Veronica Santoro
Verônica estava concentrada ao telefone com Ângelo, organizando os eventos do final de semana na V. Santoro, quando seu celular vibrou novamente, indicando uma segunda chamada em espera do Ivanov. Seu coração deu um salto no peito, mas ela não atendeu. Decidiu manter o foco na conversa com Ângelo, deixando a chamada não atendida de lado por enquanto.
Enquanto isso, Josy, entrou na sala segurando o celular da empresa com uma expressão séria.
- Senhor Ivanov quer falar com você...
Informou Josy, com cautela.
Verônica ponderou por um momento, pesando suas opções. Ela tinha muitos assuntos importantes para resolver naquele momento, mas não podia ignorar uma ligação do Ivanov.
- Diga que ligo para ele em dez minutos, por favor .
Respondeu Verônica, decidida.
Josy assentiu e saiu da sala, deixando Verônica novamente imersa em sua conversa com Ângelo. No entanto, por mais que tentasse manter o foco, sua mente continuava voltada para a chamada não atendida e as possíveis implicações que ela poderia ter.
Verônica encerrou a ligação com Ângelo, respirando fundo antes de discar o número de Ivanov. Ele atendeu imediatamente, e sua voz grave e rouca ecoou pelo telefone.
- Está me evitando, Verônica?
Questionou Ivanov, direto ao ponto.
Verônica não hesitou em responder, sua determinação refletida em sua voz.
- Não... porque estaria , estou trabalhando, esqueceu que tenho negócios!
Retrucou ela, sem rodeios.
Houve um breve momento de silêncio do outro lado da linha, e Verônica aproveitou para reunir seus pensamentos. Ela não podia deixar que suas emoções interferissem em seus compromissos profissionais, especialmente quando se tratava de Ivanov.
- Iremos inaugurar a V.Santoro mês que vem, posso organizar a vinda de vocês?
- Claro! Estaremos prontos! Me mande os detalhes assim que estiver com tudo organizado.
Respondeu Verônica, sentindo um leve alívio por resolverem a questão da inauguração da V. Santoro.
- Claro... você está bem ?
Perguntou Ivanov, demonstrando uma preocupação genuína.
Verônica olhou para sua barriga, acariciando suavemente, um sorriso se formando em seus lábios.
- Sim, tudo em ordem. Muito trabalho, mas de resto tudo ok!
Respondeu ela, sentindo um misto de emoções ao pensar no bebê que estava por vir e nas responsabilidades que o aguardavam.
- Veronica, acho que seria uma ótima ideia se vocês viessem uma semana antes para decidir como quer a decoração e quais toques pessoais quere dar!
Sugeriu Ivanov.
Veronica concordou prontamente, se sentindo grata pela oportunidade de deixar sua marca, já que são sócios e seu nome está de frente aos negócios!
- Sim, concordo...
Respondeu ela.
- Precisa ter o toque da V. Santoro. Fique tranquilo, Ivanov, farei isso pessoalmente. Só cuide da lista dos convidados.
Com os planos firmemente estabelecidos, Verônica sentiu uma mistura de entusiasmo, determinação e ao mesmo tempo medo . Ela estava determinada a garantir que a inauguração da V. Santoro fosse um evento verdadeiramente memorável, refletindo a elegância e o estilo característicos da marca.
Verônica encerrou a ligação com Ivanov, se sentindo agitada com a empolgação da preparação para a inauguração da V. Santoro ao mesmo tempo preocupada com a reação do Ivanov ao vê-la grávida . Ela tinha que compartilhar a novidade com Théo e David, mas sabia que o melhor momento para isso seria em casa, onde poderiam discutir juntos da notícia.
Com um misto de emoções e o coração cheio de expectativa, Verônica começou a organizar suas coisas, ansiosa para chegar em casa e compartilhar a revelação com seus parceiros. Afinal, eles eram uma equipe, sócios além de parceiros de vida e ela m*l podia esperar para ver a reação deles diante da notícia.
David Jones / Lorenzo
David chegou à academia exausto depois de um longo dia de trabalho. As aulas na universidade foram desafiadoras como sempre, e uma longa reunião no cassino consumiu suas energias. Enquanto se preparava para mais uma noite na academia, ele não pôde deixar de notar a movimentação agitada na V. Santoro, localizada no anexo do cassino.
Observando o frenesi de atividade na Boate , David ponderou sobre a situação. A V. Santoro estava claramente atraindo mais movimento do que o próprio cassino, o que poderia incomodar alguns dos sócios que não quiseram arriscar entrar na sociedade do anexo. No entanto, como um ótimo pacificador, David estava determinado a amenizar quaisquer danos colaterais que pudessem surgir.
Com sua habilidade de mediar conflitos e encontrar soluções criativas, David planejava abordar a situação de forma diplomática. Ele entendia a importância de manter um ambiente de trabalho harmonioso entre os sócios e estava determinado a encontrar uma maneira de equilibrar os interesses de todos.
Enquanto se preparava para sua próxima aula, David refletiu sobre as melhores estratégias para abordar a questão delicada. Ele sabia que seria um desafio, mas estava confiante em sua capacidade de encontrar uma solução que beneficiasse a todos. Afinal, como um pacificador nato, essa era uma parte fundamental de seu papel dentro da sociedade .
Na academia, a atmosfera estava tensa. Lorenzo estava mais agitado do que o normal, suas movimentações rápidas e seu olhar inquieto denotavam uma energia nervosa pulsante. Enquanto isso, David, mentalmente exausto depois de um longo dia de trabalho e uma reunião desgastante, não estava rendendo como de costume. Sua mente estava turva, e sua capacidade de concentração parecia comprometida.
Lorenzo falou sem hesitar, sua voz carregada de urgência e intensidade.
- Preciso falar senão irei explodir...
David levantou os olhos, percebendo a seriedade na expressão de Lorenzo. Observou segurando os halteres pesados com firmeza, aguardando sua próxima palavra.
- O que foi, cara?
Perguntou David, preocupado com a agitação de Lorenzo.
Lorenzo olhou ao redor, se certificando de que ninguém mais estava por perto, antes de falar quase cochichando...
- Chiara quer ser mãe...
Lorenzo respirou fundo, tentando conter a avalanche de emoções que sentia.
- Isso é um problema para você?
Perguntou David, observando a reação do amigo.
Lorenzo hesitou, seus olhos revelando a turbulência interna.
- Preciso responder?
David se levantou, aproximando de Lorenzo, e bateu no peito do amigo, tentando trazer alguma clareza à situação.
- Isso é algo muito sério, Lorenzo. Uma decisão sem volta...
David disse , a gravidade em sua voz inconfundível.
Lorenzo ergueu o olhar, um misto de frustração e confusão em seus olhos.
- Acha que não sei disso? Eu não quero ser pai...
David foi duro com o amigo, querendo trazer à tona a verdadeira raiz do problema.
- Você não quer ser pai, ou não quer ser pai de um filho com a Chiara?
Lorenzo ficou em silêncio por um momento, a pergunta de David ecoando em sua mente. Ele sabia que precisava confrontar seus sentimentos e entender o que realmente o estava impedindo de abraçar a ideia de ser pai.
Lorenzo se afastou de David, a frustração evidente em seu rosto. Mas, em seguida, ele voltou rapidamente, apontando seu dedo indicador no peito do amigo com força.
- Você não sabe o que está dizendo... Eu a amo!
David manteve a calma, seu olhar firme e desafiador.
- Ama mesmo? Ama a ponto de formar uma família com ela, ou a ama porque o sexo é fenomenal?
Lorenzo fechou os punhos, a fúria queimando em seus olhos. A tensão entre os dois era palpável.
- Não faça isso, brother! avisou Lorenzo, sua voz tremendo de raiva.
David não recuou.
- Estou apenas tentando te fazer pensar, Lorenzo. Formar uma família é uma responsabilidade enorme. Você precisa ter certeza do que realmente quer, ou não quer!
Lorenzo respirou fundo, lutando para controlar suas emoções. Ele sabia que David tinha razão em confrontá-lo, mas aceitar isso era difícil. As palavras de David ecoavam em sua mente, forçando a enfrentar a realidade de seus sentimentos e desejos.
- Está me dizendo que se eu não quiser ser pai, não a amo o suficiente? É isso que você pensa, David?
Lorenzo perguntou, sua voz carregada de frustração e desespero.
David se aproximou dele, colocando uma mão firme no ombro do amigo.
- Não, Lorenzo. O que estou dizendo é que, no seu lugar, me sentiria honrado em formar uma família com a Chiara. Mulheres como Chiara e Verônica não se encontram facilmente por aí.
Lorenzo sentiu o peso das palavras de David. Ele sabia que seu amigo estava certo. Chiara era uma mulher incrível, e formar uma família com ela deveria ser um privilégio, não um fardo.
- Eu sei disso, David.
Murmurou Lorenzo, a raiva começando a ceder.
- Mas ainda estou com medo. Medo de não ser um bom pai, medo de estragar tudo...
David apertou o ombro de Lorenzo com mais força, transmitindo seu apoio.
- Esses medos são normais, Lorenzo. Todos nós temos dúvidas e inseguranças. Mas se você realmente ama Chiara, vale a pena enfrentar esses medos. Vale a pena tentar.
Lorenzo respirou fundo, absorvendo as palavras de seu amigo. Ele sabia que a decisão final era dele, mas se sentia um pouco mais preparado para encarar seus medos e pensar com mais clareza sobre o futuro que desejava construir com Chiara.