Alexander "Il Duce" Riina.
Fazia imenso tempo que eu não via a nonna, a minha família para dizer a verdade, mas com eles eu mantinha mais contacto do que com ela.
E, ao mesmo tempo que adorei o facto dela cá estar, eu relembrei-me do porquê eu gostava quando ela estava distante.
Ela é literalmente a matriarca da nossa família, e muitas das vezes senão todas as suas ordens transpassam a do Salvatore, e consequentemente afeta-nos, desde as suas noras, aos seus netos.
Eu detesto completamente a ideia de regressar àquela mansão, principalmente, com ela lá.
Ela não é boba e se aquela pequena assassina cometer uma gaffe, ela descobrirá.
O problema não é a assassina ser descoberta, e sim, descoberta antes que ela saia daqui sem a mãe e o bastardo do seu irmão, todos eles para fazer companhia ao Bourne.
- Está pensativo desse jeito devido ao casamento, Alex? - eu escuto o Salvatore, sentado do lado do passageiro, questionar, enquanto eu acelero até o cativeiro onde o suposto atirador está.
Não, apenas a imaginar na quebra de regra da máfia, ao dar ao Don um atacante falso.
Ele não abrirá a boca, morrerá de livre e espontânea vontade, um favor em troca ao facto de eu ter permitido que os seus pulmões minúsculos de tanto fumo continuassem a receber oxigênio.
Uma troca justa na minha opinião, ele é um grande devedor, nem com os últimos anos que tivesse conseguiria pagar o valor que deve.
- Se a escolheu em tão pouco tempo, é porque ao menos irá se divertir. - ele comenta risonho e eu levo o meu olhar para ele.
Esse maldito casamento é daqui a três horas, e eu estou aqui, podendo estar a fazer milhares de outras coisas.
- Eu não tenho certeza disso. - eu respondo-o, tirando o meu olhar dele.
- Pode sempre ter mais uma. - ele decide comentar e o meu sangue ferve, fazendo-me virar o meu olhar até a sua face pálida, e com a sutura na testa, cujo, pontos caíram.
- Eu não sou como o senhor. - eu falo e ele sorri.
- Você é mais parecido comigo do que imagina, Duce. - ele fala e eu volto o meu olhar para a estrada e afundo completamente o meu pé no acelerador. - Mais do que qualquer um dos seus irmãos. - ele diz e eu sorrio de frustração.
- Você me entenderá assim que enfiar aquela aliança no seu dedo mais tarde. - ele diz e eu reviro sinto o meu corpo incendiar, e memórias que eu detestaria relembrar-me agora perturbarem a minha cabeça.
Algo perigoso de acontecer quando eu tenho o Don sobre os meus cuidados por agora.
- Deseja ter um neto bastardo? - eu questiono-o e agora, sim, a sua feição muda.
- O sangue Riina não deve ser corrompido, Alexander. - ele diz e eu sorrio com o quão rápida foi a sua resposta. - Nenhum bastardo herdará La Cosa Nostra. - ele fala e eu sorrio.
- Eu achei que era suposto eu entender você. - eu falo irônico. - Caso não se recorde, o senhor teve um bastardo e é por causa dele que está desse jeito, Salvatore. - eu o relembro, e o mesmo grunhe frustrado.
- São casos completamente diferentes. - ele diz.
- Ai é? - eu questiono-o sem vontade nenhuma de sustentar essa conversa por muito mais tempo.
- Você é o meu primogênito, herdeiro de La Cosa Nostra e de Bratva, sangue do meu sangue, e nenhum filho ilegítimo tomará e ocupará esse lugar. - ele fala e eu concentro-me na estrada.
- Eu me casei com a sua mãe, da mesma forma que era suposto você casar-se com quem foi prometida a você. - ele conta e eu questiono-me como faço para parar de escutá-lo.
- A Kassandra foi-me prometida, e é minha esposa, minha mulher, por religião, por lei, por sangue. - ele fala da minha mãe, que bem, é a herdeira da máfia russa, da Bratva.
- E decidiu trazer uma traidora para o meio de nós. - eu falo.
- Eu exijo respeito ao falar da Clarisse. - ele impõe, enfurecido e eu aperto o volante buscando manter o meu controle.
E a sua respiração se torna pesada.
É bom que ele não pare de respirar justamente no meu carro e sem oxigênio aqui.
- Eu... - ele fala recompondo a sua respiração. - Eu nunca tive contacto algum com a sua mãe, até o dia do casamento, e eu tinha um relacionamento com a Clarisse. - ele diz e eu não consigo evitar nada além de fazer uma careta de tão enojado que estou.
- Eu não quero saber. - eu afirmo e silêncio instalasse no carro.
- Isso não se difere do que sempre fez, com as milhares de mulheres dispostas a você, você me entende. - ele quer comparar. - Você as deixará por uma mulher que você obviamente não tinha pretenção de se casar, e achou em dias? - ele questiona e eu entro no lugar onde está o desgraçado.
- Não existe comparação. - eu deixo claro, parando o carro, frustrado o bastante.
- É o mesmo, pois ela será a próxima matriarca da nossa família, carregará o meu neto, o próximo herdeiro da nossa família. - ele diz. - Eu o dei o poder de escolha que eu não tive e que irá causar uma guerra. - ele diz sereno e eu observo o seu rosto.
- Escolha? - eu questiono-o indignado. - O senhor vai morrer. - eu digo.- Eu fui forçado a isso, você. - eu faço questão de enfatizar, para deixar claro. - Você não me deu outra escolha, e tudo devido à p***a de um bastardo incompetente. - eu falo, e ele fecha o rosto, fúria domina o seu olhar, tanto como o meu.
- Alexander... - ele eleva a voz em tom de repreensão, como se eu fosse uma criança ainda, e como se estivesse em condições.
- Eu tenho um casamento por atender daqui a três horas, se podermos acabar com isso. - eu falo pegando na minha arma e abrindo a porta e respirando fundo ele pega na sua bengala e o Leonardo que vinha atrás seguido pelo bastardo que terá o prazer de ver a sua irmãzinha hoje, abre a sua porta, enquanto eu saio.
Veremos se a Bourne é uma excelente atriz, e se ele compactuou com ela para matarem o Salvatore, ou se teremos um breve espetáculo antes de eu livrar-me dele e daquela mulher.
Os homens estão devidamente posicionados, e nós caminhamos até a entrada, mais devagar que o habitual para acompanhar os passos do Salvatore.
Impressionante como aquela garota é azarada.
- É desse jeito que se trata da segurança, Stefano. - eu ouço o Leonardo falar atrás de mim, e eu sorrio.
- Não comecem agora. - o Salvatore diz, enquanto entramos no cômodo em que, eu dei a minha pequena participação há algumas horas.
Eu deixo o Salvatore caminhar na frente, enquanto observo aquele viciado, com as mãos e as pernas suspensas, seu rosto e corpo ensanguentando, olhos extremamente inchados e roxos.
Humn, eu fui até piedoso.
- Esse homem fez tudo aquilo? - o Leonardo questiona o observando de cima a baixo, incrédulo e eu sorrio.
Não, foi uma moça, que parece uma armadilha de tanto que a sua fisionomia não condiz com as suas atitudes supostamente vingativas.
A irmã do seu meio irmão.
- Onde o achou? - o Stefano questiona e escutar a voz dele é irritante e o fato dele achar que pode me questionar deixa-me ainda mais irritado.
- O que te faz pensar que você pode me questionar? - eu o questiono levando o meu olhar até ele e ele olha para frente revirando os olhos.
- Você está a agir como uma criança, caso tenha se esquecido fui eu quem encontrei os restos mortais do seu amigo. - ele relembra-me e eu o observo atentamente.
- O que quer? Um agradecimento, umas palmadas nas costas, Stefano? - eu questiono-o realmente curioso.
Porém, nem tanto, e ele levanta o seu olhar indignado até mim.
- Agora não. - o Leonardo fala e eu suspiro fundo.
- ARGH. - o homem amarrado geme de dor, quando jogam água nele.
- Você... - eu reconheço especificamente esse tom de voz do meu pai, que o encara com chama nos olhos.
- Senhor... - o homem balbucia engasgado no seu próprio sangue e humm, escutar a voz dele irritou o Don.
Os golpes diferidos nele relembraram-me de quem eu sou filho.
A raiva dele é perceptível, ele está com uma bomba relógio emperrada na sua cabeça, ele não está agredindo nenhum inocente, apenas não o criminoso correto.
Obviamente a cabeça dele não permaneceu por cima do seu pescoço por mais tempo.
O caminho de volta a mansão foi mais tranquilo, visto que o Salvatore estava mais aliviado, porém, frustrante o suficiente porque eu terei realmente que me casar.
Eu atendo a chamada do Jake assim que saio do box.
- Eu espero que não tenham cometido mais uma gaffe. - eu falo caminhando até a porta quando ouço alguém bater nela.
- Não. - ele responde. - Quero dizer, ela já está no carro, estamos a caminho. - ele retifica-se enquanto eu abro a porta, encontrando a Chiben, esposa do Stefano.
Ela devia comportar-se melhor.
Eu observo o seu rosto ruborizar drasticamente descendo descaradamente por mim, sem vergonha alguma.
- E? - eu questiono ao Jake ainda com os meus olhos dela.
- Ela se rebelou quando chegamos ao estacionamento, ela deixou um dos nossos homens no chão. - eu suspiro fundo. - Você devia ver o quão alto ela levanta o pé dela, ele fez a cabeça de um dos homens girar. - o Jake comenta incrédulo e eu não sei se devo sorrir ou ficar ainda mais frustrado com eles.
- Apenas não toquem nela. - eu preciso dela viva, por enquanto. - Quero que também mantenham a vigilância, eu devo chegar daqui a pouco. - eu falo.
- Tudo bem, até logo. - ele diz e eu desligo, e observo a Chiben.
- O que veio fazer aqui? - eu a questiono só para a satisfação do meu ego, não tem outra razão para que ela tenha subido ao meu antigo quarto.
- Desde que regressou m*l conversou comigo. - ela fala retirando os seus pequenos olhos da barra da minha toalha e levanta-os até ao meu olhar. - Eu pensei que eu talvez pudesse desestressar você e relembrar os velhos tempos, antes que coloque alguém que foi forçado a se casar aqui. - ela fala e eu sorrio vendo o meu belo meio irmão subir as escadas e o seu rosto embranquecer imediatamente.
- Chiben? - ele questiona a encarando confuso.
- Meu amor... - ela balbucia levando o seu olhar até ele, que se aproxima e eu sorrio com o pânico nos seus olhos.
- O que faz aqui? - ele questiona-a com medo da resposta, eu podia respondê-lo, mas vê-los desses jeito diverte-me mais.
- Eu estou curiosa, vim pedir para ver a foto da nossa cunhada, mas eu vim num mau momento, já ia descer. - ela mente e eu observo a reação do Stefano que não é bobo, afinal ele já teve algo que é meu nas suas mãos propositadamente antes.
- A verá em algumas horas, não devia subir até aqui e incomodar o Alexander, ele detesta que invadam o espaço dele. - ele afirma e eu assinto. - Ele só está aqui pela nonna e pelo papai, não o obrigue a mudar-se novamente. - ele fala.
- Correto. - eu afirmo e a mesma ruboriza.
- Eu... estou apenas curiosa. - ela fala e eu sorrio.
Isso é divertido.
- Eu vou descer. - ela diz e nós assentimos.
- Devia acompanhar a sua esposa. - eu falo para o Stefano que abre a boca, mas não fala uma só palavra.
- Não é correto que deixe a sua noiva esperando no altar, normalmente deve ser o contrário. - ele fala e eu suspiro.
- Acha que eu preciso de conselhos seus? - eu questiono-lhe e ele sorri.
- Devia aproveitá-los, afinal o casado aqui sou eu. - ele fala. - Muito bem casado, inclusive. - infelizmente não consegui guardar o riso.
- Claro. - eu respondo-o.
Paspalhão.
Sem paciência alguma eu fecho a porta e faço o que tenho de fazer.
Volto ao closet, e preparo-me observando as imagens das possíveis cenas de crime cometidas pela filha do Bourne me enviadas.
"L."
O peito do homem que ela matou, do meu amigo, estava marcado com essa estúpida letra.
- Ela age como uma serial killer, completamente sozinha. - eu falo, enquanto e ouço batidas na porta.
- Entre. - eu respondo, trancando o celular e indo até a porta.
É o mordomo.
- Meu senhor, o seu pai o aguarda no seu quarto. - ele fala, me observando com um pequeno sorriso me observando.
- Vamos. - eu lhe digo sorrindo.
É incrível como ele não mudou absolutamente nada.
- O que achou do meu terno? - eu questiono-o enquanto descemos para o quarto dos meus pais.
- Está excelente, senhor. - ele diz e bem, eu contento-me com isso.
Bato na porta e após a voz do meu pai soar eu entro.
- Onde está a minha mãe? - eu o questiono ao entrar vendo-o pronto, cá sozinho.
- Ela está a aguardar lá embaixo. - ele diz, me observando, e abre um sorriso.
- Venha aqui, meu filho. - ele diz abrindo os seus braços, o que me deixou perplexo.
O que é suposto eu fazer?
- Venha. - ele diz e eu não necessariamente sei descrever a sensação sentida por mim, mas, a rara demonstração de afeto soube bem.
- Isso é seu. - ele diz entregando-me uma pequena caixa, com o anel de família.
- Não é como se fosse morrer amanhã. - eu falo para ele que sorri, enquanto eu coloco o anel.
- Graças a àquele desgraçado eu não tenho certeza. - ele afirma. - E os meus únicos desejos são que antes que eu morra, eu veja a criança que irá herdar esse anel, tendo a certeza de que o meu primogênito tem a minha benção para assumir o nosso legado. - ele fala e eu apenas assinto.
- Andiamo, a sua nonna está ansiosa para ver a sua noiva, e eu também. - ele fala ajustando o meu terno.
- Vamos. - eu respondo-o e saímos.
Em alguns minutos chegamos a mansão onde irá decorrer o casamento.
Todas eles rapidamente distraíram-se para receber os convidados assim que chegaram e o Jake veio até mim alarmado.
- Que merda aconteceu? - eu questiono-o, faltam apenas alguns minutos para a porcaria desse casamento começar e eu já estou chateado o suficiente.
- Ela não está no quarto. - eu fecho os olhos controlando a p***a da raiva que eu já estou a sentir.
Quem ela pensa que pode escapar, e enganar?
- Você quer que eu mate todos vocês? - eu questiono-o, furioso e ele suspira frustrado.
- Ela não matou ninguém. - ele afirma como se essa fosse uma justificativa para terem a perdido de vista. - Ela saltou pela sacada do quarto. - ele afirma e eu reviro os olhos.
- Querido, devemos começar. - a voz da minha soa entrando no hall de entrada da mansão.
- Eu já venho. - eu respondo-a e ela franze o cenho nos observando.
- Aconteceu alguma coisa? - ela questiona.
- Nada aconteceu. - eu respondo-a e ela suspira. - Dê-me apenas alguns minutos. - eu falo e ela assente.
- Tudo bem. - ela fala e retira-se.
- Há quanto tempo isso aconteceu? Como porras isso aconteceu? - eu questiono irritado caminhando para onde eu tenho certeza que ela está.
- Ela usou os lençóis que estavam nos armários e saltou. - ele diz enquanto caminhando até ao lado de trás.
E como previsto, lá estava a Robin Hood, pedaços de salto estão no chão, ela por cima de uma cerejeira, com o vestido destruído, parte do tecido no chão, tentando alcançar o murro.
Eu não sei se riu pela sua coragem, ou pela sua estupidez.
Se eu não a mato agora, é porque eu não faço nada pela metade.
Cazzo.