09" Sob Ameaça "

2176 Words
Maria Luiza Eu me levantei assustada com o celular na mão. Rebeca me olhou preocupada e se levantou também. Rebeca- que foi, garota? -ela pegou no meu ombro Eu não conseguia falar nada, estava paralisada. Apenas virei a tela do celular para ela. Rebeca olhou para a tela e depois pegou o celular da minha mão. Ela leu a mensagem e me olhou ainda mais assustada. Rebeca-quem.... quem te mandou isso? O que você fez? Malu- eu não sei, preciso ir para casa- falei, indo até a escada Rebeca-calma, Malu, vou com você! -falou, vindo atrás de mim Fomos andando até minha casa. No meio do caminho, recebi outra mensagem do número desconhecido. Olhei para Rebeca, que já estava me observando. Eu estava morrendo de medo de abrir aquela mensagem, mas criei coragem e abr. Era uma foto minha e da Rebeca andando, tirada naquele momento. Em seguida, veio uma mensagem de texto. XX- Toma cuidado, Maluzinha. Sua vida está com os minutos contados, a sua e da sua amiguinha também! No desespero, deixei meu celular cair. Por sorte, não quebrou. Rebeca pegou o celular do chão e viu a mensagem. Ela olhou na direção de onde a foto supostamente foi tirada, e eu olhei também. Não havia ninguém. Rebeca- Vamos logo, Malu. Aqui está muito perigoso! - ela me puxou. Chegamos em casa e minha mãe estava sentada no sofá conversando com o Águia. Assim que entrei, eles me olharam. Mariana –O que foi, filha? Está passando m*l? Você está pálida! -veio para o meu lado Malu –Na.... não é nada, mão -falei, olhando para o Águia, que me observava como se estivesse me analisando. -Rebeca, vamos para o quarto, quero conversar com você -falei, indo para o quarto, e Rebeca veio atrás. Rebeca –Maria Luiza, eu quero saber o que você fez. Por que essa pessoa estaria te mandando mensagens te ameaçando? Águia -quem está te ameaçando, Maria Luiza? -falou, entrando no quarto e fechando a porta logo em seguida. Malu –Não é nada! Rebeca –claro que é! Fala logo, Malu, mostra as mensagens para o Águia! -falou, e eu neguei Rebeca veio para meu lado e pegou o celular da minha mão. Como ela já sabia a senha, ela desbloqueou o celular e mostrou as mensagens para ele. Águia me olhou e depois olhou para Rebeca. Águia -Rebeca, vai lá para a sala. Quero trocar uma ideia com a Maria Luiza. Rebeca –eu quero saber o que aconteceu. Não sei se você viu, mas a pessoa também me ameaçou Águia - Rebeca, vai para sala agora, caralho1 –falou já estressado Rebeca saiu bufando e batendo o pé no chão. Águia foi até a porta, fechou e trancou em seguida. Malu –o que você quer? Águia -eu quero que você fique calma. Vou descobrir quem está te mandando essas mensagens. O filho da p**a está dentro do meu morro, não vai ser difícil de achar. Malu –ficar calma? É sério, Águia? Eu estou sendo ameaçada por sula culpa. Foi você quem matou o Gabriel! Águia -eu matei porque ele quase te matou, c*****o, é tão difícil de entender? -falou, e eu fiquei calada. Malu –o que eu não entendo é porque essa pessoa está me ameaçando. Eu até pensei que poderia ser alguém da família dele, mas depois da foto, vi que não era, porque a pessoa está aqui dentro –falei, tentando raciocinar. Águia -vou descobrir quem está fazendo isso. Só vou te pedir para tomar cuidado. Vou mandar dois dos moleques para ficarem vigiando tua casa. E quando você sair, me avisa! -falou, e eu assenti Malu -não fala nada para minha mão, ok? Não quero deixá-la preocupada. -Ele concordou. Águia -pode deixar. Vou meter o pé agora. Se cuida –falou e me abraçou. Quando ele ia saindo, puxei-o pelo braço, fazendo-o me olhar. Águia -qual foi? Me aproximei dele, passando a mão pelo braço dele e subindo até a nuca. Ele estava me olhando confuso. Logo em seguida, ele colocou a mão na minha cintura e fez uma pressão, me fazendo arrepiar. Puxei-o para ficar mais próximo de mim e o beijei. Ele colocou uma mão na minha nuca, me fazendo ficar mais próxima. As coisas já estavam esquentando, mas infelizmente fomos interrompidos por alguém batendo na porta. Me separei dele e recuperei o fôlego. Águia foi para o banheiro e eu fui abrir a porta. Rebeca –desculpa atrapalhar –falou baixo com um olhar de desculpas. Sua mãe mandou descer. Ela não te quer sozinha com ele. Malu –tudo bem, já estamos indo –falei e ela desceu Minutos depois, Águia voltou. Eu estava morrendo de vergonha. Ele estava me olhando tão profundamente e, ao perceber, acabou rindo. Olhei para ele sem entender. Águia -não precisa ficar com vergonha, não -se aproximou e me abraçou -estava louco para fazer isso a um tempão. Só que você é difícil demais –se afastou um pouco, me olhando. - Depois continuamos de onde paramos –piscou e me deu um selinho rápido. Fomos até a sala. Minha mãe me deu uma olhada estranha, enquanto Rebeca estava com um sorrisinho no rosto. Mariana –estavam fazendo o quê, posso saber? -me olhou e depois olhou para o Águia. Águia -vou meter o pé. Fé aí para vocês -falou saindo Mariana -então, Malu, estavam fazendo o quê? Malu –nada demais, mãe. Só conversando Mariana –sobre o quê? - cruzou os braços Malu –ele estava me perguntando se o Gabriel ainda estava me perturbando. Eu falei que não, que já fazia tempo que não via ele. Só isso –ela me olhou desconfiada, depois deu de ombros e foi para a cozinha. Rebeca –agora me fala! -falou baixo, chegando perto. -Pegou? -perguntou animada e eu ri, concordando. -Eu sabia! Quando fui lá te chamar, você estava toda estranha. Duvido nada que se vocês estivessem sozinhos aqui, já estariam transando. Malu –cala a boca, Rebeca. Minha mãe não pode nem sonhar com isso Rebeca –agora, voltando ao assunto, o que ele falou sobre as mensagens? Contei para ela sobre minha conversa com o Águia. É claro que ainda estava morrendo de medo, mesmo com ele colocando os vapores na porta de casa. Fiquei conversando com Rebeca e depois fomos tomar um banho. Ela ia dormir aqui em casa. Quando terminamos, fomos assistir a um filme. Ela queria comer pizza, então pedimos duas. Minha mão comeu coma gente e depois foi dormir. Fiquei assistindo filme até cair no sono. Dias Depois... Águia Se passaram dias desde que Maria Luiza recebeu aquela ameaça, e as coisas continuam do mesmo jeito. Ela tem recebido várias fotos dela mesma, da Rebeca e até da Tia Mari. A garota está ficando maluca, morre de medo de sair de casa, e eu também estou ficando maluco. Até agora não descobri quem está mandando essas merdas para ela. Coloquei vários vapores na cola das três, não deixo elas sozinhas nunca. Maria Luiza não trabalha mais. Como a Mariana não sabe o que está acontecendo, ela teve que continuar trabalhando, mas sempre mando uns vapores atrás caso aconteça alguma coisa. Ela já até perguntou o motivo dos vapores na porta da casa dela, inventei uma história qualquer e ela aceitou de boa. Já eram 18:52, estava descendo de moto até a casa da Maria Luiza. Quando cheguei, deixei a moto do lado de fora mesmo, dei um salve nos vapores que estavam na porta e entrei. Maria Luiza e Rebeca estavam sentadas no sofá. Maria Luiza estava com uma cara apavorada, estava pálida, e Rebeca tentava acalmá-la. Águia- O que está rolando? -falei, tirando meu fuzil e encostando no canto da parede. Maria Luiza -A minha mãe, Águia, ela sumiu. Não me responde, não atende minhas ligações, não sei o que fazer mais. Rebeca -Amiga, calma, talvez o ônibus tenha atrasado. Maria Luiza -Três horas? -alterou o tom de voz olhando para Rebeca. Águia -Não precisa gritar, fica calma, vou ver com os homens que mandei ficar na cola dela. Radinho on Águia -Visão, FK. FK -E aí, chefe, já ia te dar um salve. Águia -O que está pegando? FK -Então, chefe, não é notícia boa. Águia -Fala logo, p***a! Nesse momento, Maria Luiza já tinha se levantado do sofá e vindo para o meu lado. Ela estava tremendo e já estava chorando. FK -Nós estávamos de encolha perto do trabalho da tia, só esperando ela sair. Aí apareceu a polícia, veio de olho na gente. Tivemos que dar uma volta para despistar. Só que, quando voltamos, a tia já tinha saído. Seguimos o caminho que ela faz até o ponto de ônibus e nada dela. Águia -Se eu fosse vocês, rezava para achar ela, porque senão vocês quatro vão dar um oi para o capeta!” Radinho off Olhei para Maria Luiza e ela estava com a respiração pesada, branca como um fantasma. Do nada, a garota colocou a mão na testa e caiu. Corri até ela e a segurei. Rebeca -Ai meu Deus, Malu! - gritou. Águia -p***a, Maria Luiza, logo agora? Rebeca, liga para o Lc e manda ele e o Gb me encontrar no postinho aqui do morro. Ela concordou e foi correndo pegar o celular. Peguei Maria Luiza no colo e fui para fora, peguei a chave de um carro com um dos vapores e fui direto para o hospital. Cheguei lá e os médicos já foram atendendo-a. Fiquei esperando os caras chegarem junto com Rebeca. Eu ia resolver esse bagulho da Tia Mari hoje. Quando eles chegaram, deixei Rebeca com Maria Luiza e fui para fora do postinho com os meninos. Gb -Manda o papo, o que rolou com a Malu? Lc -Não foi tu que fez isso com ela, né? Águia -Claro que não, p***a! A Tia Mari foi sequestrada, e por isso Maria Luiza desmaiou. Gb -Como é? A Tia Mari? – falou, e eu concordei. Águia -É, c*****o, está com p*u no ouvido? Não me escutou? Tenho quase certeza de que a família daquele p*u no cu tem alguma coisa a ver com isso. LC, manda uns vapores ir para a casa da mãe do Gabriel. Quero que vasculhem tudo. Quero a Mariana aqui hoje. – falei, e LC saiu. Gb -Será que não foi o FDP que está mandando as mensagens para Malu, não, Águia? Águia -Não tem como ser ele. A Malu está recebendo umas fotos daqui de dentro. Vamos para a boca, quero fazer uma reunião com os caras, quero todo mundo em alerta.” – fui até o carro e fui direto para a boca. Maria Luiza Acordei em um lugar diferente da minha casa. Minha cabeça estava rodando, olhei para os lados e vi Rebeca sentada em uma das cadeiras que tinha ali. Malu -Beca! – falei, chamando a atenção dela. Rebeca -Oi amiga, está melhor? Malu -Não, o Águia, cadê o Águia? Rebeca -Ele foi na boca, já ele está aqui. Malu -Ele encontrou minha mãe, Rebeca? – falei já sentindo o nó na garganta. Rebeca -Ainda não, meu amor, mas já a Tia Mari vai estar aqui, tudo bem? Fica calma, vou chamar o médico. – falou e saiu. Deixei as lágrimas descerem pelo meu rosto. Eu não sei o que faria se acontecesse alguma coisa com minha mãe. Ela é a pessoa mais importante na minha vida, não poderia deixar nada acontecer com ela. Minutos depois, Rebeca voltou com o médico. Ele me examinou e disse que estava tudo bem, me deu alta. Tinha um vapor do Águia me esperando. Ele levou eu e Rebeca para casa. Fui entrando na esperança de ver minha mãe, mas não, ela não estava aqui. Malu -Rebeca, eu preciso da minha mãe. Liga para o Águia e manda ele vir aqui, eu preciso falar com ele. Rebeca -Calma, Malu, você precisa ficar calma, senão você vai voltar para o postinho. Vou ligar para ele, senta aí e tenta se acalmar. Rebeca ligou para o Águia pedindo para ele vir. Fiquei sentada no sofá esperando-o e tentando me acalmar. Minutos depois, ele chegou. Águia -E aí, está bem?” – falou entrando e me olhou. Malu -Você achou minha mãe? – me levantei indo até ele. Águia -Ainda não. – falou, e eu voltei a chorar de novo. – Maria Luiza, me dá seu celular! Malu -Para quê? – olhei para ele tentando limpar as lágrimas que ainda caíam no meu rosto. Águia -Vou tentar localizar o filho da p**a que estava te mandando as mensagens, talvez seja ele que está com sua mãe. Fui correndo pegar meu celular, tirei a senha e entreguei para o Águia. Depois de alguns minutos, ele saiu me deixando com a Rebeca. Rebeca -Sabe o que eu estava pensando? – falou e eu olhei para ela. – A Ana não fez questão de vir aqui, né? – falou super calma e eu me levantei de pressa. Malu -Será que foi ela? – Rebeca me olhou confusa.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD