Uma pessoa normal já estaria morta no meu lugar.
Depois de ser torturada com choques elétricos, banhos frios, soco inglês, uma comida indigente e andar com pesos nas pernas.
Agora aqui estou eu esperando ser interrogada ou torturada mais uma vez.
Eu não sei a quanto tempo estou aqui, só sei que perdi muito peso.
O lugar era tão escuro que às vezes eu desconfiava que era subterrâneo, os gritos eram constantes e só aquilo me abalava de algum jeito.
O terno e gravata cor azul marinho com listras brancas, uma gravata preta com uma blusa branca não combinavam com aquele lugar repugnante.
Acho que estamos em uma ilha deserta, e eu sou acusada de terrorismo.
- Eu não sou terrorista, mas acho que já isso antes. - digo com um sorriso provavelmente desfigurado.
- Eu sei disso. - ele diz com um jeito e voz impecável. A pele dele me lembrava a de modelos famosos que já conheci e apreciei.
O fato dele saber que eu não sou terrorista não me aliviou nenhum pouco. O ar de jovialidade dele não combinava com sua barba grisalha, mas isso não quer dizer que é f**a de algum jeito
- E isso importa? - pergunto dando de ombros.
- Qualquer um ficaria feliz em saber que um dos braços direitos do presidente americano acredita em você. - ele diz.
- Não sou qualquer um. - digo
- Não mesmo, como no meio de 20 mulheres conseguiu todo o dinheiro? - ele pergunta
- Então é isso, quer o meu dinheiro? - pergunto
- Está enganada, eu quero sua. - ele diz