Cap.5 - A proposta

1091 Words
Já no escritório, estavam Ítalo, Scott e Carlos. - Pois bem o que quer? - Dancei com uma moça muito simpática e bela, me disse que era sua cunhada, acredito que seja filha do senhor Boyd, ela está na mesa conosco essa manhã. - Sim, Daisy é irmã de minha esposa Violet. Ainda não entendi onde quer chegar, Daisy tem pai, ele está na sala neste momento, seu assunto é com ele e não comigo. - Aquele rapaz com quem tanto ela conversa... O brasileiro, ele é o meu assunto com você. - Pai... - Ítalo disse, como quem pede conselhos. - Filho, deixo as decisões disso em suas mãos, você e Irving devem cuidar disso e falando nele vou chamá-lo. Carlos saiu e voltou com Irving. - Bom dia Ítalo, o que quer? - Meu sogro, eu não quero nada, mas parece que meu primo se encantou por Daisy, estou aqui apenas como negociador, meu pai não vai dizer nada desse assunto. Irving olhou para Carlos que sorriu, estava começando a passar o cargo ao filho. - Diga americano, se é sobre Daisy seu assunto é comigo. - Quero conhecer sua filha, mas a proximidade dela com o brasileiro me atrapalha, quero ele longe dela. - Caro Scott, nem propôs nada ao meu sogro e já quer que eu afaste a concorrência? - Ítalo riu, acreditava ser um ciúme velado da parte do americano. - Não me entenda m@l, mas eles parecem ter se dado bem... - Pois bem, Bruno é filho da senhora Juliana, a mulher que eu convidei, ela apenas desconfia do que fazemos, ele nem sonha, estão de partida ainda hoje de volta ao Brasil. - Ok, era o que eu precisava saber, agora meu assunto é contigo senhor Boyd. - Irving! Se vai propor algo a minha flor, me trate pelo primeiro nome neste momento. - Certo Irving, pretende casa-la algum dia? Afinal ela é mais velha que a noiva que casou ontem. - Sim, Daisy é minha filha mais velha, eu não fiz acordos em nome dela para que cuidasse da irmã, por fim a irmã está casada e ela não. Mas hoje reconheço que foi egoísta de minha parte, quando eu partir ela ficará sozinha neste mundo. - Isso nunca Irving, é uma promessa. - Disse Ítalo. - Mas então, o que quer propor a meu sogro? - Gostei da moça, não digo que será um acordo de casamento, mas quero conhecê-la mais, sei que Ítalo e a noiva tiveram contato durante anos até se casar, gostei da ideia de poder conversar a distância, assim ela se sentiria mais confortável comigo quando chegasse o momento de uma união. - Entendo, mas não pode enrolar minha filha, vocês tem a mesma idade, e ela não é tão geniosa quanto Violet, casei a mais nova antes que me causasse problemas, mas Daisy é doce, meiga e uma dona de casa excelente, desde que tinha 14 anos não tenho empregadas, ela cuida de tudo por gostar dos afazeres domésticos e coisas simples, não é uma mulher dada a luxos, gosta de carinho e conversas animadas. - Entendi, acredito que seja perfeita pra mim, e para minha posição. - Disse Scott. - Vamos ao que interessa, qual a sua proposta? Quero algo claro com um prazo, não vou deixar que fique iludindo minha cunhada. - Disse Ítalo, não era apenas um cunhado zeloso, era o negociador da máfia falando ali. - Pois bem, quero 6 meses, nos falamos e se possível agendo algumas visitas, quero saber se temos algo em comum, se iremos nos dar bem, se após esse prazo correr tudo bem marcamos uma data não muito longe dali. - Irving, o que acha? - Que minha Daisy merece ser feliz, ficarei de olho em você, investigarei cada dia de sua vida para saber se é um bom homem, se tudo correr bem estou de acordo, mas tem que ser algo religioso, a mãe dela queria isso para as filhas, Violet o fez, Daisy fará também, além de que terei que saber exatamente quem é você, casar-se com Daisy é assumir tudo que é meu e por fim quero algo, meu benefício nesse acordo. - Até então me parece tudo simples... - Tenho um problema de anos com um sobrinho que atormenta minha família, Violet e Ítalo deixaram de viajar por conta da possibilidade de um ataque, quero a proteção da máfia americana para minha família, se possível que dê fim a meu sobrinho, nem meu irmão está do lado dele, até onde sei, ele está por conta própria, não será difícil. - Ok, me passe os dados dele e farei minha parte, fale com ela e quero o brasileiro longe dela desde já. Os homens saíram do escritório, na sala estavam Alexsander e Simon. A convivência deles era constante. Scott achou curioso Ítalo se casar virgem, era normal exigir isso de uma moça, mas ele mesmo se preservar para a esposa era diferente, poucos homens aceitariam isso. Estava saindo do escritório quando seu pai ligou. - Fala pai. - Então Scott, conseguiu? Já falou com o Hill sobre o acordo? - Digamos que sairei daqui sim com um acordo. - Ótimo, pensei que a idade da menina seria um problema, por isso não falei, já está voltando? - Não, estou na casa do Hill ainda, o noivo Ítalo é um rapaz agradável, estamos fazendo uma amizade. - Faz bem! A família do seu primo tem prestígio, será ótimo tê-lo do nosso lado. - Pai, o convite era para o Dave? Sabia disso? - Claro, o escocês que convidou, disse que queria apresentar sua filha mais velha, Dave disse que não iria de forma alguma, se a moça está solteira até hoje deve ser horrível e sabemos que o cargo da Escócia ficará para o jovem Hill. - Ok, vou desligar agora, ainda hoje estou voltando. A conversa com Alexsander e Simon foi animada, ver Irving se irritar então, a cereja do bolo, todos desceram e Bruno estava no sofá com Daisy, riam a todo tempo, Scott olhou para Ítalo, queria que ele percebesse o porquê de afastar o brasileiro. Carlos era astuto, não tinha seu posto atoa. - Bruno venha cá! Acha que temos homens o suficiente para tirar aquela diferença? - Senhor Carlos, quer fazer um amistoso Brasil e Inglaterra? - Exatamente, quero ver se é tão bom quanto diz... - Gostei da ideia, vamos dividir os times e ir lá pra fora Senhor Carlos... - É Bruno, espero que saiba onde está se metendo.
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