QUINZE

1300 Words
O jantar com a familia de Bea, foi como o almoço, muita conversa e muita comida. Eu não lembrava da última vez que tinha comido tanto em tão pouco tempo.Estava realmente ficando com medo de não entrar no meu vestido novo. Depois do jantar ajudei com a mesa e com a louça suja, mesmo a mãe de Bea não gostando muito. Segundo ela, visitas não faziam isso, mas eu apenas a ignorei e fiz como minha mãe me ensinou. — Quer dar um passeio comigo? - Adrian perguntou surgindo na porta da cozinha e eu assenti, terminando de secar o último prato, o colocando na pilha junto com os outros. — Vamos. Adrian me ofereceu sua mão e mesmo sem graça e eu aceitei, sendo guiada por ele até fora da casa. Começamos a andar sendo iluminados pela luz da lua e algumas estrelas, era quase impossível vê-las na cidade grande. E eu tinha que admitir que eram lindas. — Parece estar de divertindo. - ele comentou casualmente, mas havia um sorriso brincando em seus lábios. — Estou. - respondi pensativa, mas estava sendo sincera. — E você não? — Não é um dos meus lugares favoritos no mundo, para ser sincero. ele - deu de ombros — Da próxima podemos ir ao litoral, o que acha? — Faz tempo que eu não tomo um sol, seria divertido. - respondi, levemente animada com a ideia de ir até uma praia. Eu gostava do mar e do Sol, que parecia diferente perto do mar e da areia. — Então - Adrian se virou pra mim, colando nossos corpos. — Nós dois iremos para a praia na próxima vez - murmurou deixando pequenos beijos em meu pescoço. — Iremos. - falei quase hipnotizada por seus lábios. — Não devíamos fazer isso aqui, Adrian. Parece que estamos sendo observados. — Não acredito que não vou poder tocar em você enquanto estivermos aqui. - murmurou ainda concentrado nos beijos. — Não é só de sexo que se vive um ca- — Então somos um casal? - ele parou brutamente, me encarando com aqueles olhos cheio de expectativas — Está falando sério? — Adrian!? - a voz de Harry me fez afastar dele bruscamente - Vamos dormir, não é hora de fazer essas coisas! — Pai...! - Adrian exclamou envergonhado e eu tentei não rir. — Quero você dormindo em dez minutos, garoto! - ordenou e ouvi Adrian bufar. — Vamos. - toquei sua mão e ele assentiu chateado. *** — O que você acha? - perguntei para Adrian. Seu olhar percorreu todo meu corpo, da cabeça aos pés, logo um sorriso nasceu em seus lábios. — Vai ver a mais bonita da festa. - disse por fim. — A festa só tem crianças. - revirei os olhos e ouvi sua risada. — Vai ser a mais linda mesmo assim. - deu de ombros. — Me ajude com esses botões. - pediu manhoso e eu revirei os olhos me aproximando do moreno sentado na cama com a blusa social branca aberta. — Desde quando é tão mimado? - perguntei começando a fecha-los. — Desde que esteja disposta a me mimar. Você é mais velha, Madie, tem que cuidar de mim. — Pare de dizer essas baboseiras. - falei tentando segurar minha vontade de rir na sua cara. — Não são baboseiras... - falou levando sua mão até minha cintura, apertando com força. — Pare com isso. - ordenei tirando sua mão. — Seu pai quase nos pegou ontem, eu vou morrer de vergonha se isso acontecer outra vez, controle seus hormônios. Adrian suspirou. — Obrigado. - agradeceu quando terminei com seus botões. — Madie? Adrian? - Bea chamou batendo na porta. - vocês já estão prontos? — Sim, Bea. Pode entrar. - respondi me afastando de Adrian. — Como você está linda! - exclamou. — Eu sabia que esse vestido ia ficar lindo! Ela não está linda, Adrian? - ele assentiu sorrindo. — É só um pouco curto, mas tudo bem. - brincou e eu ri ao ver Bea revirar os olhos. — É perfeito. - Bea disse. E realmente era. Na cor azul pastel, tinha um decote reto, mas em compensação havia uma pequena f***a na coxa esquerda, o cumprimento era menor do que eu usava normalmente, mas era confortável e eu me sentia bem usando ele, apesar de não gostar de vestidos. — Onde está a Linsey? - Adrian perguntou se levantando da cama. — Dormindo. - Bea suspirou. — Falta meia hora para a festa começar e a grande pequena estrela está dormindo! Vê se pode! - jogou as mãos para cima, exagerada. — Vou tentar acorda-la mais uma vez. - ela ia saindo, mas voltou rapidamente. — Façam sala para os convidados por favor, até agora são os únicos que estão prontos! Bea saiu apressada e eu encarei Adrian, que não tinha uma cara nada boa. — Vamos, Adrian - estendi a mão e ele aceitou sem muita vontade. A festa de Linsey foi incrível. Com uma mesa de café da manhã das grandes e muitas crianças, eu tenho que admitir que fiquei assustada, mas no fim já estava acostumada. Adrian também parecia estar gostando de estar junto do pai e da irmã. Linsey estava sorridente, a garotinha estava adorando toda a atenção que estava recebendo, mas mesmo assim parecia se sentir sufocada as vezes e sempre queria o colo do pai ou de Adrian. A primeira reação das pessoas ao me verem era afirmar que eu era a namorada do Adrian, na terceira vez eu cansei de explicar de que éramos apenas amigos e as deixei pensar o que quisessem, não as conhecia, por qual motivo deveria dar explicações a elas? Para resumir, tivemos muita comida, muitas crianças e muitas fotos. Sim, Bea obrigou Adrian a tirar uma foto com ela, Harry e Lin, eu estava rindo mas não por muito temoo, já que Rouse, ou melhor, vovó Rouse como exigiu que eu a chamasse, me empurrou para a foto em família. Tiramos algumas fotos e não sei ssomo ficaram, já que alguém sempre nos fazia rir e alguém saia fazendo careta, de olho fechado ou olhando pro lado. No fim do dia, uma sensação de tristeza tomava conta de mim quando eu me despedia dos parentes de Bea, havia sido tão divertido o pouco tempo em que havia ficado, que não me importei em ser abraçada por todos eles, inclusive pelas crianças. Recebi muitas lembranças em comida da vovó e muitos beijos dela também. Linsey chorou quando Adrian entrou no carro e Harry quase não conseguiu segura-la em seus braços, teria sido cômico se não fosse um pouco trágico e desesperador. Depois dessa cena, estávamos finalmente voltando, mesmo que eu quisesse internamente que não. — Não quer voltar? - Adrian perguntou de repente, tocando meu joelho com carinho e eu assenti meio envergonhada. — Foi divertido. - assumi e dessa vez ele quem assentiu. — Fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem e tão feliz. - coloquei minha mão sobre a sua. - Obrigada por me proporcionar isso, Adrian. - agradeci sincera e o vi sorri, parecia com vergonha. — Se quiser, vamos vir mais vezes. - sugeriu e eu assenti. — Obrigada, Adrian, mesmo - repeti. Como eu poderia magoar uma pessoa que fazia de tudo para me ver feliz? Como eu poderia deixa-lo triste quando ele sorria daquela forma pra mim? Naquele momento, eu não tive coragem de dizer a Adrian o que eu devia, naquele momento, percebi o quanto eu estava presa a ele e que, não seria nada fácil por um ponto final no que tínhamos. Naquele momento, eu aceitei também que, eu estava sentindo algo a mais por ele e que, eu não queria me afastar, mesmo que fosse o certo.
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