Prólogo
Eu estava apavorada, sabia que o pai de Daría era Mohamed com toda a certeza, o amor e maldição da minha vida.
Ele insiste em um exame por Daría parecer com as pessoas de minha família, e isso é o ápice de humilhação que ele me fez passar, mas fazer o quê? Minha filha assustada parou em um laboratório sem saber nada do que estava acontecendo olhando com seus olhinhos enormes a agulha.
O exame deu positivo para a frustração clara de meu marido, ele não me quer e não a quer mais. Eu amava o amor e tudo o que o rodeava, mas não era mais assim, eu tinha perco minha magia, só era mais uma de suas 29 empregadas tanto sexualmente quanto doméstica.
Agora Daría e minha outra filha Abdala são tudo o que eu tenho.
Abdala sempre foi muito cortejada por suas formas rechonchudas, já Daría por ser relativamente magra como as mulheres de minha família e como eu, está sempre sozinha por isso costuma estudar com um amigo homossexual.
Ela é minha filha mais velha já tem 17 anos e não tem um marido, o que pra meu marido é uma ofensa ao seu nome, já pra mim é comum já que sou Brasileira e os costumes de lá são diferentes.
Minha outra filha Abdala já é casada e só tem 13 anos, Mohamed tem problemas por ter apenas filhas, e só comigo, nenhuma de suas 29 esposas lhe deram filhos apenas eu.
Ele alega que coloquei um feitiço nele e ás vezes nos seus piores dias me maltrata por isso.
Eu me arrependo de ter me casado com Mohamed mesmo vivendo no luxo de ser esposa de um xatria de sangue brahmane, mas não me arrependo de ter tido minhas filhas, elas são meu tudo.
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Essas lembranças invadiam a minha cabeça enquanto eu chorava.
- Cadê a Daría? - pergunta meu marido irritado com seus capangas revirando todo o meu quarto ...
Eu queria me fazer de forte e não chorar mais, mas estava difícil.
- Eu não sei, ela devia estar estudando. - digo com meu tom submisso de sempre.
Mas onde ela estaria? Se foi uma das esposas de meu marido eu vou descobrir e vou acabar com ela!
Elas sempre implicaram com minhas filhas, aquelas invejosas.