Capítulo cinco

685 Words
Rangel narrando Nós trocavamos olhares profundos, a cada hora que ela me olhava eu virava o olhar, e vice versa. Eu precisava descobrir quem era essa garota que tava bagunçando minha mente, daqui do morro com certeza não era. - Alan. - chamei meu vapor e amigo de confiança. - Dá o papo chefe. - Tá ligado em quem é aquela mina? - apontei discretamente pra loira. - Ih tô não Rangel, só tô ligado que ela tá com aquela ruivinha que tá de treta com Júnior. - Ah. - falei normal. - Mas porque quer saber mano? - Te interessa não. Eu sou de boa, mas as vezes Alan faz umas perguntas idiotas do c*****o. Fiquei no camarote me pegando com algumas vadias , umas se roçavam em mim e outras me beijavam . Era uma p*****a , admito mas eu nasci pra ela. Passou se um pouco de tempo , e Olhei ao redor. A loirinha não estava lá mas a amiga dela estava se agarrando com Jn , como assim? Me levantei do camarote e me meti em meio ao povo procurando ela, e nada de achar. Sai do baile até ver ela encostada em um carro de cabeça baixa provavelmente chorando. - O que foi? - me aproximei dela que tomou um susto e se afastou. - O que você quer. -perguntou assustada e ainda chorando. Definitivamente, ela não era igual as outras. - Eu não quero te fazer nada. Só quero saber por que tu tá chorando, e te alertar que aqui não é um parque de diversões pra tu tá sozinha aqui na rua. - Eu só tô chorando me deixa. - Você sabe com quem está falando? - Não, e não me interessa. Ah que garota marrenta,se fosse outra eu já tinha matado! Mas ainda tenho planos com ela.. - Sua amiga tá lá se agarrando com meu parceiro, se você quiser ficar aí só pode ficar. Não irei insistir. Eu já ia saindo, quando ela disse gentilmente pra eu ficar. - Espera... Você pode me levar pra casa? - Onde é tua casa? - Fica na zona sul perto de Copacabana. - Então é uma patricinha? - Não, eu .. Você pode ou não? - Vamo lá. Peguei meu carro, e entramos. Fui seguindo as coordenadas dela até que chegamos num apartamento. Não era tão de luxo como imaginei , era simples mas aconchegante. - Entregue. - Obrigado, se não fosse você eu nem sabia. - ela ia saindo do carro quando segurei em seu braço. - Você não vai sair daqui sem antes me contar teus k.o. - Que k.o? - Seus problemas. - revirei os olhos. - Nem te conheço. - Pô mina. - a olhei com cara de triste. - Eu só estou triste. Me mudei recentemente pro Rio, eu era de Belo Horizonte. Fui expulsa de casa, após ficar com meu namorado que me abandonou ao tirar minha.. "Dignidade" .- suspirou. E agora estou morando com minha prima, estou tentando me virar né. - Nossa , tu tem quantos anos garota? - 16 . - Satisfação, meu nome é Rafael dono da Grota mas conhecido no morro como Rangel, 24 anos. - Tu é dono daquele morro? - Sim, surpresa né? - sorri convencido. - Ah tá, legal. - Sua amiga deve tá preocupada contigo. - Tu pode me emprestar seu celular pra eu passar uma mensagem? Se tiver crédito óbvio. - Toma. - tirei meu iPhone do bolso e entreguei a ela. Ela passou a mensagem pra amiga que a essa hora já deve estar na cama com meu parceiro , e já ia saindo do carro. - Ei vai pra onde? - Entrar em casa uê. Valeu pela carona. - Me passa seu número .. - ela pareceu pensar mas depois de algum tempo anotou seu número no meu celular. - Já é novinha. Mas que novinha é essa? Parece o paraíso , uma loira de tirar o fôlego ! Espero que eu encontre ela mais vezes. Dei ré no carro , e voltei pro morro. A noite estava só começando.
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