O dia da mudança
-Elena vai morar comigo, tenho certeza que vai ser o melhor pra ela e pra você também. – Ouço atrás da porta. A voz roca do pai. – Estou pesando levar ela essa semana.
- Você quer que ela vai morar com você pra conhecer a sua nova esposa? Pra mostrar pra ela que você é um bom pai?.
- Para com isso Carla. Você sabe que sempre foi um bom pai pra ela, foi você que me traiu . Não tenta colocar a culpa em mim. – *O pai sempre foi calmo , mesmo depois de ter sido traído e saído de casa sem nada, ele continuou ajudando a mãe mesmo a perdoou perdoou*.
-Pensei que tivesse me perdoado. Foi você que deixou isso acontecer. Chegava tarde em casa, cheiro de perfumes de mulheres na sua roupa. Não quero conversar sobre o que aconteceu. Eu admito que errei com você mas isso não vai mudar em nada. – No impulso entro na cozinha, os dois estão olhando pra mim. – Elena, estava com saudade de você minha filha. – Meu pai vem até mim e me abraça. – Eu não queria que você escutasse a nossa conversa.
- Eu vou morar com você pai, não quero mais ficar aqui. – *Abraço mais forte, tenho vontade de chorar Desde que o pai saiu de casa. *Ela nunca conversou comigo, nunca perguntou como eu estava sobre tudo. Nunca quis me contar o por quê tá traição. Ela se afastou de mim*. – Vou subir pra arrumar minhas coisas. – Meus olhos vão de encontro aos dela, a expressão de tristeza é bem óbvia. Sinto um aperto no coração...* Eu sei que magoei ela, eu sei que devia ficar ao lado dela, mas não consigo. *
-Se é assim que você quer, você pode ir morar com seu pai. Pode subir e arrumar as suas coisas. – Ela nem olha pra mim direito, desde do dia que o pai saiu nem olha nos meus olhos ela fez isso. *Por que ela não olha pra mim? Mesmo agora ela poderia olha um pouco.*
- Volto logo pai. – Subo as escadas, levo algumas roupas que posso colocar na mala, tento ser rápida, está tudo pronto. Olho pela última vez. Desço as escadas e vou até o portão onde o pai já está no carro me esperando. Olho pra trás, ela não veio se despedir.
- Vamos. – Coloco minhas coisas no porta mala, abro a porta do carro e sento na cadeira do passageiro da frente. -Pai você se casou de novo?.
- Sim, você vai gostar dela e do filho, ele tem a mesma idade que você é vai estuda no mesma escola. – No caminho todo ela fala sobre a nova esposa e filho. *Ele comenta sobre eles de jeito que parece que sempre foi uma família.*
-Chegamos. – Um rapaz está sentada em frente da portão da garagem. O pai para o carro e o garoto vem correndo. – Filha esse é o Thomas e espero que você se der bem com ele. - Abro a porta do carro pra sair. Vou até o porta mala e vejo o Thomas pagando a mala.
- Você deve ser a filha do Maurício. Elena é seu nome ? Prazer em conhecer, sou o Thomas.
- Sim, obrigada por me ajudar. – *Nunca fui Boa em interagir com alguém. *
- Elena vou sair pra resolver o negócio da empresa, vou chegar mais tarde com a Viviane . E trago comida. Até mais tarde, beijo e bem vinda minha querida.
- Obrigada pai e até mais tarde.- O Thomas leva a mala pra casa. Entramos na casa, a casa é espaçosa, ele sobe as escadas e entra no quarto e coloca a mala no chão.
– Este vai seu quarto. Vou pro meu quarto. Daqui a pouco a gente se fala.- Ele sair do quarto e escuto a porta do quarto ao lado se fechar.
Vou no quarto do Thomas, fico um pouco na dúvida se vou falar ou não. Sem medo bato na porta do quarto. Ele aparece – pode...pode me dizer ao fica o banheiro? Tento não olhar nos olhos dele. Olhos castanhos que faz eu querer olhar cada vez mais.
- O banheiro fica na queria última porta na direita, se é só isso tchau. – ele fecha a porta na minha cara. Isso me deixou um pouco irritada. Vou até o banheiro. Tiro a roupa e entro no chuveiro. Penso na minha mãe e como ela está, acho que tenho que ligar pra ela saber se ela está bem. Demoro alguns minutos no banho. Me sinto renovada. Saio do box e vou pegar a toalha e ao mesmo tempo a porta abre e vejo ele, ele olha pra mim e eu olho pra ele, pela primeira vez sinto o meu coração acelera.
- Me desculpe eu não sabia que você estava aqui ainda. – Ele fecha a porta rápidamente – Foi não foi m*l mesmo, eu devia ter batido na porta. Fala alguma coisa , você está bem?- *Ele me viu nua e agora como vou olhar pra ele?* Ele abre a porta de novo e olha pra mim, entro no box. Ele fecha a porta e sai. Fico parada no box por alguns minutos. *O que que acabou de acontecer aqui. Ele me viu nua, o que eu faço agora? Não vou conseguir ficar no mesmo lugar que ele.* Saio do box e pego a toalha que deixei cair na hora que ele abriu a porta. Vou até aporta e abro devagar, dou olhada pra ver se ele não está. Saio do banheiro e vou até meu quarto. Pego uma blusa e short. Depois de me vestir, feito na cama e Acabo caindo no sono. Acordo com alguém abrindo a porta do meu quarto.
- Desculpa por te acorda filha. Está na hora da janta poderia descer pra comer ? – balanço a cabeça dizendo que sim.*Vou tentar agir como se nada tivesse acontecido, vou agir normalmente, não tenho que me preocupar. Levanto da cama e abro a porta, vejo ele saindo do quarto. Ele passa direto por mim, ele nem olha pra mim. Desço as escadas, vou direto pra mesa. O Thomas está sendo no sofá e mexendo no celular.
-Thomas pode largar o celular e vim pra mesa. – A Voz da mulher é doce e leve. Olho pra cozinha e vejo uma mulher baixa, o cabelo dela está amarrado com um coque. Ela parece ser mais nova que a minha mãe.- Prazer conhecer Elena, espero que você goste de mim e do Thomas.