Heloisa levanta assustada com o grito de Kelly e a olha estava sentada na cama chorando com as mãos cobrindo o rosto. – Marrenta o que foi? Disse olhando-a com carinha de sono. Kelly: – Me desculpa por ter te acordado pequena tive um pesadelo, com aquele asqueroso. Me agarrando, beijando e me machucando voltando a chorar. Heloisa a abraça enxugando suas lagrimas. – Tudo bem meu amor quando aquele grupo de estudantes me rodeou no primeiro dia de aula. – Fiquei muito assustada, sem entender o porquê aquilo estava acontecendo comigo. –Mais você segurou firme em minha mão e me senti segura naquele instante sabia, que nada r**m aconteceria comigo tendo você ao meu lado. –Então meu amor vem aqui se deitando estendo o braço para que Kelly, pudesse deitar se recostando em seu seio. – Tenha certeza que em quanto estiver ao meu lado e em meus braços não permitirei que nada, nem ninguém machuque você. Kelly a olha com carinha de apaixonada dá um beijo demorado em Heloisa e se deita, com a cabeça apoiada sobre o seio de sua namorada que a abraça. – Dorme meu amor minha marrenta que eu fico aqui cuidando de você. Fazendo carinhos em sua cabeça até que ela volta a dormir, Heloisa beija sua cabeça dormindo em seguida. O restante da noite é tranquila Kelly se mexe um pouco durante a madrugada, mais nada que perturbe seu sono como o pesadelo que teve mais cedo. São 6:00 quando Heloisa acorda ainda com Kelly recostado em seu corpo, ela se levanta com cuidado para não acorda-la a beijando levemente e segui até o banheiro para sua higiene matinal. Um pouco mais tarde Kelly acorda abrir os olhos com um pouco de dificuldade, o tapa dado pôr João tinha atingido levemente seu olho que ficou roxo e inchado. Ela vira para o lado e não vê Heloisa imagina que ela está no banheiro, se levanta e olha se no espelho. – Tô horrível se lamentando. Heloisa sai do banheiro e vê Kelly parada de frente ao espelho, olhando o seu rosto machucado. – Incrível como mesmo assim você ainda consegue ser tão linda. Kelly: – Que mentirosinha mais linda eu namoro dando um sorrisinho para Helo. Heloisa: – Você é linda por fora mais principalmente por dentro. – Te amo linda indo para beija-la mais ela se esquiva a abraçando. Kelly: – Minha pequena ainda nem escovei os dentes. Heloisa: – Então vai se arrumar temos que ir na delegacia hoje dando um selinho rápido. Kelly assenti com a cabeça e segue para o banheiro. Heloisa fica terminando de se arrumar, ela bota uma calça jeans, blusa vermelha pouco decotada e tênis. Usa maquiagem bem leve afinal está indo para uma delegacia e não uma festa. Enquanto ela termina de arrumar o cabelo vê Kelly saindo do banheiro, pelo reflexo do espelho. Heloisa: – Você vai assim? Kelly: – Vou não tem nada demais. Ela estava de calça Jeans, um blusão que cobria todo o braço e tênis. Heloisa: – Não tem nada demais só que está um calor infernal no Rio, e você vai aguentar estando toda coberta? Kelly: – Amor não está tanto calor assim desconversando. Heloisa se aproxima pegando as duas mãos de Kelly e a olhando nos olhos. – Você não está com calor ou é porque ainda acredita que o fato de ter usado uma roupa decotada, quando aquele filho da mãe tentou abusar de você influenciou na ação dele? Ela não responde apenas fica de cabeça baixa. – Muito bem não precisa dizer nada. Heloisa pega alguns papeis dentro de uma pasta em cima da sua cômoda. Kelly: – O que é isso pequena? Heloisa: – Você já irá descobrir senta aqui comigo apontado para cama. Ela senta. Heloisa: – Depois de ter me questionado ontem se a sua roupa, fez com que o nojento se sentisse no direito de tentar abusar de você fiz uma pequena pesquisa. Colando os papeis no colo de Kelly. Heloisa: – Veja meu amor. – Mulher é abusada nos Emirados Árabes, mais um caso de violência contra mulher no irã. No Brasil uma garota de 14 anos é estuprada e morta após sair de um culto evangélico, um homem invade uma casa estupra e mata uma criança de 10 anos. Kelly: – Porque está me mostrando essas coisas? Heloisa: – Para que entenda o Emirados Árabes e Irã são países que tem culturas nas quais mulheres usam burca, e mesmo assim é comum caso de estupro nesses lugares. Um culto evangélico marrenta a pobre garota estava saindo de um igreja, ela não estava numa festa ou em um barzinho era um igreja e mesmo assim foi violentada. Uma criança de 10 anos pura e inocente, brincava no quintal de casa quando foi abusada. Você acha que elas mereceram isso? Kelly:– Claro que não pequena que absurdo pensar uma coisa dessas. Heloisa: - Você acha que foi a roupa ou o lugar que estavam influenciaram nisso? Kelly: – Não amor. Heloisa: – Pois é meu amor vê se finalmente entende isso por favor a sua roupa não é culpada, o lugar não é culpado, nada que você tenha dito ou feito foi culpado. A única pessoa que tem culpa é o João o agressor. - São homens como eles que estrupam, agridem e assediam mulheres todos os dias no Brasil e no mundo que tem culpa por serem nojentos, asquerosos, monstruosos. A culpa nunca é da vítima. Kelly: – Você está certa pequena o único culpado aqui é ele. Heloisa: – Isso mesmo meu amor agora tira esse blusão, coloca uma blusa mais confortável e vamos descer tomar café pois daqui a pouco a sra. Suzana estará chegando para conversas conosco e nos acompanhar até uma delegacia. Kelly: – Está bem minha pequena se levantando e dando um beijo em Heloisa que morde e puxa o seu lábio inferior a fazendo sorrir. Ela pega uma blusa mais confortável. – Agora sim bem melhor disse Heloisa dando mais um beijo e em seguida elas descem para a sala para a cozinha. – Bom dia Mari diz Heloisa indo até Maria dando-lhe um beijo na testa. Maria: - Bom dia Helo e srta Kelly. – Você se sente melhor? Kelly: – Bom dia Maria me desculpe por ontem estava muito envergonhada, por isso subi sem lhe cumprimentar. – Bem mesmo só estarei quando aquele infeliz pagar pelo fez ao Edu e a mim. Maria: – Você não tem do que se envergonhar a única pessoa que precisa sentir vergonha, e asco pelo que tentou lhe fazer foi o desgraçado. – Eu já falei isso para ela Mari disse Helo piscando. – Cadê os meus pais ainda dormindo. Nesse momento eles entraram na cozinha. Alberto: – Já acordamos meu bem, dando um beijo na filha. – Bom dia meninas ele vai para passar a mão no cabelo de Kelly, que se afasta imediatamente. Kelly: – Desculpe é que toda vez que alguém principalmente um homem tenta se aproximar... Alberto: – Você se lembrar do que aconteceu, isso cria traumas complicados de serem superados. – Eu lhe entendo não precisa se desculpar comigo, no que for preciso iremos ajudá-la a superar o que te aconteceu já fizemos isso antes com a ... PAI grita Heloisa. – O sr. não pode falar sobre isso pois é um assunto que diz respeito a uma outra pessoa. Alberto: – Realmente você tem razão filha. Cynthia: – Bem vamos tomar café pois a qualquer momento a dra. Suzana chegará para acompanha-las. Kelly não entendeu o comentário do sogro e muito menos a reação de Helo, mais prefiro se calar por enquanto. Eles tomaram café tranquilamente e todos tentavam animar Kelly, que estava bastante receosa por denunciar. Eram 7:50 quando a campainha da Mansão é tocada. Maria vai atender a porta e se tratava da dra. Suzana. – Bom dia sra. em que posso ajudar? – Bom dia sou dra. Suzana a advogada contratada pela senhora Duarte, para cuidar do caso da senhorita Almeida. Maria: – A sim estavam todos a sua espera sente-se por favor apontado o sofá, irei informá-los que já chegou. Então ela agradece e se senta. – Aceitaria um café ou suco. – Não obrigado. Então Maria volta a cozinha e informa a todos que a advogada já tinha chegado. Kelly respira funda. Heloisa: – Ei amor fica calma minha linda estou com você, dando um beijo de esquimó nela. Cynthia. – Vocês são tão fofas, muito lindas juntas. Heloisa: – Mãe paraa. Kelly sorri. – Esse seria um tipo de comentário que o Edu diria. – Sinto tanto a falta da minha biba favorita. Heloisa: – É lesba alfa? Kelly: – Sim meia lesba disse sorrindo. Cynthia: – Que isso? Heloisa: – Coisas que o Edu diz quando quer nos irrita mãe. Então eles riem lembrando das graças do Eduardo, mais não disfarçando o quanto estão preocupados com ele. Todos seguem para sala. Cytnhia:– Bom dia dra, estendendo a mão. Suzana: – Bom dia sra Duarte. Olhando para o rosto de Kelly machucado, -imagino que deve ser a srta. Amdeida? Alberto: – Sim ela é a minha nora. Kelly: – Bom dia dra. Pode me chamar apenas de Kelly. Suzana: – Como preferir Kelly, você está pronta? Terá um dia complicado. Kelly:– Se dizer que estou 100% preparada estarei mentindo, estou assustada ainda não acredito direito no que me aconteceu. Mais o fato de saber que aquele infeliz pagará pelo que fez, me da forças. Suzana: – Não se preocupe no que depender de mim ele nunca mais fará m*l a você, ou a outra garota. – Agora peço licença aos Duarte mais gostaria de conversar sós com a Kelly. Heloisa: –Posso ficar? Suzana: – Se a Kelly se sentir mais confortável assim pode. Kelly: – Eu prefiro que a Helo fique dra. Disse segurando em sua mão. Cynthia. - Estaremos na sala de leitura se precisarem. – Meninas só não as acompanharemos até a delegacia, para não causarmos tumultuo saindo na companhia do marido. Suzana: – Bem Kelly eu preciso que me conte detalhadamente tudo que aconteceu? Kelly se senta no sofá de frente para a dra. Segurando na mão de Heloisa, ela respira fundo e chora enquanto conta desde o 1°contato com João no trote, até quando ele tentou abusar dela no banheiro e confessou a agressão ao Eduardo. Suzana: – Primeiramente posso lhe garantir que esse cara está em uma péssima situação, pois ele te agrediu fisicamente e psicologicamente, tentou abusar de você e ainda ameaçou você e a senhorita Duarte. – Sobre a confissão de agressão ao seu amigo não poderei fazer nada, pois a levarei uma delegacia de crimes contra mulher e não compete a eles investigar a agressão ao Eduardo. – A única prova é a sua palavra mais ele pode alegar que você está mentindo. – O que podemos fazer é alegar essa confissão na delegacia que está cuidando do caso de agressão. Heloisa: - Dra. A um problema o policial que veio nos interrogar sobre o caso do Edu, disse que na certa ele provocou a agressão dando em cima do João que não gostou. Suzana: – Isso é um outro agravante se quiserem, podem denuncia-lo por homofobia como culpar a vítima que absurdo. Ele pode ser afastado da polícia por isso. – Mais voltando ao caso da Kelly primeira coisa que faremos será pedi uma medida protetiva ele não poderá ficar a menos de 30 metros de você. Kelly: – Então terei que largar o curso? Disse bastante preocupada. Suzana: – Não menina fique tranquila ele terá que sair, você não precisa se privar de nada afinal quem cometeu crime foi ele. As meninas ficaram mais sossegadas depois da conversa e foram no carro de Heloisa até a delegacia. Kelly estava nervosa e apertava as coxas de Heloisa no caminho, que com uma mão no volante usa a outra para pegar a mão de Kelly e beijar, dizendo que ficara tudo. Elas chegam descem do carro e a dra. Suzana explica que Heloisa pode e deve participar do depoimento de Kelly, pois foi ela quem a viu saindo correndo toda rasgada e chorando na universidade. Diferente do policial que as atendeu grosseiramente no hospital, elas são bem tratadas com muita educação e cuidado. O depoimento dura um pouco mais de uma hora e no mesmo instante é decretado a medida protetiva contra João. Kelly segue com Heloisa e sua advogada até um hospital no qual será feito os exames, que comprovaram as agressões. Ela fica nervosa porque não permitem que Helo a acompanhe até a sala na qual será examinada. – Marrenta fica tranquila meu amor, eu estarei aqui o tempo todo lhe esperando vai dar aliais já está dando tudo certo. Toma aqui tirando uma pulseira que o seu pai lhe deu a colocando em Kelly. – Será como se eu estivesse o tempo todo ao seu lado. Kelly sorri da um selinho demorado em Heloisa e entrar na sala de exames. Enquanto isso Heloisa fica com a dra. Suzana na recepção esperando. Suzana: – Srta. Duarte seria melhor a Kelly não ficar na casa dela, muito menos sozinha por enquanto pois no mais tarda o João recebera essa notificação amanhã pela manhã e como ela mora próximo a universidade, ele pode se aproveitar dela sozinha para se vingar. Heloisa: – Ele nunca mais encostará um dedo nela dra. Eu falarei com ela para ficar na minha casa. Kelly sai da sala de exames de cabeça baixa. Heloisa; – Minha marrenta como foi? Kelly: – Nada confortável posso te garantir. Heloisa – O meu amor mais no final dará tudo certo a abraçando. – Meu bem a dra. Suzana e eu estávamos conversando e ela me disse, que seria melhor você ficar lá em casa por um tempo pois o João logo sera notificado, e pode querer se aproveitar de você sozinha na sua quitinete para se vingar. Kelly: – Amor não deixa aquele infeliz chegar perto de mim. – Mais não quero abusa da sua hospitalidade e do seus pais. Heloisa: – Amor eu te prometo nunca mais ele irá machuca-la. Meus pais te adoram e eu te amo demais vou amar ter você comigo 24 horas por dia. Kelly: – Está bem se é pela minha segurança e felicidade geral da nação eu digo, que fico na mansão. Heloisa rindo. – Boba. Dra. Suzana. – Meninas eu irei para meu escritório, qualquer coisa é só ligar Kelly assim que saírem os resultados dos exames eu a comunico. Meninas. Muito obrigado. Então a dra. Pega um taxi e as meninas seguem de carro elas primeiramente passam na quitinete de Kelly e pegam algumas, roupas depois vão até o hospital e deixam flores brancas no quarto de Edu que ainda não apresentou melhoras e finamente voltam para mansão. Heloisa comunica aos pais e aos empregados que Kelly, ficara na mansão por um tempo e todos gostam pois a adoram. Heloisa prepara um banho para ela e Kelly em sua banheira. Uma forma de fazer sua marrenta depois do dia difícil. Aquele banho foi repleto de carinhos, beijos e abraços mais toda vez que Helo tentava esquentar as coisas, Kelly fugia se esquivava. Kelly: – Minha linda eu te amo muito mais depois do que aconteceu, não consigo ser tocada nem por você sem lembrar o que aconteceu. Heloisa respira fundo. – Eu te endento amor creio que com o acompanhamento psicológico que terá, as coisas vão voltar a serem como eram antes. – E eu terei o que sempre tive desde o dia que te conheci, paciência eu te amo muito e já disse para ter você espero o tempo que for. Kelly abraça e beija Heloisa com muito carinho e amor. Elas saem da banheira e se vestem ficam no quarto conversando. Kelly: - Pequena do que seu pai estava falando quando disse que já ajudou alguém superar o mesmo que eu? Heloisa fica seria. – Kelly esse assunto é de outra pessoa que me pediu segredo. Kelly: – Qual é Heloisa não confia em mim? Heloisa: – Calma não fique brava comigo, está bem vou te contar só porque é a pessoa que mais confio nessa vida. Promete guarda segredo. Kelly: – Eu prometo agora me conta. Heloisa: – Ok você lembra da Julia? Kelly: – Como vou me esquecer, bonita, metida, acha que tem o rei na barriga revirando os olhos. Heloisa: – Sim ela é bem complicada, mais a Ju... Kelly: - Ju quanta i********e. Heloisa: – Você fica mais linda com ciúmes, rindo. – Ela é minha amiga a anos. – Mais como ia dizendo a Ju passou por momentos bem difíceis, a conheci numa festa dessas Vips fui com o Edu e a Cris. – Ela estava com uns amigos de vestido vermelho bem estampado tinha um cara que não parava de olha-la. Ele já tinha investido várias vezes, mais só levava fora. No final da festa tinha muita gente bêbada e passando m*l. Então íamos para casa da Cris porque era a mis próxima da local. Kelly ouvia atentamente a história. – Ela foi procurar a Hellen que também conheci naquele dia. Quando estávamos andando ouvimos uns gritos, abafados e alguém dizendo fica quieta se não te mato. Então tomamos coragem e arrombamos a porta. E para nossa surpresa encontramos a um cara em cima da Julia ela chorava enquanto ele tampando sua boca, a estuprava. Ela estava muito machucada. Nós tiramos o desgraçado de cima dela e era o cara que tinha levado fora dela, a noite inteira. Ele sai correndo e preferimos ajudar a Julia do que ir atrás dele, foi dela que meu pai se referia. Kelly ficou paralisada não sábia como reagir aquela notícia bombástica.