Capítulo 4 - Sinais
839 Words
Ás 20:00 em ponto, Éric e Verônica estavam a entrar no Analu's.
Não tinha sido fácil conseguir uma reserva, mas no final tudo correu bem.
Sandra os recebeu e um garçon levou - os a área Vip onde teriam mais privacidade.
Depois de fazerem os pedidos, o garçon retirou - se e Éric observou o lugar com muita atenção.
Era um espaço fino, elegante, bonito mas com um toque de simplicidade que não deixava transparecer que a dona tinha muito dinheiro.
No Analu's ninguém era excluído.
Uma parte tinha sido transformada em lanchonete, para facilitar as pessoas sem possibilidade de pagar uma refeição mais cara.
Em alguns dias da semana, Ana Luísa oferecia refeições grátis para algumas instituições carentes.
Éric sabia disso, e a sua vontade de conhecer esta misteriosa mulher só aumentava. O garçon voltou com a comida que pediram e Éric perguntou:
- Desculpe! É possível conhecer a Chef pessoalmente?
- É sim Senhor. Vou avisá - lá e volto em seguida.
- Muito obrigado.
- Éric! Porque a queres conhecer?
- Isto não te interessa Verônica. Não és minha mulher. Além do mais, não achas que devemos agradecer por uma comida tão boa?
- Desculpa. Foi só uma pergunta, não um interrogatório.
- Não. Eu é que peço desculpas.
Apenas a quero parabenizar pelo lugar excelente.
Começaram a comer e Éric se surpreendeu. A comida era de facto deliciosa e saudável.
- Nossa Éric. Isto é maravilhoso.
- Estou de acordo Verônica. Entendeste agora porque quero conhecer a Chef?
- Claro que sim. Ela com certeza merece ser agradecida pessoalmente.
10 minutos depois o garçon voltou e disse:
- Senhor Grayson. A senhora Analú vai recebê - lo. Está muito ocupada e só pode ver um de vocês.
- Vai querido. E agradece por mim também.
- Obrigado. Pode ser agora?
- Sim Senhor. Ela o espera no escritório.
Éric levantou-se e seguiu o garçon.
Foi levado até um elegante escritório e entrou....
Assim que ouviu passos, Ana Luísa soltou o cabelo e sorriu para receber o homem que a queria conhecer pessoalmente.
A atração foi imediata. Éric ficou sem palavras ao ver que ela era muito mais bonita do que aparecia nas revistas.
Olhavam um para o outro em silêncio, até que Ana Luísa o quebrou.
- Senhor Grayson?
- Sim. Éric Alexander Grayson.
- Prazer! Ana Luísa Vicente Duarte...- Ela estendeu a mão. Em que posso ajudá -lo?
- Bem! Eu apenas queria lhe dar os parabéns. A comida é óptima.
Deliciosa e saudável. Ouvi falar sobre o trabalho que faz com o pessoal carente. É muito louvável. A admiro por isso.
- Muito obrigada Sr Grayson.
As suas palavras fazem - me sentir muito bem.
- Apenas Éric por favor. Senhor Grayson é o meu pai.
- Está bem Éric. Agradeço imenso.
Espero que a sua família ache o mesmo.
- Claro que vão achar. O meu irmão faz questão que a senhorita prepare o cardápio da festa dele.
- Agora eu é que peço. Só me chame de Ana Luísa.
- Claro. Me desculpe. Ana Luísa.
- Bem Éric. Tenho que voltar para a cozinha. Agradeço as suas palavras e espero que voltes mais vezes.
Serás sempre muito bem - vindo.
- Será um prazer. Voltarei com toda a certeza.
Éric saiu e Ana Luísa respirou fundo.
* Nossa senhora. Que homem é esse?...- Ela pensou. E ainda tem áquele sotaque maravilhoso.
Ela concentrou-se e voltou para a cozinha. A Manuela vai surtar quando souber disso.
Verônica o viu voltar e falou:
- Então! Correu tudo bem?
- Sim. É uma mulher jovem, educada e simpática.
- Eu sei pelas fotos. É muito talentosa.
- Concordo.
Éric estava pouco falador e nem sequer dava atenção ás palavras de Verônica. Ele não conseguia apagar a imagem do sorriso de Ana Luísa da sua mente, nem o som daquela voz meiga.
Chamou o garçon e depois de pagar a conta, disse á Verônica:
- Vamos! Vou te deixar em casa.
- Está bem. Vou ao banheiro e já volto.
Éric tirou um cartão, anotou o seu número pessoal na parte de trás e pediu ao garçon que o desse á Ana Luísa.
Verônica voltou e eles foram embora.
Sozinho no seu apartamento, Éric só pensava em Ana Luísa.
- Caramba! O que eu tenho? Como pude me sentir tão atraído por ela?
Éric se recriminava, mas admitiu que nunca tinha sentido tanta atração por ninguém, nem mesmo por Verônica.
Deitou na sua enorme cama King size e fechou os olhos.
A última imagem que visualizou foi do lindo rosto de Ana Luísa sorrindo para ele e adormeceu..

* Que mulher incrível. Eu ainda a terei em meus braços.
Este foi o pensamento de Éric. Fazia planos achando que Ana Luísa era como Verônica, e que iria para a cama dele sem hesitar, apenas pelo seu poder e prestígio.
Mas, ele estava bem perto de descobrir o tamanho do seu engano, e aprenderia uma lição inesquecível.
Antes de querer ou desejar, é melhor merecer.
- Writer
