quarto de hosedes - falou ele.
- Entendi, a noitada foi boa né - falei.
- você não lembra? - falou ele.
- Não - falei séria.
- Não se preocupe vai ter o filme da noitada - falou ele e em seguida riu.
- filme?- falei.
- Vamos - falou o Erick chegando.
- Pra onde?- falei.
- Praia - falou ele apontando pra prancha de surf.
- vou pra minha casa - falei.
- tudo bem então - falou ele. Descemos e ele foi pra praia e eu voltei pra casa. Preciso estudar pro concurso da polícia que vai ter.
Fui pra casa e fiquei estudando e meu celular tocou e era o antigo numero do Erick.
- Olha eu sei que não é o Erick, inclusive ele já comprou outro celular - falei brava.
- Anastásia?- falou a voz.
- Sim, e você não vai me assustar me dizendo meu nome ele deve está ai na agenda né - falei.
- Não Anastasia, é que eu sei quem você é mesmo - falou a voz e eu desliguei. Filho da p**a!!! Não podia ser ele. Joguei o celular na cama e fui pra varanda me refrescar... Segunda feira era dia de estudar, fui pra faculdade e logo em seguida fui pra Delegacia.
- Bom dia - falei quando cheguei e dois caras começaram a rir. Achei estranho mas sai dali. Cheguei na sala do Erick e ele estava conversando com o Bruno mas logo parou quando cheguei.
- Que foi?- falei séria.
- Nada - falou o Erick.
- Estranho, pq quando eu cheguei dois caras riram quando dei bom dia e vocês pararam de falar quando entrei - falei seria.
- Relaxa Ana - falou o Bruno.
- Vou fazer isso pegando um café pra mim - falei levantando e saindo dali pra ir na cafeteria da Delegacia.
Erick Narrando.
- Pra quem você mostrou o vídeo?- falei bravo.
- Fica calmo - falou o Bruno.
- Não Bruno, eu não vou ficar calmo. Quero saber - falei.
- Pro max e pro Diogo - falou ele.
- Já falei pra não mostrar pra ninguém, vou mostrar a ela e pedir pra ela se demitir. Não quero você expondo ela assim - falei serio.
- Que isso, tá xonado?- falou ele.
- Que xonado uq - falei encarando ele.
- O Delegado está chamando vocês - falou a Ana entrando. Saímos dali e fomos até a sala do Delegado.
- Opa - falei entrando com o Bruno.
- Duas mortes muito suspeita na operação que ambos fizeram no morro - falou ele jogando o jornal.
- Mídia filha da p**a - falei pegando o jornal e vi a minha foto com um fuzil na capa.
- Não fizemos nada - falou o Bruno.
- Tem certeza?- falou o Delegado.
- Temos - falei.
- É bom mesmo, não vou mais aliviar vocês, vocês não podem entrar e matar inocentes - falou ele bravo.
- Não são inocentes, são pessoas que mais tarde ou mais cedo entrarão no tráfico - falei.
- Não estou ouvindo isso - falou ele.
- minha opinião - falei.
- Seu pai não era polícial corrupto e morreu do mesmo jeito naquela chacina contra policiais, você apóia a morte dele? Foi morto por um pensamento egoísta como o seu - falou o Delegado e eu o encarei. Ele sabia que eu detestava que falassem do meu pai. Sai dali e fui pra minha sala entrei e bati a porta.
- UAL - falou a Ana me olhando.
- Quer conversar?- falou ela.
- Não - falei sem olhar pra ela.
- Tem certeza?- falou ela.
- Tenho, não quero conversar com ninguém. Muito menos com você - falei serio.
- muito menos comigo? Ual essa doeu! É sério eu posso te ajudar - falou ela.
- você vai trazer meu pai de volta?- falei.
- Não mas eu posso dizer que ele não gostaria de te ver assim - falou ela.
- você não sabe o que está falando - falei.
- sei sim, você é um policial maravilhoso Erick, não deveria se estressar com tão pouco - falou ela.
- Eu, policial maravilhoso? Você não sabe o que diz - falei olhando pra ela que parecia por fé em mim mesmo.
Anastasia Narrando
- Você tem razão eu não sei o que digo - falei deixando cair uma apostila e ele pegou do chão olhou e me entregou.
- Se inscreveu no concurso da Polícia?- falou ele me olhando.
- É não que eu vá passar, porque é difícil eu sei. Mas vou tentar - falei o encarando.
- Quer ajuda?- falou ele.
- Com os estudos?- falei.
- É - falou ele.
- Não sei - falei.
- Não sabe?- falou ele.
- É, não sei do tipo que não sei o que você quer com isso, você nem gosta do fato de eu está aqui - falei séria.
- Não é nada pessoal - falou ele.
- você nem me conhece - falei.
- Nem você me conhece - falou ele.
- E nem quero - falei.
- Nem eu - falou ele me olhando nos olhos. Desviei o olhar e sorri de lado.
- Eu aceito sua ajuda - falei.
- Então vamos aos estudos - falou ele me olhando.
- Você não tem que prender bandidos?- falei.
- Agora não -falou ele sentando perto de mim... Estudamos em meio a telefonemas para o Erick. Ele me explicou coisas que eu nem imaginei cair na prova.
- Porque você quer ser policial?- falei.
- E você? Pq quer ser policial? - falou ele me olhando.
- Responder uma pergunta com outra não é inteligente - expliquei. Ele me olhou e eu o encarei.
- Meu pai - falamos juntos.
- Seu pai?- falei.
- Seu pai? - falou ele.
- Seu pai num morreu?- falei.
- Sim, resolvi ser policial depois que ele foi morto em uma chacina contra policiais aqui no Rio - falou ele.
- Nossa! Não sabia - falei.
- O que seu pai tem a ver com você querer ser policial?- falou ele me olhando.
- Ele me incentiva a seguir meus sonhos - falei.
- Entendi - falou ele.
- E a sua mãe?- falei.
- Morreu quando nasci e como sou filho único sou só eu - falou ele.
- Nossa! Mas o Bruno é como um irmão pra você né- falei.
- É sim - falou ele.
- Entendi - falei.
- Os estudos virou conversa - falou ele.
- É né - falei rindo.
- bom, vou embora agora - falou ele.
- também - falei levantando.
Os dias seguiram e o Erick me ajudava sempre que podia pra o concurso.
- Você tem certeza?- falou o Erick me olhando.
- Tenho. Não quero ir nesse racha não - falei seria.
- Vai ser legal - falou ele.
- Mesmo assim - falei indo em direção ao meu carro.
- Não vou insistir - falou ele me olhando.
- Obrigada, tenho que estudar - falei entrando no carro.
- Quer ajuda?- falou ele me olhando.
- Não. Eu vou passar a madrugada estudando para as provas da faculdade - falei olhando no retrovisor enquanto dava ré.
- Levo sushi - falou ele e eu freiei o carro e encarei ele.
- Como?- falei.
- Vou estudar com você - falou ele.
- Mas eu vou estudar pra prova da faculdade - falei.
- Isso é um não?- falou ele.
- Não, tudo bem. Pode ir - falei.
- chego às 23:00 - falou ele. Sai dali e ele ficou lá. Não sei o que deu no Erick mas ele está tão prestativo e sem falar que ele é lindo.
Erick Narrando.
- Carona?- falou o Bruno.
- Sobe - falei.
- Tudo certo né?- falou ele se referindo ao racha.
- Vou pra casa da Ana - falei.
- Quê? Tá gostando dela?- falou ele.
- Não! Você sabe, estou solteiro e ela é bem gata. Até me esqueci de quando fiquei com ela -falei.
- Te lembro com o vídeo - falou ele.
- Apaga esse vídeo Bruno - falei.
- como?- falou ele.
- apaga UE - falei sério.
- você tá gostando dela - falou ele.
- eu não - falei parando a moto no acostamento e ele desceu.
Anastasia narrando
- Pensei que não viria - falei abrindo a porta para o Erick.
- Falei que vinha - falou ele me olhando.
- Pois é, e trouxe pizza - falei.
- não achei sushi - falou ele.
- a essa hora é complicado mesmo - falei.
- E então, o que vamos estudar?- falou ele.
- Primeiro vamos estudar o pq de você tá sendo tão legal comigo - falei.
- porque você é uma garota bacana - falou ele.
- Sabe, eu chava realmente que você me detestava - falei pegando um pedaço de pizza.
- Você é mais legal do que aparentava ser - falou ele e eu sorri de lado.
- você também - falei eem seguida fui no quarto pegar meus livros.
Erick Narrando.
A Ana saiu da sala e o celular dela começou a tocar só vi por que estava em frente a mim, ele estava no silencioso. Olhei e vi o nome, Erick Ligando. Como eu ligando? Atendi o celular.
- Alô - falei desconfiado.
- cadê a Ana?- falou a voz.
- quem é?- falei.
- É o erick - falou a voz.
- quer deixar recado? Ela está no banho- falei mentindo.
- não - desligou o cara.- O que você tá fazendo com meu celular?- falou ela.
- Te ligaram do meu antigo número - falei.
- E o que disseram? - falou ela.
- eles sabem seu nome - falei.
- olharam na agenda- falou ela.
- pode ser mas acho bom você ficar esperta- falei.
- relaxa - falou ela me olhando.
- impossível- falei.
- vamos estudar - falou ela.
- vamos - falei puxando ela e dando um beijo ela parou o beijo e me olhou.
- não é uma boa ideia- falou.
- pq- falei.
- tanta coisa- falou ela sentada no meu colo e eu lhe dei um beijo no pescoço e ela me olhou e logo me beijou.
Paramos o beijo e a encarei.
- Disseram que era eu - falei.
- como assim?- falou ela.
- quem tava do outro lado da linha disse que era eu - falei.
- e?- falou ela me olhando.
- E, é a chance que tenho de pegar alguém de lá - falei.
- quê? Mas você não sabe se é um bandido ou alguém de bem - falou ela.
- Alguém de bem não te liga e usa o meu nome, é óbvio que eles sabem que você é da polícia - falei.
- acontece meu amor que eu não sou da policia- falou ela levantando do meu colo.
- ainda né - falei puxando ela de volta ao meu colo.
- você está muito ousado hoje- falou ela me olhando.
- você não se sente nem um pouco atraída por mim?- falei a encarando.
- acho melhor a gente estudar - falou ela.
- acho melhor a gente ficar junto - falei dando um beijo nela de tirar o fôlego, beijei seu pescoço e senti ela se arrepiar.
- como é bom sentir seu cheiro de novo - falei enquanto beijava seu pescoço e ela se afastou e me olhou.
- outra vez?- falou ela.
- me atrapalhei - falei e ela sorriu.
- vem cá - falou ela me puxando em direção ao seu quarto. Entrei lá e era pintado de branco e rosa, com fotos dela por todo canto.
- Que quarto lindo - falei.
- vai ficar mais - falou ela me olhando.
- a é?- falei indo até ela.
- É sim, até porque te chamei pra me ajudar a trocar aquele quadro de lugar - falou ela e eu sorri e agarrei.
- tá maluco?- falou ela rindo.
- não, mas vou ficar - falei beijando ela.
Anastásia Narrando.
Como pensei!!! Acordei e estava numa cama enrolada nua com o Érick dormindo do lado. Meu Deus! O que eu fiz. Levantei dali peguei uma roupa fui no banheiro tomei um banho e quando voltei ao quarto o Erick estava de cueca e me olhando.
- Bom dia?- falei envergonhada.
- Bom dia - falou ele piscando o olho pra mim e eu só fiquei ainda mais vermelha.
- Eu vou, tomar café, você quer?- falei.
- Quero sim, vou tomar um banho e já chego lá - falou ele levantando.
- OK - falei e em seguida peguei meu celular e sai dali. Fui pra cozinha e preparei um café da manhã ótimo, logo meu pai me ligou.
- Bom dia Anjo - falou ele e eu sorri com o celular no viva-voz tentava fazer o café e falar com ele.
- tá feliz?- falei.
- deu pra perceber?- falou ele.
- sim - falei.
- depois explico os detalhes- falou ele e eu sorri.
- Seu banheiro é tão rosa - falou o Erick e eu tirei o viva-voz e peguei o celular.
- quem está aí Ana? - falou o meu pai preocupado.
- relaxa pai- falei.
- Tem um rapaz aí, ele dormiu ai? Ana me conte, quero saber tudo - falou o meu pai preocupado.
- Está tudo bem!! Não se preocupa- falei seria.
- É o Rafael?- falou ele.
- Não!!! Não quero saber do rafa ele e vou desligar- falei desligando e o Erick me olhava sentado à mesa.
- Panquecas?- falei soltando o celular.
- Quem era?- falou ele.
- Meu pai- falei.
- e o nome dele é Rafael?- falou o Erick.
- Não- falei desviando os olhos dos dele.
- Então quem é Rafael? - falou ele.
- Meu primo - falei séria.
- entendi - falou ele. O café foi legal e até conversamos muito inclusive sobre o que aconteceu. No outro di fomos na Praia e finalmente chegou o dia de voltar ao trabalho. Minha relação com o Erick ia muito bem, estávamos nos conhecendo e ele era um cara incrível.
Erick Narrando
Eu sentia algo pela Ana, ela era especial. Talvez ela me perdoe se eu abrir o jogo com ela ou talvez ela nem olhe mais na minh cara. Mas sinto necessidade de contar a verdade.
- Eii- falou o Bruno me tirando dos meus pensamentos.
- Oi - falei.
- Pensando nela?- falou ele se referindo a Ana.
- Não - falei sério.
- sei - falou ele.
- Erick - falou a Ana entrando na sala.
- Oi - falei.
- Posso tirar a tarde de folga? Vou no médico, não estou me sentindo bem - falou ela.
- Claro! Quer companhia?- falei.
- Não!!! Muito Obrigada mas eu prefiro ir só - falou ela e em seguida saiu.
- Tomou hein - falou o Bruno.
- i****a! - falei batendo nele e ele riu.
Ana Narrando.
- Acho uma piada o Sr. Me pedir esse exame- falei.
- Você tem certeza que não tem chance?- falou o médico me olhando.
- Doutor eu transei há três dias com um cara com proteção. Ou seja! Impossível -falei nervosa.
- O que posso fazer é passar outro mas não tem pra onde Ana. Você está gravida- falou ele.
- Como grávida doutor, de quem? Meu Deus!!!- falei nervosa.
- O fato é: você vai ter um filho - falou o médico e eu peguei minha bolsa e sai dali. Comecei a chorar!!! Era impossível aquilo está acontecendo comigo. Como grávida? De quem? Só pode ser erro! Quero ligar pro Erick mas se ele não quiser olhar na minha cara mais? Grávida e não sei quem é o pai. Eu quero morrer!!! Como isso foi acontecer? Como assim? Fui pra casa e comecei a chorar.
Erick Narrando.
Três dias se passaram e a Ana não deu notícias, LIGO e ela não atende já fui no prédio e o Porteiro diz que não sabe dela.
- Para de ligar seu trouxa - falou o Bruno pegando meu celular.
- Me dá - falei puxando o celular da mão dele.
- Cadê meu amigo que passa o rodo em geral em? Saudades dele - falou o Bruno e logo saiu. Fiquei tentando ligar de novo pra Ana e nada.