Escrito nas Estrelas...

CAPÍTULO 65

Ao chegarem ao hospital, Helena foi rapidamente atendida pela equipe de saúde. Ela estava com sete meses de gravidez e os médicos precisavam fazer tudo ao seu alcance para evitar um parto prematuro.

No hospital, Helena foi monitorada de perto. Os médicos administraram medicamentos para diminuir as contrações e garantir que os bebês ficassem no útero o máximo de tempo possível. Helena estava preocupada, mas Bruno estava ao seu lado o tempo todo, segurando sua mão e oferecendo palavras de encorajamento.

As horas passaram lentamente, e finalmente as contrações diminuíram. Helena suspirou aliviada, sabendo que os bebês tinham uma chance melhor de continuar se desenvolvendo no útero por mais algum tempo.

Enquanto Helena estava deitada na cama do hospital, Bruno se aproximou dela, com Isabel no colo. A pequena observava a mãe com curiosidade em seus olhos inocentes.

"Estamos bem, não estamos, mamãe?" disse Bruno, acariciando o cabelo de Helena com carinho.

Helena sorriu e acariciou o rosto de Bruno. "Sim, estamos. Eles vão ficar bem, tenho certeza disso."

O Doutor Pereira, o obstetra de confiança de Helena, entrou na sala com uma expressão séria. Ele examinou Helena e fez um ultrassom rápido para verificar o estado dos bebês. A tensão no quarto era palpável enquanto todos esperavam ansiosamente por suas palavras.

"Helena, as contrações estão se tornando mais frequentes e intensas", disse o médico com seriedade. "E, o que é mais preocupante, o batimento cardíaco de um dos bebês está ficando mais fraco a cada contração."

Helena e Bruno trocaram olhares angustiados. Eles sabiam que essa situação não era ideal, mas confiavam no médico para tomar a melhor decisão.

Helena sentiu um nó se formar em sua garganta. "O que isso significa, doutor?"

O Doutor Pereira continuou, explicando a situação. "Precisamos agir rapidamente para proteger a saúde dos bebês e da mãe. Minha recomendação é realizar uma cesárea de emergência."

Helena assentiu, sua voz embargada pela preocupação. "Faça o que for preciso para garantir que nossos bebês estejam bem."

Bruno segurou a mão dela com ainda mais firmeza. "Estamos confiando em você, Doutor."

As lágrimas se formaram nos olhos de Helena enquanto ela tentava processar a situação. Ela sabia que esse era o melhor curso de ação para seus bebês, mas a ideia de uma cesárea de emergência a assustava profundamente. Ela olhou para Bruno, que segurava sua mão com firmeza, e ele lhe deu um olhar reconfortante.

"Vai dar tudo certo, Helena", ele sussurrou.

Sem perder tempo, a equipe médica começou a preparar Helena para a cesárea. Bruno foi orientado a se trocar em roupas cirúrgicas e esperar na sala de operações.

Enquanto Helena era levada para a sala de cirurgia, Bruno tentava manter a calma, mas seu coração estava apertado de preocupação. Ele sabia que a cesárea era necessária, mas a incerteza sobre o que aconteceria a seguir o atormentava.

Dentro da sala de cirurgia, Helena estava cercada por médicos e enfermeiros. Ela estava nervosa, mas confiante de que tudo seria feito para garantir a segurança de seus preciosos gêmeos.

A cirurgia começou, e Bruno teve que ficar com Isabel do lado de fora. O tempo parecia se arrastar enquanto ele esperava ansiosamente por notícias.

O procedimento foi realizado com precisão e rapidez. Helena estava consciente, mas nervosa, enquanto o médico e sua equipe trabalharam diligentemente para trazer os gêmeos ao mundo com segurança.

Finalmente, o som do choro de um bebê encheu a sala de operações. Antônio, o primeiro dos gêmeos, havia nascido. Ele foi rapidamente levado para ser examinado e cuidado.

No entanto, a tensão voltou quando o médico realizou o parto do segundo bebê, Emanoel. Não houve choro imediato, e o coração de Helena apertou de preocupação. Mas, após alguns momentos angustiantes, um choro fraco e decidido encheu a sala. Emanoel também havia nascido.

Helena soltou um suspiro profundo de alívio, lágrimas nos olhos enquanto olhava para os dois bebês recém-nascidos. Ela estava exausta, mas a alegria de ver seus filhos finalmente chegando ao mundo superou qualquer cansaço.

Os bebês foram rapidamente levados para a incubadora para receberem os cuidados necessários, dada sua prematuridade. Helena estava ansiosa para vê-los de perto e tocar seus pequenos corpos, mas o médico explicou que seria melhor esperar até que eles estivessem estáveis. Depois da cesárea, Helena foi levada para a recuperação.

Finalmente, o Doutor Pereira apareceu na porta e fez um gesto para que Bruno se aproximasse. Seus olhos estavam sérios, mas havia um traço de alívio em seu rosto.

"Helena está bem", disse o médico. "A cesárea correu como esperávamos, e ambos os bebês nasceram com sucesso."

Bruno soltou um suspiro de alívio e sorriu. "Obrigado, Doutor. Como estão os bebês?"

O médico respondeu. "Os bebês foram levados diretamente para a incubadora. Eles são prematuros, e precisamos monitorá-los de perto nas próximas horas. Mas, até agora, eles estão estáveis."

Bruno agradeceu novamente ao médico e, em seguida, foi levado para ver Helena na sala de recuperação.

Helena estava acordada e consciente, embora cansada. Ela sorriu ao ver Bruno se aproximar e segurar sua mão. "Nossos bebês, Bruno, como estão?"

" Doutor Pereira disse que correu tudo bem." Limitou Bruno a dizer para Helena.

No dia seguinte, eles finalmente foram autorizados a visitar seus filhos na unidade de cuidados intensivos neonatais. Antônio e Emanoel estavam na incubadora, conectados a fios e monitores, mas eram perfeitamente pequenos e adoráveis.

Bruno olhou para a incubadora onde os gêmeos estavam, um frágil Antônio e Emanoel, cada um lutando pela sua saúde. Ele se aproximou com cuidado e observou os pequenos. Eles eram tão pequenos, frágeis e preciosos. A sensação de impotência inundou Helena, pois não podia segurá-los, acariciá-los ou embalá-los em seus braços.

"Eles são incríveis, Helena", disse ele com uma voz embargada de emoção. "Antônio e Emanoel, nossos filhos."

Helena assentiu com lágrimas nos olhos. "Nossa família está completa agora, Bruno."

Helena e Bruno observaram seus filhos com admiração e amor indescritíveis. Eles se sentiram abençoados por tê-los ali, apesar do início desafiador que tiveram na vida. Helena colocou a mão gentilmente na incubadora, desejando poder pegá-los em seus braços.