Capítulo 55

2654 Words
James Kent. Eu não consegui. E simplesmente não consigo ficar parado, aqui sem fazer absolutamente p***a nenhuma. Quando estávamos regressando da merda do cativeiro onde fomos resgatar a Heyoon… e acabamos sendo sequestrados. Claramente não por minha causa, pois o plano já estava devidamente traçado da minha parte, para deixar claro. Desde então, eu me recuso a aceitar as mensagens que ela mandou para a Heyoon dizendo para nós não nos intrometermos. É literalmente impossível, e ela sabe disso. E por mais que estejamos todos tentar esperar algum sinal dela, porque ela é esperta… Se tem alguém que eu sei que consegue se safar dos problemas em que está metida é a Ella, e bem, ela deve ter um plano em mente, para ter se deixado vestir com a merda daquele vestido, e ainda ter um anel de casamento no dedo dela. Essa história está me dando dores de cabeça… Porque não importa que merda aqueles idiotas podem tê-la ameaçado, ela não está bem, nem com eles, e nem com toda essa situação, e ela está completamente sozinha naquela toca dos leões. Sem armas, sem acesso sequer a um celular, sem nada que a possa livrar deles, e fazer o que ela bem entender, porque para além daquele desgraçado a estar ameaçando, os homens deles estão prontos para atirar contra a cabeça dela. Coisa que eu estou feliz que o Riina não tenha feito, mesmo não entendendo como e nem o porquê? - Isso está tudo muito estranho… - eu balbucio comigo mesmo vagando pelo quarto dela no seu loft. Eu sei que estou sendo vigiado, por aqui, com certeza já têm acesso a todo o sistema da Ella, mas sempre que eu venho para aqui, eu me sinto um Sherlock Holmes, um detetive ou agente secreto do governo, de tantas coisas que a Ella tem aqui. E eu preciso de inspiração para vir com uma ideia que realmente funcione, nem que seja para ao menos escutar a sua voz. A Ella tem um estilo específico, e igualmente é o loft dela. Quando se entra aqui, nem parece que esse lugar está localizado nesse bairro esquecido. É igual à casa da senhora Soo e da Heyoon nesses termos. Eu estou no quarto dela, e continua com o cheiro dela. Ela tem um cheiro viciante, e extremamente bom. - Merda… - eu falo pegando a chávena que com certeza tem o chocolate quente que nós a impedimos de tomar aquela madrugada, com visitantes de tanto tempo que ficou aqui. Formigas. Eu desço com ela rapidamente para a cozinha e jogo água, pegando um inseticida para jatar na mesa de cabeceira e assim eu faço. A Ella não dorme sem chocolate quente, chega a ser engraçado, se dorme, acorda como se não o tivesse feito. Parece uma bebê. - Humn… - eu suspiro fundo passando o meu olhar pelo quarto, e vejo as roupas ‘vintages’ dela, uma coleção abestalhada de jaquetas de couro. Eu ia pegar na moldura com uma foto dela, quando pequena com o pai, o senhor Bourne, quando eu fico alerta ao escutar a porta. Eles já reviraram tudo, que merda mais eles querem? Eu não me escondo e desço preparado para o enfrentar. Eu já estou melhor, posso rebentar com a cara deles… se for uma luta justa claramente. - Pode desmanchar a pose, sou apenas eu. - a Heyoon diz e eu realmente fico mais aliviada em vê-la. Talvez eu não estivesse tão pronto assim para rebentar com a cara de ninguém. - Eu achei que você ia ficar no restaurante. - eu comento indo até ela que se senta no sofá observando tudo com os seus finos e pequenos olhos visivelmente molhados. - Eles me dispensaram por hoje. - ela conta com a voz chorosa e eu assinto, olhando para o lado. Eu não quero a ver a chorar, principalmente na minha frente, eu também não quero chorar e muito menos na frente dele, e outra… O que é suposto eu fazer se ela começar a chorar outra vez? O Kaio ficou em casa, eu não sei lidar com essas coisas. - Eles reviraram muita coisa… - ela comenta limpando o seu rosto que está ficando rosa, com a palma da mão assim que lágrimas vertem por ele. - É… - eu respondo-a indo até a escrivaninha, o lugar mais Sherlock Holmes desse loft, procurando arrumar o não arrumável. - Eles mexeram com quem não deviam e em tudo que não deviam. - eu falo sentindo raiva. Apenas raiva e frustração. Se eu não tivesse dado a merda daquela ideia para o Kaio, o Kaio não teria morto ninguém… Com certeza, eu achei que eu seria o primeiro assim, na margem de fazê-lo e o menos improvável de nós o fez, só para me salvar. Que grande bosta. Se eu tivesse dito para deixar quieto a Ella com certeza não estaria nas mãos erradas agora. - Você tem noção que não iremos conseguir nada aqui mais, não é? - ela questiona e eu inspiro fundo sucumbindo a irritação. - Eu sei, merda! - eu exclamo puto. - Tudo bem… - ela balbucia e eu suspiro fundo. - Eu só preciso pensar. - eu concluo. - Não é suposto nós tentarmos mais merda nenhuma, James! - ele exclama e eu reviro os olhos. - Então não façam. - eu respondo-lhe. - Eu não vou ficar parado aqui, sem fazer p***a nenhuma, por medo. - eu falo passando os meus olhos pelas coisas dela. - Nós podemos colocá-la em mais perigo, você não entende, Kent? - a Heyoon questiona, enquanto eu me sento na cadeira aqui, exausto. - Ela disse para não fazermos merda nenhuma, nós fizemos, fomos colocados os três na merda de um cativeiro, e sabe-se lá o que fizeram com ela, ou o que ela teve de aceitar para que nos soltassem… - ela continua a falar o mesmo, enquanto eu abro o celular para observar as fotos que saíram daquele maldito casamento. Para ver se sei lá, tem alguma coisa que me escapou aos olhos, alguma coisa, quando me aparece uma notícia. - O que foi? - a Heyoon questiona enquanto o meu coração dispara. Que grande merda… - O que eles fizeram com a Ella? - eu me questiono fulo me levantando completamente impotente. A merda da cadeira vai ao chão com o meu chute e o celular só não vai, porque a Heyoon o arrancou da minha mão. - Eles com certeza estão torturando a Ella. - eu falo nervoso e ela fica vermelha. Eles estão colocando as mãos nela… Eu levo minha mão até a cabeça, pensando em que merda eu posso fazer. - Eu vou para lá. - eu falo pegando as minhas coisas no sofá, os paparazzis colocaram a merda da localização onde supostamente eles estão com ela. Ninguém tem fotos, mas se eles afirmam, eu vou para lá. - Você está doido? - a Heyoon questiona batendo no meu peito e eu a encaro sem paciência. - Eu estou, muito doido, Heyoon. - eu digo, me afastando dela pegando o meu celular e ela suspira fundo. - Fazer o quê? - ela questiona. - Não sei, talvez ver como ela está, ajudá-la a fugir. - eu respondo-a ironicamente e ela revira os olhos. - Claro, você sabe que está nas mãos do Riina, nós estamos sendo vigiados a distância, acha que conseguiremos nos aproximar da Ella, e se ela está na merda de um hospital, acha que ela está em condições de fugir deles? - ela questiona e eu inspiro fundo. Eu odeio quando ela tem razão. - Porque eu sei que se ela tivesse uma brecha qualquer, ela já teria sumido de lá, Kent. - ela diz, mas, não é como se eu pretendesse escutá-la, sabem? - Eu vou do mesmo jeito. - eu falo e ela suspira fundo, enquanto eu pego algumas da AirTags que ela tinha guardado aqui, eu vou associar as coisas do Kaio, é mais seguro. - E o que pretende fazer com isso? - ela questiona, me encarando enquanto eu ligo para o Kaio. - Se eu a achar ao menos não vamos a perder de radar outra vez, e quando for oportuno, partiremos para o ataque. - eu falo e eu consigo ver no seu rosto que ela entendeu a ideia, só está meio receosa. - Vai ficar aí? - eu questiono-a saindo daqui, sabendo que ela vem. - Você me tira completamente a paciência. - ela diz, enquanto finalmente o Kaio atende a minha chamada. - Fala aí! - ele diz. - Vamos ver a Ella? - eu o questiono entrando no carro com a Heyoon. - Eu não sei qual foi a sua ideia de gênio agora, mas o meu pai nos mandou ficar distantes até a Ella, fizer o primeiro contacto, ele já começou a investigar onde ela… - blábláblá. - A Ella está no hospital. - eu falo associando a chamada ao monitor do meu carro e acelero para fora daqui. - QUÊ? - ele questiona e eu ouço cliques, ele foi espreitar. - Eu tenho AirTags, o sistema da sua casa é mais confiável que os celulares, vamos associar aí. - eu falo. - No que está pensando em fazer? Você sabe que nenhum de nós vai conseguir entrar não sabe? - ele questiona e eu reviro os olhos. - Foi o que eu disse. - a Heyoon fala do meu lado. - Pessimistas. - eu falo e consigo ver os dois revirando os olhos sem nem sequer olhar para eles. - O plano está montado, eu só preciso saber se você alinha ou não. - eu falo já sabendo a resposta. - Eu juro que se eu acabar na merda de um cativeiro novamente, eu acabo com a sua raça. - ele diz e eu sorrio e desligo. - Qual é o seu plano mesmo? - a Heyoon questiona sarcástica do meu lado, e eu a encaro. - Está tudo controlado. - eu - respondo. Eu ainda estou a montar, mas vai dar tudo certo. Chegamos na mansão do Kaio, e associamos uma das AirTags, ao monitor dele, e bem, dessa vez, o senhor Smith não brincou na segurança, o que é bom. Nós três saímos e o objetivo durante todo o caminho foi achar o possível quarto onde ela estaria. E eu estou com receio, receio de vê-la m*l, receio de vê-la e não puder levá-la comigo. Durante o caminho nós nos mudamos para um dos carros com um dos seguranças, para despistar esses imbecis, e chegamos ao hospital. Não foi difícil achar o quarto, porque no exacto momento em que estávamos a chegar, vimos aquele i****a que está a com o Alexander Riina, quando levaram a Ella. E foi só ver os homens posicionados do lado de fora de um quarto, estrategicamente, mas viasse eles espalhados atentos a um só quarto. - E agora? - a Heyoon questiona. - Eu vou precisar que façam o que der para os distraírem e regressarem para o carro sem serem apanhados. - eu falo. - E você? - o Kaio questiona. - Eu tenho quase certeza que eles vão pegar você se chamá-la pelo nome e ainda, aquela janela é com certeza de um banheiro. - a Heyoon diz e memórias… - Eu preciso da vuvuzela. - eu falo abrindo a porta do carro. - Onde merdas você vai apanhar uma vuvuzela e para quê, Kent? - o Kaio questiona, me encarando. - No porta-malas do meu carro. - eu falo satisfeito comigo mesmo e ele só abana a cabeça. - Vão, logo. - eu falo e eles saem. O Kaio é extremamente inteligente e a Heyoon artilheira, eles vão se virar. Eu pego a vuvuzela, e me posiciono num lugar estratégico até ouvir o som do que me pareceu uma pequena explosão. O que eles fizeram? Eu não faço a mínima ideia, mas funcionou e eu simplesmente fui até lá, quando todos eles saíram. - Idiotas… - eu falo comigo mesma ofegante, pois estava a uma distância dessa pequena janela, e trepar esse murro, sem base nenhuma. - Oh, c*****o. - eu raspei o meu braço, enfiando a minha cabeça aqui, eu com certeza não passo por essa janela. É bom ela escutar e se recordar, caso contrário eu estou fodido. Um, dois, três. Eu assobio contra a vuvuzela e aguardo que ela esteja ao menos consciente para escutar: Que merda eles fizeram com ela? - Vamos lá, Ella… - eu espero que ela tenha reconhecido isso. Eu olho para trás para ver o movimento, quando a porta é aberta, e a breve sensação de medo de ter uma bala explodindo com a minha cabeça logo em seguida, passa quando vejo o rosto delicado da Ella, que fecha a porta atrás dela embasbacada. E eu preocupo-me em observar o seu estado… Ela está extremamente pálida, mas sem nenhuma marca… eu não consegui ver por conta da roupa dela… Mas ela não deixaria eles tocarem nela, pois não? Como se ela tivesse como se defender, Kent… Eu não tenho certeza do que falei, e perdi completamente a noção quando ela colocou as suas mãos no meu rosto, tão preocupada quanto eu estou com ela. O que aconteceu? Ela continua extremamente atraente, porém, visivelmente pálida, com olheiras, o cabelo dela está molhado, ela deve ter tomado banho agora. Ela perdeu sangue? Por que razão ela estaria assim? Ela está visivelmente fraca. Um misto de alívio, raiva e preocupação foi como eu fiquei, mas certifiquei-me em deixá-la tranquila quanto a nós e entregá-la a AirTag, pois a distração daqueles dois não valeu muito mais tempo. - Vá! - ela diz e oh, a vontade de levá-la junto era tanta, principalmente vendo o anel reluzindo no seu dedo. Me respeitando eu saio daqui antes que eu a deixe mais preocupada, e esperando que aqueles dois já estejam no carro. - Argh… - eu balbucio correndo até lá também, e graças as minhas habilidades e boa gestão de tempo eu sumi de lá, sem que aqueles imbecis me vissem. - Vamos, vamos embora! - eu falo, entrando no carro, e o Kaio acelera para fora dali. - E aí? - a Heyoon questiona enquanto eu deixo a vuvuzela no chão do carro, olhando para o meu braço. - Eu entreguei. - eu respondo e eles suspiram fundo, aliviados ao mesmo tempo. - E o que ela falou, o que aconteceu? - o Kaio questiona. - Como ela está? - a Heyoon questiona. - Bem ela não está, mas está melhor do que imaginei que estaria para vir parar num hospital, com a urgência e o sigilo que a mídia escreveu. - eu conto. - Não tem marcas no corpo? - a Heyoon questiona preocupada. - Eu não pude ver, ela está com um fato de treino. - eu conto. - Mas ela parece uma zombie de tão pálida que está, bonita, mas pálida e com olheiras, parece até que perdeu muito sangue. - eu conto e a tensão aumenta. - Se ela tivesse perdido sangue não estaria de pé. - a Heyoon diz e eu espero que sim, mas não teria outro motivo para ela estar tão pálida. - E o Alexander Riina, estava com ela? - ela questiona e eu reviro os olhos, frustrado, de sabe que ela está casada, com o anel daquele playboy, mimado no dedo dela. - Porque quer saber? - eu questiono, e ela suspira fundo. - O que importa é que agora poderemos localizá-la, e poderemos intervir… - eu falo, com a minha cabeça tomada pelos seus olhos. - Eu vou ter de informar o meu pai primeiro, isso já foi arriscado o suficiente, uma coisa de cada vez… - o Kaio diz e ele tem razão, mas eu não suporto a ideia de passar mais um dia sabendo com quem ela está. Eu vou ficar louco!
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD