34"Entre a tentação e o caos"

1835 Words
Maria Luiza Eles se aproximavam com sorrisos sinistros, a tensão palpável no ar. O medo era uma presença tão real quanto as figuras ameaçadoras diante de nós. Apertei o braço de Rebeca, sua respiração irregular denunciava seu pânico, tão visível quanto o meu. Rebeca_ Fiquem longe! - Rebeca gritou, a voz carregada de desespero. xxx_ Não se faça de difícil, princesa. Vai ser rapidinho!_ respondeu um dos homens com um sorriso c***l, sua voz carregada de uma ameaça iminente. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta do banheiro foi arrombada com um estrondo. Águia e Gb irromperam no recinto como uma tempestade furiosa. Guilherme, com a frieza de um predador, tirou a arma da cintura e a apontou para os homens à nossa frente. Águia_ De joelho!_ ordenou Águia, com uma calma ameaçadora que parecia cortar o ar. Os homens hesitaram, paralisados, sem saber como reagir._ Eu disse de joelho!_ gritou com um tom que deixava claro que não havia espaço para discussão. A ordem foi obedecida rapidamente; os cinco homens se ajoelharam, seus rostos pálidos e os olhos arregalados de medo. Águia, com um movimento preciso, retirou o radinho da cintura e chamou reforços para levar os homens para a salinha, onde seriam devidamente interrogados. Águia_ O que tá sentindo?_ perguntou, aproximando-se para me analisar. Sua expressão mostrava uma mistura de preocupação e determinação. Malu_ Meu corpo tá queimando, minha cabeça dói muito, e minha boca tá seca!_ falei com dificuldade, a voz quase um sussurro entrecortado por gemidos de dor. Águia_ O filho da p**a que colocou a droga no copo de vocês estava ali junto com os outros?_ questionou, olhando de forma incisiva para Rebeca e para mim. Rebeca_ O cara do bar estava junto deles, mas não estava aqui! - respondeu Rebeca, a voz tremendo. AÁguia_ Desgraçado! - gritou Águia, a raiva transbordando. Ele deu um soco na parede, a frustração clara em cada movimento._ Lc! chamou, e logo Lc apareceu na porta do banheiro._ Pega o filho da p**a do Guto e leva pra salinha. Não é pra tirar de lá até eu chegar! Malu_ Eu não tô bem, Guilherme. Me ajuda!_ falei, lágrimas escorrendo pelo rosto. Águia_ Tá conseguindo andar?_ perguntou, me ajudando a levantar. Concordei com um aceno, o esforço para manter a compostura era visível. Gb_ Vou levar a Rebeca pra minha casa!_ disse Gb, já se preparando para sair. Águia_ Vou avisar seu pai o que tá acontecendo! Guilherme me guiou até o carro, o desespero e a urgência na sua voz enquanto falava ao telefone com meu pai eram evidentes. A discussão entre eles era feroz, e o som das palavras irritadas de meu pai ecoava pelo carro. Guilherme me ajudou a entrar no veículo, cobriu minhas pernas com seu casaco e se dirigiu para o banco do motorista, ainda falando ao celular. Colocou a ligação no viva-voz e deixou o celular no painel, a voz de meu pai preenchendo o carro com um tom ameaçador. Lobo_ Eu nunca mais deixo minha filha com você, seu irresponsável! Como deixou esses filhos da p**a drogarem minha filha!_ gritou meu pai, o som do carro indicando que ele estava se aproximando da casa de Águia. Águia_ Eu não tive culpa no bagulho! Se sua filha não fosse tão teimosa, nada disso teria acontecido!_ retrucou Guilherme, lançando um olhar cansado em minha direção. Lobo_ Tô aqui na porta da tua casa, vocês estão onde?_ meu pai perguntou, a frustração evidente na voz. Águia_ Estamos chegando!_ respondeu Águia, desligando a ligação com um gesto brusco. Malu_ Me desculpa_ falei baixo, a voz carregada de arrependimento e dor. Águia_ Por que você foi sair de perto de mim, Maria Luiza, c*****o!_ Águia disse, a preocupação misturada com uma irritação reprimida._ Tá sentindo mais o quê? Malu_ Eu não sei explicar. Meu corpo todo está doendo, estou tremendo. Águia_ p***a, eu vou matar aqueles playboys de merda, p**a que pariu!_ a raiva na voz dele era quase palpável. Algum tempo depois, chegamos à casa de Águia. Assim que desci do carro, meu corpo não suportou mais, e eu me agachei, vomitando tudo que tinha no estômago. Guilherme segurou meu cabelo com um cuidado surpreendente, sua expressão misturando preocupação e exasperação. Lobo_ p***a, Maria Luiza!_ disse meu pai, o tom de desaprovação evidente enquanto ele se preparava para enfrentar Guilherme. Águia_ Vou levar ela para tomar banho! - disse Águia, tomando a liderança na situação com uma firmeza que contrastava com a sua preocupação. Lobo_ Onde é que os desgraçados estão?_ meu pai questionou, sua voz carregada de frustração. Águia_ Estão na salinha. Pode fazer de peneira essas porras. Meu pai entrou em seu carro, arrancando o veículo com um som de pneus cantando. Guilherme e eu subimos as escadas até seu quarto. Ele tirou minha roupa com uma suavidade surpreendente e me colocou debaixo do chuveiro, na água gelada. A sensação da água fria parecia uma tortura, mas ele me ajudou a me limpar e escovar os dentes. Depois, me secou com um cuidado meticuloso e me vestiu com uma blusa dele e uma cueca. Águia_ Deita aí, de lado!_ disse, a voz firme enquanto me ajudava a acomodar na cama. Malu_ Quanto tempo vai ficar assim? _ perguntei, os olhos cheios de lágrimas e medo. Águia_ Ou! Não precisa chorar. Já vai passar. Quer comer alguma coisa?_ ofereceu, a tentativa de conforto sendo evidente em sua voz. Malu_ Fica aqui comigo! Águia_ Eu tô todo molhado, vou tomar um banho primeiro!_ concordou, e eu acenei em compreensão. Ele foi para o banheiro e eu permaneci deitada, os minutos se arrastando enquanto o calor no meu corpo aumentava. A sensação de queimadura se misturava com um desejo incontrolável. Quando Águia saiu do banheiro, ainda enrolado em uma toalha, sua presença era como um alívio e uma fonte de desejo ao mesmo tempo. Águia_ Você tá bem?_ perguntou, a preocupação em sua voz era genuína. Sem pensar, me levantei e agarrei seu pescoço, selando nossos lábios em um beijo urgente e desesperado. Seus braços envolveram minha cintura, e nós começamos a nos mover em uma dança de desejo. Empurrei-o para a cama, ficando por cima dele. Passei minhas pernas ao redor de seu corpo, começando a rebolar sobre seu m****o, que estava visivelmente interessado. Águia_ Espera aí, Maria Luiza!_ disse ele, tentando manter a calma. Me afastei, olhando-o com um misto de frustração e necessidade. Ele se sentou na cama, e eu continuei a me contorcer, sua mão firme na minha cintura. Malu_ O que foi? Você não quer t*****r comigo? Águia_ Quero, pô, quero muito. Mas não agora. Tudo isso que você tá sentindo é efeito da droga. Não vou te usar desse jeito. Deita aí que já já passa._ disse, sua voz era uma mistura de desejo e frustração. Malu_ Mas eu quero, Guilherme, por favor! _ segurei seu rosto com ambas as mãos, minha voz era um sussurro implorativo._ Quero ter você dentro de mim!_ falei no ouvido dele, o desejo misturado com a necessidade que eu sentia. Ele fechou os olhos, lutando contra o desejo, seu m****o pressionando contra a toalha que usava. Águia_ Já falei que não, Malu. Deita aí e fica quietinha. Vou trocar de roupa._ disse, indo até o guarda-roupa. Eu me sentei, a raiva e o desejo se misturando. Ele trocou de roupa, vestindo apenas uma samba-canção. Eu olhei para ele, admirando seu corpo, a frustração evidente em cada linha do meu rosto. Malu_ Isso é s*******m, Guilherme!_ Falei a frustração misturando em minha voz. Águia_ Deita aí e fica quietinha. Já já esse fogo passa. Malu_ Vamos t*****r só um pouquinho!_ falei, tentando novamente me aproximar. Águia_ Se continuar assim, eu vou para o outro quarto. Aí você vai ficar aqui sozinha. Malu_ Meu corpo tá queimando, eu preciso de você, por favor, Guilherme, me fode com força!_ implorei, a voz carregada de necessidade desesperada. Ele fechou os olhos, respirando fundo, as mãos passando pelo cabelo enquanto lutava contra a própria vontade. Ele se deitou ao meu lado, sem dizer uma palavra. Me aproximei, me sentando em seu colo, meu corpo tremendo, mas o desejo incontrolável fazendo a dor e o desconforto parecerem secundários. Águia_ p***a, Maria Luiza, para com isso! Vou te devolver pro teu pai se continuar assim!_ disse, segurando minha cintura com uma firmeza que tentava impor algum tipo de controle. Malu_ Me ajuda!_ falei, minha voz um misto de súplica e desejo._ Eu preciso de você, me fudendo, agora! Ele me puxou para mais perto, nossos lábios se encontrando em um beijo selvagem e urgente. Comecei a rebolar em seu m****o, sentindo-o endurecer sob mim. Os gemidos que escapavam de sua garganta eram um sinal claro de que ele estava lutando contra a própria necessidade, a tensão entre nós aumentando a cada momento. A sensação do seu corpo contra o meu era como uma chama que queimava intensamente, um fogo que eu não conseguia controlar. Águia lutava contra a própria vontade, tentando manter a calma enquanto eu me movia com intensidade em cima dele. O desejo, a frustração e a necessidade se misturavam em um torvelinho de emoções, e ele parecia estar no limite de sua resistência. Águia_ Para, Malu, para com isso!_ ele gritou, a voz carregada de um desespero misturado com a necessidade de manter o controle._ Eu não posso fazer isso com você assim. Você está sob efeito da droga, e eu não vou te usar desse jeito. Malu_ Eu preciso de você!_ falei, desesperada, tentando me aproximar mais._ Por favor, Guilherme, me dá alívio! Ele fechou os olhos, respirando pesadamente. A luta interna dele era visível, e ele finalmente cedeu a uma necessidade mais profunda que a racionalidade. Com um movimento brusco, ele me puxou para mais perto, nossos corpos se fundindo em uma conexão intensa e desesperada. O beijo entre nós era feroz, nossos corpos se movendo em um ritmo desesperado. As sensações eram intensas e esmagadoras, cada toque, cada movimento era um misto de prazer e necessidade. Guilherme estava completamente absorvido pela paixão, a tensão entre nós quase insuportável. À medida que a intensidade da conexão aumentava, a sensação de estar completamente consumida pelo desejo era tanto um alívio quanto uma tortura. A droga ainda deixava sua marca, misturando-se com o desejo genuíno, criando uma tempestade de emoções conflitantes. A paixão que se desenrolava entre nós era uma mistura de desespero e necessidade, e o prazer, embora intenso, estava entrelaçado com uma sensação de confusão e dúvida. Mas naquele momento, em meio ao caos, havia uma conexão crua e visceral que parecia transcender tudo o que estava acontecendo ao nosso redor. Águia estava completamente imerso em mim, e eu estava igualmente consumida por ele. A sensação de ser abraçada por ele, de sentir sua presença, era o único alívio em meio ao tormento. E assim, entrelaçados em uma dança de desejo e necessidade, buscamos uma forma de redenção, uma forma de nos encontrarmos novamente, mesmo em meio à tempestade que nos rodeava.
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