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1144 Words
A minha história não é lá muito especial, eu tenho sangue Westermann e só por isso já tinha o meu futuro traçado. Eu nasci em Roma na Itália, e nunca conheci o meu pai porque o meu tio Hector o assassinou, por quê?  Acho que essa é a única coisa sobre minha família que eu nunca vou descobrir, eu m*l sei o nome dele ou como é o seu rosto, só sei que minha mãe foi estudar arte no sul da França, e voltou grávida de mim.  Meu tio foi matou o cara para se vingar, mas como não tinha herdeiros, eu ficaria em seu lugar.  Meu tio estava pela décima vez só neste ano me ensinando as regras básicas.  Primeira: se começa uma coisa tem que se terminar, não importa quem eu tenha que enfrentar.  A segunda é: antes de m***r alguém, aprenda a ameaçar, é melhor uma contravenção que não dê tanta polêmica como um crime hediondo, mas não são descartados em situações específicas.  A terceira é sempre causar medo em tudo e todos e nunca demonstrar suas fraquezas.  A quarta e principal é nunca sentir afeto por nada além de seus parceiros de alta confiança, mas isso não significa que não deva desconfiar de tudo e todos, afinal ninguém é incorruptível.  - Hector, meu filho só tem 17 anos! Dá pra parar de ficar colocando bobagens na cabeça dele? - minha mãe entra no meio da reunião e me arrasta para fora.  Ela era a única que tinha esse poder sobre meu tio.  Ele era de quatro pela sua esposa Isabel mas ela não ousa nem falar antes meu tio chamar ela para uma conversa. - depois a culpa é toda minha se quer saber - digo e ela me olha com um sorriso amoroso, os longos cabelos castanhos aruivados de minha mãe e a pele de porcelana não davam a ela a idade que tinha, mesmo com uma expressão de tristeza que a dona Heloisa carrega, uma única pessoa que eu realmente amo. - talvez você devesse se divertir mais. Luta, mulheres e influencia de socipatas? Essa vai ser a sua vida? Dou graças a Deus por ter nascido mulher e não ser obrigada a entrar nessa vida! Agora por favor se você não é como eles, me diga e a gente alguns daqui - ela disse. Aquele foi o momento que eu tenho mais vontade de largar tudo e ir embora com a minha mãe, mas isso já foi a tanto tempo.  Eu disse não por motivos óbvios, não íamos conseguir, meu tio têm comparsas até no aeroporto da Itália. Eu tenho uma fiel, o nome dela é Heidi, ela veio da Espanha por meio do tráfego, resolvi ficar com ela porque sua beleza chamava muito a minha atenção, os longos cabelos loiros dourados e os grandes olhos azuis não deixavam para lá seu belo rosto infantil e as covinhas que se formavam quando ela sorria, isso sem contar com suas belas curvas, sutis mas belas. Ela é bonita como eu havia sonhado, o físico da mulher ideal para mim, meu fiel ... É óbvio que eu tenho outras por fora, não como trato bem, nenhuma mulher se mostrou digna de respeito para mim além de minha mãe, e em um mundo que eu sou eu, isso nunca vai mudar.  Não é que eu não gosto das mulheres, é que eu realmente não gosto das pessoas, acho todo mundo tão sujo e tão chato argh! - Zenon, eu queria morangos - Heide dizia com aquela voz manhosa que me irritava.  - traga a minha carteira até aqui, estou ocupado - digo. - fazendo o quê? - ela pergunta. - te ignorando - digo e ela me olha sem graça.  Eu sei que a boca dela formigava para responder mas ela nunca respondia, ela tinha medo de mim como quase todo mundo.  Eu faço todo tipo de luta conhecido pelo ser humano, aprendi a atirar aos 12 anos e hoje treino para ser de elite. Comecei a fazer faculdade de psicologia pra aprender a lidar com a mente humana, eu até treino arremesso com facas com um dos meus parceiros que veio do circo.  Emílio é o tipo de homem que têm muita experiência mas pouco estudo, ele m*l sabe escrever direito, já os outros todos têm ensino superior: Ryan, Ruben, Louis e Henrique, esses são os que costumam andar comigo, mas são muitos mais, eu só não os conheço o bastante para saber os seus nomes. Meu tio me chamou para o octógono, eu sabia que ia apanhar, muito mesmo.  Ele descontava em mim os afrontamentos diarios e às vezes semanais. É melhor quando são semanais porque eu apanho menos.  Por que eu sempre apanho de um senhor de trinta anos? Pelo menos pra mim é um senhor já que tenho 17, isso mesmo meu tio matou meu pai desconhecido quando tinha 13 anos, imagina agora como é afrontar um homem como ele.  - por que você me abandonou nos estudos? - ele pergunta já em posição de luta. - por mais que a aula pareça interessante, minha mãe é minha prioridade - digo.  - não me diga - ele diz dando um de direita em meu rosto.  Seus movimentos eram rápidos e fortes, o único tipo de luta que fazer algum estrago no meu era ou krav maga, eu não tinha tanta agilidade para ousar outros tipos de luta com ele.  Eu alcanço sua cabeça com as mãos e o empurro para baixo lhe dando uma joelhada que me arrependi depois.  Ele pegou minha perna pelas mãos e me derrubou no chão, depois de uma sequência de chutes ele pulou em cima de mim, eu era meio franzino na época, então só ouvi o barulho do osso batendo.  __________________ _______ \ ______ - tá tudo bem meu amor? - Heidi pergunta e eu reviro os olhos. Se tem algo que eu odeio são perguntas idiotas.  - tô ótimo, o pé só está enfaixado de enfeite, e só pra saber não sou "seu amor". Eu não pertenço a você - digo e ela me olha com aquele rostinho de cachorrinho sem dono que não me comove nenhum pouco.  - me desculpa, quanta agressividade! Você quer alguma coisa pra ficar melhor? - ela pergunta. - sua ausência - digo e ela sai correndo e chorando. Mulheres e seus dramas, quanta sensibilidade.  O problema propriamente não é que eu não goste dela, o problema é que eu não gosto de viver. - olha só o novo hematoma que o seu tio te deu, melhor do que a vez que ele quebrou o seu braço e você ficou dias sem ir a escola, ou uma vez que ele quase te cegou - ela diz e eu fecho os olhos.  Eu ainda tinha a cicatriz na minha pálpebra esquerda, e como ele quebrou o meu braço quase perdi um ano. - você sabe mãe que no fundo no fundo eu não tenho m***a de escolha nenhuma - digo. Eu sou tão refém quanto ela.
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