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Para sempre nós dois

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Uma moça simples do interior conhece um homem preso aos seus problemas do passado e as dificuldades que sua condição física lhe impuseram. Entre os dois nasce, da mais improvável maneira, um amor forte e capaz de superar até mesmo a barreira da morte.

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Capítulo 1
Fazia sol no convés do navio, num dia que estava calmo e tranquilo. A pouca luz que ainda restava do pôr do sol se anunciando, me aqueciam e me deixavam vagar a mente. Eu me chamo Letícia. E essa é a minha história! A história de como eu conheci o amor de uma maneira surpreendente e esse acabou sendo o grande amor da minha vida. Eu nasci em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. Desde cedo fui bem educada pelos meus pais. Mas nós nunca tivemos uma vida boa. Meus pais, Antônio e Maria Luiza, trabalhavam de sol a sol para sustentar a mim e aos meus dois irmãozinhos mais novos, Lucas e Mateus. Duas crianças gêmeas de apenas seis anos. Eu, como já estava chegando aos 18 anos, já havia começado a trabalhar. É que não podia pagar uma faculdade e como não tinha namorado ou pretensão em me casar, fui trabalhar para ajudar meus pais. Meu primeiro emprego foi numa lojinha dessas que vende linhas e outras coisas para costura, bordados e muitas outras coisas. Mas não durou muito. Eu sou muito falastrona e meus patrões não gostaram. Alguns dias depois, encontrei emprego em uma loja de materiais de construção. Mas também não durou. Fiquei lá menos de 2 anos. Eu precisava dar um jeito em minha vida, então resolvi me inscrever num anúncio que eu li na internet. A descrição do emprego era fantástica. Se tratava de um emprego num enorme navio. Um cruzeiro que fazia viagens levando pessoas para vários lugares. Na descrição dizia que teríamos um dia de folga durante as viagens para conhecer as cidades para onde iríamos. Isso seria fora das férias. O único obstáculo seria dominar bem o inglês. Não que eu não conheça a língua, mas é que nunca pratiquei o suficiente e estava com medo de não conseguir. Mas fiz a inscrição mesmo assim. Eu precisava muito do salário oferecido e eu trabalharia num emprego até tranquilo. Seria empregada pessoal, tipo dama de companhia, de um homem. Achei tudo estranho, mas ainda assim, me inscrevi. Fui chamada para a entrevista. Juntei minhas economias e fui até o litoral do Rio de Janeiro conhecer o tal homem e ver se eu conseguiria o emprego. É claro que eu não tinha nada para a passagem de avião, então fui de ônibus e, ainda assim, a grana estaria apertada apenas para a passagem de ida e volta. m*l sobraria uns trocados que davam apenas para uma refeição e mais nada. Mesmo assim, me vesti de coragem e fui em frente. Cheguei na rodoviária na hora que imaginei e peguei um ônibus para o porto onde o navio estava atracado. Apesar de ter atrasado alguns minutos no caótico trânsito da cidade grande, ainda consegui chegar bem a tempo para a entrevista. Eu estava toda eufórica, isso já era mais que o suficiente para que eu falasse ainda mais. Sem contar o nervosismo para conseguir esse emprego. Um homem que aparentava ter sessenta e poucos anos me recebeu com toda a educação. Ele me guiou para dentro do navio e me levou diretamente a uma cabine enorme. Aquilo mais parecia uma casa inteira dentro de um navio. O piso em madeira aquecida e as enormes paredes em vidro do que parecia ser apenas a sala, deixavam a luz do sol entrar. Sofás muito brancos e um enorme aparelho de TV estavam no canto esquerdo. No direito, uma espécie de barzinho, com várias opções de bebidas e seus próprios copos. O senhor me guiou mais para dentro, do lado direito havia também uma porta. Ele deu duas batidas e ouviu a permissão de alguém para entrarmos. O local era uma espécie de escritório. Com vários livros, uma mesa com computador e muitos papéis espalhados por cima. Um homem aguardava em frente a porta, atrás da mesa. Ele escrevia rapidamente no computador enquanto, também, fazia anotações em um dos papéis. Eu não pude deixar de notar que o tal homem era novo, não passava de vinte e cinco anos. Mas estava preso a uma cadeira de rodas. Seu rosto possuía um semblante sério, mas que não escondiam a sua beleza. Ele mais parecia uma pintura daquelas famosas. Estava tão distraída que não percebi a pergunta até que o tal homem pigarreou me chamando a atenção e refez sua pergunta. _ Você é? _ Ah sim, eu sou Letícia Maria da Silva. Prazer. - Estendi minha mão sorridente, mas o homem apenas olhou para ela e para mim com uma cara de poucos amigos. _ Você trabalhou exatamente em quê? _ Eu trabalhei em uma loja de armarinhos e uma loja de materiais de construção. Sei que não é muita experiência, mais sou a filha mais velha da família e ajudo meus pais com meus outros dois irmãozinhos gêmeos. _ Ok, calma! - Ele disse esfregando as têmporas como se para acalmar a dor de cabeça. - Já sei que fala muito, pelo visto, e eu não gosto disso. Então pode sair. Obrigado. _ Senhor, por favor! Eu preciso do emprego. _ As outras candidatas que vieram aqui também precisavam. O que você tem a me oferecer que elas não têm e me faça mudar de ideia? _ Nada. Sinceramente eu não tenho nada de especial. Mas eu realmente preciso desse emprego. Como eu disse, eu ajudo a cuidar dos meus irmãos mais novos. Eu não fiz faculdade e nem sou boa com pessoas, mas eu aprendo rápido. Se o senhor me der essa chance, sou capaz de mudar qualquer coisa para ajudar o senhor em tudo que precisar. O homem a olhou com cara de que duvidava de que aquilo seria realmente possível. Mas, ainda assim, resolveu mudar de ideia. _ Ok menina, você terá uma única chance. Se pisar na bola está fora, entendeu? Letícia apenas acenou que sim, pois sabia que ele não gostava de quem falava muito. _ Ótimo! - O homem disse. - Pelo visto já começou a aprender. Agora saía, Samuel te espera do lado de fora, ele irá te levar até seu quarto e vai te explicar exatamente aquilo que tem que fazer. Letícia abaixou sua cabeça e saiu rapidamente. O homem parado do lado de fora era o mesmo que a levou para dentro. Ele a guiou até seu quarto dentro daquela enorme cabine e lhe mostrou onde por suas roupas e o banheiro dentro do quarto pequeno. Depois, ele começou a descrever extremamente o que aconteceria. _ Escute bem menina. O patrão não gosta de gente que fala demais, então acene sempre com a cabeça e fale apenas se não entender algo ok? Você poderá usar suas próprias roupas apenas quando estiver nos seus dias de folga. Durante o trabalho aqui está seu uniforme. - Ele abriu o que parecia ser um pequeno guarda roupa e mostrou dois vestidos pretos longos sem mangas e com gola reta. Embaixo dos vestidos, dois sapatos de salto não muito altos. _ Eu devo usar isso? - Indaguei estranhando a roupa. _ Sim. Seu trabalho aqui será o de acompanhar o patrão em suas reuniões de negócios e jantares. Ele é o dono desse navio e de alguns outros. Quase sempre, fica uma temporada em cada navio. Você também irá. É só saber usar os talheres adequadamente, auxiliar o patrão naquilo que ele lhe pedir e obedecer sem questionar as suas ordens. Letícia acenou que sim com a cabeça e o homem saiu do lugar a deixando sozinha com suas coisas.

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