Capítulo 48

1852 Words
ELLA. A forma como o meu corpo reage a ele, é completamente indecente e inconveniente. Uma grande estupidez. Ele sai da casa de banho, e eu solto o ar que simplesmente se conteve quando ele entrou, inalando o cheiro dele, que chega a ser viciante de irrefutavelmente bom que é. - Desgraçado. - eu balbucio revirando os, e vejo-me na obrigação de retirar a minha roupa, porque ele literalmente lançou-me para cima do terrário como se eu fosse uma boneca, aquela merda explodiu debaixo de mim, me admira que eu não tenha me cortado mais. - Argh... - eu arfo, fula deixando a roupa de lado, e respiro fundo, me acalmando. Eu não tinha nenhuma expetativa quanto a ele, ele é filho daquele monstro, um grande filho da p**a. Ele não seria em traço nenhum, diferente do pai. Mas é engraçado e por vezes até confuso quando se nota o quanto ele é diferente do que a mídia pinta. Um jovem homem, com uma herança bilionária, mulherengo e que gosta de noitadas porém, mas, ainda assim, muito envolvido no mundo dos negócios. É incrível como eles conseguem blindar quem eles realmente são de verdade para o resto da sociedade. Se eu não soubesse da p***a de todas essas ligações mafiosas, com certeza absoluta me deixaria entreter por isso, jamais acharia que ele fazia uma merda dessas. Ele estava com uma fúria em que eu tenho quase certeza que ele pretendia me matar por causa de uma cobra... Uma cobra chamada Laila, despertou nele mais sentimento, e o deixou mais descontrolado do que quando eu o deixei ver uma bala penetrar na cabeça do seu pai. Agora eu tenho quase a certeza que ele preferia mais aquela jiboia chamada Laila, que qualquer m****o da família dele. Eu troco-me, por um vestido que tem aqui e foi isso. Eu adentro o quarto sem fazer menção de tapar a merda da marca que ele deixou no meu pescoço, que cada um tire as suas conclusões, eu não me preocupo com ele. Eu o quero mais do que morto agora. Foi só uma noite, apenas uma noite e esse quarto, está todo bagunçado. Eu observo cacos de vidro por tudo quanto é canto nesse chão, enquanto alcanço o celular e tento ver mais algumas funções antes de eu descer. Uma cobra, aquilo parecia uma jiboia literalmente, de tão grande que era, um pesadelo. Ainda bem que tem vidros por todo canto, assim fazem uma limpeza profunda depois daquele bicho ter se rastejado por aqui. - Uma p***a de uma cobra, como bicho de estimação. - eu falo comigo mesma saindo do quarto, tentando me preparar psicologicamente, para ver esses filhotes de monstro aqui em baixo. Eu não consegui perfurar a garganta dele, após eu ter rejeitado o deus grego das mulheres ele insinuou que eu tenho trauma, afinal, quem rejeitaria o Alexander Riina em sã consciência? Segundo ele. E ainda, m*l dormi, mais uma noite, pois fui despertada com o aperto e o enrolar de uma cobra que com certeza pesa bem mais que eu, e bem capaz de me engolir se quisesse. Do jeito que estava pesada e não o fez, com certeza engoliu uma pessoa antes de a trazerem para cá. O nível de insanidade dessa família consegue me surpreender quando eu acho que não. E a forma como nenhum deles se exasperou com a cobra, só me confirma que ele dormia com aquela merda rastejando no quarto e na cama dele, normalmente. Eu chego na merda da sala, encontrando todos eles ali. O meu olhar cruza com a Clarisse e ela me observa minuciosamente. O que passa na cabeça dela? Ela recordou-se do nome de uma possível filha que ela pariu algum tempo atrás ou está simplesmente chateada porque bem, ninguém escuta alguém que aceita ser amante e depois segunda esposa de um homem, como o Salvatore especialmente? Ninguém sabe, mas torturá-la até mandá-la ao inferno é o meu objetivo. - Bom dia! - eu saúdo o resto atraindo os seus olhares para mim, e a avó do Alexander observa-me minuciosamente, questionando sobre o acontecido. As notícias aqui correm muito rápido, eu nem fiquei mais de cinco minutos lá em cima. O Alexander tem um dom nato para simplesmente gelar as emoções dele, mas o olhar dele transparece literalmente a raiva dele e eu não ligo. Era apenas mais um segundo e eu teria retirado a merda da cabeça dele. Mais um! - Eu fico feliz em saber disso. - a Ginevra comenta após eu ter explicado para a Chiben a marca no meu pescoço. Oh, se a senhora não tem uma mente poluída... Mas como não teria, sendo ela quem é, não é mesmo. - Eu espero que fique grávida, logo, querida. - ela comenta enquanto caminhamos para a sala do jantar, enquanto ela pousa a sua mão nas minhas costas e um arrepio absurdo toma o meu corpo. Que merda ela está a falar? Eu hein. Eu levanto o meu olhar para o Alexander que me observa com um sorriso de quem diz, você não pode absolutamente nada aqui, para mim, fazendo o meu coração descompassar. - Toda família está ansiosa por um bebê na família. - o Leonardo fala do meu lado, assim que chegamos à mesa e eu o observo. - E parece que não, mas o Alexander adoraria ser pai. - ele comenta sugestivo e eu sinto o meu rosto ruborizar, com as assunções deles, enquanto afasto a cadeira para me sentar. Esse não é o meu problema. - Pela cara da Ella, essa claramente não é uma vontade dela. - a Chiben fala sentando-se, e eu gostaria tanto, mas tanto de retirar a língua dessa mulher. E todos olham para mim, sentando-se esperando alguma reação minha, e eu faço cara de paisagem. - Bom dia! - a voz exdrúxula do Salvatore soa, e imediatamente os meus dentes rangem um contra o outro. Vendo-me obrigada a levantar outra vez por causa desse assassino, e de pensar que a essa hora eu já podia tê-lo entregue a cabeça do filho, que tal como eu, não respondeu o bom dia. De mim, eles não notaram, mas ele com certeza notou a indiferença do filho enquanto se sentou. O Stefano também veio com ele e se sentou. E eu sento-me novamente, inquieta por estar aqui mais um dia na merda dessa mesa. Que lugar tedioso! Ele começa a falar alguma coisa e eu simplesmente dissocio, de tanto que as minhas veias afinam o fluxo do meu sangue aumenta quando estou perto deles. A minha mente literalmente bloqueia, minha respiração tranca, o meu organismo literalmente recusa-se a respirar o mesmo ar que o assassino do meu pai, o mesmo formigamento no corpo e a mesma sensação que eu senti escondida dentro daquele closet vendo o sangue do meu jorrar, enquanto ele… Enquanto esse monstro o assassinava bem diante dos meus olhos. Eu não consigo! O meu corpo formiga de raiva, e eu tento manter-me impassível, mas por dentro uma guerra de mim, me faz simplesmente acabar com tudo isso agora. - Ella? - eu ouço ele chamar-me bem lá no fundo da minha cabeça e eu levanto a minha cabeça para ele, enquanto sinto o olhar do Alexander em mim, que eu também faço questão de ignorar. - Não tocou na comida, novamente? - ele fala e eu olho para o prato e eu questiono-me por que razão ficam a controlar a merda da comida no meu prato. - Acho que falar de bebês, a deixou sem apetite, senhor Salvatore. - a Chiben fala atraindo o olhar dele para ela, e o meu pé literalmente não para quieto debaixo da mesa. - Bebê? - o tanto que o olhar azul dele brilhou, não tem descrição. - Não me diga que já irá me dar um neto? - ele questiona exuberante. Ele está feliz, e eu sinto o meu coração bater com força o meu peito, tanto que eu tenho certeza que o Alexander está a escutar. - Não. - eu respondo num fio de voz, sentindo o meu corpo arder. - Estão a deixar a Ella desconfortável, com tantas questões. - o Alexander que por um momento achei que estava a gostar de sentir o meu estresse encapsulado, fala quando eu achei que ele ia deixar eles continuarem e torturando. Ele está se divertindo com isso, só falou porque o convém, ele está brigado com o pai. - Não fique. - ele fala ainda com um sorriso no rosto e com os olhos dele em mim e eu procuro me manter impassível. - Um neto será extremamente bem-vindo. - ele pontua e nem forçar um sorriso direito eu consigo. - Eu estive a pensar. - a Kassandra fala sorrindo, olhando para nós três e a expressão facial da Clarisse altera. - Eu sairei com a Ella, com a senhora Ginevra e com a Natalie, quando regressar. - ela fala, e humn, informação nova. - Para o jantar seria ótimo se saíssem, a Ella conheceria melhor a Natalie, e se ambientaria melhor. - ela sugere. - Isso seria ótimo. - o Leonardo comenta do meu lado, e o que eu estou notando, não tenho certeza se é apenas por conta do casamento, mas ele é bem mais animado que os irmãos pelo que vi, igualmente criminoso, porém, mais animado. - Um aparição pública seria ótima. - a Ginevra comenta. - Eu gostaria de participar, também. - a Chiben diz e eu vejo o olhar da Kassandra e do Alexander clamar por paciência. - Seria ótimo. - a Clarisse comenta. - Eu sairei com a Ella mais tarde. - o Alexander diz e eu procuro manter a minha reação de surpresa intacta. Sair, comigo? Por que razão? Falar do que ele quer que eu faça, eu espero. - Mas podem arranjar tempo para um jantar, logo depois, seria realmente ótimo que os três saíssem juntos. - o Salvatore fala para o Alexander que cerra o maxilar do meu lado. - Como o senhor desejar. - o Stefano afirma, igual um soldado fiel do pai e isso deixa tanto a Clarisse quanto a Chiben sorridentes. - Ótimo. - o Leonardo diz feliz. - Eu verei o faço. - essa foi a resposta icônica do Alexander que ao contrário dos irmãos não aparenta fazer questão de obedecer ao pai. - Alexander. - o Salvatore fala num tom baixo, meio repreensivo para o Alexander que olha para ele, impassível. Nenhum músculo seu mexeu, olhando para o pai. - Eu verei o que eu faço. - a sua palavra foi a última, e silêncio foi instalado na mesa por literalmente um minuto. Oh! Um aprendiz sempre supera o seu mestre, mas nesse caso, isso não devia ter sido demonstrado enquanto o mestre ainda está em vida. Eu preciso me inteirar mais nas motivações do Alexander nisso tudo, com certeza absoluta, eu me beneficiarei de tudo isso melhor se eu descobrir as reais intenções e motivações que fazem o herdeiro da maior máfia de todas, colocar alguém que arrisca a vida do pai, dentro do mesmo recinto que ele.
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