Cap.3- Casamento

1443 Words
Eles chegaram cedo na quinta-feira, ali conheceram a senhora Juliana que Violet tanto tinha ciúmes e seu filho Bruno, o brasileiro era negr0, alto com cabelos escuros, não parecia muito forte e Ítalo já havia informado ao sogro que ele nem sonha com a existência da organização. Depois das devidas apresentações, Daisy se juntou a Carlos e Bruno em uma conversa animada. - Senhor Carlos o futebol brasileiro sempre será melhor! Temos isso no sangue... - É uma pena não ter homens o suficiente aqui pra te mostrar que também sabemos jogar, eu então! Tenho sangue brasileiro também, levo a melhor dos dois lados. - Ah Carlos, no esporte não vejo ninguém melhor que eu aqui, mas tenho que admitir, a beleza Inglesa é realmente esplêndida. - Bruno disse olhando para Daisy, ela estava distraída no celular. - Daisy? Falando com alguém importante? - Oh, senhor Carlos, eu estava falando com a florista que fará o buquê da Violet, ela queria substituir as violetas, minha irmã ficaria louca! - Esse é Bruno, ele é filho da senhora Juliana, ele vivia no orfanato, ela o adotou anos atrás. - Carlos disse. - Prazer, me chamo Daisy, sou a cunhada do Ítalo. - O prazer é todo meu Daisy... Soube que são da Escócia, espero um dia conhecer lá, tem Pubs famosos... - Ah, sim... É lindo lá e você de onde é no Brasil? - Moro em São Paulo, mas já viajei o país todo, é um lugar ótimo! Bruno é farmacêutico, se formou com maestria na profissão, teve ajuda de Carlos e Ítalo para montar sua primeira farmácia, sendo ele hábil nos negócios, expandiu e hoje tem uma pequena rede de farmácias, ele dá palestras e cursos para jovens empreendedores, se tornou um homem honesto e próspero. Irving ficou um tempo observando eles conversarem, Bruno a fazia sorrir contando histórias e falando das belezas do país. Depois de jantar resolveram ir para a casa de Alexsander, já haviam muitos hóspedes ali. - Gostou do brasileiro filha? - Oh, é mesmo Daisy, eu vi você falando com o tal Bruno, ele até que é bonito... - Disse Violet. - Ai gente, ele é gentil, mas não faz parte do nosso mundo, as coisas lá são diferentes, teria que haver um interesse, um namoro e talvez um casamento. - Ué... comigo foi assim, eu namorei Ítalo e depois das burradas que eu fiz ele poderia ter me deixado, mas vamos nos casar. - Violet é diferente, vocês se conhecem a vida toda, eu só conversei com Bruno e ele vai embora após o casamento. Daisy gostou da companhia de Bruno, ele era alegre como ela e gentil, cuidava da senhora que hoje chama de mãe. No dia do casamento, Daisy ajudou Violet e as outras mulheres a se prepararem, fez a maquiagem da irmã, de Marcela e de Megan, riu muito no quarto com Kate, a esposa de Alexsander e irmã de Lucius era tão descarada nos comentários quanto o marido, um par perfeito. O casamento foi bonito e emocionante, Daisy entrou com Lucius, Irving notou o interesse nos olhos da filha, ela estava deslumbrante, mas Lucius não era sua primeira escolha, sabia que ele teve interesse pela hoje chamada de senhora Hill, não queria que a filha vivesse com a sombra de um antigo amor do soldado. Depois da cerimônia Daisy sentou-se com Kate e o marido, Marcela se juntou a eles, tinham um plano para junta-la com Lucius, este passou a maior parte do tempo com o bebê Hill no colo, Kate deu um jeito de pegar a criança e Marcela conversou com ele, enquanto Daisy dançava com Carlos. - O que estão tramando? - Carlos perguntou. - Ideia de sua esposa... Eu ainda nem entendi direito. Enquanto isso, Scott acompanhava os movimentos da família, notou a dança entre a moça ruiva e Carlos e depois a moça foi passada para os braços de outro homem, Irving notou a presença de Scott e foi falar com ele. -Está a um bom tempo apenas olhando os convidados rapaz... - Boa noite senhor, não conheço ninguém aqui, sei que é o pai da noiva, mas não sei seu nome. - Me chamo Irving Boyd, e o senhor quem é? - Sou Scott Jhonson, vim a pedido de meu pai, representando a família. - Jhonson? filho do americano Drake Jhonson? - Sim, sou eu. - Pensei que fosse mais velho... Convidei especificamente o filho mais velho dos Jhonsons. Scott não entendeu a troca, mas preferiu não falar, achou que seria inconveniente e o pai ainda o repreenderia, provavelmente imaginou que aquela era apenas uma festa chata que o irmão não queria comparecer. - Scott, quantos anos tem? - Tenho 30 senhor Boyd, mas por que a pergunta? - Sou pai, tenho outra flor em casa, convidei seu irmão mais velho por causa dela... - Nem precisa me dizer, a madrinha que está na pista de dança? Ela também é sua filha? - Isso mesmo, minha flor Daisy, tem exatamente a sua idade. - Se me permite dizer, é muito bonita a moça. - Agradeço o elogio, venha comigo, vou lhe apresentar a Carlos e Ítalo, são os homens da família Hill. Irving chamou o chefe inglês George Smith para participar das apresentações. Enquanto Carlos conhecia Scott, Daisy encerrava a dança com Lucius e foi se sentar ao lado da irmã. - Dançou com Lucius!... - Violet disse com um sorriso travesso. - Para Violet, só dançamos, ele é legal, não tem uma personalidade tão diferente da irmã, mas não é descarado como ela ou Alexsander. Bruno ouvia a conversa, queria ter sua chance de conhecer melhor Daisy. - Me permite uma dança? - Claro... Eles foram para a pista de dança e Scott acompanhou Daisy com os olhos, a achou realmente bonita e parecia estar sendo disputada na pista de dança. - Scott, Scott! - Ahn, o que? - Carlos lhe fez uma pergunta...- Disse Irving. - Desculpe, não ouvi. - Eu perguntei sobre sua família, não tenho contato com vocês desde que sua tia foi mandada para o Brasil, eu fui atrás dela lá, se vocês não fossem tão radicais na punição ela teria se tornado minha esposa. - Entendo senhor Carlos, mas na época o chefe americano não deu muita brecha, e de verdade eu nunca soube a história toda, só que ela viveu seus últimos anos no Brasil. - E você rapaz? Tem família? - Não senhor Hill, sou solteiro, moro com meu irmão mais velho e tenho uma irmã também mais velha que eu, ela sim já é casada e logo nasce meu sobrinho. - Vou chamar Ítalo, ele vai gostar de te conhecer. Daisy dançava com Bruno, ele fazia comentários sobre a formalidade das pessoas, ela ria a todo momento. - Bruno, você é uma figura... - Daisy, já pensou em visitar o Brasil? - Se meu pai permitir, eu vou... - Daisy, é uma mulher adulta, precisa da permissão de seu pai? - Bruno, sabe que a família do Ítalo e a minha são diferentes do que conhece, eu não tenho controle da minha vida, enquanto mulher solteira dependo de meu pai para tudo, se ele disser não, é não! - É uma moça obediente... Gostei disso. Daisy sorriu, pensou que seu jeito recatada afastaria alguém tão espontâneo como Bruno, mas parece que o efeito foi contrário. Com o fim da música eles foram sentar, Ítalo falava com Scott e Violet estava ao lado dele, viram o abraço que Scott deu no noivo. - Pronto, meu menino vai bater no rapaz. - Disse Juliana. - Calma senhora Juliana, se soubesse o poder que Violet tem sobre ele... Ela consegue faze-lo manter o controle. Depois Ítalo voltou a mesa com Violet, Scott ainda ficou um tempo conversando com Irving. - Senhor Boyd, o rapaz com quem sua filha tanto conversa, quem é? - Aquele é um amigo de Ítalo, a senhora mãe do rapaz, cuidou dos dois no orfanato em que viveu, ele nem mesmo sabe da organização. - Interessante... - Se quiser falar com minha filha, tem a minha autorização... Scott tomou coragem, deixou a taça com champanhe na mão de Irving e foi até a mesa de Daisy. - Primo, a bela ruiva é sua cunhada, certo? - Sim... - Ela é casada ou tem algum compromisso com algum desses homens com quem dançou? - Ela é solteira... - Será que posso ter uma dança com ela? - Se ela aceitar... Scott se dirigiu a Daisy e estendeu a mão em um convite discreto. - Senhorita, me permite uma dança? Daisy apenas sorriu e aceitou a mão de Scott.
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