CAPITULO 54

1764 Words
Os dias passaram rapidamente enquanto Bruno e Helena corriam atrás dos preparativos para o casamento. Eles tinham optado por algo mais simples e íntimo, apenas uma cerimônia no cartório. Helena não queria gastar muito dinheiro em uma festa glamourosa, e ambos concordaram que o mais importante era o compromisso que estavam assumindo um com o outro. Helena pegou seu celular e ligou para seu irmão, Marcelo. Ela tinha algo importante para perguntar a ele. Quando Marcelo atendeu, Helena sorriu e cumprimentou-o com carinho antes de entrar no assunto. "Oi, Marcelo! Como você está?" "Oi, Helena! Eu estou bem, obrigado. E você, como estão indo os preparativos para o casamento?" Helena suspirou levemente antes de responder. "Na verdade, é sobre o casamento que eu queria falar com você. Eu gostaria de saber se você aceitaria ser um dos padrinhos no nosso casamento no cartório." Marcelo ficou em silêncio por um momento antes de responder. "É claro que eu adoraria, Helena. Ficaria honrado em ser padrinho do seu casamento." Helena sorriu, agradecida. "Isso significa muito para mim, Marcelo. Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida." Ela então perguntou sobre a mãe deles, Regina. "E quanto à mãe? Você acha que ela aceitaria vir?" Marcelo suspirou do outro lado da linha. "Helena, acho melhor não contarmos com a mãe. Você sabe como ela é, e eu duvido que ela vá ao casamento. Talvez seja melhor não insistir." Helena entendeu o que Marcelo queria dizer e concordou. "Tudo bem, Marcelo. Eu entendo. Obrigada por me ouvir e por estar disposto a ser padrinho. Significa muito para mim." Depois de alguns dias, Bruno e Helena reuniram toda a documentação necessária e a entregaram no cartório de Paraty. O processo foi rápido e eficiente, e em pouco tempo, eles estavam com tudo pronto para o grande dia. Enquanto saíam do cartório, Bruno segurou a mão de Helena e a puxou para perto. Ele a abraçou carinhosamente e deu-lhe um beijo apaixonado. "Nada vai nos atrapalhar, Helena. Estamos fazendo a coisa certa." Helena sorriu, sentindo-se abençoada por ter Bruno ao seu lado. Ela concordou, olhando profundamente nos olhos dele. "Você está certo, Bruno. Estamos fazendo o que é certo para nós, e isso é o que importa." *** O grande dia havia finalmente chegado. Depois de dois meses de espera desde que o cartório confirmou a data do casamento, Helena e Bruno estavam prontos para dar o próximo passo em sua jornada juntos. Era um dia especial, repleto de emoções e promessas. Helena escolheu um vestido branco rodado e solto, que realçava sua beleza natural. Seus cabelos caíam suavemente sobre os ombros, e ela estava radiante. Bruno optou por uma camisa branca e calças bege, exibindo uma elegância simples e sofisticada. Os dois se encontraram na sala da casa dos pais de Bruno, Loreta e Nilton, que também estavam prontos para acompanhá-los ao cartório. Quando Helena entrou na sala, Bruno a olhou com admiração, seus olhos brilhando de felicidade. "Você está linda", ele disse com um sorriso encantado. Helena agradeceu pelo elogio, sentindo seu coração bater forte. Ela tentou retribuir o gesto com um beijo, mas a mãe de Bruno, Loreta, interveio de maneira divertida. "O beijo é só depois do 'sim', queridos." Ambos riram da brincadeira e Bruno concordou. "Você está certa, mãe. Vamos indo, então." A pequena comitiva partiu em direção ao cartório, onde encontraram o irmão de Helena, Marcelo, e Jonathan, amigo de longa data de Bruno. A sala do cartório estava decorada com simplicidade, mas o amor que preenchia o ambiente tornava-o especial. O juiz de paz realizou o rito do casamento, e chegou o momento de Bruno e Helena trocarem seus votos. Com olhares profundos e sorrisos apaixonados, eles declararam seus compromissos um ao outro. "Eu, Bruno, aceito você, Helena, como minha companheira para a vida inteira. Prometo amar, respeitar e cuidar de você, todos os dias, em todos os momentos. Com você, encontrei a minha felicidade, e prometo fazer de cada dia nosso uma jornada repleta de amor e cumplicidade." Os olhos de Helena brilharam com lágrimas de felicidade e emoção. Ela olhou para Bruno com profundo amor em seu coração. "Eu, Helena, aceito você, Bruno, como meu companheiro para a vida inteira. Prometo amar, respeitar e cuidar de você, todos os dias, em todos os momentos. Com você, encontrei a minha felicidade, e prometo fazer de cada dia nosso uma jornada repleta de amor e cumplicidade." O juiz de paz sorriu calorosamente para o casal. "Pelos poderes concedidos a mim, eu os declaro marido e mulher." Bruno não esperou um segundo a mais. Ele se aproximou de Helena com ternura e a beijou apaixonadamente. Era o beijo que selava sua união, o símbolo de seu compromisso e amor eterno. Após o beijo, eles se afastaram, ambos radiantes de felicidade. Marcelo, Jonathan, Loreta e Nilton aplaudiram alegremente, celebrando esse momento especial na vida de Helena e Bruno. Bruno e Helena saíram de mãos dadas, prontos para começar essa nova fase de suas vidas como marido e mulher. No lado de fora, o sol brilhava no céu azul, criando um cenário perfeito para celebrar seu amor. A brisa fresca da manhã acariciava seus rostos enquanto eles se abraçavam e sorriam. Nilton, pai de Bruno, se aproximou do casal com um sorriso largo e disse: "Bom, agora é hora de irmos para a festa, não acham?" Bruno olhou para o pai, confuso por um momento, antes de corrigir com uma risada: "Pai, não teremos uma festa, no máximo, um almoço na churrascaria." Nilton levantou uma sobrancelha, surpreso. "Achou mesmo que eu deixaria meu único filho se casar apenas no cartório? Nada disso, filho, eu pedi ajuda a alguns amigos." Ele piscou para Bruno e Helena, sugerindo que havia algo mais reservado para eles. Helena ficou intrigada. "Mas, pai do Bruno, onde será a festa?" Nilton revelou com um grande sorriso: "Será no sítio Santo Antônio da Maria Izabel." Marcelo, irmão de Helena, comentou animadamente: "Ah, m*l posso esperar para tomar a cachacinha da Izabel!" Nilton riu e disse: "Então é melhor não fazermos Izabel esperar muito mais. Vamos pegar a estrada, porque os convidados já estão esperando por nós." Todos concordaram e se dirigiram aos carros. Dentro de seus veículos, seguiram rumo ao Sítio Santo Antônio. Quando chegaram, foram recebidos com sorrisos calorosos de Maria Izabel e suas seis filhas, que estavam ajudando a organizar a festa. O espaço estava incrivelmente decorado, com flores coloridas e mesas elegantes. O aroma delicioso de comida caseira flutuava pelo ar. Os convidados, incluindo Gabriel, Lucas e os funcionários da loja, já estavam ansiosos para celebrar o casamento de Bruno e Helena. Bruno e Helena se aproximaram da área onde a festa seria realizada. Todos já estavam ansiosos com o almoço que seria servido em breve. Os convidados pegaram punhados de arroz e, quando Bruno e Helena se aproximaram, começaram a jogá-lo sobre o casal, desejando-lhes felicidade e prosperidade. O casal riu e se abraçou, emocionados com a alegria que envolvia o momento. Helena olhou nos olhos de Bruno e sussurrou: "Isso é incrível, amor. Não podia ter imaginado um dia mais perfeito." Bruno apertou sua mão carinhosamente e concordou: "É o nosso dia, Helena. E está apenas começando." *** Bruno e Helena estavam no auge da festa de casamento no Sítio Santo Antônio, rodeados por amigos e familiares que celebravam a união do casal com alegria e entusiasmo. Maria Izabel, a dona do sítio, havia liberado a cachaça, e os convidados estavam se divertindo a valer. As músicas animadas tocavam alto, e as risadas ecoavam pelo local. Bruno, depois de muitas danças, risos e uma quantia generosa de comida e bebida, decidiu dar uma pausa e se sentou ao lado de sua mãe, Loreta, que aplaudia a música com um sorriso iluminado no rosto. Ele se aproximou dela, perguntando com carinho: "Mãe, está feliz?" Loreta olhou para o filho com ternura e respondeu: "Estou muito feliz, meu amor, especialmente por você estar tão alegre hoje. No entanto, também estou um pouco apreensiva." Bruno franziu a testa, preocupado. "Apreensiva? Por quê?" Loreta olhou ao redor, como se quisesse ter certeza de que ninguém estava ouvindo. Ela então se inclinou em direção ao filho e sussurrou: "Tenho medo de que os documentos de casamento de vocês sejam recusados, sabe se eles verificarem melhor." Bruno ficou intrigado com essa afirmação. "Mas, mãe, por que você acha isso? Nossos documentos estão todos em ordem... Por isso conseguimos casar." Loreta assentiu com a cabeça e continuou sussurrando: "Eu sei, meu filho, mas é que... Eu fiz uma coisa quando você era criança, uma coisa para te dar mais oportunidades." Bruno estava cada vez mais confuso. "O que você fez, mãe? Não entendo." Loreta olhou nos olhos do filho com um misto de tristeza e determinação. "Quando você era pequeno, eu precisei fazer algo para que você pudesse frequentar a escola regularmente. Eu tinha que trabalhar, e você era muito novo. Uma amiga me deu um conselho." Bruno continuava sem entender. "O que você fez, mãe?" Loreta revelou o segredo com um tom de confidência: "Eu precisei trocar a sua certidão de nascimento. Como você nasceu depois da metade do ano, não teria idade para começar a escola naquele ano. Eu aleguei que tinha perdido a sua certidão e, seguindo o conselho dela, coloquei você como se fosse um ano mais velho." Bruno ficou chocado com essa revelação. "Você está falando sério, mãe? Você mudou a minha idade no registro?" Loreta assentiu, olhando para o filho com tristeza. "Sim, meu amor, eu fiz isso para te dar uma vantagem na escola. Foi uma época difícil, e eu precisava trabalhar." Bruno ficou atordoado com a revelação. Ele nunca soube dessa mudança em sua certidão de nascimento. Afinal, sua idade sempre foi uma parte fundamental de sua identidade... e também por conta da profecia. Bruno olhou para a mãe, atônito. "Espere, você está me dizendo que eu sou um ano mais novo do que pensava?" Loreta sorriu, acenando com a cabeça. "Exatamente, meu querido. Se todos pensam que você tem vinte e cinco anos, na verdade você tem vinte e quatro." Bruno olhou para a mãe, perplexo. A informação o atingiu como uma onda. Ele se lembrou da profecia da cigana que havia dito anos atrás: "Você se casará até os 24 anos." Parecia que o casamento que aconteceu naquele dia estava predestinado desde o momento em que sua mãe fez aquela escolha em seu nome. Bruno olhou para Helena, que estava dançando animadamente com alguns convidados. Agora, ele percebia que essa profecia foi selada.
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