Cap 7

1259 Words
Gabi Gabi - Posso falar com o senhor papai? Era óbvio que eu não ia perder a oportunidade de usar todas as cartas que tenho na manga e conheço muito bem meu pai, ele sempre aceitava meus argumentos. Roberto - Claro gatinha, entra. Ele estava em seu escritório já fazia algum tempo e tive que me segurar para não vir logo aqui tentar convencê-lo de que eu era a melhor opção. Não que eu estivesse considerando a Lua como uma opção também, mas me parece que eu não tinha ficado como certa para a esposa do Matt e isso eu não ia deixar passar. Gabi - Papi, o que está acontecendo? De verdade sabe, porque parece que tudo está tão confuso. Achei que que a vocês considerassem pra caramba a organização, quero dizer, pela ordem natural das coisas. Eu não entendi muito bem o que se passou na ceia porque entendo que aquele assunto deveria ser tratado somente entre vocês, o Matt e eu e... Roberto - Filha, por favor, eu realmente gostaria que você entendesse a situação que você mesmo se colocou. Como você acha que foi vista todas as negativas de pretendentes que você fez? Foi a mesma coisa de chamar todos nós de palhaços, incompetentes... Como assim? Eu realmente não estava entendendo o que meu pai estava falando, como eu deveria aceitar um cara que não gosto, que não me identifiquei e tudo isso para agradar os outros. Sou eu que devo ser agradada, pelo amor de Deus, essa não cola. Roberto - Filha (bufa), você sabe muito bem que nesse meio não tem dessa de a mocinha escolher o príncipe encantado, na verdade, ela só serve para assinar um pedaço de papel e fazer aquilo que o esposo acha melhor para fazer sua família feliz. Eu ainda tentei escolher os melhores no nosso meio, mas você me fez o favor de me envergonhar todas as vezes. E... voilà, aquela era a minha deixa... Gabi - Por isso mesmo que acho que eu deveria ser a única escolha papi, exatamente porque eu quero me casar com o Matt, eu quero muito, tenho certeza que vamos viver felizes em nosso castelo encantado, por favor papi, além do mais, a Lua completou 20 anos agora, nunca passou pelo o que eu passei, nunca precisou se sentir uma carne sendo escolhida na vitrine, por quê ela vai ser melhor que eu nisso? Ele simplesmente me olha como se me repreendesse por eu ter falado aquilo. Acontece que ele não entendia nada, a família Oliveira era a mais influente e requisitada em todo o nosso meio, todo mundo queria ficar perto deles. A nossa também era, mas não tinha como eu me casar com um parente né e o Matteo era o homem que qualquer mulher gostaria de ter ao lado. Todas as garotas da minha idade já tinham se casado e eu estava sendo vista como a encalhada da família. Era a minha oportunidade de ter tudo que queria, uma vida de princesa, com cartão black, carros do ano, tapetes vermelhos, flashes e mais flashes, virar assunto de revista e de quebra, ia agradar o meu perfeito maridinho. Não tinha como não ser eu, a gente se completava, o casal perfeito, seria eu de qualquer maneira. *** Uma semana se passou e depois, mais um mês e parecia que eu finalmente estava conseguindo o que queria. Minha mãe me entendeu e viu como que para mim, a situação era delicada e que a família ia voltar ao centro do entretenimento com o falatório. Mesmo ela sendo aquela mulher centrada, uma verdadeira sábia no nosso meio, eu sabia que ela também gostava daquela atenção toda que a gente recebia, ou pelo menos tinha se acostumado, mas o que importava mesmo era que ela não queria perder tudo aquilo por causa da fama de uma filha que não seguia as regras da Cúpula Foi ela que conseguiu convencer o meu pai, se eu soubesse que isso ia acontecer, nem tinha perdido o meu tempo dando uma de boa moça e procurando no fundo da minha mente os argumentos que ele mais gostaria de escutar Meu problema agora era outro e ele se chamava Matteo, o filha da p**a estava tendo a ousadia de me achar boa o suficiente para ser a senhora Oliveira. Pena pra, aquilo ia acontecer ele querendo ou não porque eu nem ligava tanto com isso, além do mais, eu conhecia ele, sabia que ele iria obedecer seu pai e cumprir tudo o que manda o protocolo, esta família é muito tradicional Meu pai ainda estava com medo de dar a notícia para a Lua, mesmo ela não tendo tocado no assunto por todo esse tempo, estava nítido que ela não queria nada disso, chegava a ser revoltante, eu aqui me matando para conseguir o mínimo de atenção, e ela vivendo sua vidinha medíocre tão tranquilamente Na mesa de jantar vi a minha melhor oportunidade porque todos estavam presentes, até meu irmão e Aline, que quase nunca estão aqui para dar o ar da graça. Gabi - Tenho um ótima notícia para vocês, o meu casamento com o Matt já está com data marcada, vai ser daqui 2 meses Meu pai me olha como se eu tivesse cometido o crime da vida, meu irmão quase engasga e a Aline finge que nada está acontecendo. Só recebo um sorriso amistoso da minha mãe, com quem tive a maior cumplicidade e ajuda todo esse tempo e um “parabéns” super tímido e frustrado da Lua Eu mesma estava radiante, pouco me lixando se a notícia tinha que ser dado no cuidado ou não, era a minha vida e queria que todos entendessem, principalmente aquela sem sal da Lua “Eu não tenho culpa, agora chegou a minha vez bebê” Eu fazia questão de que meu olhar dissesse cada palavra que rondava a minha cabeça naquela hora, olhando para a minha irmã e finalmente conseguindo marcar o meu maldito território No dia seguinte, decidi tomar a iniciativa e ir atrás do Matt, afinal, ele é meu futuro esposo e nem se deu ao trabalho de parar um minuto para me ligar e perguntar o que eu queria fazer Sua casa era enorme, não tinha como não notar a imponência logo na extensão da entrada, por conta do muro que segue uma caminhada longa. Como não avisei que viria, tive que me identificar na guarita, mas logo fui liberada pelo segurança – “Licencinha para a futura patroa bebê! Pronto, agora era expor meu ponto de vista, porque quem manda sou eu não é mesmo, ele tem que fazer o que eu quero, e agora” O carro contorna o canteiro central em formato de esfera e para logo ao pé da escada de mármore disposto na entrada da casa. Um , dois, cinco degrau, nossa... Uma moça uniformizada vem me atender e me diz que o seu patrão estava se trocando para vir me atender. Lógico que eu achei aquilo o máximo, era só eu ter um pouquinho de paciência que logo seria o meu mundo também. Sem demora vejo aquele belo homem desfilando seu corpo perfeitamente acondicionado no terno slim na cor azul marinho, sapato de verniz preto e camisa branca por debaixo do blazer e se eu ainda não tinha me apaixonado por ele, naquele exato momento isso aconteceu. Só não foi melhor por causa da frase que o i*****l que me soltou logo que me viu Matteo - O que você pensa que veio fazer aqui?
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