Capítulo 2

967 Words
Miguel ____ Deveria pedir a moça em casamento, Miguel. O quê está esperando? Olha que outro homem pode rouba-la de você,meu amigo. Dou uma risada sarcástica para meu melhor amigo,Marco. Ele sabe tão bem quanto eu, ninguém nesse mundo tirará Rafaela de mim. Ele é minha e não será de mais ninguém. Por isso estou despreocupado. Nós dois nos amamos e isso não mudará. Sou louco pela morena de olhos verdes. Imaginar a vida sem ela é inconcebível,nossas vidas estão emaranhadas, traçaram nossos destinos. A sua inocência extigante,sua beleza exuberante,sexi e única. São estimulantes para o meu prazer. Estamos um ano juntos e ela não se entregou. Desejo aquele corpo. Meu sangue ferve agitado nas veias,todas as vezes que olho para Rafaela. ____ Marco,meu amigo...___ Segurei no seu ombro, encarando ele. ____ Rafaela e eu fomos feitos um para o outro,ela não tem olhos em outros homens. Vai esperar por mim,sei que vai. Havia uma época da vida que não parava com mulher nenhuma por muito tempo. Mulherengo. Mas foi só colocar os olhos naquela beldade morena,pele dourada,da cor do pecado, que o meu mundo parou. Queria tê-la,faria qualquer coisa nesse mundo... ____ Olá, está desocupado? ____ Eu e Marcos desencostasmo dos nossos táxis ao mesmo tempo,ao ouvir a voz de uma bela jovem. ____ Sim estou livre... ___ Abri a porta do passageiro,para a loirinha tímida. Dou tchau para o meu amigo e entro no meu táxi. ____ Onde quer ir senhoria... ____ Elizabeth Quintanilha. ____ Deu um sorriso tímido. ____ Por favor,desejo ir ao shopping do centro da cidade. Dirijo sem usar o GPS,eu conheço Lisboa com a palma da minha mão. Olhei pelo retrovisor e a garota dava-me umas olhadas na minha direção. Dou um meio sorrindo. Estou acostumado com as passageiras, já entraram nesse veículo todo o tipo de mulher. Assanhadas,abusadas,sexis,atraentes, querendo t*****r desesperadamente dentro do carro,um tipo de fetiche. Essa menina possui uma aparência de rica,deveria ter um chofer na minha humilde opinião. Ficamos o trajeto em silêncio nos encarando de vez em quando até chegamos ao seu destino final. O shopping de Lisboa. ____ Pronto entregue. Chegamos Elizabeth. ____ Pode me chamar de Beth. E pode ficar aqui,me esperando? p**o muito bem. Tome. ____ Ela me deu um maço de dinheiro. ____ Senhorita por essa grana fico aqui até meia noite te esperando. ____ Passo os dedos nas notas de dinheiro,era mais do que uma semana de serviço. Dessa vez eu quitaria a dívida do táxi e poderia juntar dinheiro para o casamento,quem sabe. ____ Onde veio esse existe muito mais. Qual é o seu nome?! ____ Perguntou curiosa. ____ Sou, Miguel e agora sempre ao seu dispor,Beth. ____ Ofereço minha mão, e com um sorrisinho maroto ela aperta. Reparando nas veias salientes do dorso da mão. O que deu nessas mulheres? Sem perceber o seu sorriso tinha me contagiado,ficava mais bonita sorrindo,pensei. Antes de soltar minha mão,depositou outro maso de dinheiro. Que isso? É muito dinheiro para uma garota novinha andar assim, sozinha. ____ É tentador mais não posso aceitar mais o seu dinheiro. ____ Tento retirar a minha mão,mas Beth segurava firme,ou pelo menos ela acha que é firme. A garota é tão magrinha. ____ Aceite. Passa a tarde de compras comigo. Tipo um guarda costas! ___ Disse ela animada. ____ Tudo bem então. ____ Respirou profundamente retirando sua mão magra da minha. Beth era uma gastadora nata. Entrando e saindo de todas as lojas do shopping. Ficava feliz esbanjando em coisas,roupas de grife,perfumes importados,sua gana de gastar não tinha fim. Disse que seu pai era muitíssimo milionário. Dono, empresário e criador da primeira indústria de petróleo sustentável do mundo todo. Herança garantida até ao seus tataranetos, palavras dela. Sinceramente o dia foi exaustivo e no final ela me surpreendeu escolhendo uma blusa social azul,tecido fino e caro,e um perfume importado caríssimo masculino,cheiro de notas amadeiradas, almíscar e cedro. Comprou esses presentes para mim. Não devia aceitar,mas ela não aceitava não como resposta. Agradeci mostrando a minha educação. Almoçamos juntos no restaurante japonês, confesso não gostei muito. Talvez poderia me acostumar, disse ela. As bolsas de compras,em volta de nós. Conversavamos,rimos,conheci um pedacinho da sua vida. Beth perdeu a mãe muito cedo,era um bebê, não se lembrava dela. Tive pena dessa garota. Segurei a sua mão a confortando, quando chorou pensando nela. O pai não dava muito atenção a menina e quando comentou do irmão disse que ele, só se preocupava com a casa de abrigos e por último relatou que hoje era o seu aniversário de 18 anos. Senti a sua dor. O fato de ter uma família grande, não omitia o fato de ser sentir sozinha. Também sou solitário,sei bem como é passar aniversarios sozinhos,na mais completa solidão. Busquei um bolo, improvisei uma vela e cantei parabéns conforme fui chegando perto dela. Era um bolinho pequeno, não tinha grande. Senti necessidade de agrada-la, amenizar a sua dor. ____ Ho... Miguel você é um amor... ___ Aproximou-se me abraçando. Segurou no meu pescoço e quase,por questões de milímetros seus lábios não encostaram nos meus. Sem jeito,soltou o meu pescoço e voltamos a nos sentar. Soprou a vela. Para quebrar o clima pesado,esfreguei o dedo no chantilly e passei de relance no seu nariz pequeno. Fazendo ela se alegrar de novo. A danada tentou fazer o mesmo em mim,mas recuei várias vezes. Igual no filme do Matrix. Desistindo de me pegar,levou o dedo sujo na boca e o lambeu. Foi um gesto inocente, porém despertou o meu líbido. Meu sorriso desapareceu do meu rosto. Balançei a cabeça e parei de olha-la. Parti o bolo, entregando o seu pedaço. ____ Nem fez um pedido.____ Comentei. ____ Porque não precisei fazer. Tudo que mais quero se encontra aqui. Gostei de você, Miguel. ____ Como assim,Beth. ____ Sorri encabulado. ____ Quero você.
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