Maria Luiza Com o celular ainda trêmulo nas mãos, fiquei paralisada, como se o mundo ao meu redor tivesse congelado. Cada palavra dita por Guilherme ecoava na minha mente. Ele não lembrava de mim. Meu coração pulsava de dor, uma agonia que parecia rasgar meu peito. As lágrimas, que eu tanto tentei segurar, romperam a barragem e escorreram, incontroláveis. Sentei-me no sofá, as pernas fracas demais para me manter de pé. Minha mãe, atraída pela minha mudança de humor, veio da cozinha, com o olhar preocupado. Mariana _ Que cara é essa? O que houve, filha? _ perguntou, com o tom de voz mais suave que costumava usar nesses momentos. Sem conseguir responder de imediato, soltei o celular que caiu no chão com um som surdo. Minhas mãos cobriram meu rosto, tentando esconder o dilúvio de emoções