Capítulo 23

1826 Words
James Kent. Eu estaciono o meu carro ao mesmo tempo que o Kaio. Chegamos ao restaurante em que a Heyoon trabalha simultaneamente. - Eu não acho inteligente vir para cá quando sabemos que ela foi levada. - o Kaio diz ao sair do carro e eu fecho a porta. - E o que seria inteligente, eles podem nos levar a qualquer momento também. - eu respondo-o enquanto entramos no restaurante. O movimento continua normal. - Oh, você levou uma bela de uma surra, rapaz. - o senhor Michael, dono do restaurante diz ao me ver. - Em que problema você se meteu dessa vez? - ele questiona e eu inspiro fundo observando o local, enquanto eu levo a minha mão até o seu ombro. - Longa história. - eu falo e ele arfa. - Cara, onde está a Heyoon? - o Kaio questiona passeando o seu olhar pelo restaurante. - Se eu soubesse... ela nos deixou na mão. - ele diz frustrado pegando um dos pedidos no balcão. - Eu estou ocupado, vão se sentar? - ele questiona já indo atender uma mesa. - Nós somos da casa, não se preocupe. - o Kaio fala entrando no balcão e eu o acompanho frustrado. - Rafa, onde está a Heyoon? - o Kaio questiona enquanto entramos na cozinha, e ele parece estar de mau humor. - Se nós soubéssemos... - ele responde. - Mais uma vez ela fugiu no meio do trabalho. - ele comenta, e eu pego uma batata por aqui. - Não toque nisso. - a Laila diz batendo na minha mão e eu dou um beijo na sua testa, deixando-a corada. - Foi só uma batata, meu bem. - eu respondo-a e ela sorri tímida, enquanto eu sigo os dois. - Vocês não deviam estar na cozinha. - ele fala carregando uma bandeja para o outro lado da cozinha e eu suspiro frustrado. Eu não posso andar tanto desse jeito. - As coisas dela estão lá fora. - o Rafa diz. - Tudo bem... - eu falo indo para as traseiras. - Como eles levaram-na sem que nenhum deles se desse conta? - o Kaio questiona, pegando na pasta da Heyoon que está solta e abandonada aqui e eu observo esse lugar. - Se ela nem sequer explicou o que estava a acontecer, é porque eles a silenciaram. - eu respondo-o. - Eles devem ter apagado, ela. - eu comento frustrado e ele leva as mãos para a sua cabeça. - E o que vamos fazer? - ele questiona frustrado. Nem câmeras de segurança tem aqui, e se tivessem com certeza que aqueles filhos da p**a sumiriam com as imagens num instante. Argh, Ella. - Ficar aqui é que não. - eu falo e ele me encara. - Eu sei que eu vou arrepender-me de perguntar isso, mas... - ele suspira dramaticamente. Quem o vê assim, até pensa que apenas eu tenho ideias más. Eu diria que elas são autênticas e inovadoras. - O que você está a pensar? - ele questiona, e eu sorrio, me aproximando dele, e olhando no fundo dos olhos deles. - Você leva esse computador e vai até a base secreta da FBI, e encontra as duas, levamos as armas do seu pai, e nós vamos até lá resgatá-las... - ele afasta-se abanando a cabeça. - Eu sabia que ia me arrepender. - ele fala caminhando até a saída. - Você só pensa bosta, Kent. - ele fala frustado, e eu reviro os olhos. - Você tem outra ideia oh, senhor gênio? - eu o questiono indignado e ele volta o olhar dele para mim, perdido. - Foi o que eu imaginei. - eu afirmo, e ele revira os olhos. - Você está querendo que eu vá para uma base secreta, James. - ele fala como se fosse um absurdo. - O seu pai trabalha lá não, ele é um agente secreto tal como o pai da Ella. - eu falo, e ele coloca as mãos na cabeça irritado. Com o quê, não sei. Eu só o dou soluções. - Não é assim que as coisas funcionam, caramba! Você me dá dores de cabeça James. - ele fala abrindo a porta do carro dele. - Para onde vamos? - eu questiono-o, indo para o meu. - Para a minha casa, ficar aqui não me ajuda a pensar em p***a nenhuma. - ele diz e eu entro no carro. Bem, a casa dele é ótima. Nenhum desses filhos da mãe tem como se aproximar dela, e é mais fácil de chegarmos a uma conclusão, porque eu não pretendo deixar nenhuma das duas nas mãos daqueles filhos da p**a. O que eles querem com a Heyoon? Eles descobriram que ela tentou invadir o sistema, ou querem chantagear a Ella? Eu não entendo merda nenhuma. E tudo isso por minha causa, a Ella só está nas mãos dela, porque ela saiu do loft dela por nossa causa, e depois por causa do meu ferimento. Se eu tivesse ido para o hospital, talvez fosse diferente. - p***a! - eu bato na merda do volante acelerando atrás do Smith. O que aquele covarde quer com ela? Ele vai tocar numa mulher? Ele chegou lá com um monte de homens armados para levar a Ella, para onde? O pai dele, ele, a família dele todos são da mesma laia, todos criminosos, e a Ella, foi impulsiva demais se arriscando daquela forma. Não é como se eu a pudesse julgar, ela tem razões mais do que suficientes para explodir com a cabeça daqueles filhos da p**a, mas ela está sozinha... O pai dela era um agente da FBI, tinha treinamento, tinha tecnologia, dinheiro, equipa, e segurança, e ela não tem absolutamente nada disso. E ainda me chama de causador de problemas, quando ela é a inconsequente. Eu não quero imaginar o que tenha acontecido com ela, eu espero que ela não tenha mentido para a Heyoon quando disse que estava bem. O caminho foi longo, afinal o restaurante onde a Heyoon trabalha, é próximo à casa dele e a da Ella, ou seja, no fim do mundo. Já está a anoitecer e a senhora Soo, vai ficar preocupada. - Ligue para a senhora Soo e diga que a Heyoon está com você. - eu falo sentando na poltrona aqui no quarto dele, e ele retira o seu olhar do computador da Heyoon para mim. - Por que você não liga? Eu estou ocupado. - ele fala, e eu sorrio. - Faz mais sentido ela estar com você do que comigo. - eu falo e ele revira os olhos. - E eu acho que mentir para a senhora Soo que ela está comigo vai a deixar mais preocupada, do que se ela souber que ela desapareceu. - eu falo mexendo nas notícias para ver o que supostamente o herdeiro dos Riina está a fazer. Talvez eu tenha alguma noção de onde porras ela levou a Ella. Ele devia ter permanecido lá em Londres. Se todos soubessem quem essa família é... Quem o meu pai é... - Você quase morreu, eu acho que ela entenderá... - no mesmo instante em que ele responde o celular dele toca. - É a senhora Soo. - ele fala se levantando em pânico. - O que eu falo? - ele questiona e eu reviro os olhos. - Tudo, menos a verdade. - eu digo-lhe continuando a procura de alguma coisa por aqui, enquanto ele respira fundo umas cinquenta vezes para atendê-la. - ... - o que ele fala com ele não é processado pelo meu cérebro e eu levanto-me da poltrona enrijecido, desentendido, incrédulo. O QUÊ?! - Que p***a?! - eu solto o celular imediatamente como se estivesse a segurar uma bomba atômica e levo os meus olhos para o teto. - O que foi? - o Kaio sussurra ainda ao celular com a senhora Soo. E eu estou me convencendo que eu esteja a ter alucinações. Eu perdi muito sangue, e eu não paro de pensar em outra coisa senão na merda que pode estar a acontecer com a Ella, é normal que eu esteja alucinando, depois da porrada que foi acrescentada ao meu estado saudável pelo senhor Kent. - Até mais, senhora Soo. - eu ouço o Kaio falar. - O que foi, cara... - ele diz pegando no meu celular e os seus olhos arregalam gradualmente e eu olho para a tela outra vez. Não foi uma alucinação. A Ella... Isso é impossível, em qualquer habitat, mundo, dimensão, natureza, reencarnação... A Ella não pode estar a usar um vestido de noiva e com um anel no dedo, ao lado do herdeiro daquele mafioso que matou o pai dela. Eu sento-me, sentindo que as minhas forças se foram. - A Ella foi forçada a isso. - o Kaio fala e eu levo as minhas mãos até ao meu rosto, sentindo uma fúria crescer dentro de mim. - Argh... - incontrolável. A minha visão ficou escurecida. - Ei, ei, isso não p***a! - o Kaio diz, me empurrando, para evitar levar ao chão o monitor dele. Eu não necessariamente me dei conta que virei o quarto dele de cima a baixo. Mas o meu nervosismo, e a minha frustração que eu não necessariamente sei ao que se deve, não me faz pensar com coerência. Será pelo facto dela estar nessa situação por culpa minha? Será porque eu não impedi que essa p***a acontecesse? - Ela está com a p***a de um vestido de noiva, c*****o! - eu falo irado. - Ela não está sorrindo, com certeza levaram a Heyoon e a ameaçaram com ela. - o Kaio diz e a racionalidade dele agora, me deixa mais irritado. - Você vai ou não pegar a p***a as armas do seu pai? - eu questiono. - Claro, eu vou pegar e depois? - ele questiona indignado. - Você tem noção que a Ella é refém deles, você acha que nós dois, faremos o quê, pensa merda. - ele fala e eu inspiro frustrado. - Você é quem sabe, com ou sem você eu vou encontrar as duas. - eu falo pegando as minhas coisas. - E como pensa em fazer isso se nem a p***a da localização você tem, cabeça de vento. - ele diz. - A Heyoon falava connosco, e ela sempre fala com fones no ouvido quando está no restaurante. - eu falo. - Você viu algum fone? - eu questiono-o retoricamente e uma luz acende na cabeça do gênio da lâmpada. - Ah—ah, quem é o cabeça de vento agora? - eu questiono-o e ele revira os olhos, olhando para o meu celular ainda. - Então, você vem ou fica? - eu o questiono já sabendo da resposta indo até a porta, e ele resmunga, pegando as coisas dele. - Eu só estou me envolvendo em problemas. - eu o ignoro, ele sempre fala o mesmo e faz na mesma. Casamento? Isso não faz merda de sentido nenhum.
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