M A D S O N
Arrumando minhas coisas que seriam nescessarias em minha estadia na Rocinha,pude repensar novamente na única forma de entrar naquele lugar. Após procurar diversas formas de conseguir me infiltrar de forma menos suspeita,optei por realizar a que julguei ser mais facil e mais dolorosa. Das muitas vezes que me infiltrei ao lado das minhas companheiras,sempre podeiamos contar com alguem que estivesse morando em tais lugares ou com um conhecido tanto da polícia como dos traficantes nos quais eram nossas missões.
Alguns podem dizer que essas pessoas que estão dos dois lado da moeda sejam traidores,porém é questão de se colocar no lugar da pessoa. Quando escolhem nos ajudar,perguntamos um motivo que possamos acreditar e os que mais ouvimos é o fato de que por mais que seus amigos,familiares ou até mesmo conhecidos passassem boa parte da vida preso em um presídio,era melhor do que os verem mortos.
Saindo de meu quarto,após ter conferido se tudo estava em minha mala,desço as escadas seguindo para a sala de estar a procura de meu pai.
____Pai...____chamo pelo mesmo não obtendo resposta de sua parte, provavelmente não estaria em casa e certamente estaria em algum lugar relacionado a seu trabalho.
Após pensar onde certamente ele deveria estar e nada se passar em minha mente,pego meu celular em meu bolso discando seu número colocando para chamar.
?#Ligação on# ?
___ Oi filha?____no quarto toque o mesmo atende fazendo-me ter certeza de que ele estaria longe de casa,pois se fosse ao contrário, seu celular não tocaria mais de duas vezes. Como sei? É uma regra minha e dele,nunca deixe o celular tocar mais de duas vezes se estiver por perto,se seu celular tocar cinco vezes e você não atender,desligue e ligue novamente e caso não atenda é porque estamos com problema.
____ Onde o senhor está?____ após concluir minha pergunta ouço um barulho semelhante a de disparos de armas --- O que o senhor está fazendo? Não me diz que está invadindo algum morro____digo a primeira coisa que se passou em minha mente,aliás, não dá para pensar outra coisa quando envolve meu pai e uma arma em alguma situação.
___ Não filha____respiro aliviada por saber desse detalhe____estamos treinando no galpão um pouco distante da delegacia. Você esta indo pro morro?____ele exitava em perguntar alguma alguma coisa referente a minha missão e desta vez não foi diferente. Entendo ele, afinal,papai já perdeu minha mãe e se ele me perdesse seria um choque para ele.
____Sim pai...____ repondo podendo ouvir sua respiração de descontentamento,e olha que já garanti que ficaria segura e que se alguém desconfiasse,sairia de lá sem pensar duas vezes____ mas pai,preciso da sua ajuda em uma coisa antes de ir para aquele lugar_____ digo um pouco sem jeito,pois certamente papai não pensará duas vezes em me chamar de louca ao ouvir o que tenho a dizer.
____ O que quer que eu faça?____ seu tom de voz já estava desconfiado e provavelmente pensando em várias paranóias.
____ Estou indo até esse galpão,quando chegar, explicarei com calma o que tenho a lhe pedir...____após alguns segundos de silêncio, papai confirma aceitando o que tenho a dizer____chego em alguns minutos...te amo____posso ser essa pessoa durona na delegacia,mas em relação ao meu pai sou pior que gelatina,sempre demonstro o quanto o amo.
____ Também te amo filha____ sempre quando ele respondia a minha declaração, o sorriso era inevitável de esconder.
?#Ligação off#?
Ao encerrar a ligação,guardei meu celular no bolso de minha calça jeans clara. Como o galpão ficava longe daqui de casa e longe da delegacia,peguei a chave do meu carro saindo de casa indo para a garagem,por não ter saído nele, o dexei guardado. Entrei no mesmo arrancando com ele saindo com destino ao galpão resolver esse pequeno detalhe que me impedia de ir até aquele lugar e começar a minha missão.
[....]
Em menos de meia hora cheguei estacionando meu carro em frete ao galpão onde já cansei de treinar com meu pai. Passei diversas fins de semanas e horas treinando aqui junto aos outros policiais novatos.
descendo do carro com um pouco de pressa,pois quanto mais rápido resolver isso mas rápido dou início a minha prioridade,o travei guardando as chaves no bolso da minha jaqueta indo em direção ao portão de entrada,por estar aberto,apenas entrei fechando a porta atrás de mim tendo a visão de alguns polícias fazendo treinamento de tiro ao alvo.
____ Henrrique onde está o delegado?____digo após me aproximar do mesmo, Henrique era uma dos nossos melhores policiais,mais não era um policial que merecia meu total respeito por levar tudo na brincadeira e desconhecer o significado de seriedade,além de viver dando em cima de mim, o que chega até ser ridículo de sua parte.
____Está na sala de treinamento principal...____ o mesmo me responde me olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso____ sempre gostosa...assim eu não aguento___ reviro os olhos pela cantada lixo vinda de sua parte.
Muitos pensam que me acho por agir desta forma,mas está longe disso,pensa comigo; você trabalha em um lugar onde a maior parte são homens e cada um deles te passa uma cantada a ponto de ser considerado assédio,vai me dizer que você levaria isso numa boa? Então parabéns,eu te admiro.
Me afasto dele sem responder o que acabei de ouvir, enquanto seguia para a sala principal,observava os outros polícias,só de imaginar que já estive em seus lugares aguentando os sermões e chingamentos desses policiais que estam aqui para os ensinar,sinto até pena deles.
____ Oi filha...____sendo recebida por um abraço de meu pai assim que abro a porta da sala,entro na mesma sorrindo____ já que você veio aqui para que eu lhe fizesse um favor,em que você quer minha ajuda?____ se sentando em uma cadeira que tinha naquele ambiente, papai observava os policiais que faziam treinamento após passar da primeira fase para a de aprimoramento.
A sala era dividida em duas partes, o que fazia com que meu pai os observasse através de vidro temperado. Me sentando em outra cadeira a sua frente,me preparava para lhe explicar meu plano,um pouco maluco mais era a minha única opção.
_____Como sabe,para entrar naquele morro,teria de bolar um plano muito bem arquitetado para não ter erro de alguém desconfiar que sou infiltrada,como o meu primeiro não deu muito certo,arquitei outro____ papai me observava atentamente sem perder o foco de cada detalhe do que eu dizia,esse era um das coisa que tinhamos em comum,sempre prestando atenção em cada palavra que as pessoas nos diziam,sejam elas importantes ou não____esse meu plano exige que um dos nossos policiais me deixem com alguns hematomas...____como previsto,papai se levantou sem me deixar terminar de lhe contra meu plano.
____Ninguém vai encostar um dedo em você,Madson____papai não negava estar nervoso,também não esperava menos do que isso de sua parte____muito menos vou permitir alguém te deixar com hematomas____ naquele estante papai já estava se segurando para não gritar em sinal de negação pela minha ideia completamente maluca,mais esse era o único jeito de colocar o resto do meu plano em prática.
____ Faz parte do meu plano pai. Sei que o senhor não gosta nada de pensar em alguém me tocando e muito menos aceitaria alguém levantando a mão para mim,acredite eu também não,pois se isso acontecesse,mataria a pessoa sem pensar duas vezes,mas tem que ser assim ou não poderei dar continuidade a esse plano____ ficando de pé ao sua frente, seguro em sua mão na intenção de fazê-lo entender o meu objetivo.
____HENRRIQUE____ papai grita soltando minha mão irritado.
Sei que ele não entenderia isso e nunca pensei ao contrário,conheço o pai que tenho e sei muito bem que se alguém tocasse em mim sem meu consentimento,o sujeito estaria a sete palmos abaixo da terra.
____Senhor?____Henrique aparece na porta em questão de segundos aguardando meu pai lhe dizer o porquê de lhe ter chamado.
____ Explica pra ele o que terá de ser feito,não quero ver a minha filha apanhar por uma ideia maluca...____ assesnti ao vê-lo pegar suas armas sobre a mesa a nossa frente e sair da sala deixando apenas eu e Henrrique sozinhos.
Expliquei tudo para Henrique que assentiu entendendo o que deveris ser feito. Lhe dando sinal para começar o que lhe havia dito para fazer,o filho da p**a me deu um soco no abdomen que quase cortou meu ar e outro no rosto que foi um pouco mais fraco,o desgraçado não negava estar gostando da situação,pois ele sabe que se fosse para ser um briga, ele perderia feio.
____ Não precisava colocar tanta força,desgraça____digo limpando o sangue que escorria em minha boca devido ao pequeno corte no canto inferior,mas o desgraçado apenas riu se divertindo com a cena____estava querendo isso há muito tempo não é? ____Henrique não negou e assentiu com um sorriso debochado no rosto.
Após ter me nocauteado mais duas vezes,um pouco mais fraco,Henrique saiu da sala limpando as mão que acabaram sujando um pouco com meu sangue. Respirando fundo limpando o sangue com um lenço que havia no bolsa de minha jaqueta,saio da sala a fechando a porta atrás de mim.
Passando por todos os policiais que me olhavam sem entender nada mais também não perguntaram,fui até meu pai que estava no canto do local observando os outros atirarem. Sua atenção caiu sobre mim fazendo com que o mesmo me olhasse de uma forma indecifrável.
____ Estou indo pai...___digo o abraçando forte já sabendo que não poderei vê-lo frequentemente,para que ninguém desconfie das minhas saídas daquele lugar.
____ Tome muito cuidado minha filha____diz se separando do meu abraço e segurando minhas mãos como se me passasse segurança e me desejasse sorte____ qualquer coisa me liga que entro naquele lugar e te tiro custe o que custar____sorri com sua preocupação e a sua forma de demonstrar a mesma.
Papai era super protetor e nunca deixaria nada me acontecer,pelo menos eu acredito nisso.
Assenti me despedindo de todos os outros alí presentes me dirigindo até a saída do galpão indo para meu carro,destravei o mesmo e entrei dando partida indo em direção a minha casa para pegar minhas malas que já estavam prontas.
[....]
Em poucos minutos cheguei na entrada daquele lugar havistando quatro homens armados fazendo a segurança do local,me preparei para por meu plano em prática e fazer o meu show de dramatização. Verifiquei o estado do meu rosto vendo daqueles hematomas que se não tivesse pedido por isso,quebraria a cara de Henrique sem pensar duas vezes. Abrindo a porta de meu carro carro chorando como se aquilo fosse realmente verdade,atraí a atenção de ambos.
____O que uma patricinha como você esta fazendo aqui?____um dos homens me perguntou apontando uma arma em minha direção,pelo que vejo a segurança deles é realmente muito boa e será difícil invadir esse morro rapidamente.
Como estava de costa para o mesmo,eles não virão meu rosto com os hematomas. Não sabia se chorava por fingimento ou de tanto rir deles.
____Moço me ajuda, por favor...___digo chorando me fazendo de inocente.
Gente,sou muito boa em atuar, acho que estou na área errada.
____O que aconteceu com o seu rosto?____ enquanto um fazia as devidas perguntas,os outros três apenas observavam a cena com as armas em posição para qualquer movimento suspeito que eu fizesse.
____ Ele está atrás de mim moço,me ajuda...____digo ainda com as lágrimas presentes acompanhadas de um soluço.
Pegando um rádio em sua cintura, para provavelmente falar com alguém,pude vê-lo fazer uma transmissão que rapidamente havia sido respondida.
Apenas observava a cena como se estivesse realmente apavorada com o que poderia me acontecer. A adrenalina em meu corpo estava presente por saber que o que estava fazendo, era extremamente perigoso,afinal,se descobrirem isso, estarei morta sem ao menos ter tempo de fugir.
____Espera que o chefe está vindo____ diz após guardar o aparelho em sua cintura se aproximando de mim____Qual seu nome?____ me afasto alguns passos para ficar distante dele, mas paro ao ver que ele tentava demonstrar que não deveria sentir medo.
____ Madson Meneses____ assentiu pegando em meus braços e me puxando para um abraço.
Era estranho estar assim,sendo consolada por um cara como ele,mesmo sendo tudo uma farsa,o que me assustou,foi o fato de me sentir segura em seu abarço.
____ Não deixa ele me pegar moço...____ volto ao meu fingimento chorando e o abraçando.
Quem me visse aqui e agora,diria que tudo isso era real e não uma farsa.
____Calma Madson...____ assenti sem o soltar____todos aqui me chamam por Dg - o solto lhe olhando atentamente na intensão de guardar cada detalhe de sua rosto____quem fez isso com você Madson?____seus olhos estavam em meus hematomas que estavam em um tom roxo e que já estavam me causando certa dor. Aquele filho da p**a me bateu muito forte.
____O meu padrasto....____digo simulando um quase desmaio que não fui ao chão por ele me segurar impedindo minha queda.
Me apoio em seus braços segurando firme, não foi uma boa ideia movimentar o corpo rápido assim por causa do estrago que aquele merda fez em meu abdômen e que acabou afetando minhas costelas.
____Senta aqui..____ o mesmo me coloca sentada no banco do meu carro ficando em minha frente____ você está com muitos ferimentos____ seus olhos me estudavam com cuidado e detalhadamente da mesma forma que eu havia feito com ele.
Fechando os olhos,sinto um encômodo na região onde Henrique havia me dado o primeiro soco,mas assim que a de normalizou,volto a abrir meu olhos.
Um outro homem apareceu descendo o morro encarando DG enquanto o mesmo me olhava atento, provavelmente esse deveria ser o Ph. A foto que meu pai havia me mostrado,estava totalmente diferente do que vê-lo agora parado na minha frente. Não vou negar que ele é um cara lindo,alto de pele morena e com algumas tatuagens. Podia pelo menos ser feio.
____ O que essa patricinha esta fazendo aqui?____seu tom de voz chamou a atenção de DG que se levantou olhando para o mesmo.
Enquanto gravava cada detalhe dele em minha mente,o filho da mãe ao menos me olhou para me julgar ser uma patricinha,certo que meu carro não é muito simples,mais podia pelo menos julgar calado.
____ Ph,vamo troca umas ideias____ DG faz sinal para que ele o seguisse até um canto perto dos outros vapores que ainda me observavam,mas desta vez com certa malícia no olhar,o que me fez revirar os olhos por dentro, mas por fora,continuava com meu espetáculo.
#Ph on#
Vida de traficante e dono de morro não é só calmaria,aqui você manda mas também trabalha. No entanto, estava resolvendo uns rolo de uns caras que estão devendo uma boa quantia de compra de Drogas.
Esses rolos, sempre gostei de cobrar. Estava quase saindo para resolver esse pequeno problema quando meu radio tocou sobre a mesa me fazendo revirar os olhos.
___Solta a voz que estou muito ocupado para ficar atendendo essa merda___digo já sem paciência para resolver problemas desses caras, até parece que começaram a trabalhar nessa bagaça a pouco tempo.
____ Ph cala a boca e me escuta,até parece que não comeu uma p**a hoje____ reviro os olhos uma vez___ apareceu uma mina aqui do nada, esta desesperada...____DG completa já sem paciência.
____E o que eu tenho haver com isso? Se é moradora deixa subir____até parece que é difícil trabalhar na p***a da segurança.
____Ela não é moradora do morro idota____tenho que cortar i********e com dg,ele anda com muita liberdade para o meu lado____desce até aqui na entrada____ era só o que me faltava,ter que resolver problemas de, provavelmente, uma patricinha que saiu de casa por ter brigado com a família perfeita. Me erra caralho...
____Marca dez que colo ai____nem espero resposta e já jogo o rádio sobre a mesa...
Era só o que me faltava,como se não bastasse os problemas com os cana, agora mais essa. Peguei a chave da minha moto saindo da boca na subindo na mesma descendo até a entrada.
Ao me aproximar de onde os meus vapores estavam, havistei um carro parado um pouco abaixo da entrada, certamente o dono desse carro deveria ter muito dinheiro para poder ter um desses. Estacionando minha moto descendo da mesma, me aproximei de DG que estava a frente de uma garota que estava de cabeça baixa,provavelmente chorando. Nem fiz questão de olhar para a cara da garota,pois isso não interfere em nada que possa decidir.
Perguntando quem era a doida, Dg fez sinal para o acompanhar para um canto proximo aos vapores responsáveis pela segurança da entrada.
____Quem é a merda da garota?___ja estava irritado pela demora de ter uma resposta e por ter o que mais a fazer do que dá uma de babá para essa patricinha.
____Você viu o rosto dela?____DG diz me deixando confuso e me encarando. Para quê iria reparar no rosto da garota? Pela primeira vez, pude ver DG preocupado com alguém que não seja seu conhecido ou amigo próximo.
____Deveria?____dg assenti e mais uma vez,pela terceira vez no dia, reeviro meus olhos____ quero ela fora daqui____viro as costas para ele começando a andar,mas a desgraça me puxou pelo braço___o que é agora? ____estava a ponto de mandar ele e essa garota se fuderem,tenho mais o que fazer, mais que merda.
____Olha o rosto da mina____ o encaro como se ele tivesse algum problema.
Qual parte ele não entendeu que quero mais é que essa garota suma do meu morro,ele não entendeu? Vai ser lerdo na p**a que pariu.
____ Eu estou sem paciência para ficar olhando cara de uma patricinha, tô afim não...____essa garota m*l apareceu e já está me trazem problema. Sem dizer mais nada o acompanho até a garota.
____Madson?...____chamou pela garota que continuava de cabeça baixa como se não quisesse mostrar algo em seu rosto____levanta a cabeça...____a mesma n**a me deixando cada vez mais irritado,porem estava começando a ficar intrigado com o que ela não queria me mostrar.
____Eu vou embora, não devia ter vindo até aqui...____diz se endireitando no banco do motorista prestes a fechar a porta.
Em um movimento de seu corpo, pude notar que em seu rosto havia um corte no canto inferior de sua boca.
____Levanta a cabeça...____ digo me aproximando dela ficando em frente a porta de seu carro,a garota n**a novamente com uma tensão mostrando que estava sentindo medo, o que me deixou ainda mais curioso para saber o que de fato lhe havia acontecid____ não vou te machucar, pode confiar, levanta a cabeça...____e mais uma vez ela se negou ao meu pedido.
Tentei aproximar com a minha mão até seu rosto para poder ver o que havia de tão importante que DG queria que eu visse,porém me surpreendi.
____Para...____ a mesma pediu chorando novamente e se encolhendo no banco do carro____não me bate, por favor...____olhava para ela sem entender merda nenhuma,me surpreendi mais uma vez ao ver Dg se aproximar dela calmante. Pelo que vejo,a confiança dela ele já tem.
____Ele não vai te bater Madson,pode confiar...____ o mesmo me olha e assinto o fazendo voltar sua atenção para a mesma____ nos queremos apenas te ajudar, para isso acontecer, você tem que nos dizer o que aconteceu____ainda exitando,a garota assenti____levanta a cabeça e conta o que aconteceu para gente?____se mostrando pensar se realmente contaria o que lhe aconteceu,ela assentiu e levantou o olhar até mim.
Olhando diretamente para seu rosto,senti uma sensação estranha,algo que de fato me encomodou. Seu rosto estava com alguns hematomas meio arroxeados e um corte pequeno em seu lábio inferior.
____Quem fez isso com você?____ se encomodando pelos hematomas em seu rosto,a garota pegou um óculos escuro no porta luvas do carro o colocando na intensão de esconder o olho roxo.
____Meu padrasto....____ olho para DG que mantia a atenção volta a ela que estava novamente de cabeça baixa.
____É primeira vez que ele faz isso com você?____mantenho meu olhar sobre ela eperando sua reposta,o que acabou sendo uma reposta negativa____ levanta a blusa____de início,a mesma me encara surpresa com meu pedido,mais levanta se pondo de pé a minha frente, como imaginei,havia outros hematomas que estavam ficando roxos,o abdômen, e suas costas estavam em um tom mais escuro, o que me fez acreditar que as pancadas haviam sido mais fortes naquela região,mas o que me chamou minha atenção,foi as três marcas de tiros que ela tinha nas costas____ele quem atirou em você?____ ela n**a____quem?____ essa garota saiu de onde? Não dá para acreditar no que meus olhos estavam vendo.
____Os homens que ele contratou para me levarem de volts para casa____disse ainda de com a blusa levantada.
Me aproximei de si tocando em uma das regiões por cima de um dos hematomas fazendo-a gemer de dor, o que me fez deduzir que ela havia quebrado uma costela ou mais.
____O que você pretende fazer?____ Dg me questiona me fazendo pensar em algo inteligente para se fazer____ ele esta atrás dela pelo que me disse____ por mais que seja esse cara que muitos julgam ser m*l, não posso joga-la nas mãos de um cara como seu padrasto,na verdade poder eu posso,só não irei me sentir bem e fazer isso.
____Me conta o que aconteceu____peço para a mesma que abaixa a blusa saindo do carro com certa dificuldade indo até o porta malas do mesmo o abrindo para pegar algo.
____O que esta fazendo?____ a encaro atentamente,a mesma de se aproximou até a porta do carro andando com dificuldade,abriu o capô do mesmo me entregando um alicate.
____Retire o rastreador para mim?____ assenti indo até a frente do seu carro,a mesma me mostrou o que eu devia retirar e assim fiz____odeio carro importado por esse motivo_____disse assim que entrego o alicate para ela que o guarda novamente no carro____Minha mãe se divorciou do meu pai...____a mesma dá uma pausa antes de prosseguir___ antes de continuar quero deixar claro que se quiserem que saia daqui,vou entender pois conheço tudo sobre morro e sei que é perigoso pra vocês terem uma pessoa como eu aqui...____ fiquei curioso no porque ela traria o perigo até nós,porem queria entender a história desde o início.
____Para de enrolação e continua com essa merda____digo novamente sem paciência,odeio enrolação para me contar algo.
____Meu pai era policial...depois que minha mãe se divorciou dele,o mesmo foi embora sem ao menos se importar comigo, então minha mãe como sempre foi o tipo de mulher que gostava de causar,se casou novamente. Ela não ficava em casa e vivia viajando me deixando sozinha com os empregados. Na primeira viagem depois de casada,acho que foi a trabalho,meu padrasto ficou comigo dizendo que era para cuidar de mim, nesse dia ele tentou abusar de mim, então eu fugi,fiquei três meses fora morando em um dos apartamentos que estavam em meu nome,mas como estava sem nada que me pertencia, tive que ir ao shopping. No estacionamento,ele mandou alguns homens atrás de mim,porem não deu muito certo,havia alguns policiais por perto fazendo a ronda. Na fuga deles, os policiais atiraram em direção a eles,um dos caras que meu padrasto pagou gritou para mim que era pra me levar viva ou morta e como não poderia ser viva,eles atiraram em mim quatro vezes...você____apontou para mim____viu apenas três marcas,as outras cicatrizes tirei com cirurgia____ dizia tudo em meio as lágrimas,o que ela sofreu não é algo que se possa imaginar acontecer com uma pessoa como ela____ fiquei três semanas no hospital me recuperando,depois que voltei pra casa fiquei sabendo que minha mãe tinha falecido. Não sei como e nunca me disseram,apenas boatos de que havia sido em um acidente de carro. Depois de tudo isso que aconteceu e dele ter desaparecido,pensei que estava em paz,mais ontem voltando do trabalho,ele estava me esperando na minha casa. Acabamos descutiando até ele me bater,com a força usada,acabei desmaiando por conta das dores e ferimentos. Acordei hoje pela manhã o encontrando me observando,brigamos novamente,e em um movimento de defesa,acabei lhe acertando com um vaso____ nunca encostei um dedo em uma mulher mesmo muitas merecendo,sou contra quem bati ou faz algo pior. Tenho certeza de uma coisa;esse homem esta morto se passar por mim___acho que matei ele,pois a quantidade de sangue que estava no chão não era nada normal de apenas um corte____a garota estava com uma olhar perdido, como se estivesse lembrando de tudo que acabou de nos contar.
____ PH ?____ olho para DG que estava segurando a mão da garota na intenção de lhe passar confiança,as vezes me surpreendia por Dg ser traficante____ que vamos fazer?____dou de ombros sem ter ao menos ideia do que fazer a respeito,mais de uma coisa eu tinha certeza; ela não poderia ficar aqui.
____Você ouviu o que ela disse?____ela não poderia ficar aqui sendo filha de quem é,isso é o mesmo que arriscar esse lugar.
Se caso ela ficasse aqui,esse morro seria invadido em questão de segundos assim que o pai dela descobrisse seu paradeiro.
____Eu vou embora...____a mesma se pronuncia se afastando de DG que solta sua mão.
____Ela não tem culpa de ser filha de um policial de merda igual ele. Que tipo de pai deixa a filha nas mãos de uma padrasto pervertido?____ele tinha razão,ela não tinha culpa de nada do que aconteceu e de ser filha de quem é,mais eu sentia,algo me dizia que isso tudo iria dar merda.
____Gente eu não estou me sentindo bem ____saio dos meus pensamentos com a sua voz nos alertando.
A garota estava ficando cada vez mais pálida,o que me fez me aproximar a segurando pela cintura com cuidado por causa de seus machucados.
____O que você está sentindo?____perguntei a colocando sentada no banco do carro novamente,mais antes de responder minha pergunta,a garota desmaiou.
____Leva a minha moto até o posto____ digo para DG colocando a garota no banco passageiro e em seguida entrei no carro dela subindo em direção ao posto de saúde..
[....]
Chegando com ela,entrei no mesmo já sendo atendido por saberem quem eu sou. Os médicos fizeram uma bateria de exames nela para saber se estava tudo bem com sua saúde e por causa dos ferimentos que a mesma apresentava no corpo. Eu e Dg ficamos esperando naquela sala de espera até médico dizer que a mesma havia acordado.
____Ja sabe o que fazer em relação a ela? ____volto a realidade com com DG fazendo a mesma pergunta que não tinha uma resposta formulada para lhe dar.
____Não sei e essa garota não me passa confiança,não tenho um bom prescentimento sobre ela____digo com o olhar para o chão tentando entender o que me faz sentir essa sensação de que não devo confiar nela.
____Essa garota me traz uma sensação boa,não sei te explicar, é como se ela fosse alguém que eu deva proteger e cuidar...____porque ele senti isso e eu sinto o oposto?
Seu olhar também fitava o chão com os pensamentos longe, assim como os meus.
____Quem está acompanhando a garota?____uma outra enfermeiras perguntou se aproximando de onde estávamos,nos levantamos fazendo-a assentir____ela está acordada e terá alta a tarde, por seus exames não dizerem nada além de seu ferimentos____disse e saiu.
Fomos até onde ela estava,dg estava estranho,não sei o que ele quiz dizer,mas tenho certeza que essa garota me traz um senssação de que algo vai acontecer.
____Vou te fazer uma pergunta e quero uma resposta____ela assentiu____você disse ser filha de policial,conhece Anderson Albuquerque?____assentiu____e a filha dele?____tinha que aproveitar,era um chance que pega-los .
____Sim...____ por um estante,senti seu olhar confuso e curioso por saber sobre minhas perguntas.
____Qual o nome dela?____arqueando uma sobrancelha,a garota desvia seu olhar encarando suas mãos.
____ A conheço apenas pelo sobremome. Pelo que me disseram,ela esta em uma missão____completou mantendo seu olhar baixo.
____Que missão? E por que somente pelo sobrenome?____Dg apenas nos observava como se estivesse gravando cada informação adquirida através daquelas perguntas.
____Ela foi transferida para trabalhar como infiltrada. Tinha apenas contato com o irmão dela____espera ela tem um irmão?____ ele morreu em um assalto a certo tempo____pude ver a forma que ela ficou ao mencionar esse assunto,o me fez perceber que eles eram bem amigos ou algo a mais.
____Você vai ficar na casa do Dg____ele me olhou surpreso____algum problema?____ negou apenas com um aceno de cabeça.
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